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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 5 - N° 230 - 9 de Outubro de 2011
ORSON PETER CARRARA
orsonpeter92@gmail.com
Matão, SP (Brasil)

 
Denise Lino:

“O que me encanta na doutrina espírita é seu perene caráter
de atualidade”

A professora e palestrante paraibana, radicada na cidade de Campina Grande, fala sobre o atual momento da divulgação espírita em nosso País

 

Formada em Letras, doutora em Educação pela USP, professora da UFCG, espírita desde a infância, Denise Lino (foto) vincula-se à Sociedade Espírita Joanna de Ângelis, de Campina Grande-PB, onde reside. Na casa espírita, além de proferir palestras e seminários, exerce também o cargo de diretora do DIJ – Departamento de Infância e Juventude. Numa rápida e compacta visão, como estudiosa do Espiritismo, ela nos oferece, na entrevista a seguir, pontos importantes para todos os que atuam na área de divulgação da doutrina espírita.

Como você prepara seus seminários e palestras e qual o critério de escolha dos temas e motivação de pesquisa?


Geralmente sigo um tema por ano. Isto tem a ver com as minhas experiências pessoais, necessidade de leitura e aprendizado da Doutrina Espírita. Por exemplo, em 2007, durante as comemorações dos 150 anos de O Livro dos Espíritos, organizei uma série de palestras sobre as Leis Morais. E durante o ano fui analisando, mês a mês, nas palestras da casa a que estou filiada, cada uma das leis. Mas também ocorre de estar com tema pronto e surgir, no dia da palestra, uma intuição para outro tema. Isto ocorreu em janeiro deste ano. Eu iria falar sobre o tema do evento espírita do nosso estado, mas diante das chuvas que se abateram sobre o Rio de Janeiro, mudei o tema e falei sobre Os flagelos destruidores, e tive a oportunidade de estudar o tema e de ter a convivência com uma presença espiritual muito sensível. 

Que temas em especial têm ocupado sua atenção para elaboração das apresentações?

De modo geral, tenho estudado o evangelho, tanto na sua apresentação sinótica quanto na versão segundo o Espiritismo.  Também tenho certa predileção por O Livro dos Espíritos. Neste ano, meu foco vai se voltar para O Livro do Médiuns, em função dos 150 anos de sua publicação.

Como você avalia a contribuição espírita no momento atual da humanidade?

De suma importância. Sem o Espiritismo não podemos compreender a complexidade do momento histórico em que vivemos. Como professora de Metodologia da Pesquisa, vejo que o Espiritismo inaugurou um paradigma de Ciência Espiritualizada e de consequências éticas ainda não abarcadas pela Ciência Oficial. E como religião inaugurou um modelo que nos leva a uma compreensão profunda de quem somos e qual a nossa ligação com Deus.  Esses eixos são fundamentais para compreender o momento de transformações morais e geológicas por que passamos.

Nas viagens para divulgação espírita, como você tem sentido o movimento espírita?

Não tenho viajado tanto assim, porque tenho uma vida profissional ainda intensa, mas os lugares aonde tenho ido têm-me permitido perceber particularidades locais, aliadas, porém, a um profundo sentimento de identidade e de pertencimento a uma filosofia maior. Isso é muito bom.  Há, evidentemente, locais com maior integração entre os grupos, outros ainda muito vinculados a um determinado médium, outros com vigoroso trabalho social.

Como tem sido a receptividade das pessoas quanto aos temas apresentados?

Os amigos espíritas têm sido muito caridosos e têm-me recebido muito bem. Vivemos um momento especial de ampla penetração da mensagem espírita na sociedade. A receptividade não poderia ser diferente porque as evidências das teses espíritas estão por todos os lugares. Então, as pessoas estão ávidas para ouvir falar sobre elas.

Qual é sua percepção do amparo dos Espíritos em favor da divulgação espírita?

Total.  Temos vencido dificuldades antes inimagináveis. Isso é resultado do amparo dos bons Espíritos, que certamente prepararam um plano muito bem elaborado para que a mensagem do Consolador chegasse a um número cada vez maior de pessoas. Poderia exemplificar com a realização do 38º MIEP (Movimento de Integração do Espírita Paraibano), ocorrido neste ano. Durante a realização desse evento, cujo tema foi Jesus no Lar, amor em família, organizamos divulgação na imprensa e nas casas espíritas, e naturalmente surgiram oportunidades para 5 horas de programa radiofônico, numa rádio regional, e transmissão pela TV CEI. Não tínhamos pensado nessas duas frentes, mas elas sugiram, certamente, como parte desse plano maior. E não as deixamos passar. No fim, falamos não só para quem esteve no local, mas para quem nos ouviu no rádio e nos acompanhou pela internet. Foi fantástico!

Você considera que nossas instituições espíritas têm-se preparado bem para esse avanço da ideia espírita?

Não podemos generalizar, mas parte de nossas instituições, que vem de uma história de dificuldades, com poucos colaboradores ou vinculadas ao trabalho social, na versão assistencialismo, ainda está sem conseguir entender essa avalanche de pessoas que chega à casa espírita e não precisa de assistencialismo material e sim de assistência espiritual. Essas casas estão em dificuldades, mas creio que estão se ajustando. Outra parte das instituições, se não havia se preparado, pelo menos, está aproveitando o momento e ampliando seus trabalhos. Nossa casa é prova disso. A sede própria foi inaugurada em 2008. Nosso público era de 80 pessoas por reunião. Hoje, 3 anos depois, nosso público é de 200 pessoas por reunião. Há dias que chega a 300 pessoas. Mesmo assim, não temos colaboradores na quantidade necessária, porque o novo público ainda vai demorar a se vincular em definitivo e atuar como colaborador da tarefa espírita.

O que mais lhe chama a atenção no conteúdo doutrinário do Espiritismo?

Seu perene caráter de atualidade. Leio os fatos atuais e encontro explicação no Espiritismo. Estudo fatos da história da Humanidade e encontro explicação no Espiritismo. Não há fronteira não explicada, nem assunto que não seja possível de estudar. Isso me encanta.

Algo mais que gostaria de acrescentar?

Gostaria de dizer que a ampla aceitação das teses espíritas, hoje, dá-se tanto pelas teses em si, que são sólidas o suficiente para convencer mesmo os mais reticentes, mas também pelo caráter nobre e reto dos homens e mulheres de bem que nos antecederam. O movimento espírita brasileiro goza de apreço público graças a eles. Nossa principal responsabilidade, creio, está em imitá-los, atendendo à recomendação de Kardec: “Conhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelo esforço que faz em domar suas más inclinações”.

Suas palavras finais.

Agradeço sinceramente este espaço, pois expor minhas ideias para o público deste periódico foi, para mim, um importante momento de reflexão.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita