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Brasil
Ano 5 - N° 223 - 21 de Agosto de 2011
ANA MORAES
anateresa.moraes2@gmail.com
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

 

Um médium que lota as igrejas

Atraindo um público numeroso na igreja a que serve, o carioca Pedro Siqueira tem sido considerado um fenômeno no seio
da Igreja Católica

 
Há na história da Igreja alguns casos conhecidos de nós espíritas que nos dão conta da existência de padres-médiuns, como o notável Padre Germano, protagonista do livro Memórias do Padre Germano, de Amalia Domingo Soler, e o Padre Vítor Coelho, autor espiritual do livro Memórias de Padre Vítor, psicografado pela médium paulista Ana Paula Cazetta. 

Agora ocorre no Rio de Janeiro um caso semelhante, mas não envolve padre, e sim um rapaz de 39 anos, formado em Direito pela PUC do Rio, professor de Direito e funcionário da Advocacia Geral da União. Falamos de Pedro Siqueira (foto), considerado o maior fenômeno da Igreja Católica que o Rio conheceu nos últimos anos. 

Desde os 24 anos, portanto há 15 anos, Pedro vem lotando as igrejas que frequenta. Primeiro foi a Santa Mônica, no Leblon; atualmente é a igreja Nossa Senhora da Imaculada Conceição, na Gávea, onde todas as últimas terças-feiras do mês, com seu grupo de oração do Terço, ora, lê textos bíblicos, canta, toca violão e transmite aproximadamente dez mensagens de santos e de pessoas falecidas, que ele diz ver e escutar desde criança. 

“Minha mãe – diz Pedro – relata que a primeira vez que ela viu que havia algo de diferente foi quando eu, bebê, morri nos braços dela. Ela correu para chamar uma vizinha, me levou ao hospital e, de repente, eu ressuscitei. Lá em casa, as janelas batiam, a cama balançava, as coisas mexiam. Daí comecei a ter as visões, as audições e as coisas que falam dentro do meu peito.” 

Entrevistado por vários órgãos da imprensa e também por Ana Maria Braga, da TV Globo, Pedro Siqueira não tem receio em falar sobre seus dons mediúnicos, como o leitor pode ver nos trechos abaixo reproduzidos de uma entrevista cuja íntegra está disponível no Blog de Espiritismo, que os interessados podem acessar clicando em http://blog-espiritismo.blogspot.com/2011/06/medium-na-igreja-catolica.html

Esses fenômenos ainda continuam? 

Teve um dia que começaram a aparecer tufos de cabelo pelo chão da casa; em outro, no banheiro social, as paredes apareceram cheias de fezes de morcego. Mas, no geral, não acontecem. De vez em quando, aparecem pessoas no Terço dizendo que estão possuídas, mas não estão. 

Os médicos descartaram qualquer possibilidade de um caso clínico? 

Tudo: neurologista, psicólogos, psiquiatras. Disseram que não havia nada clinicamente, que eu era uma pessoa normal, que não precisava de remédios. Era atleta, competia na natação. Minha mãe, então, pensou: ‘vou ter que colocar um cabresto nesse menino’ e me proibia de falar, para me proteger. Se meu filho também tiver o dom, eu agiria diferente. 

Como era na escola? 

Eu ficava na minha, porque tinha que me enturmar. Naquela época, o Santo Agostinho era só de meninos. Dentro da medida, eu tive uma vida normal, fora as visões. Saía, namorava, ia a matinês, mas sempre gostei mais dos esportes. 

Você também vê mortos, mas a fé católica, de certa forma, proíbe a comunicação com eles. 

No episódio da Transfiguração, Jesus se comunica com Moisés, e os apóstolos também o veem. Não existe nenhum dogma que proíba isso. O Padre Pio, que foi santificado pelo Papa João Paulo II, conversava com almas do Purgatório, por exemplo. Sou muito devoto dele. 

Alguém na Igreja já lhe disse para parar? 

Para parar não, mas, às vezes, vinha um padre pedindo que eu não desse as mensagens, que eu não falasse de cura, acho que por medo de algo que não está sob controle. Mas isso não está no controle de ninguém, nem do meu. Por uma política de boa vizinhança, eu não faço muita coisa que poderia fazer. Mas a Bíblia tem uma coisa muito interessante que é a questão de não chocar seu próximo. 

Como reagem as pessoas do seu trabalho, na Advocacia Geral da União? 

Eu trabalho na Procuradoria Regional. As pessoas no início ficaram chocadas, mas hoje se acostumaram, umas me pedem para rezar. 

Suas visões o ajudam nos casos judiciais? 

Não (risos). Nossa Senhora não me aparece, não se mete nisso. Acho que são assuntos muito mundanos para Ela. Com o tempo, eu aprendi a controlar o dom; no tribunal, por exemplo, não vejo nada. 

Você tem medo de que as pessoas não acreditem em você? 

Tem várias pessoas que não acreditam, várias. Até parentes meus, que acham uma bobagem. Eu realmente não ligo. Nada acontece por acaso; eu tenho uma missão a cumprir. Se Nossa Senhora escolheu essa missão para mim, eu faço por Ela, por amor a Ela. Se eu não fizesse, eu seria incompleto. Eu não posso me trancar e isolar do mundo como eu gostaria e ficar somente vendo e meditando. 

E você considera isso um dom ou um fardo? 

Todo dom é pesado, porque ele te exige muito. Tem épocas em que eu estou mais cansado, que eu não quero ir ao Terço, que sinto dores terríveis pelo corpo, pela coluna, pelas pernas, nas mãos. No começo, as reuniões eram semanais, agora são mensais, por causa do volume de trabalho. Eu sei que algumas pessoas vão ao grupo me vendo como uma atração de circo. Isso já me incomodou, mas hoje entendo que é um gancho que Nossa Senhora usou para divulgar o Terço. 

Por que você tem esse dom e não eu, só para dar um exemplo? 

Também gostaria de saber, mas todo dom passa pela individualidade. Na verdade,eu sou um homem das cavernas. Sou um cara cheio de manias, sou travado, não sou moderno, gosto de futebol, de lutar, não gosto de publicidade nem de aparecer. Mas entendo que seja necessário para divulgar o livro, que me foi pedido por Nossa Senhora numa peregrinação a Fátima. Eu não sou padre, não doutrino ninguém, só quero rezar o Terço. A mensagem do livro é que as pessoas têm que recuperar sua fé, porque sempre tem um momento na vida em que dinheiro e beleza não resolvem nada. 

É verdade que o telefone só toca de lá para cá, como disse Chico Xavier? 

É verdade. Não adianta a pessoa me procurar e pedir para falar com alguém. As pessoas precisam aprender a rezar por elas, pelo próximo, pelo irmão, pelo mundo e a não precisarem de mim para rezar. Eu saio com muitos pedidos de oração, mas seria melhor que a própria pessoa fizesse isso. 

Você se considera o Chico Xavier dos católicos? 

Nunca. Ele era um homem santo, puro, puríssimo. 

Você disse que vê também espíritos maus. Quer dizer que eles existem? 

Vejo, sim, e claro que existem, assim como existem pessoas boas e más. 

 

Nota:  

O vídeo da entrevista concedida a Ana Maria Braga, em maio último, pode ser visto clicando no seguinte link - http://burrochora.blogspot.com/2011/06/mediunidade-x-igreja-catolica.html



 

 

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 Revista Semanal de Divulgação Espírita