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Crônicas e Artigos

Ano 5 - N° 228 - 25 de Setembro de 2011

VINÍCIUS LOUSADA
vlousada@hotmail.com
Passo Fundo, RS (Brasil)
 

Recursos antidepressivos

          A depressão é doença do Espírito, e no Espírito deve ser tratada. - Joanna de Ângelis [1]


Trazemos, nos arcanos do ser, os conteúdos perturbadores constituídos nas atitudes de não-observância da ética cósmica em experiências corpóreas anteriores e não diluídos ainda na prática reparadora do bem. Energeticamente, essa gama de informações espirituais reverbera sobre o perispírito, definindo ou não a predisposição orgânica para a depressão, bem como mecanismos limitadores da organização biológica de acordo com os complexos de culpa que a individualidade carrega consigo, no processo de reencarnação.

Em suas causas físicas, os estudos remetem a fatores genéticos e neuroquímicos ou cerebrais, cuja ascendência o Espiritismo nos revela estar no ser espiritual que somos, cujo estado enfermiço se projeta sobre o corpo somático ensejando a compreensão de que sob o prisma espiritual não há doenças e sim doentes. A depressão também pode estar associada a perdas, de forma reativa, ou ao apego às coisas, pessoas ou circunstâncias. Contudo, a matriz desencadeadora da depressão está na rebeldia do Espírito que não admite a desobediência da vida em relação aos ditames de suas ilusões acalentadas pelo Ego.

Em conformidade com os estudos do Dr. Alírio Cerqueira Filho[2], eminente psicoterapeuta, a depressão é uma doença do Espírito cuja marca é o estado de tristeza ou vazio que apresenta, gerando incapacidade do individuo fruir prazer na vida, produzindo insatisfação, capaz de apresentar junto dessas características o desejo, ainda que velado, de morte. Ela pode se apresentar em três níveis. No primeiro nível, o leve, a depressão não chega a interferir na rotina do indivíduo, mas tudo o que realiza parece-lhe um sacrifício. No nível moderado há um comprometimento nas suas realizações do paciente e enfrenta grandes dificuldades de sentir-se bem, tornando-se insatisfeito com aquilo que antes o plenificava. Já o estágio grave se caracteriza como grande limitador, o indivíduo abandona seus compromissos e, isolado ou fechado em si mesmo, prostra-se e demonstra um profundo desgosto pela vida.

Como a depressão tem cura, ao serem identificados os seus sintomas, deve-se imediatamente buscar o auxílio médico ou psicoterapêutico especializado para evitar que o transtorno alcance um estágio de gravidade de difícil solução.

Na sua superação o apoio do grupo familiar é fundamental, devendo envolver o depressivo em profundo amor e colaborando para que siga a terapia na sua totalidade. Nesse propósito ajuda muito a reintegração com a espiritualidade em sintonia com as opções pessoais ou familiares, a fim de reconfigurar o sentido existencial e redefinir as emoções e sentimentos do indivíduo sobre si próprio.

O psicólogo baiano Adenáuer Novaes afirma que há “um potencial de cura em todo ser humano” [3] e, para alcançá-lo, é preciso conectar-se ao Self para mobilizarmos as energias em favor de nosso crescimento espiritual. Todavia, é oportuno que antes de a enfermidade se instalar busquemos, apoiados na Doutrina Espírita, os recursos antidepressivos ao nosso alcance. Entre eles estão: o autoconhecimento, o autoamor, a meditação, a prece, a ação no bem – no dever e na caridade.        

Caminhar para o autoencontro é indispensável para entender a razão mais profunda da constância da tristeza na alma, a fim de mudar o teu estado mental, identificando os valores dignos de nota que trazes, cujo reconhecimento faculta melhor autoestima e autoamor materializado no cuidado contigo como ser integral.

A prática da meditação permite reconhecer o significado promissor da tua reencarnação tendo em vista o propósito que trazes em ser feliz. Medita sempre e farás felizes escolhas e apreciações acertadas sobre os desafios, edificando em ti o consentimento da razão e do coração às aprendizagens que te são necessárias.

Ora constantemente, alteando as tuas ondas mentais, articulando-te com a assistência dos Bons Espíritos que te amam e, em nome de Deus, te amparam sempre, mesmo que não te apercebas disto. E age no bem, seja no cumprimento dos teus deveres em que te cabe oferecer a melhor parte de ti, seja na caridade, em que o teu coração renovado deve estar presente.

Abre a janela da tua alma, meu irmão, deixa as claridades de Jesus – sublime estrela – iluminarem o teu ambiente íntimo. Então, nas horas de luta, silencia e escuta o Cristo que te diz: “tenho vos falado essas coisas para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria se cumpra”. [4]


 

[1] FRANCO, Divaldo P. Entrega-te a Deus. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Catanduva: Intervidas, 2010, p. 58.

[2] CERQUEIRA FILHO, Alírio. Cura espiritual da depressão. Santo André, SP: EBM, 2006. 

[3] NOVAES, Adenáuer Marcos Ferraz de. Alquimia do Amor: depressão, cura e espiritualidade. Salvador: Fundação Lar Harmonia, 2004, p. 160.

[4] João, 15:11.



 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita