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Estudando a série André Luiz
Ano 5 - N° 223 - 21 de Agosto de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

Ação e Reação

André Luiz

(Parte 23)

Damos continuidade nesta edição ao estudo da obra Ação e Reação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Quais foram os primeiros cuidados que Silas tomou no atendimento a Poliana?

Como era noite e, por isso, não seria fácil trazer ali algum companheiro encarnado, Silas aplicou passes à glote de Poliana e, logo após, administrou recursos fluídicos à água contida em um pote acessível à sofrida mulher. Com os passes o Assistente ativara a sede da doente, impelindo-a a servir-se da água, convertida então em líquido medicamentoso. Logo depois, Poliana abandonou o leito e buscou o pote humilde. Após beber ligeiros goles, asserenou as pró­prias ânsias, qual se houvera sorvido valiosa poção calmante. Suas preocupações obcecantes cederam lugar à bonança de espírito. Silas acariciou-lhe então a fronte, transmitindo-lhe forças revigorantes. (Ação e Reação, cap. 13, pp. 177 e 178.)

B. Alguém atendeu ao pedido de ajuda feito mentalmente por Silas?

Sim. Ele rogou a ajuda dos Benfeitores espirituais e a ajuda veio, quase em seguida ao término da oração. Os Benfeitores desencarnados chegaram e os saudaram regozijantes. Em mi­nutos, energias imponderáveis da Natureza, associadas aos fluidos de plantas medicinais, foram trazidas à enferma, que as inalou a longos sorvos. Em breve tempo, Poliana, surpreendentemente refeita, estava pronta a retomar o envoltório carnal para a necessária restauração. (Obra citada, cap. 13, pp. 179 e 180.)

C. Qual a história de Sabino, o anão paralítico que, além da paralisia, enfrentava a prova da idiotia e da surdez?

Sabino ostentara o título de Barão em sua última existência, em que se desvairou calamitosamente nas trevas da delin­quência e da vaidade. Sangue e lágrimas estiveram presentes na construção da fortuna por ele amealhada e nos seus projetos de dominação política. Embora fosse apenas um anão idiota, surdo e mudo, tratava-se, disse Silas, de um prisioneiro ainda perigoso, engaiolado nos ossos físicos, de cuja tessitura, por agora, não tinha qualquer noção. Sobre ele, Silas disse ainda: "Nosso pobre companheiro, deploravelmente tombado, praticou numerosos delitos na Terra e no Plano Espiritual e, há mais de mil anos, vem sucumbindo, vaidoso e desprevenido, às garras da criminali­dade... De existência a existência, não soube senão consumir os recur­sos do campo físico, tumultuando as paisagens sociais em que o Senhor lhe concedeu viver. Calamidades diversas, como sejam homicí­dios, rebe­liões, extorsões, calúnias, falências, suicídios, abortos e obsessões foram por ele provocados, desde muitos séculos, porquanto nada viu à frente dos olhos senão o seu egoísmo a saciar... Entre o berço e o tú­mulo, é o desatino incessante, e, do túmulo para o berço, é a maldade fria e inconsequente, apesar das intercessões de amigos abnegados..." (Obra citada, cap. 13, pp. 181 e 182.) 

Texto para leitura 

84. O valor da água magnetizada - Silas procurou na choça desguar­necida algo que pudesse funcionar à guisa de socorro, mas havia ali somente um velho cântaro com pequena porção d'água. Como era noite, não era fácil trazer ali algum companheiro encarnado. Silas aplicou então passes à glote de Poliana e, logo após, administrou recursos fluídicos à linfa pura. André compreendeu que o Assistente ativara a sede da doente, impelindo-a a servir-se da água simples convertida em líquido medicamentoso. Com enorme esforço, Poliana abandonou o leito e buscou o pote humilde. Após beber ligeiros goles, asserenou as pró­prias ânsias, qual se houvera sorvido valiosa poção calmante. Suas preocupações obcecantes cederam lugar à bonança de espírito. Silas acariciou-lhe então a fronte, transmitindo-lhe forças revigorantes. Após alguns minutos, Poliana desprendeu-se do corpo físico, mas não tinha a necessária lucidez espiritual para identificar a presença dos benfeitores. Conduzida magneticamente por Silas, demandou um bosque vizinho, onde foi convenientemente acomodada pelo Assistente no tapete de relva macia, sentindo-se calma e leve. A seguir, o Assistente con­vocou seus amigos à prece e, levantando o olhar para o firmamento faiscante, rogou: "Pai de Infinita Bondade, Tu que dás provimento às necessidades do verme aparentemente esquecido no ventre do solo, que vestes a flor anônima, perfumando-lhe a contextura, muitas vezes sobre a lama do charco, desce compassivo olhar sobre nós, que nos tresmalha­mos a distância de Teu amor! Em particular, Pai Justo, compadece-te de nossa Poliana, vencida!... Ela não é mais, Senhor, a mulher sequiosa de aventura e de ouro, disposta a lançar lodo e treva no caminho dos semelhantes, mas sim pobre mãe fatigada, reclamando novas forças para a renúncia! não é mais a moça vaidosa que tripudiava nos tormentos do próximo, mas triste mendiga, anulada para o trabalho, que soluça de porta em porta, esmolando o pão com que deve sustentar o torturado filho de sua dor e nutrir a própria vida. O' Pai, não a deixes perder agora o bênção do corpo, na senda redentora onde se arrasta! Acres­centa-lhe os recursos para que não interrompa a experiência sublime em que se localiza..." (Cap. 13, pp. 177 e 178) 

85. A resposta à prece - Terminada a prece, André viu ao longe, na selvagem floração do bosque ermo, cinco flamas, em pontos diferentes do Espaço, que se aproximavam, celeremente... Renteando com o grupo, transfiguraram-se em companheiros que os saudaram regozijantes. Em mi­nutos, energias imponderáveis da Natureza, associadas aos fluidos de plantas medicinais, foram trazidas à enferma, que as inalava a longos sorvos. Em breve tempo, Poliana, surpreendentemente refeita, estava pronta a retomar o envoltório carnal para a necessária restauração. "Ricos da Terra – pensou André, em lágrimas –, onde o poder das vos­sas arcas abarrotadas de ouro, ante a simples fulguração de uma prece? Onde a grandeza de vossos palácios, recheados de fausto e pedraria, confrontada com um simples minuto de reverência da alma, em comunhão com a Paternidade de Deus, na majestade do Céu?" Incapaz de raciocinar por si, por força das inibições que sofria, a doente não conseguiu ver seus benfeitores, mas sorria venturosa, sentindo-se mais robusta e mais ágil. Amparada, regressou ao casebre infecto e retomou a cápsula física, enquanto Silas informou: "As melhoras adquiridas pela organi­zação perispirítica serão apressadamente assimiladas pelas células do equipamento fisiológico". E acentuou: "Sabem os médicos terrenos que o sono é um dos ministros mais eficientes da cura. É que, ausente do corpo, muitas vezes consegue a alma prover-se de recursos prodigiosos para a recuperação do veículo carnal em que estagia no mundo". Em se­guida, afagou os cabelos grisalhos da enferma e prometeu-lhe em voz alta: "Descanse. Quando o dia ressurgir, nossos companheiros trarão até aqui o socorro da caridade fraternal, valendo-se de algum samari­tano das redondezas..." André pôde então observar o campo orgânico de Sabino, um indivíduo mirrado, medindo cerca de 90 cm, com um corpo disforme e enorme cabeça. Sua fisionomia denotava configuração maca­coide, mas ele exibia no sorriso inconsciente a expressão de um pa­lhaço triste. Sua mente fixava-se em reminiscências do passado... Vivendo distante da realidade, a memória de Sabino mergulhava em quadros estranhos: ele, em trajes de palaciano bem posto, a influenciar pes­soas para a consumação de crimes vários. Viúvas e órfãos, trabalhado­res humildes e escravos misérrimos desfilavam nas telas de suas com­plicadas recordações... E, ao seu lado, sempre a mesma mulher, cujo porte soberbo lembrava Poliana, a mendiga... Assombrado, André identi­ficou a ambos cercados de luxo e ouro, manchados, porém, de sangue, ao qual se faziam plenamente insensíveis... (Capítulo 13, pp. 179 e 180) 

86. O caso Sabino - Sabino, o fidalgo, não tomava conhecimento de Sabino, o anão paralítico. Em absoluta introspecção, revivia o preté­rito, demonstrando-se na posição do homem iludido por mentirosa supe­rioridade à frente dos semelhantes. Silas observou: "Decerto, não lhe ouviremos a palavra articulada, mudo e surdo qual se encontra, mas podemos consultar-lhe o pensamento, por­quanto reagirá em pensamento, respondendo-nos às interpelações, atra­vés da conversação ideada. Para isso, porém, é imprescindível lhe dis­pensemos o tratamento devido à personalidade que julga viver... Menta­lizemo-lo como sendo o Barão de S..., título que exibiu na existência última e com o qual se desvairou calamitosamente nas trevas da delin­quência e da vaidade". André per­guntou-lhe então: "Barão, por que tanto sangue em seu caminho? Terão muitos chorado, em torno de sua marcha?" Sabino recolheu a pergunta em forma de ideia, formulada de si para consigo, devolvendo a André a se­guinte ponderação pelos fios men­tais, em que ambos comungavam: "Sangue e lágrimas, sim!... Precisei de grande dose de semelhante material em meus empreendimentos... Que triunfador do mundo não terá sangue e lá­grimas, na base das pirâmides da fortuna ou da dominação política em que todos eles se apoiam?" Silas comentou que, segundo a ciência da Terra, Sabino seria o idiota paralítico, surdo e mudo... "Para nós, no en­tanto – explicou o Assistente –, é um prisioneiro ainda perigoso, engaiolado nos ossos físicos, de cuja tessitura, por agora, não tem qualquer noção, tal o egoísmo que ainda lhe turva a alma, em processo de incontrolável hipertrofia... A sede da posse ignóbil e o orgulho virulento perverteram-lhe a vida íntima, fixando-o em pavoroso labi­rinto de sinistros enganos, que resultam para ele em completa aliena­ção mental no tempo, uma vez que o relógio avança na contagem dos dias, enquanto se mantém parado nas reminiscências em que se supõe dominador na Terra, vivendo o pesadelo criado por si próprio..." Hilário, em face disso, pergun­tou, surpreso, onde estaria a vantagem de semelhan­tes padeci­mentos. Silas informou: "Temos sob nossa atenção lamentável débito congelado. Nosso pobre companheiro, deploravelmente tombado, praticou numerosos delitos na Terra e no Plano Espiritual e, há mais de mil anos, vem sucumbindo, vaidoso e desprevenido, às garras da criminali­dade... De existência a existência, não soube senão consumir os recur­sos do campo físico, tumultuando as paisagens sociais em que o Senhor lhe concedeu viver. Calamidades diversas, como sejam homicí­dios, rebe­liões, extorsões, calúnias, falências, suicídios, abortos e obsessões foram por ele provocados, desde muitos séculos, porquanto nada viu à frente dos olhos senão o seu egoísmo a saciar... Entre o berço e o tú­mulo, é o desatino incessante, e, do túmulo para o berço, é a maldade fria e inconsequente, apesar das intercessões de amigos abnegados..." (Capítulo 13, pp. 181 e 182)  (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita