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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 5 - N° 244 - 22 de Janeiro de 2012

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

Grilhões Partidos

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 19)

Continuamos a apresentar o estudo do livro Grilhões Partidos, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e publicada inicialmente no ano de 1974.

Questões preliminares

A. Que consequências podem resultar das impressões do ódio quando sufocadas, em vez de diluídas no amor?  

Segundo dr. Bezerra de Menezes, os assuntos perniciosos sepultados sem a elucidação que os anula, ressurgem, quando menos se espera, em forma de ansiedade, frustração, receio ou insegurança. "As impressões do ódio, quando sufocadas, por falta de oportunidade de serem diluídas no amor, geram enfermidades que afetam o corpo e a mente", aditou o Benfeitor. (Grilhões Partidos, cap. 22, pp. 209 a 211.) 

B. Qual era o estado de Ester quando se deu seu reencontro com os pais?  

Cambaleante, exaurida e revelando na face o longo cati­veiro e o abandono que sofria, Ester parecia um escombro humano, alguém que saíra de um campo de extermínio, não de um Hospital. Logo que os pais a abraçaram, Ester foi acometida de uma vertigem, decorrente da debilidade e da emoção do en­contro. Logo depois, recobrou parcialmente a lucidez e foi levada à Casa de Jacarepaguá, mas, sem recobrar totalmente a razão, balbu­ciava palavras ininteligíveis, desconexas, entremeadas de soluços e suspiros entrecortados. (Obra citada, cap. 23, pp. 213 a 216.)

C. Como se chamava a mãe do soldado Matias e como se deu seu primeiro encontro com o Coronel Santamaria?  

Ela, que contava então pouco mais de 50 anos, chamava-se Abigail. O encontro foi amistoso e ela a tudo ouviu, paciente. Ao fim da conversa, o Coronel e ela encerraram o encontro com uma prece em fa­vor de Matias e deles mesmos. (Obra citada, cap. 23, pp. 216 a 220.)

Texto para leitura 

112. A finalidade da regressão ao passado - Joel, inspirado por Bezerra de Menezes, sugeriu que Ester fosse transferida para outro hospital em que pudesse receber assistência geral, ajudando-a no restabelecimento da saúde. Quando o Coronel retornasse da viagem à Bahia, ela poderia voltar a seu lar definitivamente. No novo hospital, além de se desin­toxicar dos fluidos deprimentes do Sanatório em que estava, quase sem medicação própria, ela teria nova convivência com sua mãe, que poderia visitá-la continuamente, concorrendo assim para sua pronta recuperação. O encontro em casa dos Santamarias terminou em meio ao júbilo ge­ral. Quando eles se dispersaram, Philomeno indagou a Bezerra: "Desde que os participantes da terapêutica do mergulho no passado não iriam guardar lembranças, por que a presença deles?" O Benfeitor Espiritual explicou-lhe que nenhuma experiência, mesmo as não recordadas, se perde em nosso cabedal de aquisições pessoais. "O importante, no caso, não é recordar o erro, mas dele libertar-se, expulsando o débito pra­ticado dos painéis da alma." Bezerra esclareceu então que os assuntos perniciosos sepultados sem a elucidação que os anula, ressurgem, quando menos se espera, em forma de ansiedade, frustração, receio ou insegurança. "As impressões do ódio, quando sufocadas, por falta de oportunidade de serem diluídas no amor, geram enfermidades que afetam o corpo e a mente", aditou o Benfeitor. Na verdade, o que ocorreu na­quela noite foi uma psicoterapia de grupo, através da qual se realizou uma catarse verbal com que se desarmaram as ciladas da ira e se despi­ram as personagens da vindita, da traição e da sombra. Fazendo com que os litigantes se recordassem das causas anteriores que os afligiam na atualidade, foi-lhes propiciado o ensejo de se enfrentarem, uns diante dos outros, sem ardis, nem desculpismo vulgar. "A recordação total, no en­tanto, para alguns, na esfera física, não treinados para a vida nos dois planos, simultaneamente, constituiria aflição e distonia desne­cessárias. Daí, a misericórdia do Senhor facultando-lhes o ol­vido", concluiu Bezerra. (Cap. 22, pp. 209 a 211) 

113. Ester sai do Sanatório - O capítulo traz no seu introito uma lição extraída do cap. XXVII, item 6, d' O Evangelho segundo o Espiritismo, em que se lê que é possível que Deus aceda a certos pedidos, sem per­turbar a imutabilidade das leis que regem o conjunto, subordinada sem­pre essa anuência à sua vontade. Preparava-se a remoção de Ester para uma Casa de Repouso recém-inaugurada, situada em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, que tinha à sua frente o Dr. Armando Bittencourt, verda­deiro sacerdote da Medicina e espiritualista abnegado que acreditava na reencarnação e conhecia os fundamentos das obsessões. O diretor-clínico do Sanatório, obviamente, opôs-se à remoção da enferma, mas o Dr. Albuquerque (médico pediatra e companheiro da família no Centro Espírita que todos frequentavam) dispôs-se a assumir as responsabili­dades do caso, ao lado do pai de Ester. O reencontro desta com seus genitores causou-lhes, contudo, uma surpresa dolorosa. O estado da filha lacerou-os. Cambaleante, exaurida e revelando na face o longo cati­veiro e o abandono que sofria, Ester parecia um escombro humano, alguém que saíra de um campo de extermínio, não de um Hospital. (Cap. 23, pp. 213 a 215) 

114. O Coronel vai a Salvador - Os pais abraçaram-na, mas Ester foi acometida de uma vertigem, decorrente da debilidade e da emoção do en­contro. Logo depois, recobrou parcialmente a lucidez e foi levada à Casa de Jacarepaguá. A jovem, sem recobrar totalmente a razão, balbu­ciava palavras ininteligíveis, desconexas, entremeadas de soluços e suspiros entrecortados... O Dr. Bittencourt determinou que nos primei­ros dias fossem evitadas maiores emoções, sugerindo a técnica sonote­rápica por um breve tempo, de modo a ajudar o organismo seviciado pela demorada conjuntura. Sua mãe poderia estar a seu lado. A expectativa da recuperação era promissora, porquanto, amenizado o fator cármico nos destinos da família, que estava vivamente interessada em recobrar a serenidade, os meios eficazes para a obtenção e preservação da saúde se faziam evidentes. Enquanto isso, o Coronel Santamaria se dirigia à cidade de Salvador, onde, com a ajuda de colegas de armas, logrou reu­nir informações que o permitiram encontrar em afastado bairro daquela cidade a casa da mãe de Matias. Era uma choupana pobre guindada em la­deira íngreme, mas a senhora Abigail ali não se encontrava, só de­vendo retornar a casa, segundo informações dos vizinhos, à noite. (Cap. 23, pp. 215 e 216) 

115. O Coronel encontra a mãe de Matias - Mais tarde, o Coronel regres­sou à casa da mãe de Matias. Eram vinte horas, e a senhora o aguar­dava, curiosa. Com pouco mais de 50 anos, cabeça quase branca, pele enrugada, D. Abigail revelava no semblante profundos sulcos de dor e de desventura. O traje humilde, assim como o lar, apresentava esmerado as­seio. Ao vê-la, o Coronel lembrou-se do "baiano", seu ordenança, e se comoveu ao ver a penúria em que por tantos anos aquela mulher vi­vera... No diálogo, ele explicou ter conhecido Matias na campanha da Itália. Abigail, ao ouvir a referência ao filho, desatou a chorar. Be­zerra de Menezes, que a tudo assistia, socorreu-a com providencial re­curso magnético, diminuindo-lhe a aflição e acalmando-a. O Coronel pôde então relatar à pobre mulher a razão de sua estada ali, histo­riando todos os acontecimentos, sem aludir, obviamente, ao processo obsessivo que Matias provocara em Ester. Falou de sua promessa ao filho e, por fim, explicou-lhe que, sendo espírita, estava desejoso de reparar o que considerava imperdoável esquecimento de sua parte. Con­tou por que aderira ao Espiritismo, reportando-se à enfermidade da filha e, por fim, expôs que Matias, comunicando-se mediunicamente, re­latara os sofrimentos dela e da irmã, fazendo-o desse modo recordar-se do compromisso que não tivera ocasião de regularizar. D. Abigail a tudo ouviu, paciente. Aquela confissão selava sagrada comunhão  espi­ritual, enfatizando os deveres entre as criaturas, todas irmãs, con­forme o en­sino de Jesus. Ele não lhe vinha trazer moedas, comprar a paz. Rogava-lhe apenas ajuda, compreensão e bondade, a fim de socorrê-lo com a ca­ridade de conceder-lhe a honra de tê-la como irmã. (Cap. 23, pp. 216 a 219) 

116. A mãe de Matias se diz espírita - A mulher não compreendia muito bem, pelo cérebro, tudo o que lhe era narrado. Todavia, sentia-o pelo coração, acabando, no fim, por revelar ao Coronel sua crença também no Espiritismo. Contou-lhe em seguida que suas dores atingiram o clí­max quando a filha, perturbada havia quase quatro anos, abandonara o lar e fora homiziar-se em reduto de degradação moral, onde a abandona­ram. Houve um dia que supôs enlouquecer. Ela ajoelhou-se na via pú­blica e gritou por Deus, desesperada, recordando que, se o filho não houvesse desencarnado, talvez lhe fossem evitados tantos sofrimentos. Não pôde precisar quanto tempo durou a desesperação, mas lembrava ter tido a sensação de que o filho acudira aos seus apelos, sem que isso signifi­casse qualquer luz em meio a tantas trevas... Algum tempo de­pois, pro­curou o socorro de uma Casa Espírita, onde vinha adquirindo a espe­rança e a paz. Ali fora informada de que o filho sofria no Além e ne­cessitava de suas preces intercessórias e das suas lembranças, sem má­goas nem rancores... Na mesma ocasião, soubera pela filha que esta o vira deformado, aterrador, o que sucedera outras vezes, causando na moça um horror indescritível. Josefa, a filha, era médium. O diálogo chegara ao fim. O Coronel pediu permissão para conversar com Josefa logo fosse possível e ambos encerraram o encontro com uma prece em fa­vor de Matias e deles mesmos. Com a oração a choupana modesta saturou-se de fluidos superiores. (Cap. 23, pp. 219 e 220) (Continua no próximo número.)


 


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