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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 5 - N° 232 - 23 de Outubro de 2011
ANTONIO AUGUSTO NASCIMENTO
acnascimento@terra.com.br
Santo Ângelo, Rio Grande do Sul (Brasil)

 
João Elias Blanco Lançanova:

“O Espiritismo é Jesus que volta de braços abertos, descrucificado, ressurreto e vivo”

Vinculado à Casa Espírita Joanna de Ângelis, o confrade fala sobre o movimento espírita pertinente à fronteira sul do Brasil

 

Dinâmico dirigente espírita, João Elias Blanco Lançanova (foto) relata sua experiência no trabalho que tem realizado no movimento espírita da fronteira sul do Brasil, a partir de Alegrete, cidade localizada no Rio Grande do Sul, a 506 quilômetros de Porto Alegre-RS. Militar da ativa, casado e com quatro filhos, o confrade oferta-nos na presente entrevista lúcidas considerações sobre a postura do espírita nestes dias de transição planetária.    

Por que você escolheu ser espírita? 

Nasci em uma família cuja orientação era

evangélica (Assembleia de Deus). Sem encontrar respostas racionais e lúcidas para as questões que me angustiavam, na pré-adolescência resolvi tornar-me católico, e depois passei por um período de ceticismo, quando busquei conhecer doutrinas espiritualistas, tais como a Rosacruz e a Teosofia. Nesse período li a obra de Gibran Kalil Gibran, principalmente o livro “Jesus o Filho do Homem”, que ainda consulto com frequência, por tê-lo como uma das mais extraordinárias obras escritas sobre Jesus. Nesse mesmo período conheci o Espiritismo, em cujos princípios encontrei as respostas para as minhas dúvidas, um incomensurável consolo e um roteiro seguro de paz e alegria, baseado nos ensinos de Jesus, que estou apreendendo a venerar como Modelo e Guia para uma vida em plenitude.  

Quantos Centros Espíritas há em Alegrete e como o Espiritismo é visto pela sociedade local? 

Atualmente são cinco Casas Espíritas, sendo três filiadas à FERGS – Federação Espírita do Rio Grande do Sul. O Espiritismo é visualizado pela sociedade alegretense como uma doutrina capaz de oferecer respostas lógicas às questões que inquietam o ser humano, bem como uma diretriz de profunda consolação e saudável convite para a convivência social e o exercício da real fraternidade, com respeito ao direito dos demais cidadãos.  

Em qual Centro Espírita participa? Quais as atividades em que colabora? 

Participo na Casa Espírita Joanna de Ângelis. Atualmente sou responsável pelo DEDO, coordenador de Grupo de Estudo, expositor doutrinário e responsável pelo Programa Momento Espírita, além de participar de um grupo de atividades mediúnicas. 

Anualmente você tem promovido o AMARTE. Em que consiste esse evento e quais têm sido suas repercussões? 

O AMARTE é um encontro regional, cuja finalidade é reunir os espíritas da 7ª Região da FERGS, para estudo e reflexão em torno de um tema previamente estabelecido, bem como proporcionar o reencontro, a confraternização e a convivência entre os irmãos das demais cidades, tal como acontece com os demais eventos regionais (ACAMPE, CONJER, Encontro da Família, em Itaqui e o FORUM em Uruguaiana). 

Como tem sido a divulgação do Espiritismo fora das casas espíritas? 

A divulgação doutrinária deveria ter na conduta de seus profitentes a mais eloquente divulgação. Atualmente o carro chefe da divulgação é o Programa Momento Espírita, que vai ao ar todos os sábados das 8h30min às 9h, pela Radio Alegrete, 590 AM (Rede Tchê), cujo alcance abrange todo o interior do nosso município, estendendo-se ainda aos municípios vizinhos, além de ser transmitido via Web. Também fazemos a distribuição de periódicos e mensagens impressas junto às demais Instituições Espíritas e frequentadores da casa. 

Fale-nos um pouco da história e do momento atual do Espiritismo na fronteira sul do Brasil.

Há mais ou menos 19 anos, tomando consciência de que os espíritas da região não se conheciam nem se visitavam, resolvemos procurar os companheiros das demais cidades. Inicialmente entramos em contado com o nosso irmão Alfredo Godoi Vargas, de Itaqui, já desencarnado, Leoni Samuel Echeverry e Alajandro Benites, este também já desencarnado, ambos de Uruguaiana, e Paulo Caetano, de São Borja, iniciando uma troca de conhecimento e experiência através de palestras e exposições, fato que posteriormente gerou os nossos encontros regionais. Hoje o Movimento Espírita encontra-se bem estruturado, com uma boa troca de experiências. Estamos buscando a qualificação, enquanto estruturamos a Unificação com base na bandeira de Allan Kardec: “Trabalho, solidariedade e tolerância”. Nossos desafios são os mesmos encontrados em outros rincões do Estado e do país, mais ligados às nossas imperfeições morais do que aos postulados doutrinários, cuja proposta de união e unificação é muito clara e precisa. 

Qual o auxílio que o Movimento Espírita da fronteira sul tem oferecido aos espíritas do Uruguai? 

Por intermédio do Centro Espírita Chapot Prevost, de Quaraí, está havendo um bom intercâmbio com os nossos irmãos uruguaios, através do qual têm eles participado dos nossos eventos regionais e municipais, com excelentes resultados para uma integração que almejamos já há algum tempo. 

Qual a importância atribuída ao Evangelho no Lar e como vocês o incentivam? 

O Evangelho no Lar é um encontro marcado com Jesus em nosso cadinho de experiências evolutivas, o nosso lar. É como se retrocedêssemos dois mil anos, naquele dia e naquela noite entre as colinas, quando a brisa do Seu Amor despertou-nos do longo letargo em que jazíamos, para que tomássemos consciência da nossa realidade, da nossa origem e do nosso glorioso destino. É a oportunidade em que Sua misericórdia nos alcança de tê-lo junto a nós, as ovelhas desgarradas do Seu Rebanho. Nessa oportunidade Ele nos visita, conforta-nos e esclarece nossas dúvidas, iluminando-nos com a lucidez necessária para não nos desviarmos do objetivo que programamos para a presente reencarnação. Cultivar esse hábito saudável é mantermos nossa ligação com esse Espírito Angélico, que nos tutelou desde o princípio, para nos conduzir à plenitude da paz e da felicidade, nossa destinação final. Incentivamos o seu cultivo pelo nosso exemplo, pela nossa vivência evangélica no dia-a-dia. 

Você, que participa regularmente das atividades espíritas, que visão tem acerca do movimento espírita em solo brasileiro? E quais são, a seu ver, os desafios a serem enfrentados nos próximos anos? 

Nada obstante as dificuldades encontradas, todas filhas das nossas imperfeições morais, penso que o Movimento Espírita cumprirá a sua finalidade de unir os espíritas dos dois planos da vida em torno da finalidade da Doutrina Espírita: “a transformação moral da humanidade”, através dos seus objetivos intermediários: “esclarecer e consolar”. O Espiritismo encontrou na terra dos corações do povo brasileiro o solo fértil para produzir os frutos da paz e da concórdia, e isto irá desaguar no despertar da fraternidade, do amor entre os irmãos. Pessoalmente falando, meu desafio para os próximos anos continuará a ser o mesmo que me levou para as fileiras do Consolador: domar as minhas más inclinações, libertar-me das cadeias da ignorância, vencer o domínio do orgulho e do egoísmo que ainda me caracterizam, superar a vaidade, que ainda me espicaça aqui e ali, além de permanecer fiel a Jesus, a Allan Kardec e aos princípios doutrinários.  

Suas palavras finais. 

Agradecendo a Deus, Pai Nosso, e a Jesus, Nosso Bom Pastor, pela oportunidade que a revista O Consolador nos oferece, fazemos nossas as palavras do paternal Benfeitor Bezerra de Menezes: para mim “O Espiritismo é Jesus que volta de braços abertos, descrucificado, ressurreto e vivo, cantando a sinfonia gloriosa da solidariedade”. “Ser espírita é encontrar o tesouro da sabedoria.” Que possamos dar-nos as mãos! Que as nossas diferenças opinativas sejam limadas e os nossos ideais de concordância sejam praticados. Que quaisquer pontos de objeção tornem-se secundários diante das metas a alcançar, a vivência da fraternidade suprema. Que nas dificuldades de relacionamento nas fileiras do nosso Movimento Espírita, possamos nos esquecer de nós mesmos, dos nossos pontos de vista, das nossas idiossincrasias e vislumbrarmos a Alvorada Gloriosa na Nova Era que já se anuncia para aqueles que têm olhos de ver. Que a lídima fraternidade nos empolgue os corações e que sejamos fiéis até o fim ao Nosso Senhor e Mestre Jesus, para que não esfrie em nossos corações o ideal de amarmo-nos uns aos outros como Ele nos amou e nos ama. Muita paz a todos. 




 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita