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Crônicas e Artigos

Ano 5 - N° 234 - 6 de Novembro de 2011

SIDNEY FRANCEZ FERNANDES
1948@uol.com.br

Bauru, São Paulo (Brasil)


Um cadáver muito vivo


1958. Morávamos em Bebedouro (SP). Durante o dia, o trabalho. À noite, frequentávamos o centro espírita. Concentrados, aguardávamos a comunicação do guia espiritual que iria encerrar a reunião. Pai Ernesto sempre tinha uma palavra de carinho ou orientação para todos os frequentadores. Após as saudações, discorreu brevemente sobre o tema evangélico da noite, concitando todos nós à prática do bem. Ao final, dirigiu-se especificamente a mim e à minha esposa:

Zezinho e Ernestina.

Estamos aqui, Pai Ernesto.

Josino está doente! (Josino era irmão de Ernestina, minha esposa.) – Precisa da ajuda de vocês lá em Catanduva. Vocês precisam visitá-lo! E logo!

Josino havia se mudado para Catanduva há três meses, em busca de trabalho melhor. Naquela época as comunicações e as estradas eram muito precárias. Não tínhamos notícias do cunhado desde sua partida. A mensagem do Espírito nos deixou profundamente preocupados.

Crianças pequenas, dinheiro curto, decidimos que na madrugada do dia seguinte eu iria pegar a jardineira para Catanduva. Ernestina ficaria em Bebedouro cuidando dos pequenos.

E o que aconteceu naquela viagem, ficou para sempre na história. Madrugada, chovendo muito, peguei a jardineira. Como único meio de transporte, logo o veículo ficou lotado. Estrada barrenta, um pinga-pinga em todas as fazendas do trecho. Foi quando apareceu Toshio. O motorista foi logo falando: – Japonês, não há mais lugar aqui dentro. Só em cima do ônibus! Contrariado, Toshio não teve alternativa. Subiu para o gradil superior, onde estavam amarradas as malas e as encomendas. No meio das mercadorias, havia nada menos do que um caixão-de-defunto. E o povo achava absolutamente natural aquela convivência entre passageiros e encomendas. Não havia outro jeito!

Espertamente, para esconder-se da chuva que não parava, o japonês entrou dentro do caixão-de-defunto. Com o sacolejar do ônibus, bem acomodado, Toshio dormiu. E outros passageiros foram recolhidos durante o percurso, até que no teto do ônibus não cabia mais qualquer viva alma. Ônibus lotado. Vencendo o barro, a jardineira aproximava-se valentemente de Catanduva. Numa curva mais acentuada, Toshio acordou. Lentamente levantou a tampa do caixão e inocentemente perguntou aos demais passageiros de cima do ônibus:

Já parou a chuva?

Do interior, vimos uma “chuva de gente”! Todos os passageiros de cima do ônibus pularam para o barro da estrada. Só sobrou o japonês. Espantado, Toshio tentava explicar-se ao motorista, que parou a jardineira imediatamente: – Eu só perguntei se a chuva tinha parado...

A história do cadáver que havia renascido até hoje é conhecida pelos mais antigos de Bebedouro e Catanduva. Quando cheguei para visitar meu cunhado, logo constatei que seu problema era mais espiritual do que físico. Contei a ele que tinha sabido da sua doença através do guia espiritual do nosso centro espírita. Mas a sua melhora começou mesmo quando lhe contei a história do japonês que havia saído do caixão-de-defunto, colocando em polvorosa os passageiros que presenciaram o “fenômeno”.

As boas risadas desopilaram seu fígado. Mas até hoje há pessoas que juram ter visto o cadáver de um japonês “renascendo” em cima de uma jardineira barrenta. 

 

Nota do Autor: 

Não obstante esta mesma história ter sido veiculada por muitos órgãos de comunicação, inclusive com ilustrações, esta é a história original, que me foi contada pelo próprio protagonista do episódio. As demais são reproduções do original. 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita