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Correio Mediúnico
Ano 5 - N° 225 - 4 de Setembro de 2011
 

 

Remorso 

Sílvia Serafim


Os que trazem o coração qual se fosse vaso de fel no peito, jamais devem tomar da pena para extravasar amargura; entretanto, há feridas que, expostas, podem evitar a eclosão de outras feridas, e aflições que, desabafadas, consolam os que padecem.

Reencontrar a vida, além da morte, para quem julgou o túmulo simples amontoado de cinzas, dentro da noite indevassável do nada, é castigo pior que a miséria...

É preciso haver de todo perdido a razão para despenhar-se alguém no extremo desespero de acometer a verdade, como se as trevas pudessem investir contra a luz.

Orgulho e cegueira! Como não enxergar as mãos de Deus, nos menores trilhos do mundo, amparando-nos a alma frágil e desafiando-nos, com doçura, a escalar os íngremes e empedrados caminhos que conduzem à perfeição?!

Formei nas fileiras dos que se pavoneiam de fortes, sendo fracos, e que se presumem justos quando não passam de instrumentos da injustiça, e rolei no vale fundo e sombrio do sofrimento, presa de meus próprios conflitos interiores.

Não venho romancear o drama triste de minha peregrinação cedo cortada para a multiplicação de minhas dores. Venho rogar aos infelizes que não rejeitem o remédio oferecido pela consolação religiosa e pedir aos grandes infortunados, que já não possuem a fé, não recusarem a esperança no amanhã, que é sempre uma surpresa capaz de restituir-lhes a coragem e a confiança.

Ninguém procure a morte antes do dia em que ela mesma, convertida em anjo piedoso, lhe venha trazer alívio e renovação.

Ela deve constituir o ensinamento derradeiro na escola da experiência humana. Compete-nos aguardá-la, com paciência e valor, sem o risco de desequilibrarmos a nossa alma provocando-lhe a foice.

Perguntar-me-ão, provavelmente, se não existe aqui bálsamo para as nossas chagas, e compaixão divina para as nossas fraquezas. Responderei que sim, que há medicamento para as nossas enfermidades e socorro celeste para os nossos gemidos, mas o nosso agradecimento pelos bens recebidos mistura-se à vergonha pelos males que praticamos; vergonha de haver menosprezado as sugestões da consciência e enceguecido a razão, a favor dos interesses pequeninos de nosso “eu” desvairado, contra as possibilidades de aprimoramento e elevação da nossa individualidade eterna.

Agora compreendo a imposição fatal da lágrima no mundo: o sofrimento é criação nossa, fogueira constante em que buscamos consumir os resíduos de nossas imperfeições...

Ó Deus, socorre o entendimento das criaturas, favorecendo-lhes a penetração na realidade! Ao toque de Teu Amor, o homem reconhecerá, enfim, a grandeza da Lei!...

A estrada luminosa da evolução e da redenção está aberta.

Bem-aventurados os que a percorrerem, aceitando o obstáculo por lição e a dor por mestra, porque no dia em que se despedirem da carne terão encontrado, em verdade, a grande libertação!... 

 

Do livro Falando à Terra, obra de autoria de Espíritos diversos, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.


 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita