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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 5 - N° 243 - 15 de Janeiro de 2012

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

Grilhões Partidos

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 18)

Continuamos a apresentar o estudo do livro Grilhões Partidos, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e publicada inicialmente no ano de 1974.

Questões preliminares

 A. A ideia espírita de que a existência terrena nada mais é do que um elo na sucessão de nossas existências é confirmada neste caso em que Matias, Ester e Constâncio se comprometeram?

Sim. Por causa disso, as leis da vida reúnem os implicados nas tramas dos destinos, para que refaçam a vida, dispondo de todos os recursos, in­clusive das vinculações familiares, de modo que as dependências daí derivadas criem os vínculos para o reajustamento e o perdão, na pauta da ascensão vitoriosa para Deus. "Numa análise mais profunda – asse­verou Bezerra – constataríamos que o mesmo grupo procede de outros tipos de experiências, que engendraram os reencontros nos quais fra­cassaram há pouco, infelizmente." (Grilhões Partidos, cap. 21, pp. 198 a 202.)

B. De que, segundo o Dr. Bezerra de Menezes, dependeriam a saúde e a recuperação de Ester?

A saúde de Ester e sua recuperação depende­riam da diretriz que ela viesse a imprimir à sua vida. A mediunidade de que ela era portadora poderia ajudá-la a converter-se em ponte de misericórdia para resgatar os sofredores do desalento... O que dividi­mos com o próximo não diminui nossos recursos, antes os multiplica. Aquela era, portanto, uma batalha na qual não havia vencidos: todos sairiam triunfantes se lutassem com as armas da caridade e do bem. (Obra citada, cap. 21, pp. 202 a 204.)

C. Que ideia apresentou o Coronel Santamaria com relação à família de Matias?

A ideia do Coronel era ajudar os familiares de Matias monetariamente, com vistas a lhes propiciar melhores condições de vida e um futuro mais promissor. Foi-lhe dito então que ele não agiria sozinho, pois teria a cobertura do plano espiritual aos seus propósitos de auxílio à família do ex-soldado morto na Itália. (Obra citada, cap. 22, pp. 205 a 209.)

Texto para leitura

107. Maria do Socorro é internada num Convento - Ma­tias, du­rante as evocações, alternava lágrimas com ameaças, desespero com pro­messas de vingança... Despertado, sem que lhe fossem censuradas as recordações, permaneceu sob a custódia fraternal do enfermeiro de­sencarnado. Em se­guida, o mesmo recurso foi aplicado a Ester. Sua mente projetou na tela o desforço contra a sobrinha Maria de Socorro, que foi encami­nhada a um Convento de religiosas que cuidava de jovens equivocadas e iludidas. Ali, as infelizes moças viviam pra­ticamente sepultadas entre as fortes paredes do monastério-presídio, em que o desespero as aluci­nava e a revolta lhes marcava os espíritos por longos períodos e até mesmo em sucessivas reencarnações. No Con­vento das Religiosas Reforma­das de Nossa Senhora da Conceição, em Lis­boa, fez-se mãe, não voltando a ver a filha, encaminhada a outra instituição, que se dedicava aos órfãos e abandonados. Estavam agora reencarnadas: Maria do Socorro como Josefa, irmã de Matias, e sua filha, que ela não chegou a ver, como a mãe de Matias e sua própria mãe. Na mente de Ester novas ima­gens se formavam, apresen­tando nobre drama que a acarinhava, do Mundo Espiritual, e a quem ela, tentando fixar melhor, se dirigia supli­cando socorro... Ester chorava intensamente e, em breve, os recursos aplicados a trouxeram de novo à atualidade. Com passes ministrados em todos os personagens da trama descrita, retomaram os três as aparên­cias da atual jornada. Foi aí que Dona Margarida percebeu que era ela a mãe a que Eduardina se referira em suas súplicas, o que foi confir­mado por Bezerra de Menezes. Pensamentos de renovação e vontade de ajudar na solução daquele drama afloraram à mente de Dona Margarida e, sem que ela soubesse, projetaram-se também no aparelho receptor, que lhe re­gistrava as reflexões, acompanhadas por todos, inclusive por Ma­tias, que, surpreendido pela nobreza daquela senhora, se comoveu, sem domi­nar a emotividade que lhe aflorava superior pela primeira vez nos úl­timos anos de angustiante desassossego... (Cap. 21, pp. 198 a 200)

108. A Lei sempre reúne os litigantes - Bezerra de Menezes, quando disse a D. Margarida que ela fora também mãe de Ester na última encarnação, destacou a justeza das Leis, que reúnem os implicados nas tramas dos destinos, para que refaçam a vida, dispondo de todos os recursos, in­clusive das vinculações familiares, de modo que as dependências daí derivadas criem os vínculos para o reajustamento e o perdão, na pauta da ascensão vitoriosa para Deus. "Numa análise mais profunda – asse­verou Bezerra – constataríamos que o mesmo grupo procede de outros tipos de experiências, que engendraram os reencontros nos quais fra­cassaram há pouco, infelizmente". É por isso que é longo o caminho que deveremos percorrer antes do encontro com a felicidade almejada. "Nesse trilhar contínuo, iremos – disse o Mentor – desfazendo os erros e gravames deixados à orla da estrada, simultaneamente semeando flores de alegria e plantando ações de beneficência, que nos servirão de fiadores para os propósitos acalentados de santificação..." Na se­quência, Bezerra esclareceu que as impressões daquela noite seriam, no dia seguinte, diferentes, de acordo com o grau evolutivo das pessoas ali envolvidas. E, por fim, voltando-se para os membros do processo obsessivo de Ester, advertiu-os dizendo que todos eles  eram responsá­veis uns pelos insucessos dos outros. Não era necessário que solici­tassem perdão reciprocamente, mas inadiável que se ajudassem uns aos outros, conforme a recomendação de Jesus. (Cap. 21, pp. 200 a 202)

109. Uma luta sem vencidos - Bezerra de Menezes acrescentou: "A paz de Matias será decor­rência da caridosa ajuda fraternal do Coronel Santa­maria... Muito justo que o destruidor da esperança se converta em edi­ficador da ale­gria".  "Ninguém fruirá, jamais, o júbilo que não soube, ou não quis outorgar, ou repartir com o irmão em pranto, nascido do desazo de quem o afligiu." A saúde de Ester e sua recuperação depende­riam da diretriz que ela viesse a imprimir à sua vida. A mediunidade de que ela era portadora poderia ajudá-la a converter-se em ponte de misericórdia para resgatar os sofredores do desalento... O que dividi­mos com o próximo não diminui nossos recursos, antes os multiplica. Aquela era, portanto, uma batalha na qual não havia vencidos: todos sairiam triunfantes se lutassem com as armas da caridade e do bem. E ele então concluiu: "Não encerramos aqui os nossos compromissos espon­tâneos de solidariedade fraternal. Mudam-se, tão-somente, os mecanis­mos e locais de ação, para o futuro..." (Cap. 21, pp. 202 a 204)

110. O sonho de Ester - Abrindo o cap. 22, vê-se o ensino contido na questão 410 d' O Livro dos Espíritos, a respeito das ideias que nos surgem durante o sono. Provêm elas da liberdade do Espírito que se emancipa e que, emancipado, goza de suas faculdades com maior ampli­tude, mas decorrem também, com frequência, de conselhos que outros Es­píritos nos dão. No dia seguinte, como fora previsto por Bezerra de Menezes, os partici­pantes da reunião noturna traduziam suas impressões de maneira di­versa. Somente Joel conservava lucidez quase total das ocorrências fe­lizes. Os pais de Ester não se lembravam de nada, exceto que partici­param de uma reunião. Seu estado de ânimo era, contudo, ex­celente. O Coronel Sobreira despertara animado por incomum satisfação. Ele tinha a impressão de haver dialogado com Bezerra. Rosângela des­pertou pen­sando em Ester e, por isso, ao chegar ao Hospital, foi in­continenti ao Pavilhão onde a jovem estava internada, conseguindo permissão para se aproximar da enferma. Ester tinha os olhos imersos em lágrimas. Desa­parecera a expressão de ferocidade e voltara a ser uma jovem assus­tada, arrojada a singular local, sem maiores explicações. Dizia sen­tir-se melhor, embora confusa, cansada e com medo. Tudo aquilo lhe pa­recia um pesadelo... "Eu sairei daqui?", indagou. Rosân­gela afirmou-lhe que sim, e que seria em breve, mas para isso ela ne­cessitava cuidar-se, alimen­tar-se, a fim de alegrar seus pais. "Tenho pais?" – inquiriu Ester, algo surpresa. "Se tenho, por que não me visitam? Você os conhece?" Em seguida, contou que só se lembrava de um homem que desejava matá-la. Logo de­pois ele se transformava num mancebo muito belo, que lutava com um pa­dre perverso... Ester guardava a impressão de que iriam matá-la e tinha medo... (Cap. 22, pp. 205 a 207)

111. Os planos de ajuda à mãe de Matias - Rosângela buscou acalmá-la, su­gerindo-lhe ideias agradáveis. A auxiliar de enfermagem não tinha dú­vida: Ester realmente recobrava a lucidez. À noite, após a reunião de estudos no Centro, os pais de Ester convidaram os amigos de sempre para um lanche em sua casa, onde o Coronel pretendia expor-lhes os planos de ajuda à mãe e à irmã de Matias. Ele pensava em ajudá-las mo­netariamente, mas receava não ser bem compreendido. Sobreira disse-lhe que não se afligisse. O essencial eram os seus propósitos de amizade e cooperação. Joel também interveio: "Forrados de intenções superiores, defendemo-nos das arremetidas negativas de qualquer procedência". E lembrou-lhe que o Coronel não agiria sozinho, pois teria a cobertura do plano espiritual aos seus propósitos de auxílio à família do ex-soldado morto na Itália. Expostas as ideias, D. Margarida indagou a Joel se ele poderia esclarecer algo a respeito das ocorrências da noite anterior. A interrogação recebeu apoio de todos, e o médium, vi­vamente inspirado por Bezerra de Menezes, fez um resumo feliz, apre­sentando correlações nos fatos, aclarando pontos obscuros, narrando as malogradas experiências dos envolvidos na questão supliciante. Por fim, Rosângela relatou seu encontro com Ester e as melhoras que perce­beu na jovem enferma, notícia essa que levou seus pais às lágrimas. (Cap. 22, pp. 207 a 209) (Continua no próximo número.)



 


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