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Crônicas e Artigos

Ano 5 - N° 242 - 8 de Janeiro de 2012

WELLINGTON BALBO
wellington_balbo@hotmail.com
Bauru, SP (Brasil)

Bater ou não bater,
eis a questão

Com ou sem palmada, educar os filhos é a missão primordial dos pais. Há os que defendem a palmada como forma de educar, alegando que as receberam e são pessoas de bem, e há os que defendem a posição de que para educar não é preciso dar palmadas. Eu, por exemplo, tomei palmadinhas e palmadões e ainda assim fiz muita besteira nesta vida. Em meu caso não sei se as palmadas resolveram muita coisa.

A verdade é que hoje as palmadas estão saindo de moda. Poucos pais a utilizam para educar. No entanto, saiu a palmada e entrou em ação a permissividade. Tudo pode, tudo vale. É proibido proibir os filhos. Atualmente os pais permitem muito e cobram pouco. E como cobram pouco, quando cobram, geralmente os filhos torcem o nariz para pagar. Óbvio, não estão acostumados.

A chamada geração Z está crescendo muito mimada e sem ideia de responsabilidade, entretanto, não quero generalizar. Se você é um pai ou mãe que consegue impor limites aos filhos, ensiná-los a como gastar, ou, melhor dizendo, a como não gastar o seu dinheiro, a apreciar o estudo e respeitar o semelhante está no caminho certo.

Outro dia presenciei uma cena muito interessante do Gustavo, um velho amigo. A filha, uma adolescente de 15 anos, queria ir a um baile com as amigas. O Gustavo, sempre reticente quando a questão se refere a balada, disse à filha que ela não iria ao baile. Mas ela teimou, insistiu, a mãe entrou no meio da conversa pra negociar e, por fim, chegou o exército muito bem armado: as amigas da filha do Gustavo, implorando para que ele deixasse a garota ir ao baile. “Deixa, tio, por favor.” – pediam as meninas com aquela voz manhosa.

E após muita conversa e negociação ficou decidido o seguinte: Gustavo cederia e deixaria a garota ir ao baile, porém... Ah, porém, sempre ele no meio; a filha deveria apresentar o boletim no 4º. bimestre (aquele bimestre que muitos alunos costumam desprezar por já terem fechado as notas) com a média acima de 7,0. Caso isso não ocorresse, a garota passaria toda a época de férias sem poder sair de casa, e estudando... A menina, com a irreverência própria dos adolescentes, afirmou empolgada: “Tirar 7,0 na escola é mamão com açúcar! Puxa, pai, o senhor nem exigiu muito!”. E Gustavo respondeu: “É para você poder pagar, minha filha!”. Prevenido como todo pai, Gustavo escreveu documento de próprio punho para que a filha assinasse e então selassem o acordo. E assim foi feito. Papel assinado e meninas contentes. A filha de Gustavo saiu naquela noite.

E os dias transcorreram tranquilamente até que chegou o momento de pagar a fatura, ou seja, de a filha mostrar o boletim ao pai. Era uma sexta-feira. Gustavo pediu o boletim e para sua surpresa não havia açúcar naquele mamão, mas, sim, sal. A filha não cumprira com o combinado e as notas estavam bem abaixo do medíocre 7,0 acertado dias atrás. Em poucas horas lá estavam as amigas da filha de Gustavo pedindo a ele para que cedesse e deixasse a garota ir ao shopping. Ele apenas retirou de seu bolso o documento assinado pela filha e o mostrou para todas elas dizendo: “Eis o documento; eu cumpri com a minha parte no combinado, agora, minha filha, é a sua vez!”.

A garota, inconformada, redarguiu: “Mas pai, terei que ficar em casa estudando as férias inteiras?”. E Gustavo arrematou sem palmadas: “Exatamente, minha filha, o que é combinado não é caro”. E, virando-se para as amigas de sua filha, pediu licença para que a sua menina pudesse começar em breves minutos a estudar Geometria.

Gustavo não bateu, mas também não foi permissivo. Será que educou?


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita