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Crônicas e Artigos

Ano 5 - N° 239 - 11 de Dezembro de 2011

GEBALDO JOSÉ DE SOUSA 
gebaldojose@uol.com.br
Goiânia, Goiás (Brasil)
 

Evolução
 

A evolução é tema complexo. A compreensão integral da marcha evolutiva do Espírito é coisa que nos escapa, na fase em que nos encontramos. Sabemos que ela se dá e é conquista de cada ser, mas nossa percepção dessa jornada é fragmentária.

Desconhecemos nosso início, desde a mônada fundamental, e os passos dados por esse princípio inteligente, na esteira dos séculos, até o estágio atual. É trajetória fascinante que um dia haveremos de compreender na sua plenitude.

Sobre o assunto, encantam-nos os sonetos abaixo transcritos, nos quais os poetas, realizando sínteses admiráveis, expressam com beleza e rara felicidade os passos dessa caminhada do Espírito

JORNADA (1)

Adelino da Fontoura Chaves
 

Fui átomo, vibrando entre as forças do Espaço,

Devorando amplidões, em longa e ansiosa espera...

Partícula, pousei... Encarcerado, eu era

Infusório do mar em montões de sargaço.
 

Por séculos fui planta em movimento escasso,

Sofri no inverno rude e amei na primavera;

Depois, fui animal, e no instinto da fera

Achei a inteligência e avancei passo a passo...


Guardei por muito tempo a expressão dos gorilas,

Pondo mais fé nas mãos e mais luz nas pupilas,

A lutar e chorar para, então, compreendê-las!...


Agora, homem que sou, pelo Foro Divino,

Vivo de corpo em corpo a forjar o destino

Que me leve a transpor o clarão das estrelas!...


EVOLUÇÃO
(2)

Antero de Quental (1842-1891)

Fui rocha, em tempo, e fui, no mundo antigo,

Tronco ou ramo na incógnita floresta...

Onda, espumei, quebrando-me na aresta

Do granito, antiquíssimo inimigo...

 

Rugi, fera talvez, buscando abrigo

Na caverna que ensombra urze e giesta;

Ou, monstro primitivo, ergui a testa

No limoso paul, glauco pascigo...

 

Hoje sou homem — e na sombra enorme

Vejo, a meus pés, a escada multiforme,

Que desce, em espirais, na imensidade...

 

Interrogo o infinito e às vezes choro...

Mas, estendendo as mãos no vácuo, adoro

E aspiro unicamente à liberdade.


EVOLUÇÃO
(3)

Rubens C. Romanelli

De muito longe venho, em surtos milenários;

Vivi na luz dos sóis, vaguei por mil esferas

E, preso ao turbilhão dos motos planetários,

Fui lodo e fui cristal, no alvor de priscas eras.

 

Mil formas animei, nos reinos multifários:

Fui planta no verdor de frescas primaveras

E, após sombrio estágio entre os protozoários,

Galguei novos degraus: fui fera dentre as feras.

 

Depois que em mim brilhou o facho da razão,

Fui o íncola feroz das tribos primitivas

E como tal vivi, por vidas sucessivas.

 

E sempre na espiral da eterna evolução,

Um dia eu transporei os círculos do mal

E brilharei na luz da Essência Universal.


A síntese, em tema complexo e de forma tão abrangente, sobretudo vazada em soneto, é admirável. Partem do princípio ao puro Espírito!

ADELINO da FONTOURA Chaves nasceu em Axixá, Maranhão, em 30.03.1855 e desencarnou em Lisboa, Portugal, em 02.05.1884.

Foi, portanto, contemporâneo do poeta português, ANTERO Tarquínio de QUENTAL, que viveu de 1842 a 1891; contudo, o soneto de sua lavra foi psicografado neste século, pelo médium Francisco C. Xavier, e publicado em 1962.

Teria o Espírito conhecimento dos textos do vate lusitano e do Professor Romanelli? E este último conheceu os outros dois sonetos? Afinal, são especulações irrelevantes, uma vez que são criações distintas, enfocando o mesmo assunto.

Quanto ao Professor Rubens Romanelli, a segunda edição de "O Primado do Espírito" não oferece seus dados biográficos. Indica apenas datas de publicações de livros e discursos de sua autoria, no período que vai de 1940 a 1960, em Belo Horizonte, MG.

Sentimo-nos no dever de divulgar as três peças literárias, para compartilhar esses preciosos tesouros com aqueles que sabem apreciar o belo e reconhecem a evolução como dádiva celeste

 

Referências bibliográficas: 

1. XAVIER, Francisco C. Antologia dos Imortais. 2ª. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1983. 345p. p. 33/4;

2. MESQUITA, Ary (org.). O Livro de Ouro da Poesia Universal. Rio de Janeiro: Ediouro, 1988. 533p. p. 490;

3. ROMANELLI, Rubens C. O Primado do Espírito. 2ª. ed. Belo Horizonte - 1960 (Não menciona Editora). O livro "O Primado do Espírito" foi reeditado por "Publicações Lachâtre". 



 


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