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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 5 - N° 241 - 1º de Janeiro de 2012

 


A chegada

 

Uma luz surgiu no céu estrelado como facho resplandecente cortando o espaço.

Caminhando na estrada escura, com dificuldade, o pequeno Ismael ficou paralisado. Naquele instante, um sentimento profundo de amor inundou seu coraçãozinho, que batia apressado.

Uma imensa certeza o dominou. Era Ele, o Salvador do Mundo, que chegava! O Messias tão esperado pelo seu povo!

Elevou as mãos para o alto, enquanto lágrimas de alegria desciam-lhe pelo pequeno rosto moreno.

Ismael era um garoto como tantos de sua idade. De família muito pobre, mal conseguia o suficiente para sobreviver. Era pequeno ainda,

mas já ajudava seu pai nos cuidados com a terra, e também a mãezinha nas tarefas domésticas.

A esperança, porém, sempre fora sua companheira constante. Amava a Deus com todas as forças e em seu íntimo sabia que aquele Messias tão bom ia chegar. Não sabia quando, mas o esperava com muita ansiedade.

Nas noites de frio, a família, aconchegada ao redor do fogo, gostava de ouvir seu pai contar as profecias que falavam da vinda do Salvador. E adormecia tranquilo, sonhando com uma época diferente, em que todos iriam se amar.

Certo dia, sua mãezinha caiu doente. Ardia de febre no leito e todos temiam por sua vida. Sem poder afastar-se de perto dela, o pai pediu a Ismael que fosse procurar Samaia, uma velha curandeira, que entendia de ervas e que, na falta de um médico, era a única pessoa na cidade que poderia socorrê-los naquela emergência.

Ismael não hesitou. O pai lhe explicou como chegar até Samaia e, colocando a mão em sua cabeça, disse:

— Que o Senhor o abençoe, meu filho. Tenha cuidado e não pare para falar com estranhos, pois a cidade está repleta de forasteiros que vieram para o censo.

Moravam em Belém e, exatamente nesses dias, por força de uma ordem do rei, que desejava saber quantos habitantes existiam no país, todos os moradores haviam se deslocado de suas casas, deixando suas cidades, para darem seus nomes.

Caminhando apressado pelas ruas, Ismael procurava não desviar sua atenção distraindo-se com o barulho dos forasteiros. Mas o som de música, de grupos que dançavam, era contagiante; o cheiro de perfume, misturado com peixe frito, de condimentos, de pão saído do forno, atingia seu olfato. E ele estava faminto. Nada tinha comido naquele dia.

Aos poucos, o barulho da cidade foi diminuindo, ficando para trás. Agora, caminhando pela estrada, em meio à escuridão, Ismael sentia medo. A noite enchera-se de outro tipo de sons: de animais estranhos que vinham de todos os lados. E ele encolhia-se, com os olhos arregalados, mas prosseguia sempre. Precisava encontrar Samaia, única pessoa capaz de socorrer sua mãe.

Olhando o céu estrelado, Ismael pensava: Por que sofria tanto? Qual a razão de sua vida ser tão difícil, quando outras crianças tinham tudo? E agora, a mãezinha doente! Ele tinha medo de perdê-la.

— Senhor, proteja minha mãe!

Nesse momento, Ismael viu que o manto estrelado da noite foi inundado por uma luz muito brilhante. E o facho luminoso se deslocava pelo céu, descendo até encontrar-se com a Terra, em algum ponto não muito distante.

O que causou maior estranheza ao menino é que o facho de luz parecia composto de infinitos pontos brilhantes, como seres belos, sorridentes e luminosos e que, por estarem muito juntos, pareciam ser uma única luz.

Ismael sentiu o peito inflar-se de uma nova esperança. Intimamente, algo lhe segredava que era o Messias, com sua corte angélica, que chegava ao mundo. Tudo seria diferente dali por diante. Uma Nova Era iria começar para a humanidade.

Apressou o passo. Tinha urgência de encontrar Samaia. Sabia que sua mãezinha ficaria curada.

Sem dificuldade localizou a mulher e pediu-lhe que fosse ver sua mãe. Prestativa, a senhora o acompanhou de volta a Belém.

Embora com o coração em festa, Ismael nada contou sobre o que tinha visto. Ao chegar a casa, levando Samaia pela mão, sabia que tudo estava bem. Entrou no quarto e encontrou sua mãezinha sentada no leito, já sem febre, tomando um gole de chá que uma vizinha lhe tinha trazido.

Com um sorriso no rosto, ele disse:

— Mãe! Graças ao Messias, a senhora está curada!

— O que você está dizendo, meu filho? — perguntou o pai, intrigado.

E Ismael relatou, com seriedade e emoção:

— Meu pai, nesta noite, o Salvador desceu ao mundo.

E ante a perplexidade de todos, contou o que acontecera. E tal era a riqueza de detalhes, que ninguém teve dúvidas em acreditar nas palavras do menino.

Emocionados, ajoelharam-se para orar a Deus, agradecendo-lhe a bênção de estarem vivendo nessa época em que tão grandes coisas iriam acontecer.

 

                          TIA CÉLIA



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita