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Um minuto com Chico Xavier
Ano 5 - N° 239 - 11 de Dezembro de 2011
JOSÉ ANTÔNIO VIEIRA DE PAULA
depaulajoseantonio@gmail.com
Cambé, Paraná (Brasil)

 

Há muitos anos, procurou-me uma senhora que eu não conhecia, e que, apresentando-se bastante ansiosa, assim se manifestou: “Eu tenho mediunidade, porque eu vejo espíritos de pessoas que já morreram e que falam comigo. Que devo eu fazer? Terei eu uma missão?”       .

Procurando me orientar pelas obras basilares do Espiritismo, cujos ensinamentos são bastante claros sobre o assunto, assim lhe respondi: “Minha irmã, missão todos nós a temos, a de nos transformarmos moralmente para melhor e a de colaborarmos na transformação do mundo onde vivemos (lembrava-me da questão 132, de “O Livro dos Espíritos”). Lembrei-me, também, do próprio testemunho do Codificador, registrado no livro “Obras Póstumas”, quando alguns Espíritos, comunicando-se em reuniões distintas, aventaram a ideia de ele, professor Rivail, estar se desincumbindo de uma missão. Então, assim que o professor pôde estar em conversação com seu guia maior, o Espírito Verdade, ele fez essa pergunta: “Bom Espírito, desejaria saber o que pensais da missão que me foi assinada por alguns Espíritos”. 

E, entre outras informações, o Espírito Verdade assim se manifestou sobre sua missão: “Ela não pode ser justificada senão pela obra realizada, e ainda nada fizeste”.

Recordando essa passagem, disse a tal senhora que, para nós, os espíritas, um missionário seria alguém que já tivesse concluído uma missão... E, também, acrescentamos: “É importante ressaltar que a mediunidade, conforme orientação do mestre lionês, não tem caráter, podendo ser usada por alguém para saciar um prazer, de forma vulgar, ou podendo ser usada, por essa mesma pessoa, quando imbuída de compaixão por outrem, para aliviar um sofrimento”.

A narrativa de Arnaldo Rocha, registrada no livro “Chico Xavier – Mandato de Amor”, editado pela União Espírita Mineira, relata um fato da vida de Chico que exemplifica muito bem como a mediunidade fica à disposição do livre-arbítrio de cada criatura.

Ouçamos a história:

“Nosso querido amigo há muito claudicava. Doía-lhe um pé. Dr. José Rocha, médico vizinho e amigo, já lhe ministrara medicamentos sem, contudo, minorar seu sofrimento. Dr. Rômulo, um admirável gerador magnético, já lhe havia aplicado assistência fluidoterápica. Eu, de minha parte, também colaborara, dentro de minhas limitações. Tudo de pouca valia! As dores persistiam, fazendo Chico manquitolar horrivelmente. Os funcionários da Fazenda Modelo retornavam às suas casas servindo-se de uma charrete – ‘O Charretão’ – puxada por dois belos cavalos da raça Pocherrão. O veículo adentrava a cidade por uma rua onde se localizava, então, o meretrício.

Uma tarde, Chico e seus companheiros, ao passarem pelo ‘Biriba’ – designação vulgar dada ao logradouro – foram abordados por uma das moças que habitavam o lugar. E dirigindo-se a Chico, disse:

- Venha até minha casa. Preciso lhe falar.

Gracejos, motejos, risadas e comentários infelizes fizeram-se ouvir. Chico desceu do carro, com dificuldade, acompanhando a moça até sua residência.

Todas as meretrizes que lá viviam receberam-no com profundo respeito, oferecendo-lhe uma cadeira, na qual Chico assentou-se.

A moça que o abordara trouxe uma pequena bacia, com água limpa. Humildemente, pediu-lhe permissão para descalçá-lo dos sapatos, colocando seu pé doente dentro da bacia. Segurando raminhos de flores do campo, a moça rezou e todas as outras a acompanharam, contritas. Ela molhava os raminhos e os batia, delicadamente, no pé de Chico, repetidamente, por várias vezes. Em seguida, enxugou-o, beijou-o e o calçou novamente.

Dois dias depois, chorando de emoção, Chico contou-nos o que presenciara na casa de encontros. Através de sua vidência, registrou que o líquido da bacia foi ficando escuro e lodoso, à medida que a mulher banhava-lhe o pé, fazendo com que a dor se esvaísse lentamente. Para todos os presentes, a água manteve-se inalterada, límpida, nada mudara.

Chico nunca mais sentiu tal dor. A pobre meretriz, no ato humilde, no gesto simples, na bacia insignificante e os raminhos de mato, mais que nós outros, colocara em sua oração algo sublime e operador de milagres: o amor!”



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita