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Estudando a série André Luiz
Ano 5 - N° 224 - 28 de Agosto de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

Ação e Reação

André Luiz

(Parte 24)

Damos continuidade nesta edição ao estudo da obra Ação e Reação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Por que Poliana assumiu a tarefa de ajudar na recuperação de Sabino?

O fato tinha sua origem nos desmandos cometidos no passado, em que Poliana lhe fora parceira em diversas jornadas nas quais Sabino cristalizou-se como infeliz empresário do crime. Ela, que o ajudou nas sucessivas quedas, fora erigida então à posição de enfermeira material do seu longo infortú­nio. "Poliana – explicou Silas –, a companheira fú­til e transviada do bem, que habitualmente escolheu para si a condição de boneca do prazer delituoso, acordou, além-túmulo, para as realida­des da vida, antes dele... Despertou e sofreu muito, aceitando a ta­refa de auxiliá-lo na recuperação em que, por certo, despenderão muito tempo ainda..." (Ação e Reação, cap. 13, pp. 183 e 184.) 

B. A mente de Sabino trabalhava em circuito fechado, isto é, ele pensava constantemente em função de si mesmo. Por que isso?

É verdade. No campo perispiritual do anão ensimesmado, André ob­servou, através da sua aura verde-trevosa, que todas as energias dos seus ful­cros vibratórios refluíam sobre os pontos de origem, dando a impressão de que Sabino estava enovelado inteiramente em si mesmo, à maneira da lagarta ilhada no casulo. Silas disse que Sabino – até que se amadurecesse em espírito para a renovação necessária – guardaria a mente trabalhando em circuito fechado, pensando constante­mente para si mesmo, incapaz da permuta de vibrações com os semelhan­tes, com exceção de Poliana. Ele jazia em processo de hibernação espiritual, a benefício da comuni­dade de Espíritos desencarnados e encarnados. Desfrutava, assim, uma pausa na luta, como ensaio de esquecimento, a fim de que no futuro pudesse encarar os compromissos assumidos, promo­vendo-lhes solução digna nos séculos próximos, a golpes de férrea von­tade na renunciação de si mesmo. (Obra citada, cap. 13, pp. 183 e 184.) 

C. Antes de sua hibernação, que ocorreu a Sabino no plano espiritual?

Lembremos que Sabino era um caso excepcional de rebeldia e delinquência sis­temáticas, em cujas sombras, um dia, sentiu baquearem-se suas forças. O remorso, então, feriu-lhe o coração como uma bala mortí­fera atinge um tigre solto... A prece fulgurou-lhe na consciência e, antes que sua nova atitude provocasse reações e vinditas soezes, entre os que lhe seguiam os passos na rota perversa, recolheram-no à Mansão. Aí ele foi magnetizado, caindo em hipnose de longo curso, sendo recebido mais tarde pelo ca­rinho de Poliana, então segregada em campo de regeneração pelo sacri­fício. Eram tantas as ligações de Sabino no plano infernal que, por mercê de Jesus, foi ele ocultado provisoria­mente naquele corpo monstruoso, no qual, além de incomunicável, fazia-se irreconhecível, em favor dele próprio. (Obra citada, cap. 13, pp. 184 e 185.) 

Texto para leitura 

87. Hibernação espiritual - Quase sempre inspirado nos pontos de vista de Poliana, que lhe vinha sendo a companheira de múl­tiplas jor­nadas, Sabino cristalizara-se como infeliz empresário do crime. Não houve, pois, outro remédio para ele senão o insulamento absoluto na carne, sob a custódia da mulher que o ajudou nas sucessivas quedas, erigida então à posição de enfermeira material do seu longo infortú­nio. "Poliana – acrescentou o Assistente –, a companheira fú­til e transviada do bem, que habitualmente escolheu para si a condição de boneca do prazer delituoso, acordou, além-túmulo, para as realida­des da vida, antes dele... Despertou e sofreu muito, aceitando a ta­refa de auxiliá-lo na recuperação em que, por certo, despenderão muito tempo ainda..." No campo perispiritual do anão ensimesmado, André ob­servou, através da sua aura verde-trevosa, que todas as energias dos seus ful­cros vibratórios refluíam sobre os pontos de origem, dando a impressão de que Sabino estava enovelado inteiramente em si mesmo, à maneira da lagarta ilhada no casulo. Silas informou que aquele irmão, até que se amadureça em espírito para a renovação necessária, guardará a mente trabalhando em circuito fechado, ou seja, pensando constante­mente para si mesmo, incapaz da permuta de vibrações com os semelhan­tes, à exce­ção de Poliana, de quem se fizera satélite mudo e expec­tante, como pa­rasita em fronde seivosa. "Sabino é um problema de dé­bito estacioná­rio, porque jaz em processo de hibernação espiritual, compulsoriamente enquistado no próprio íntimo, a benefício da comuni­dade de Espíritos desencarnados e encarnados...", acentuou Silas. "Desfruta, desse modo, uma pausa na luta, como ensaio de esquecimento, a fim de que possa, de futuro, encarar o montante dos compromissos em que se enleia, promo­vendo-lhes solução digna nos séculos próximos, a golpes de férrea von­tade na renunciação de si mesmo." (Capítulo 13, pp. 183 e 184) 

88. Protegido no próprio corpo - Hilário indagou se a Espirituali­dade Superior disporia de elementos para encar­cerar aquele irmão, longe da carne. "Sim – respondeu Silas –, isso não é impossível." "Entretanto – informou o Assis­tente –, se temos enxovias pungentes para a expiação dos crimes que entenebrecem a mente humana, muitas de­las a se ex­pressarem por vales de miséria e de horror, é preciso con­siderar que os delinquentes aí segregados atraem-se uns aos ou­tros, contagiando-se mutuamente das chagas morais de que são portadores, ge­rando o inferno em que passam transitoria­mente a viver. Por outro lado, contamos com muitas instituições, funcionando à semelhança de estufas, nas quais criatu­ras desencarnadas dormem pacificamente largos sonos, mergulhadas nos pesadelos que merecem até certo ponto, depois de efetuada a travessia do sepulcro... Em Sabino, contudo, encontramos um caso excepcional de rebeldia e delinquência sis­temáticas, em cujas sombras, um dia, sentiu baquearem-se-lhe as forças. O remorso feriu-lhe o coração como a bala mortí­fera assalta um tigre solto... A prece fulgurou-lhe na consciência e, antes que a sua nova atitude provocasse reações e vinditas soezes, entre os que lhe seguiam os passos na rota perversa, recolheram-no à Mansão, onde foi naturalmente magnetizado, caindo em hipnose de longo curso, sendo recebido mais tarde pelo ca­rinho de Poliana, então segregada em campo de regeneração pelo sacri­fício." Ficava evidente que, eram tantas as ligações de Sabino no plano infernal que, por mercê de Jesus, foi ele ocultado provisoria­mente naquele corpo monstruoso, em que, além de incomunicável, fazia-se irreconhecível, em favor dele próprio. A experiência era dura, mas lógica, terrível, mas justa. (Capítulo 13, pp. 184 e 185) 

89. Um caso de sedução - Em subúrbio de populosa capital, André veio a conhecer o drama de Marcela, cujo marido, Ildeu, com pouco mais de 35 anos de idade, fora seduzido pelos encantos da jovem Mara, moça leviana e inconsequente, que tudo fazia para que a esposa o abando­nasse. Educada na escola do dever, Marcela dedicava-se, porém, ao lar e a seus três filhinhos, Roberto, Sônia e Márcia, tudo fazendo para não deixar perceber a própria dor. Claro que percebera a modificação do esposo e, embora recebesse cartas insultuosas da rival, sabia cho­rar em silêncio, confiando-as ao fogo, para que não caíssem sob o olhar do marido. Doía vê-la, cada noite, em prece, ao lado das crian­ças. Em vigília até noite alta, agoniava-se observando Ildeu voltando ao lar tresandando a licores alcoólicos e exibindo os sinais de aven­turas inconfessáveis. Se erguia a voz, lembrando alguma necessidade dos filhos, ele retorquia, irritado: "Vida infame! Sempre você a re­criminar-me, a aborrecer-me, a perseguir-me com censuras e petitó­rios!... Se quiser dinheiro, trabalhe. Se eu soubesse que o casamento seria isso, teria preferido estourar os miolos a assinar um contrato que me escraviza a existência inteira!..." E gritando, intemperante, mostrava a tela das suas recordações, em que Mara, a jovem sedutora, lhe surgia à mente, como sendo a mulher ideal. Cotejava-a, então, com a esmaecida figura da esposa e, governado pela imagem da outra, entre­gava-se a chocantes excitações, ansiando fugir do lar. Marcela, em pranto, suplicava-lhe tolerância e serenidade, acentuando que não des­denhava o serviço. Ela servia em lavanderia modesta, contudo os afaze­res domésticos não lhe permitiam fazer mais. "Hipócrita!" – berrava o marido que a cólera transtornava – e eu? que pretende você de mim? posso, acaso, fazer mais? sou um homem dependurado em lojas e arma­zéns... Devo a todos!... por sua causa, simplesmente em razão do seu desperdício... Não sei até quando poderei aturá-la. Não será mais aconselhável regresse você à terra que teve a infelicidade de vê-la nascer? Seus pais estão vivos..." (Capítulo 14, pp. 187 a 189) 

90. Ildeu passa a odiar a esposa - Diante da agressão, Marcela em lágrimas emudecia, mas, como a voz de Ildeu era estentórica, quase sempre o pequeno Roberto acordava e acorria em socorro da mãe, enla­çando-a. Ildeu avançava então sobre o pequeno a sopapos, clamando com insofreável revolta: "Saia daqui! saia daqui!..." E como se o menino não fosse seu filho, mas adversário confesso, acrescentava, cerrando os punhos: "Tenho gana de matá-lo!... matá-lo!... Todas as noites, esta mesma pantomina. Bandido! Palhaço!..." O menino, agarrado ao colo materno, sofria, assim, pancadas até recolher-se, de novo, ao leito, em pranto convulsivo. Se eram, porém, as filhinhas a choramingar, eis que ele se desfazia em ternura, ainda mesmo quando plenamente embria­gado, proferindo, bondoso: "Minhas filhas!... minhas pobres filhas!... que será de vocês no futuro? é por vocês que ainda me encontro aqui, tolerando a cruz desta casa!..." Silas e André, quase que diariamente, à noite, ali compareciam, a benefício de todos, mas, apesar desse es­forço, Ildeu mostrava-se, cada dia, mais indiferente e distante e não concedia à esposa nem mesmo a gentileza de leve saudação, porquanto, fascinado pela outra, passara a odiá-la. Ele pretendia desobrigar-se do compromisso assumido, mas... como deixar as filhinhas? Decerto, Marcela teria assegurados, no desquite, seus direitos de mãe. Ildeu refletia, refletia... Foi assim que, dominado pela paixão, nasceu-lhe no cérebro doentio a ideia de assassinar a esposa, escondendo o crime, para que a morte dela passasse aos olhos do mundo como sendo um suicí­dio. O plano estava pronto: ele fingiria ter voltado à antiga ternura pela esposa, para ganhar confiança, até que chegasse o momento certo em que a mataria. (Capítulo 14, pp. 189 e 190) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita