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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 5 - N° 225 - 04 de Setembro de 2011

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)

 

Nos Bastidores da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 17 e final)

Concluímos nesta edição o estudo do livro Nos Bastidores da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e publicada no ano de 1970 pela Editora da FEB.

Questões preliminares

A. Se Henriette era hanseniana, como explicar sua cura?

Henriette, agora reencarnada com o nome de Ana Maria, não era efetivamente hanseniana; sua doença era apenas um simulacro. (Nos Bastidores da Obsessão, cap. 15, pp. 261 a 264.)

B. É válido promover cerimônia religiosa espírita por ocasião do matrimônio de confrades que a desejem?

Não. A essa pergunta, José Petitinga respondeu: O Espiritismo é a Doutrina de Jesus, em espírito e verdade, sem fórmulas nem ritos, sem aparências nem representantes, sem ministros, e não há qualquer culto externo no Espiritismo, mesmo nas ocasiões de casamento. Se alguém quiser fazer uma oração, que o faça em particular, para que não transformemos a festividade num culto exterior inadmissível. (Obra citada, cap. 16, pp. 267 a 272.)

C. Que desfecho tiveram os casos Mariana–Guilherme e Teofrastus–Henriette? E que postura deveriam adotar ante a vida para lograrem sucesso na programação encetada?  

Como sabemos, Guilherme renasceria no lar de Mariana e Adalberto. Ao ser apresentado ao futuro pai, Guilherme baixou os olhos e, trêmulo, não conseguiu dominar as lágrimas abundantes. Mariana avançou e envolveu-o em abraço de pura ternura e, subitamente adornada de tênue luz que se lhe originava do plexo solar, com coloração opalina, falou a Guilherme comovidamente: "Incapaz de ser-te esposa vigilante, tentarei ser-te mãe cuidadosa. Ajuda-me com o teu perdão e favorece-me com esta oportunidade". Ambrósio chamou Dona Rosa e o Sr. Mateus e a matrona tocou o futuro neto com mãos delicadas, dizendo: "Serás, meu filho, a alegria da nossa velhice, como foste a preocupação dos nossos dias já passados".

Quanto a Teofrastus, seria ele filho de Ana Maria, a mesma Henriette dos tristes acontecimentos da época inquisitorial. Ele teria incontáveis limitações de muita natureza, exigindo sacrifícios e vigílias de sua mãe. Ao reencontrá-lo, Ana Maria tocou a face do inditoso afeto e misturou as suas nas lágrimas dele, que fluíam silenciosas e doloridas: "Ajuda-me, amado Teo – disse lenta, laconicamente. Ajuda-me com o teu vigor, o teu entusiasmo e a tua sabedoria, tu que sempre foste mais eloquente do que eu. Socorre-me com a tua presença e não me deixes mais sozinha... pois eu não suportaria, agora que te reencontrei..." A resposta dele foi emitida com grande humildade. Dizia-se muito fraco, vencido por si mesmo, e pediu a Ana Maria que ela rogasse a Deus por ambos.

Glaucus advertiu a todos que os compromissos redentores nos desenham também aflições e resgates e, no final, lembrou a importância da oração e do trabalho no bem como sustentáculos da fé. "Repontarão à nossa frente outros amores e outros desafetos. O nosso pretérito não está aqui todo representado, definido... Fortaleçamo-nos no bem, pois que só o bem nos fortalecerá devidamente para os embates porvindouros", concluiu o Instrutor espiritual. (Obra citada, cap. 16, pp. 273 a 281.)

Texto para leitura

82. De novo no Lazareto - Por recomendação de Saturnino, Petitinga e Miranda foram ao Lazareto visitar Ana Maria, a antiga noiva atormentada e inditosa do irmão Teofrastus. Singularmente desfeita, com sinais de arroxeamento na face e nas orelhas, Ana Maria comovera os visitantes pela tristeza que refletia nos seus olhos angustiados e rosto melancólico. Naquele tempo, as visitas aos portadores do mal de Hansen eram raras e difíceis e os pacientes viviam entregues a quase total abandono, em que os medicamentos eram também insuficientes. Petitinga, valendo-se de suas amizades, conseguiu permissão para visitar Ana Maria e levou-lhe de presente, na primeira visita, um exemplar d' O Evangelho segundo o Espiritismo. Saturnino aproveitava essas oportunidades para, utilizando as forças ectoplásmicas dos visitantes, aplicar recursos salutares na paciente e nas suas companheiras, continuando a assistência espiritual nos dias seguintes. O antigo obsessor já fora deslocado desde a primeira visita e recolhido por Glaucus e Ambrósio a Hospital na esfera espiritual. Seis meses depois, por insistência de Petitinga, Ana Maria foi submetida a rigoroso exame e considerada curada, porque, como se sabia, ela não era hanseniana; sua doença era apenas um simulacro. Depois, Petitinga conseguiu localizá-la em casa de uma família espírita que, embora soubesse do local de onde ela procedia, não recusou a mão caridosa dirigida à sua recuperação total. (Cap. 15, págs. 261 a 264) 

83. A mediunidade de Marta - A filha mais velha de Mateus, após experimentar desequilíbrios perfeitamente compreensíveis, em que passou a sofrer um cerco nefando dos ex-comparsas espirituais, passou a estudar o Espiritismo com interesse, instruindo-se nas suas lições preciosas, através do que armazenou argumentação para uso próprio e confiança ilimitada no auxílio divino. Submetendo-se a carinhoso tratamento de passes magnéticos e fazendo-se membro atuante dos trabalhos doutrinários, foi, por fim, convidada a atuar nas experiências mediúnicas, em que se tornaria, aos poucos, um instrumento disciplinado, por cuja mediunidade diversos dos membros das suas anteriores crenças receberam a luz esclarecedora da razão, desertando dos propósitos acalentados e iniciando nova trajetória em suas vidas. (Cap. 15, págs. 264 e 265) 

84. O noivado de Mariana - A renovação espiritual no lar dos Soares, cinco meses após iniciado o repouso do Sr. Mateus, era visível. Aproximava-se o décimo sétimo aniversário de Mariana, e Adalberto queria aproveitar a data para anunciar o seu noivado. O milagre da dor produzira a bênção da misericórdia da união de todos. O noivo quis saber de Petitinga se era válido fazer uma cerimônia espírita por ocasião do casamento. A resposta do notável líder espírita baiano foi muito clara: o Espiritismo é a Doutrina de Jesus, em espírito e verdade, sem fórmulas nem ritos, sem aparências nem representantes, sem ministros, e não há qualquer culto externo no Espiritismo, mesmo nas ocasiões de casamento. Se alguém quiser fazer uma oração, que o faça em particular, para que não transformemos a festividade num culto exterior inadmissível. (Cap. 16, págs. 267 a 272) 

85. Reencontro de Espíritos em resgate - À noite, aproveitando o repouso do corpo, o grupo reuniu-se na União Espírita Baiana para um encontro provocado pelos Instrutores. Alguns estavam lúcidos, outros pareciam sonâmbulos em inquietação. Após a recepção de passes, todos se mostravam tranquilos. A reunião foi presidida por Glaucus, cujo prazo de permanência entre o grupo chegava ao fim. Glaucus falou a todos, esclarecendo o objetivo daquele encontro, onde se reuniam vários desafetos de há pouco, amores do passado, irmãos do futuro e de sempre, no caminho da evolução. Ele convocou a todos para o perdão e o esquecimento das mágoas, explicando que as circunstâncias e os locais são bancos e lições da Grande Escola da Evolução. "Todos nascemos e renascemos para sublimar até à libertação", asseverou o nobre Instrutor Espiritual. Convidando Mariana e Adalberto, que em breve se casariam, Glaucus apresentou Guilherme ao jovem, solicitando-lhe a receptividade fraterna, pois que aquele deveria renascer em seu lar. Guilherme baixou os olhos e, trêmulo, não conseguiu dominar as lágrimas abundantes. Mariana avançou e envolveu-o em abraço de pura ternura e, subitamente adornada de tênue luz que se lhe originava do plexo solar, com coloração opalina, falou a Guilherme comovidamente: "Incapaz de ser-te esposa vigilante, tentarei ser-te mãe cuidadosa. Ajuda-me com o teu perdão e favorece-me com esta oportunidade". Ambrósio chamou Dona Rosa e o Sr. Mateus e a matrona tocou o futuro neto com mãos delicadas, dizendo: "Serás, meu filho, a alegria da nossa velhice, como foste a preocupação dos nossos dias já passados". Mateus, sem palavras, meio acanhado, desajeitadamente tocou o antigo adversário e permaneceu mudo. Glaucus interveio para explicar que Guilherme seria, ainda, conduzido a tratamento necessário em Organização especializada no plano espiritual. (Cap. 16, págs. 273 a 277) 

86. O destino de Teofrastus - Glaucus conduziu o antigo mago de Ruão, que se apresentava desfeito, contraído, com indizível sofrimento estampado na face, e o aproximou de Ana Maria, a mesma Henriette dos tristes acontecimentos da época inquisitorial. E disse-lhe: "Devolvo-te o amor não fruído. Tê-lo-ás no seio materno e nos braços da ternura. Amamentá-lo-ás e lhe fornecerás a forma orgânica. Ele, porém, terá incontáveis limitações de muita natureza, exigindo-te sacrifícios e vigílias. Talvez não consiga firmar-se na primeira tentativa de renascimento. Os seus fluidos possivelmente intoxicarão venenosamente a forma débil do feto... Mas voltará, sim, aos teus anelos, às tuas ansiedades". Ana Maria tocou a face do inditoso afeto. Misturou as suas nas lágrimas dele, que fluíam silenciosas e doloridas: "Ajuda-me, amado Teo – disse lenta, laconicamente. Ajuda-me com o teu vigor, o teu entusiasmo e a tua sabedoria, tu que sempre foste mais eloquente do que eu. Socorre-me com a tua presença e não me deixes mais sozinha... pois eu não suportaria, agora que te reencontrei..."  A resposta de Teofrastus foi emitida com grande humildade. Dizia-se muito fraco, vencido por si mesmo, e pediu a Ana Maria que ela rogasse a Deus por ambos. Seguiu-se um diálogo comovente, em que Ana informou que seria mãe também de Jean Villemain, o responsável pela tragédia de Ruão. Ela esclareceu: "Ajudando-o, ajudar-nos-emos. Ele foi mau porque deixou que o seu amor por mim o enlouquecesse". E fortemente inspirada por Glaucus, Ana Maria arrematou: "Aprendi, quando estudava o Evangelho, em criança, em Ruão, este conceito que nunca esqueci: `Quando eu buscava Deus fora de mim, não O achava;  quando o procurava dentro de mim, tinha-O perdido;  resolvi amar e ajudar o meu próximo e deparei-me comigo, com Deus e com o meu irmão'. Buscando Jean e o ajudando, achar-nos-emos os três na felicidade..."  Teofrastus, que a tudo ouvia, assentiu, cansado, com a cabeça caída sobre o ombro da noiva antes infortunada. (Cap. 16, págs. 277 a 279) 

87. O sustentáculo da fé - Glaucus, explicando em seguida por que Jean não estava presente, devido ao tratamento a que ele se submetia no plano espiritual, advertiu a todos que os compromissos redentores nos desenham também aflições e resgates. "Não serão incursões românticas ao jardim das delícias ou ao oásis do repouso. Serão tarefas e responsabilidades que assumimos perante nós mesmos. Poderemos lograr êxito, poderemos falhar, dependendo exclusivamente de como refaçamos a senda", asseverou o Benfeitor Espiritual. Concluindo suas palavras, Glaucus lembrou a importância da oração e do trabalho no bem como sustentáculos da fé. "Repontarão à nossa frente outros amores e outros desafetos. O nosso pretérito não está aqui todo representado, definido... Fortaleçamo-nos no bem, pois que só o bem nos fortalecerá devidamente para os embates porvindouros", concluiu o Instrutor espiritual, que, em seguida, concentrando-se demoradamente, começou a refletir luz prateada que lhe fluía do cérebro, vestindo-o totalmente. A sala humilde fez-se brilhante e tinha-se a impressão de que sutil aroma perfumava o ar. Glaucus, então, orou a Jesus. (Cap. 16, págs. 279 a 281) 

Frases e apontamentos importantes 

CLXXVIII. O Espiritismo é a Doutrina de Jesus, em espírito e verdade, sem fórmulas nem ritos, sem aparências nem representantes, sem ministros. É a religião do amor e da verdade, na qual cada um é responsável pelos próprios atos, respondendo por eles, conforme o conhecimento que tenha da Imortalidade, dos deveres. "É a religião da Filosofia, a Filosofia da Ciência e a Ciência da Religião", conforme predicou Vianna de Carvalho... (José Petitinga, cap. 16, pág. 271) 

CLXXIX. Não se firma <o Espiritismo> em enunciados estranhos à Boa Nova e tudo quanto os Espíritos informaram ao Missionário Allan Kardec se encontra fundamentado nos Evangelhos. (José Petitinga, cap. 16, pág. 271) 

CLXXX. Os Espíritos sempre se comunicaram e falaram dos renascimentos, das Leis de Causa e Efeito, conhecidas desde remotíssimas civilizações, sob a designação sânscrita de Carma. Em todos os tempos encontramos os chamados "mortos" falando aos chamados "vivos"... O que os sábios conseguiram nestes tempos foi constatar a legitimidade da existência post-mortem e comprovar a preexistência do Espírito, antes do corpo, com a consequente sobrevivência após a morte do corpo. (José Petitinga, cap. 16, pág. 271) 

CLXXXI. Não há, porém, em toda a Codificação um só item que se não alicerce nos ensinos do Cristo, ora confirmados universalmente pelos Espíritos. (José Petitinga, cap. 16, pág. 272) 

CLXXXII. Não, não há qualquer culto externo no Espiritismo e se houvera teríamos a sua morte anunciada já para breve. Sendo Doutrina dos Espíritos, revive o Cristianismo, repitamos: em espírito e verdade! (José Petitinga, cap. 16, pág. 272) 

CLXXXIII. E não poderíamos formular uma oração de ação de graças em momentos que tais? <Adalberto fez essa pergunta referindo-se ao casamento>.  – Sim, orar, podemos fazê-lo, porém, na intimidade dos corações, no silêncio do quarto. Uma oração pública requer sempre alguém mais bem adestrado, de verbo fácil e inspirado. Assim, iremos transferindo para outrem o que nos cabe fazer. E como orar é banhar-se de luz e penetrar-se de paz, pela decorrente comunhão com o Alto, devemos fazê-lo, nós mesmos, cada um, em particular. (José Petitinga, cap. 16, pág. 272) 

CLXXXIV. O Espiritismo é a religião que  religa, permitam-nos a  redundância, a criatura ao Criador, interiormente. Que tenhamos mais atitudes do que palavras!... (José Petitinga, cap. 16, pág. 272) 

CLXXXV. Ódios e paixões, anseios e ternuras são etapas a vencer na rota do grande amor que um dia nos unirá a todos como irmãos verdadeiros. Não nos importem as sombras, considerando a luz soberana que brilha sobre nós, concitando-nos ao avanço. Esqueçamos as mágoas que são nuvens perturbadoras, abramos o coração e a mente à esperança que é semente de vida, germinando no solo dos nossos Espíritos a benefício nosso. (Glaucus, cap. 16, pág. 274) 

CLXXXVI. O verdadeiro amor não se enclausura em determinadas expressões do sentimento, que desenvolvem o egoísmo e a posse anestesiante; antes se dilata em múltiplas manifestações encarregadas de ampliar os recursos entesourados da afeição, jornadeando nas manifestações, através da família, em posições diversas: filhos, pais, irmãos, parentes, ou, fora dela, na condição de amores que se abraçam em novas comunhões e efusões, experimentando, aprendendo, valorizando oportunidades. (Glaucus, cap. 16, pág. 274) 

CLXXXVII. "Quando eu buscava Deus fora de mim, não O achava; quando o procurava dentro de mim, tinha-O perdido; resolvi amar e ajudar o meu próximo e deparei-me comigo, com Deus e com o meu irmão." (Ana Maria, citando um conceito que ela aprendeu em Ruão, França, cap. 16, págs. 278 e 279) 

CLXXXVIII. Os nossos compromissos redentores nos desenham, também, aflições e resgates. Não serão incursões românticas ao jardim das delícias ou ao oásis de repouso. Serão tarefas e responsabilidades que assumimos perante nós mesmos. Poderemos lograr êxito, poderemos falhar, dependendo exclusivamente de como refaçamos a senda. O amor nos ajudará, sem dúvida. (...) Tenhamos em mente a necessidade da oração e do trabalho como meios de sustentação da fé, nos momentos ásperos que surgirão indubitavelmente. Repontarão à nossa frente outros amores e outros desafetos. (...) Fortaleçamo-nos no bem, pois que só o bem nos fortalecerá devidamente para os embates porvindouros. (Glaucus, cap. 16, pág. 279) 

- Fim -
 


 

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 Revista Semanal de Divulgação Espírita