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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 5 - N° 223 - 21 de Agosto de 2011

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

Nos Bastidores da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 15)

Damos prosseguimento ao estudo do livro Nos Bastidores da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e publicada no ano de 1970 pela Editora da FEB.

Questões preliminares

A. Qual a utilidade das vicissitudes e aflições da vida?

As vicissitudes, a dor e as aflições da vida são, para muitos, uma forma de resgate do seu passado delituoso e, em alguns casos, medidas preventivas impeditivas de danos maiores na economia do progresso. Situações existem em que somente a doença pode ensejar a oportunidade de reflexão e transformação das ideias. (Nos Bastidores da Obsessão, cap. 12 e 13, pp. 228 a 231.)

B. Onde dona Rosa Soares adquiriu tanta paciência com o marido?

A paciência de Dona Rosa Soares em face dos desmandos do Sr. Mateus era, de fato, coisa incomum. A explicação disso veio dos Espíritos. Ela foi-lhe mãe descuidada em existência próxima, no passado. Acompanhando-o da Espiritualidade, de queda em queda, acumpliciada com os pesados débitos da última existência, apiedada, ela rogou a oportunidade de ser-lhe esposa, recebendo nos braços como filhos os inimigos de ambos, para então, pelo exemplo da paciência, da humildade e da submissão, ressarcir o crime da irresponsabilidade junto a ele e chamá-lo à observância dos deveres de que se descurara acintosamente. (Obra citada, cap. 13, pp. 234 e 235.)

C. Que fato levou Mateus Soares de novo ao hospital?

Enquanto Mariana se equilibrava com suas atividades na Casa espírita, Marta continuava nas suas aventuras quimbandistas, o que levou sua mãe a admoestá-la, certa noite, quando ela retornava ao lar. A resposta da filha foi imprevisível. Possessa e desrespeitosa, agrediu moralmente Dona Rosa com palavras fortes e azedas e, furiosa, tentou agredi-la fisicamente. Mateus Soares, acordado subitamente, ouvindo a balbúrdia que se fizera na casa, levantou-se de seu leito, colérico, armado com uma acha ameaçadora, mas, a poucos passos, cambaleou e tombou ao solo. A ferida cirúrgica voltou a sangrar e, por isso, foi levado de novo ao Pronto Socorro, onde lutaria pela sobrevivência, com diagnóstico de embolia cerebral. (Obra citada, cap. 13, pp. 235 a 242.) 

Texto para leitura  

73. A bênção do resgate - Ante a aflição de alguém é comum querermos saber qual seria a sua causa, parecendo-nos injustos os sofrimentos de pessoas que se enobrecem pelo trabalho e que alçam voo às regiões do amor. Todos esses Espíritos, porém, rogaram a oportunidade do resgate no passado, quando se acreditavam capazes. Nem sempre, contudo, quando o solicitaram, possuíam as necessárias resistências para produzi-los. Vindo as aflições somente agora, quando amam e servem, produzem e ajudam, dispõem do largo patrimônio do amor e da resignação, do conhecimento e da esperança, para diminuir-lhes o peso do fardo. A prova chega quando o aluno realizou o curso, obviamente, como consequência natural para a verificação da aprendizagem. Noutros casos, porém, a enfermidade e a dor são medidas preventivas impeditivas de danos maiores na economia do progresso. O próprio amor, após examinar os recursos e as possibilidades de determinados pacientes da alma, impossibilita-os de caírem em danos mais graves, resolvendo que, por enquanto, para a melhora de suas aquisições, só a doença lhes ensejará a oportunidade da reflexão e da transformação das ideias. Diante, pois, dos sofredores, não nos apressemos em revelações aventureiras quanto às suas causas. Valorizemos, sim, a bênção do resgate, a lição viva para aprendizagem valiosa e submetamo-nos, tranquilos, aos impositivos da Lei. Seguros de que tudo obedece a Planificação Superior, sejamos o irmão da caridade, do amor e da compaixão, e envolvamos os sofredores que nos buscam nos tecidos de nossa prece e dos sentimentos bons, ajudando e passando. A Lei a todos nos alcançará... (Cap. 12, págs. 228 e 229) 

74. A atmosfera psíquica do Sr. Mateus - Após quinze dias de internamento no Hospital do Pronto Socorro, o Sr. Mateus foi levado para o lar, com expressivos sinais de breve recuperação orgânica. Em sua mente, porém, impressionava a carga de ódio que destilava. Irreligioso, temperamento rebelde, ele sempre descurara dos deveres espirituais para consigo mesmo. Tendo sido excelente artista no passado, recebia agora uma magra pensão do Montepio a que se vinculara, uma vez considerado inapto para prosseguir na profissão. À medida que a decrepitude das forças se aproximava e temeroso da morte, ele fazia-se mais azedo, quase insuportável. Açulado pelos Espíritos afins, ameaçara expulsar do lar, quando necessitava de dinheiro para suas aventuras, a esposa abnegada e as filhas. O ambiente doméstico, com sua presença, se fazia pestilencial pelas emanações fluídicas abundantes que ali campeavam desordenadas. Com a mente viciada por longos anos de desequilíbrio, Mateus sintonizava na faixa do despautério moral e se permitia o conúbio com seus antigos comparsas, apresentando-se irredutível nos pontos de vista, na conduta e nas atitudes. José Petitinga, inspirado por Saturnino, lhe falou então sobre os deveres do perdão como normativa da própria felicidade e suas palavras parecem produzir um efeito favorável em Mateus. (Cap. 13, págs. 231 a 234) 

75. Revelações do passado - A paciência de Dona Rosa Soares em face dos desmandos do Sr. Mateus era coisa incomum. A explicação disso veio dos Espíritos. Ela foi-lhe mãe descuidada em existência próxima, no passado. Acompanhando-o da Espiritualidade, de queda em queda, acumpliciada com os pesados débitos da última existência, depois de sua fuga para a Bélgica, que redundou em homicídio nefando, ela, apiedada, rogou a oportunidade de ser-lhe esposa, recebendo nos braços como filhos os inimigos de ambos, para, então, pelo exemplo da paciência, da humildade e da submissão, ressarcir o crime da irresponsabilidade junto a ele e chamá-lo à observância dos deveres de que se descurara acintosamente. Hoje, sua folha de méritos era apreciável. O martírio maternal que tem experimentado na atual conjuntura consagrara-a nesta vida, reabilitando-a da negligência de equivalente compromisso no passado... (Cap. 13, págs. 234 e 235) 

76. Lamentável incidente - Mariana estava se revelando dedicada cooperadora na Casa espírita. Amália, fiel cumpridora de seus deveres de filha e irmã, era excelente servidora, ganhando fora do lar em trabalho modesto e honrado o pão com que ajudava na manutenção dos demais familiares. Marta, contudo, embora fosse a mais velha das filhas, continuava nas suas aventuras quimbandistas, o que levou sua mãe a admoestá-la, certa noite, quando retornava ao lar. A resposta da filha fora imprevisível. Possessa e desrespeitosa, agrediu moralmente Dona Rosa com palavras fortes e azedas e, furiosa, tentou agredi-la fisicamente, o que não conseguiu, graças à interferência providencial de Amália e Mariana, que lhe vieram em auxílio. O Sr. Mateus, acordado subitamente, ouvindo a balbúrdia que se fizera na casa, levantou-se de seu leito, colérico, armado com uma acha ameaçadora, mas, a poucos passos, cambaleou e tombou ao solo... A ferida cirúrgica voltou a sangrar e ele foi levado, com urgência, ao Pronto Socorro, onde lutava pela sobrevivência do corpo, com diagnóstico de embolia cerebral. O Sr. Mateus passaria vários meses no leito, imobilizado por uma paralisia parcial. (Cap. 13, págs. 235 a 238) 

77. A renovação de Marta - Possessa pelo ódio surdo, Marta recolhera-se ao quarto, dele recusando-se a sair, mesmo sabendo do que sucedera ao pai. José Petitinga a visitou e lhe disse da importância de vivermos em paz com nossos familiares. Ela, porém, reagiu negativamente às palavras do notável espiritista baiano, que, no entanto, a chamou à responsabilidade e lhe mostrou a insuficiência dos recursos espirituais votados ao mal. "Tais Espíritos, minha filha, não são Guias: são cegos arrastando cegos ao abismo em que todos se precipitarão", disse-lhe Petitinga. Marta replicou dizendo que eles têm a força e libertam as vítimas da obsessão pelo uso dessa força, ao contrário dos espiritistas, que nada podem. O benfeitor baiano retrucou dizendo que a violência não liberta e a força não convence. "A vitória do poder da força é ilusória, porque ela mesma gera a força da reação que a destrói", asseverou Petitinga, que fez uma longa digressão sobre os métodos da luz, comparados com os métodos das trevas. "Uma gota de luz vence a treva; todavia, a abundância da segunda nada consegue em relação à primeira... A impiedade nada produz", afirmou-lhe o apóstolo do Espiritismo na Bahia. E, após um longo diálogo, viu-se que o poder dos argumentos e a força moral do velho doutrinador acalmaram a atormentada, que, após uma oração feita por Miranda e passes ministrados por Petitinga, agradeceu emocionada, comprometendo-se a visitar o pai e a meditar nas novas diretrizes que se lhe deparavam naquelas dolorosas circunstâncias. (Cap. 13, págs. 238 a 242) 

Frases e apontamentos importantes 

CLVIII. (...) A obsessão decorre sempre de  uma imperfeição moral,  que dá ascendência  a um Espírito mau.  A uma

causa física, opõe-se uma força física; a uma causa moral preciso é se contraponha uma força moral. (Allan Kardec, em "A Gênese", cap. XIV, citado por Manoel P. de Miranda, cap. 14, pág. 248) 

CLIX. Em todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso meio de que se dispõe para demover de seus propósitos maléficos o obsessor. (Kardec, em "A Gênese", cap. XIV, citado por Manoel P. de Miranda, cap. 14, pág. 248) 

CLX. Como qualquer outra faculdade psicológica ou função fisiológica, a mediunidade requer cuidados especiais, atendimento a requisitos próprios e condições específicas que lhe facultem a educação e o desdobramento de recursos, para atender às finalidades a que se destina. Nesse sentido, "O Livro dos Médiuns", de Allan Kardec, é, ainda, o melhor roteiro para médiuns e pessoas que desejem conhecer as faculdades medianímicas do homem, como conduzi-las e com elas operar, os perigos da má prática mediúnica, etc.... (Manoel P. de Miranda, cap. 14, pág. 248) 

CLXI. O que ocorre normalmente nesses chamados desenvolvimentos instantâneos, em grupos, mecânicos, pertence aos capítulos da Sugestão, do Animismo, dos Condicionamentos psicológicos e até mesmo aos estados de nevrose. Resguardem-se, no cuidadoso estudo e na carinhosa observação vigilante, os que desejam reais e proveitosos resultados da mediunidade e da sua prática, sem precipitação, sem exigências, melhorando-se moral e espiritualmente, os médiuns e os experimentadores honestos, a fim de se credenciarem à assistência dos Bons Espíritos. (Manoel P. de Miranda, cap. 14, pág. 248) 

CLXII. O momento de renovação ocorre como instante de dor: o ar que penetra no pulmão do recém-nascido, ensejando-lhe a vida extra-uterina, provoca-lhe, também, a sensação da dor... Assim também, o ar balsâmico do Cristo, em lhe penetrando a alma, rompe a couraça da sombra que a envolvia e a claridade rutilante da vida nova lhe produz, compreensivelmente, angústia passageira e passageira apreensão. (José Petitinga, falando a Marta, cap. 14, pág. 249) 

CLXIII. Uma atitude honesta faz-se acompanhar de fluidos convincentes, que envolvem, poderosos, aqueles a quem nos dirigimos. (...) Não há força que tenha mais força do que a força do amor... (José Petitinga, cap. 14, pág. 250) 

CLXIV. É evidente que a messe de luz muito favorece a riqueza da arca que a recebe. (...) A palavra evangelizante dirigida a ele atenderá, também, aos sofredores espirituais que porventura se lhe vinculem por esta ou aquela razão. Numa casa onde se acende a claridade do Evangelho, erguem-se defesas poderosas, impedindo a invasão das forças desagregadoras da erraticidade inferior. Quando um grupo ora, unido nos liames da comunhão pela prece, estabelecem-se resistências capazes de suportar as descargas da agressão da maldade originada num ou noutro plano da vida. A prece e a lição edificante transformam-se em potentes ondas de energia vivificadora que beneficia todos os que delas participam. (José Petitinga, falando a Mariana, cap. 14, págs. 252 e 253) 

CLXV. O Universo todo são permutas. A ideia que o homem plasma e cultiva, exterioriza e difunde, traduz o seu estado, a sua altura moral e espiritual. Ora, sintonizados com a ideia da Vida Excelsa, plasmaremos imagens superiores e viveremos emoções vitalizantes que nos esboçarão os pródromos da paz interior que, por fim, nos dominará. (José Petitinga, cap. 14, pág. 253) 

CLXVI. Todo compromisso que assumimos espontaneamente merece consideração. No entanto, só um compromisso nos parece verdadeiro, irreversível: o que temos para nós próprio, para com a nossa evolução. Esse é intransferível, inderrogável. (José Petitinga, cap. 14, pág. 254) 

CLXVII. As Entidades que se nos vinculam ou com as quais nos imanamos tornam-se comensais das nossas emanações psíquicas, nutrindo-se das nossas forças, como ocorre nas obsessões. Aliás, em todo processo em que há uma vinculação constringente de um desencarnado sobre um encarnado, ou vice-versa, deparamo-nos com uma obsessão em curso ou, quando menos, com uma fascinação a caminho do desastre obsessivo. A expressão "desfazer os vínculos" deve ser substituída por "modificar as vinculações", porque em verdade você não deseja abandoná-los, mas libertar-se do erro em que eles se demoram, para jornadear na busca da harmonia que lhe faz falta. (José Petitinga, falando a Marta, cap. 14, pág. 254)  (Continua no próximo número.)


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita