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Crônicas e Artigos

Ano 5 - N° 230 - 9 de Outubro de 2011

CHRISTINA NUNES
meridius@superig.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
 

O Espírito vivifica!...


Final de mais uma festa na XV Bienal do Livro no Rio de Janeiro, onde tive o prazer imenso de reencontrar os obreiros das editoras espíritas reunidas no alegre estande da ADELER. Reencontro com editores, distribuidores, amigos e leitores que nos honraram com suas atenções carinhosas.

Sobretudo, porém, a oportunidade é de ainda maior aprendizado, como sempre acontece, e sempre de forma inédita!

Aprendizado que se renova nas conversas animadas e descontraídas com tanta gente empenhada numa tarefa fundamentada no amor pela Verdade e por realidades maiores e mais felizes, que não temos necessariamente que esperar encontrar depois da passagem para as dimensões invisíveis. Ainda uma vez, durante aquele retalho de céu na Terra para todo escritor espírita, confirma-se que está ao nosso alcance construí-las já aqui, e agora.

Como se evidenciou, a exemplo, no meu emocionante reencontro com José Carlos Leal, escritor talentoso, e emérito divulgador da Doutrina. Em reconhecendo-o, no mesmo reservado do estande onde eu autografara o nosso próprio lançamento no sábado passado recente o meu antigo professor das aulas de Literatura Greco-Romana nos tempos de Universidade não pensei duas vezes! Empunhei logo o seu "Dez Razões para Ser Espírita", e, dividida entre a emoção e a timidez, me acerquei do senhorzinho encanecido:

Professor José Carlos!...

Não conta para ninguém!... ele logo brinca, erguendo as duas mãos, na defensiva.

Continua o mesmo! ponderei para mim mesma, encantada! De fato, as aulas do professor José Carlos eram daquelas que, quando terminavam, davam saudade, e torcíamos para que chegasse logo o dia da semana seguinte em que teríamos com ele mais dois tempos. E ali estava ele, tantos anos depois o mesmo brincalhão de sempre!

Lembro-me da vez em que entrou na sala, de mansinho. Eu, então com meus dezoito ou dezenove anos, mas já espírita convicta, mergulhada nas leituras de Chico e no desenvolvimento da mediunidade que despontava, desordenada, esperava pelo começo de sua aula empunhando o legendário "Nosso Lar", do Espírito André Luiz, relendo-o talvez pela terceira ou quarta vez. O professor José Carlos se aproximou de mim, inclinando-se, sério:

Está se preparando para morrer, filha?... Ao que, pega de surpresa, sem saber direito como encarar aquela pergunta, respondi: Eu, não...

E o professor, então, sorriu, apontando o livro, sorridente: Está, sim...

E só então eu entendia! Que humor delicioso!

E quando iria imaginar que, vinte e três ou vinte e quatro anos depois, ali estariam professor e aluna no mesmo estande das editoras espíritas reunidas, cada qual lançando o seu livro no mesmo evento grandioso da literatura que, a cada dois anos, agita a vida cultural do Rio de Janeiro?

Agradeci, e certamente com a defasagem de duas décadas, ao professor querido, pela contribuição impagável que herdara de suas aulas dedicadas, e pelas lições deixadas pelo ser humano de valor, desde aqueles tempos. Chorona como criança, pedi licença para abraçá-lo. Bondoso, e evidentemente generoso, elogiou, ele, o livro da aluna de outrora. Disse ter gostado do que viu. E lá saí eu, toda desconcertada, sobraçando o tesouro do livro espírita lançado pelo antigo professor, no qual escrevera, ele, a dedicatória simples e bela como tudo o que, nesta vida, é soberanamente simples, bom e comovente!

Outras lições, ao folhear e adquirir volumes de grande valor neste ramo literário pródigo como as flores de lótus. Adquiri, dentre outras obras excelentes, de Gerson Simões Monteiro, o livro de Claudionei Lopes, "Em Busca de Chico Xavier": uma tocante reportagem, que recolhe para o nosso conhecimento vários depoimentos dos anônimos de Pedro Leopoldo e de Uberaba, que tanto e mais conviveram e conheceram o nosso querido médium e as suas obras do dia-a-dia, prenhes de lições e de brilho, como pedras valiosas ocultas das vistas das massas que se habituaram a saber dele o que nos trouxe a mídia frequentemente dúbia nas conotações sobre a sua existência!

Deste livro, recolhi não mais não menos que ainda maior veneração pelo nosso santinho de Minas, se assim me permitem a licença de um termo católico que lhe defina a preciosidade do que representou, no seu longo percurso de vida na matéria, para cada ser que teve a felicidade de lhe cruzar os caminhos!

Privilegiadas que foram, estas pessoas, por tais oportunidades que, no que me diz respeito, só as alcancei, por enquanto, em sonhos, ou numa única ocasião de desprendimento lúcido do Espírito, no período noturno, como já narrei em artigo anterior! Todavia, quanto sou grata ao Chico por todas as lições que nos deixou com o seu exemplo, a nós, que tentamos trilhar a mesma trajetória de divulgação da mensagem espírita no nosso passinho de formiga despojados da imensidão de tantos benefícios outros, forjados em luz, com que brindou, ele, a cada necessitado que o visitava em busca não apenas do arrimo do corpo, mas também e principalmente, do espírito!

O outro livro que destaco é o "Transição Planetária", do nosso querido Divaldo Franco, de quem, de fato, não conhecia em extensão a obra, senão na leitura ocasional de um ou outro volume ou trecho dos escritos de Joanna de Ângelis, a quem já admirava. E, entrando no conhecimento do conteúdo luminoso deste volume, ponderei sobre tantas polêmicas inúteis já entrevistas no meio espírita acerca deste outro trabalhador incansável, constatando, para grande alívio de minhas próprias considerações volta e meia ensimesmadas sobre o assunto, em franca perplexidade: quanta controvérsia desnecessária, meu Deus, quando o conteúdo das ações de um homem fala por si! Pois, de fato, basta ao pesquisador de boa vontade o acesso despojado a dois ou três dos livros deste grande obreiro das dimensões maiores da vida para a mera confirmação, em termos práticos, daquela assertiva com que nos presenteou o Mestre da Cristandade:

"A letra mata o espírito vivifica!"

De que, de fato, nos adiantarão os debates áridos acerca de ser ou não ser Divaldo o substituto de Chico, ou sobre o trabalho de maior ou menor brilho que empreende, ele, em comparação com o nosso querido médium de Pedro Leopoldo, ou, ainda, acerca de ter sido, este último, de fato, a reencarnação de Allan Kardec, amigos, quando cada ser assim, de grande altitude espiritual, empenhado sinceramente pelo bem-estar de seu próximo, e em ação no mundo pelas causas maiores da existência, representa contribuição única e inestimável para a consagração crescente e definitiva da luz nas consciências deste planeta ainda tão conturbado?

O trabalho de cada um deles fala por si, e carrega a participação exclusiva destes seareiros da Verdade Maior na Terra! Chico Xavier, Divaldo Franco, o querido professor Leal na sua tarefa infatigável de educador de almas... Não importa! Todos são joias de valor único para a construção do mundo de regeneração do futuro, que já agora principia a se delinear, com a contribuição inestimável de todos estes amigos aliados às equipes generosas das dimensões invisíveis!

Que esta Verdade, portanto, se imponha, desde sempre: O espírito
o exemplo, por intermédio da ação! é o que, de fato, vivifica o bem sobre a face da Terra!

        


 


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