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Crônicas e Artigos

Ano 5 - N° 250 - 4 de Março de 2012

FRANCISCO REBOUÇAS
costareboucas@ig.com.br
Niterói, RJ (Brasil)
 

A obsessão


Allan Kardec nos esclarece em O Livro dos Médiuns, capítulo XXIII, que a obsessão é um dos maiores escolhos da mediunidade, e também um dos mais frequentes. Por isso mesmo, todos os esforços que empreguemos para combatê-la não serão absolutamente suficientes, porquanto, além dos inconvenientes pessoais que acarreta, é um obstáculo absoluto à bondade e à veracidade das comunicações, e, por isso, requer que o médium esteja em constante estado de alerta, estudando sempre, vigiando e orando, para que não seja vítima da influência dos Espíritos ignorantes.

A obsessão, em qualquer grau, é sempre um efeito de constrangimento e não procede jamais de um Bom Espírito, por isso é que toda comunicação dada por um médium obsidiado é de origem suspeita e nenhuma confiança merece. Se nelas alguma coisa de bom se encontrar, os Espíritos superiores aconselham-nos a guardar a parte boa e rejeitar tudo o que venha a nos causar dúvida.

O Codificador da Doutrina Espírita, instruído pelos imortais do mundo maior, nos esclarece acerca do benefício incalculável de trabalhar nas atividades mediúnicas, pois nos afirmam ser a mediunidade uma bênção para nós médiuns e uma ferramenta valiosa no processo de transformação moral, para o necessário e inadiável burilamento do nosso Espírito em busca da tão sonhada felicidade, representada pela perfeição a que estamos todos destinados.

O Espiritismo, veio por seu turno, trazer a todos nós o resultado dos estudos e pesquisas, levados a efeito pelo seu insigne codificador, com o objetivo de nos fornecer o necessário conhecimento que precisamos ter para que melhor possamos observar os diversos sintomas que caracterizam a obsessão, e evitá-los, com o devido cuidado que deveremos ter de respeitar as Leis Divinas das quais a mediunidade é parte integrante, e que abaixo estão relacionados:

1ª Persistência de um Espírito em se comunicar, bom ou mau grado, pela escrita, pela audição, pela tiptologia etc., opondo-se a que outros Espíritos o façam;

2ª Ilusão que, não obstante a inteligência do médium, o impede de reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicações que recebe;

3ª Crença na infalibilidade e na identidade absoluta dos Espíritos que se comunicam e que, sob nomes respeitáveis e venerados, dizem coisas falsas ou absurdas;

4ª Confiança do médium nos elogios que lhe dispensam os Espíritos que por ele se comunicam;

5ª Disposição para se afastar das pessoas que podem emitir opiniões aproveitáveis;

6ª Tomar a mal a crítica das comunicações que recebe;

7ª Necessidade incessante e inoportuna de escrever;

8ª Constrangimento físico qualquer, dominando-lhe a vontade e forçando-o a agir ou falar a seu mau grado;

9ª Rumores e desordens persistentes ao redor do médium, sendo ele de tudo a causa, ou o objeto.

Algumas pessoas, não tão bem esclarecidas pelos conhecimentos que só a Doutrina Espírita nos pode proporcionar sobre esse tipo de assunto, chegam até mesmo a admitir que diante do risco que representa a obsessão é perigoso ser médium; afirmam até que é a faculdade mediúnica que a provoca, e que por isso mesmo as comunicações espíritas são inconvenientes e trazem transtornos sérios aos médiuns, em vista disso, não gostariam em absoluto de exercer as atividades próprias da mediunidade.

Simples e fácil é a resposta para esse indivíduo que assim pensa a respeito do assunto, e, ao nos propormos a responder, pedimos apenas para que meditem cuidadosamente nos ensinos que os Espíritos Superiores nos deram a respeito deste tema na Codificação do Espiritismo, mais precisamente em O Livro dos Médiuns, e que passamos a descrever.

Chamam-nos à atenção, para o fato de que “não foram os médiuns, nem os espíritas que criaram os Espíritos; ao contrário, foram os Espíritos que fizeram com que houvesse espíritas e médiuns. Não sendo os Espíritos mais do que as almas dos homens, é claro que há Espíritos desde quando há homens; por conseguinte, desde todos os tempos eles exerceram influência salutar ou perniciosa sobre a Humanidade. A faculdade mediúnica não lhes é mais que um meio de se manifestarem. Em falta dessa faculdade, fazem-no por mil outras maneiras, mais ou menos ocultas. Seria, pois, erro crer-se que só por meio das comunicações escritas ou verbais exercem os Espíritos sua influência. Esta influência é de todos os instantes e mesmo os que não se ocupam com os Espíritos, ou até não creem neles, estão expostos a sofrê-la, como os outros e mesmo mais do que os outros, porque não têm com que a contrabalancem. A mediunidade é, para o Espírito, um meio de se fazer conhecido. Se ele é mau, sempre se trai, por mais hipócrita que seja. Pode, pois, dizer-se que a mediunidade permite se veja o inimigo face a face, se assim nos podemos exprimir, e combatê-lo com suas próprias armas. Sem essa faculdade, ele age na sombra e, tendo a seu favor a invisibilidade, pode fazer e faz realmente muito mal. A quantos atos não é o homem impelido, para desgraça sua, e que teria evitado se dispusesse de um meio de esclarecer-se! Os incrédulos não imaginam enunciar uma verdade, quando dizem de um homem que se transvia obstinadamente: "É o seu mau gênio que o impele à própria perda". Assim, o conhecimento do Espiritismo, longe de facilitar o predomínio dos maus Espíritos, há de ter como resultado, em tempo mais ou menos próximo, e quando se achar propagado, destruir esse predomínio, dando a cada um os meios de se pôr em guarda contra as sugestões deles. Aquele então que sucumbir só de si terá que se queixar. (grifamos)

Regra geral: quem quer que receba más comunicações espíritas, escritas ou verbais, está sob má influência; essa influência se exerce sobre ele, quer escreva, quer não, isto é, seja ou não seja médium, creia ou não creia. A escrita faculta um meio de ser apreciada a natureza dos Espíritos que sobre ele atuam e de serem combatidos, se forem maus, o que se consegue com mais êxito quando se chega a conhecer os motivos da ação que desenvolvem. Se bastante cego é ele para o não compreender, podem outros abrir-lhe os olhos.

Em resumo: o perigo não está no Espiritismo, em si mesmo, pois que este pode, ao contrário, servir-nos de governo e preservar-nos do risco que corremos incessantemente, à revelia nossa. O perigo está na orgulhosa propensão de certos médiuns para, muito levianamente, se julgarem instrumentos exclusivos de Espíritos superiores e nessa espécie de fascinação que lhes não permite compreender as tolices de que são intérpretes. Mesmo os que não são médiuns podem deixar-se apanhar. Façamos uma comparação. Um homem tem um inimigo secreto, a quem não conhece e que contra ele espalha sub-repticiamente a calúnia e tudo o que a mais negra maldade possa inventar. O infeliz vê a sua fortuna perder-se, afastarem-se seus amigos, perturbada a sua ventura íntima. Não podendo descobrir a mão que o fere, impossibilitado se acha de defender-se e sucumbe. Mas, um belo dia, esse inimigo oculto lhe escreve e se trai, não obstante todos os ardis de que se vale. Eis descoberto o perseguidor do pobre homem, que desde então pode confundi-lo e se reabilitar. Tal o papel dos maus Espíritos, que o Espiritismo nos proporciona a possibilidade de conhecer e desmascarar.

O verdadeiro espírita vê na mediunidade, uma oportunidade inigualável de exercer a prática da verdadeira caridade para com seu semelhante, pois entende que a comunicabilidade dos Espíritos que ora se encontram no plano espiritual, conosco, é absolutamente normal, e só não aceita quem não teve a sublime oportunidade de conhecer pela infinita bondade do Pai criador essa bendita, esclarecedora e consoladora Doutrina Espírita.


Fonte de consulta: O Livro dos Médiuns, cap. XXIII.


 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita