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Crônicas e Artigos

Ano 5 - N° 236 - 20 de Novembro de 2011

LEONARDO MACHADO
leomachadot@gmail.com
Recife, PE (Brasil)
 

 Impermanência

Cântico VI [1]

Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.

E então serás eterno.

Cecília Meireles

(1901-1964)

 

A poetisa nos remete à transitoriedade à qual a vida se submete.

Aqui, a morte chega para um parente; ali, o adeus da despedida de um ente que se muda de país; alhures, a perda de uma posição levando a uma nova rotina; além, os dias que se passam trazendo novas incumbências; acolá, uma etapa estudantil que se conclui abrindo novas portas e novos desafios...

Em tudo, assim, a mudança faz um convite e a música do existir tende a modificar o seu compasso.

A isto o Budismo dá o nome de impermanência. Esta ideia explica que tudo aquilo que se conhece, tanto no mundo interno, quanto no externo, encontra-se em constante estado de mudança.

Antes, por exemplo, a matéria era vista como algo estático e imutável. Com o avançar da ciência, porém, postulou-se que ela tem uma natureza muito complexa, e, além de ser energia condensada, é constituída por diminutas partículas que se movimentam continuadamente, além de estas terem, particularmente, uma realidade relativa. 

De igual modo, o próprio ato de viver implica uma modificação incessante no modo de pensar, de ver o mundo e de sentir as coisas.

Desta maneira, vive-se em um incessante vir-a-ser.

O Espiritismo, por sua vez, dá grande ênfase neste ponto. Fala, assim, dentre outras coisas, da evolução pela qual passam os seres e os planetas; bem como, da imprescindível renovação interior das criaturas no processo de crescimento espiritual.

Igualmente, observa-se nas palavras de Jesus um toque de transição. O sermão do monte, por exemplo, remetendo às bem-aventuranças do hoje, faz vislumbrar a mudança e a sublimação do amanhã. Por isto, ele dissera: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam”. [2]

É importante, pois, acostumar-se com esta noção de transitoriedade, procurando eleger valores mais perenes que possibilitem maior cota de tranquilidade diante das mudanças da vida.
 


 

[1] Poesia do livro “Antologia Poética” da poetisa carioca, considerada atemporal, Cecília Meireles.

[2] Mt 6:19


 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita