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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 5 - N° 247 - 12 de Fevereiro de 2012

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

Tramas do Destino

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 1)

Iniciamos nesta edição o estudo do livro Tramas do Destino, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Como nesta obra o Autor se refere à morte?

O homem não experimenta uma só e única vida terrestre. A Terra é seu berço e sua escola, onde, evoluindo, demanda mais altas aquisições espiri­tuais. A morte nada mais é do que uma transferência de posição vibratória; por isso, a vida mantém sua interação e harmonia nas diversas situações do corpo físico e fora dele, sem qualquer solução de continuidade ou defasagem perturbante. (Tramas do destino, Prefácio, págs. 12 a 14.)

B. Amor, prece, perdão, caridade, tolerância, confiança, fé e esperança são apenas virtudes ou algo mais em nossa vida?

O amor e a prece, o perdão e a caridade, a tolerância e a confiança, a fé e a esperança não são apenas virtudes vinculadas às religiões pas­sadas, mas insubstituíveis valores de higiene mental, de psicoterapia, de laborterapia, indispensáveis à neutralização das ondas crescentes do ódio e da revolta, da vingança e da mágoa, da intolerância e da suspeita, da descrença e da desesperança, que irrompem e se instalam no homem, avassalando a tudo intempestivamente. (Obra citada, Prefácio, págs. 14 a 16.)

C. Há relação entre as chamadas "cidades de dor" e o desequilíbrio que impera na superfície do globo?

Sim. A vida humana, assinalada pelo desequilíbrio na superfície do mundo, reflete só palidamente as reali­dades que promanam das Esferas Espirituais Inferiores, por serem nes­tas que surgem os fatores reais, modeladores daqueles insucessos. Nes­ses labirintos de pesadelos e horror programam-se incontáveis desgra­ças, individuais ou coletivas, que se abatem sobre a humanidade encar­nada. (Obra citada, "In limine", págs. 17 e 18.)

D. Na tecelagem dos destinos humanos, de onde procedem os fios que atam as malhas?

Na tecelagem dos destinos humanos, os fios que atam as malhas procedem sempre das vidas transatas. "Nenhum acaso existe regendo ocorrências, nenhuma força fortuita aparece escolhendo a esmo", assevera o Autor espiritual. (Obra citada, "In limine", págs. 18 e 19.)

E. Que idade tinha Artêmis ao casar e quem era Rafael Ferguson?

Artêmis estava com 18 anos quando seu casamento foi con­certado pela família. Rafael Duarte Ferguson, com 20 anos à época, procedia de um clã respeitável e era um moço bem dotado. Preferira a vida na Capital, desde que para ali fora, a fim de cursar o Liceu. Ambicioso, deixou de lado a carreira acadêmica – real ambi­ção de seu pai – para, dois anos antes do casamento, dar início à car­reira comercial. (Obra citada, cap. 1, págs. 23 a 25.) 

Texto para leitura

1. Tramas do destino - Em seu prefácio, Manoel Philomeno de Miranda afirma ser muito difícil compreender do ponto de vista da unicidade das existências as tramas do destino. Uma única existência não fornece os dados indispensáveis para se compreender a justiça divina e ex­plicá-la. "As conceituações da predestinação pela graça, das con­cessões pelo ingresso no paraíso e das punições infernais encontram-se ultrapassadas, mesmo no seio de algumas das religiões que as prescre­viam", assevera o Autor desta obra. Por outro lado, negar Deus e rele­gar a vida ao caos, isto não é suficiente para explicar os porquês in­teligentes que a todos assomam e dominam, diante das incontáveis aqui­sições do espírito humano, aturdido em face das inquestionáveis provas da sobrevivência do ser e da comunicabilidade do princípio intelectual depois do túmulo. A Parapsicologia, a Psicobiofísica e outras ciências experimentais equivalentes tentam colocar no lugar do Espírito, com que não se defrontam nos seus laboratórios, sucedâneos materialistas e energeticistas, sem o êxito esperado, porquanto esses agentes se esbo­roam, quando colocados diante de novos fatos que espocam, incessantes. A temerária reação contra o Espírito vai sendo, pois, vencida lenta­mente, embora parapsicólogos e psicobiofísicos, com algumas exceções, mantenham intolerantes posições de anátema contra a fé e asseverem que ainda não possuem provas concludentes, definitivas, da sobrevivência do Espírito ao túmulo, nem documentação alguma que consiga provar a existência da alma. A imortalidade, contudo, triunfa sobre os seus ne­gadores. Os homens interexistentes, os homens psi multiplicam-se e os fenômenos de que são objeto impõem urgente reconsideração nas ideias e opiniões preconceituosas. (Prefácio, págs. 11 e 12) 

2. A lei de ação e reação - As enfermidades da mente sucedem-se, avas­saladoras, na razão direta em que os métodos psiquiátricos, psica­nalíticos e psicológicos se aprimoram, incapazes de deter a grande avalancha dos distônicos, dos esquizoides, dos neuróticos e dos psicó­ticos. O homem cético, saturado de tecnicismo, acaba arrojando-se na busca de emoções fortes e ressuscita cultos demoníacos, missas negras, sabats, ansioso pelo sobrenatural e pelo fantástico. "As orgias de sangue, sexo e droga -- assevera o prefaciador -- fazem-no recuar às origens do primitivismo, revelando a falência das conquistas extrínse­cas e o malogro da ética dissociada das aspirações legítimas, tornada passadista..."  É que as soluções superficiais e apressadas não re­solvem as questões complexas de profundidade, atenuando na superfície os efeitos, sem remover, contudo, nas causas as legítimas raízes em que se fixam os males contínuos. O homem hodierno se encontra aturdido e somam-se a essas inquietações as parasitoses espirituais, que os acadêmicos insistem em ignorar. Nas células espíritas, contudo, onde vibram as harmonias do Consolador prometido por Jesus, reaparece a te­rapêutica do Evangelho, através de técnicas especiais com que se li­bertam perseguidos e perseguidores, facultando-se-lhes a saúde íntima e a paz. Nas tarefas nobres da desobsessão, dois mundos em litígio se defrontam: o espiritual e o físico, de cujos painéis se pode apreen­der, nas causas reais, a lógica dos efeitos que engendram as tramas dos destinos. O conhecimento da reencarnação permite formar o quadro esclarecedor, para se entenderem as ocorrências que escapam, aparente­mente misteriosas, muitas vezes inexplicáveis. O homem, com efeito, não experimenta uma só e única vida terrestre. A Terra é seu berço e sua escola, onde, evoluindo, demanda mais altas aquisições espiri­tuais. "Suas experiências exitosas ou malsucedidas -- afirma Philomeno -- produzem a engrenagem em que se movimentará no futuro". "A cada ação corresponde uma reação equivalente." A morte nada mais é do que uma transferência de posição vibratória; por isso, a vida mantém sua interação e harmonia nas diversas situações do corpo físico e fora dele, sem qualquer solução de continuidade ou defasagem perturbante. (Prefácio, págs. 12 a 14) 

3. As raízes dos nossos mais graves problemas - Philomeno assevera que muitos dos problemas graves que a Medicina depara a cada momento têm suas raízes no pretérito espiritual do paciente. "Seus erros e suas aquisições fazem-se os agentes da sua paz ou da sua perturbação", en­sina-nos o amigo espiritual. Reencarnando cada qual com a soma das próprias experiências, diferentes serão as situações pessoais, con­forme se observa no mundo. Vinculados a seus desafetos do passado, os homens padecem-lhes as injunções e influências maléficas. A reencarna­ção é, pois, a chave para a explicação dos enigmas que envolvem as auto-obsessões, as obsessões e as subjugações. Ao lado das terapêuti­cas valiosas, que ora vêm sendo aplicadas nos obsessos de vário porte, impõem-se os recursos valiosos e salutares da fluidoterapia e das con­tribuições doutrinárias do Espiritismo, que traz de volta os insuperá­veis métodos evangélicos de que Jesus foi o expoente máximo na Terra. O amor e a prece, o perdão e a caridade, a tolerância e a confiança, a fé e a esperança não são apenas virtudes vinculadas às religiões pas­sadas, mas insubstituíveis valores de higiene mental, de psicoterapia, de laborterapia, indispensáveis à neutralização das ondas crescentes do ódio e da revolta, da vingança e da mágoa, da intolerância e da suspeita, da descrença e da desesperança, que irrompem e se instalam no homem, avassalando a tudo intempestivamente. A Doutrina Espírita dispõe, pois, de valiosos tesouros para a aquisição da felicidade na Terra e na vida post-mortem. Conhecê-la e praticar-lhe os ensinos re­presenta uma oportunidade ditosa para aqueles que aspiram a melhores dias, anelam por paz e laboram pelo bem. (Prefácio, págs. 14 a 16) 

4. As "cidades de dor" - Diariamente mergulham na roupagem carnal, com objetivos relevantes, Espíritos felizes que se esquecem dos gozos que podem fruir, objetivando, através do amor, alçarem às Regiões de Ven­tura antigos companheiros que naufragaram nas experiências da evolu­ção. Por outro lado, existem em toda parte províncias de sombra e ago­nia, cujas paisagens ermas e doentias mais envenenam os que ali se de­moram, graças à exteriorização miasmática dos seus pensamentos em de­salinho e das suas personalidades enfermas... Aglutinados em magotes compactos ou formando comunidades infelizes, constituem tais locais verdadeiras "cidades de dor", onde esses seres expungem os gravames que os ferreteiam, sicários uns dos outros. Hebetados uns, enfurecidos outros, constituem estranho e numeroso agrupamento que se movimenta sem direção, padecendo horrores indescritíveis ou produzindo deploráveis dores em si mesmos como no próximo, a que se vinculam ou imantam, conforme as afinidades que os fixam, reciprocamente, em vigorosas sin­tonias obsidentes. À vista desses múltiplos submundos que se multipli­cam terrificantes, quer na Terra, em locais específicos, quer em torno dela, experimentando as mesmas conjunturas da gravitação a que se prende o Planeta, o conceito teológico sobre o Inferno, excluído dele o caráter de eternidade, que não possui, empalidece. Nessas lôbregas sociedades espirituais raramente vigem a piedade e a esperança, e seus chefes se arrogam direitos de justiçar, perseguindo não apenas os que lhes facultam o assédio após a desencarnação, como os homens que lhes experimentam a influência. Na verdade, a vida humana, assinalada pelo desequilíbrio na superfície do mundo, reflete só palidamente as reali­dades que promanam das Esferas Espirituais Inferiores, por serem nes­tas que surgem os fatores reais, modeladores daqueles insucessos. Nes­ses labirintos de pesadelos e horror programam-se incontáveis desgra­ças, individuais ou coletivas, que se abatem sobre a humanidade encar­nada. ("In limine", págs. 17 e 18) 

5. A passagem pela carne é fator primordial - O amor vigilante de Nosso Pai compadecido procede, todavia, periodicamente, a expurgos le­nificadores, emigrações em grupo, encaminhando legiões de entidades infelizes à experiência reencarnacionista, com vistas à melhoria deles e à diminuição da psicosfera que os envenena e degenera, perturbando a economia moral da Terra. Com frequência, em nome desse amor, caravanas de abnegados enfermeiros espirituais e missionários da caridade con­densam suas energias sutis e vão até esses labirintos de alucinação e crime, usando a misericórdia e a solidariedade com que sensibilizam os mais feridos e agonizados, ajudando-os a se renovarem interiormente, propiciando-lhes a modificação vibratória com que se deslocam mental­mente dos martírios que os supliciam, para depois encaminhá-los a ni­nhos de repouso e campos de refazimento, onde se armam de forças para os cometimentos futuros, em que a passagem pela carne, "esse bendito escafandro para a atmosfera terrestre", é fator fundamental. Evidente­mente, trazem eles para os círculos carnais os sinais dos erros, os estigmas de que necessitam liberar-se, bem como as fixações da demên­cia em que se escondem dos sicários, ou as matrizes para oportunas re­alizações, em consórcio obsessivo com que se erguerão moralmente e po­derão também levantar para a felicidade os antigos asseclas, que lhes foram vítimas um dia e agora aparecem travestidos em algozes impeni­tentes... Na verdade, na tecelagem dos destinos humanos, os fios que atam as malhas procedem sempre das vidas transatas. "Nenhum acaso existe regendo ocorrências, nenhuma força fortuita aparece escolhendo a esmo", assevera o Autor espiritual. ("In limine", págs. 18 e 19) 

6. Amor e conhecimento: essenciais à desobsessão - Em toda obsessão, simples ou subjugadora, a trama dos destinos se situa no passado espi­ritual dos litigantes, em forma de fatores causais. Os atos geram efeitos. Forrar-se de amor e conhecimento, para ajudar com proficiên­cia, tal deve ser a atitude de quem se candidata a esse ministério de terapia providencial que é a desobsessão. Na presente obra, a história que nela se desdobra apresenta uma trama sui generis, em que Artêmis troca uma estância feliz para auxiliar antigos afetos ilhados no de­sespero. Renunciando por longos anos à felicidade, a sua dita são os difíceis sorrisos daqueles aos quais doou toda uma longa existência. Obsessões perniciosas, enfermidades lancinantes, dores morais superla­tivas, nada a abateu, fazendo que mais se lhe desatassem as fibras do amor superior que engastava no seu espírito de escol, para ajudar na redenção difícil e vitoriosa do clã a que se entregou. "A vitória do amor é semelhante à vida: incontestável!", assevera Manoel Philomeno de Miranda. "Não havendo morte, o triunfo do amor equivale à glória da verdade em que se apoia como manifestação da Divida Paternidade." ("In limine", págs. 20 e 21) 

7. Artêmis e Rafael - Artêmis de Alencar Ferguson aprendera desde cedo que a Divindade a tudo provê, jamais sobrecarregando as criaturas com padecimentos acima de suas forças. Por isso, apesar da dor que se lhe fazia mais profunda à medida que se passavam os anos, ela mantinha os lábios cerrados a qualquer queixa ou reclamação. Nascida numa Fazenda próspera de pequena cidade do interior da Bahia, recebera dos pais, especialmente de sua mãe, Adelaide, as necessárias forças para a re­sistência contra o mal. Ao lado da mãezinha -- nobre Entidade que lhe forjara o caráter na fé cristã austera --, Artêmis adquirira os conhe­cimentos iniciais da alfabetização, logrando desenvolver as faculdades intelectuais, conforme a época, cultivando as letras e conseguindo re­alizar uma bem fundamentada conquista nos bons livros, o que lhe cons­tituiria amparo moral para os cometimentos futuros. De hábitos singe­los, de vida recatada e moderada, apreciava a vida interiorana e tinha predileção pelas coisas do campo. Bem dotada de corpo, de mente e de alma, não se sentia abrasar pelos desequilíbrios da emotividade em desdobramento na quadra juvenil. Com seu temperamento calmo e voz doce, cativava, com sua presença simpática e a ternura natural, os servidores domésticos e os trabalhadores da casa, que lhe disputavam a amizade fraternal. Seu casamento, quando completou 18 anos, fora con­certado pela família, sem qualquer reação negativa de sua parte. Co­nhecera o futuro esposo, Rafael Duarte Ferguson, com 20 anos à época, numa das recepções domésticas em que, conforme os costumes da época, as famílias se aproximavam e as moças casadouras se tornavam conheci­das. Rafael procedia de um clã respeitável e era um moço bem dotado. Preferira a vida na Capital, desde que para ali fora, a fim de cursar o Liceu. Ambicioso, deixou de lado a carreira acadêmica -- real ambi­ção de seu pai -- para, dois anos antes do casamento, dar início à car­reira comercial. (Cap. 1, págs. 23 a 25) (Continua no próximo número.)



 


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