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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 5 - N° 221 - 7 de Agosto de 2011

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

Nos Bastidores da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 13)

Damos prosseguimento ao estudo do livro Nos Bastidores da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e publicada no ano de 1970 pela Editora da FEB.

Questões preliminares

A. Como se deu o reencontro entre Henriette e Teofrastus?

Henriette (hoje Ana Maria) foi trazida ao recinto do encontro, adormecida, qual criança agasalhada no afeto paternal. Ao vê-la deitada sobre alvo leito, Teofrastus foi acometido de angustiante expectativa. Glaucus o acalmou com gesto delicado e, tocando as têmporas da jovem, despertou-a com voz amiga e confortadora. Quando a enferma reconheceu a seu lado o antigo esposo, seu olhar adquiriu brilho especial e ela alongou os braços. Teofrastus, com a aquiescência de Glaucus, estreitou-a com imensa ternura, envolvendo-a em ondas de afetividade e carinho. A cena que se seguiu foi comovente. Pedidos de perdão, promessas de felicidade e muito choro de parte de Teofrastus... Glaucus aproximou-se e exortou-o ao equilíbrio. Falou-lhe da significação do momento e das poucas reservas que Ana Maria possuía. Em seguida, disse à jovem que o seu sonho de amor, esperado por tanto tempo, agora se concretizaria. Explicou-lhe, assim, o plano sugerido a Teofrastus, em que ele volveria à carne na condição de seu filho. Ana Maria, sacudida por impulso inesperado, ajoelhou-se e, abrindo os braços, balbuciou: - "Que se faça a vontade de Deus!" (Nos Bastidores da Obsessão, cap. 10, pp. 194 a 198.)

B. Duas técnicas opostas, mas às vezes igualmente eficientes, utilizam os obsessores no curso do processo obsessivo. Quais são elas e em que consistem?

As duas técnicas são bem conhecidas dos espíritas. Em alguns casos, os obsessores aumentam a agressão às suas vítimas a fim de lhes darem ideias falsas de que a frequência às sessões acarreta maior dose de sofrimento, inspirando-as a debandarem, após o que, então, cessam de repente a constrição obsessiva, fazendo crer que a melhoria decorreu do abandono aos compromissos espíritas. Mais tarde, voltam mais ferozes, cruéis, implacáveis. De outras vezes, agem de maneira inversa: logo que o indivíduo começa a participar do estudo e da tarefa espiritista, afastam-se temporariamente, permanecendo em contínua vigília. Se a pessoa, pensando estar curada, deixa os seus compromissos, sem que a dívida esteja resgatada, eis que os verdugos perseverantes, que a seguem, retornam vigorosos e ferozes. (Obra citada, cap. 11, pp. 200 a 204.)

C. Com a agressão sofrida por Mateus Soares, Mariana perturbou-se novamente, a ponto de tentar agredir Petitinga. Que explicações este deu sobre o caso?

José Petitinga esclareceu a Manoel P. de Miranda – em virtude do receio deste de que o amigo sofresse  agressão física por parte da entidade que se manifestou através de Mariana – que a serviço de Jesus nada devemos temer, porque "quando estamos a serviço da verdade, geramos e emitimos vibrações que nos defendem de todo o mal". Claro que não nos devemos expor à temeridade, criando situações embaraçosas e perfeitamente desnecessárias. É preciso, porém, confiar na assistência de Jesus quando estamos imbuídos do desejo de servir. Os episódios ocorridos na família Soares eram perfeitamente compreensíveis. O Sr. Mateus, conturbado em si mesmo, é portador de enfermidade íntima de longo curso. Vivendo o clima da jogatina, nosso irmão foi vítima de Entidades infelizes que armaram a mão do seu opositor para lhe roubarem a vida. Ante o choque, a menina Mariana entrou em sintonia com o sicário que a espreitava. Na verdade, o problema da desobsessão tem longo curso. O simples afastamento da entidade perseguidora não é fator de paz naquele que se lhe vinculava. Em processos obsessivos como o de Mariana, há sempre uma mediunidade latente, que oferece recursos de sintonia psíquica entre perseguidor e perseguido. Com o afastamento de um, as possibilidades medianímicas do outro se dilatam, sendo necessário educar, disciplinar, instruir o médium para que este adquira os recursos que o capacitem à defesa própria e aos cuidados contra as ciladas bem urdidas de outros Espíritos infelizes e levianos. (Obra citada, cap. 11, pp. 205 a 213.)

Texto para leitura

63. O encontro com Henriette - A um sinal quase imperceptível, Saturnino deixara o recinto em busca de Henriette (hoje Ana Maria), que ele trouxe ao recinto, adormecida, qual criança agasalhada no afeto paternal. Vendo-a, deitada sobre alvo leito, Teofrastus foi acometido de angustiante expectativa. Glaucus o acalmou com gesto delicado e, tocando as têmporas da jovem, despertou-a com voz amiga e confortadora. Quando a enferma reconheceu a seu lado o antigo esposo, seu olhar adquiriu brilho especial e ela alongou os braços. Teofrastus, com a aquiescência de Glaucus, estreitou-a com imensa ternura, envolvendo-a em ondas de afetividade e carinho. A cena que se seguiu foi comovente. Pedidos de perdão, promessas de felicidade e muito choro de parte de Teofrastus... Glaucus aproximou-se e exortou-o ao equilíbrio. Falou-lhe da significação do momento e das poucas reservas que Ana Maria possuía. Em seguida, disse à jovem que o seu sonho de amor, esperado por tanto tempo, agora se concretizaria. Explicou-lhe, assim, o plano sugerido a Teofrastus, em que ele volveria à carne na condição de seu filho. Ana Maria, sacudida por impulso inesperado, ajoelhou-se e, abrindo os braços, balbuciou: - "Que se faça a vontade de Deus!"  Seria preciso, no entanto, que ela desse ensejo também a Jean Villemain, o infeliz sacerdote que, no passado, desencadeou todas estas aflições... Ela, porém, se recusa a recebê-lo como filho, porque dizia odiá-lo com todas as forças. "O ódio, filha – disse-lhe Glaucus –, somente desaparece na pira do sacrifício do amor". E perguntou-lhe: "Negar-lhe-ás a sublime oferta do recomeço, que a ti a Misericórdia Divina, por sua vez, está concedendo?" O Benfeitor espiritual falou das virtudes da maternidade e dos exemplos de Jesus, que prossegue amando a todos nós, apesar dos nossos erros. Os argumentos eram irretorquíveis e Ana Maria concordou. Se esse amor pudesse beneficiar Teofrastus, ela aceitaria também, como filho, o algoz de sua vida. Pouco depois, Teofrastus despediu os dois guardas que o haviam acompanhado, ficando combinado que ele se demoraria naquela Casa sob os auspícios dos Instrutores, até que fosse encaminhado a uma Colônia preparatória para a reencarnação futura. (Cap. 10, págs. 194 a 198)

64. A resposta das trevas - Valendo-se da mediunidade de Morais, o instrutor Saturnino esclareceu que, com as operações espirituais em andamento e o consequente deslocamento do diretor do Anfiteatro, em breve haveria a resposta dos grupos de Espíritos infelizes ligados ao mal, que, tão logo se refizessem do choque, arremeteriam violentos, tentando uma revanche injustificável, perniciosa e de resultados para eles mesmos danosos. Convinha que todos se mantivessem nos padrões do Cristo, em constante vigilância. De fato, uma semana depois quase todos os encarnados, componentes do grupo, começaram a experimentar singular melancolia e alguns traços de irritabilidade no comportamento. Não ignoravam eles que há duas técnicas bem conhecidas de que se utilizam os perseguidores de encarnados atormentados que buscam o concurso o Espiritismo: em alguns casos, eles aumentam a agressão às suas vítimas a fim de lhes darem ideias falsas de que a frequência às sessões acarreta maior dose de sofrimento, inspirando-as a debandarem, após o que, então, cessam de repente a constrição obsessiva, fazendo crer que a melhoria decorreu do abandono aos compromissos espíritas. Mais tarde, voltam mais ferozes, cruéis, implacáveis. De outras vezes, agem de maneira inversa: logo que o indivíduo começa a participar do estudo e da tarefa espiritista, afastam-se temporariamente, permanecendo em contínua vigília. Se a pessoa, pensando estar curada, deixa os seus compromissos, sem que a dívida esteja resgatada, eis que os verdugos perseverantes, que a seguem, retornam vigorosos e ferozes. (Cap. 11, págs. 200 a 204)

65. Proteção espiritual - Em todo processo de desobsessão, se a vigilância, a oração e o jejum moral são condições essenciais, o otimismo e o bom-humor não podem ser relegados para trás. Tristeza é nuvem nos olhos da saúde e irritabilidade é tóxico nos tecidos da paz... Não obstante, todos experimentavam certas sombras psíquicas investindo insistentes, constantes. Saturnino veio-lhes ao socorro e, numa advertência feita em reunião extraordinária do grupo, conclamou-os à "resistência contra o mal", corroborando a advertência anterior de que as investidas da Organização logo se fariam sentir. Era preciso, pois, levantar o Espírito e marchar irmanados de maneira a sustentar-se uns nos outros. A oração em conjunto, a reunião de pensamentos, consegue a bênção da fraternidade e esta a do socorro recíproco. "É muito fácil arrebentar-se uma vara isolada, mas não se pode fazer o mesmo a um feixe...", ensinou o instrutor espiritual. (Cap. 11, pág. 204)

66. Novas aflições entre os Soares - A família Soares iria passar naqueles dias por novas aflições. Sendo a dor a melhor forma de o homem entender as realidades da vida por enquanto, era bem certo que o sofrimento faria o seu mister. Após a reunião na Casa espírita, o telefone chamou Petitinga ao lar dos Soares. Dona Rosa e a filha Amália haviam retornado do Pronto Socorro, onde se encontrava internado o chefe do lar, que fora submetido a delicada cirurgia de emergência. Um companheiro de jogos, acusado pelo Sr. Mateus de estar fraudando, após acalorada discussão, desferiu-lhe lamentável golpe de punhal. A Polícia interveio e fechou a casa, que funcionava com "jogos de azar" proibidos. Com a notícia, Mariana fora acometida de um choque nervoso e cruel e, desde então, estava inquieta, de olhar desvairado, com sintomas que pareciam alarmantes. Entidades desencarnadas estavam de novo criando pânico e perturbação na família aturdida. O ambiente no lar traduzia a intoxicação violenta por fluidos de baixo teor vibratório, o que lhe dava a impressão de um local asfixiante, abrasador e constringente. Quando Petitinga se aproximou do leito de Mariana e lhe tocou as têmporas, a jovem ergueu-se de um salto e, transfigurada pela irrupção do fenômeno mediúnico, ficou de pé, em atitude desafiadora, desgrenhada, e avançou, ameaçadora, na direção de Petitinga, com os punhos cerrados. O notável apóstolo do Espiritismo na Bahia permaneceu tranquilo e falou bondosamente à entidade que se manifestava através de Mariana. Seguiu-se breve diálogo, em que a entidade, colérica, recusava ajuda e fazia ameaças. No fim, gargalhando e renovando as ameaças contra o grupo, a entidade desligou-se da médium que, inexperiente, por pouco não caiu. Dona Rosa envolveu a filha em seus braços e Mariana adormeceu tranquila. (Cap. 11, págs. 205 a 210)

67. Explicações de Petitinga - José Petitinga esclareceu a Manoel P. de Miranda –  em virtude do receio deste de que o amigo sofresse  agressão física por parte da entidade que se manifestou através de Mariana –  que a serviço de Jesus nada devemos temer, porque "quando estamos a serviço da verdade, geramos e emitimos vibrações que nos defendem de todo o mal". Claro que não nos devemos expor à temeridade, criando situações embaraçosas e perfeitamente desnecessárias. É preciso, porém, confiar na assistência de Jesus quando estamos imbuídos do desejo de servir. Os episódios ocorridos na família Soares são perfeitamente compreensíveis. O Sr. Mateus, conturbado em si mesmo, é portador de enfermidade íntima de longo curso. Vivendo o clima da jogatina, nosso irmão foi vítima de Entidades infelizes que armaram a mão do seu opositor para lhe roubarem a vida. Ante o choque, a menina Mariana entrou em sintonia com o sicário que a espreitava. Na verdade, o problema da desobsessão tem longo curso. O simples afastamento da entidade perseguidora não é fator de paz naquele que se lhe vinculava. Em processos obsessivos como o de Mariana, há sempre uma mediunidade latente, que oferece recursos de sintonia psíquica entre perseguidor e perseguido. Com o afastamento de um, as possibilidades medianímicas do outro se dilatam, sendo necessário educar, disciplinar, instruir o médium para que este adquira os recursos que o capacitem à defesa própria e aos cuidados contra as ciladas bem urdidas de outros Espíritos infelizes e levianos. (Cap. 11, págs. 211 a 213)

Frases e apontamentos importantes

CXXXVIII. Em todo processo de desobsessão não podemos desconsiderar o concurso do tempo, que nos exige alta dosagem de paciência e perseverança. Aqueles que se propõem a ajudar, compreendem a necessidade de criar condições para o desiderato. (Glaucus, cap. 12, pág. 225) 

CXXXIX. Qualquer tarefa de desobsessão, portanto, representa nobre e elevada responsabilidade para todos os que nela se envolvem, requerendo conhecimento doutrinário seguro e vivência cristalina evangélica... (Glaucus, cap. 12, pág. 225) 

CXL. A consciência da verdade oferece ao ser consciência lúcida. O erro já lhe não empana o raciocínio e o Espírito não mais se conforma com engodos nem aceita ilusões. Impõe-se a si mesmo o imposto do resgate como impositivo do próprio êxito. Sente que não merece felicidade desonesta e estatuída à base da astúcia, o que representaria impedimento à paz. (Glaucus, cap. 12, pág. 227)

CXLI. Uma agressão de qualquer natureza faz-se antecipar da vibração selvagem do ódio, da ira, da perversão, que envolve o que lhe cai nas malhas, predispondo-o à reação compatível ao atentado que venha a experimentar. O plano de socorro e da caridade também exterioriza energia envolvente que permeia o ser a quem objetiva, e quando o ato o alcança eis que ele já está investido da reserva favorável ao registro e aceitação da oferta de amor. (Glaucus, cap. 12, pág. 228) 

CXLII. A prova chega quando o aluno realizou o curso, obviamente, como consequência natural para a verificação da aprendizagem na seleção dos mais aptos e valorosos. Noutros casos, porém, a enfermidade e a dor são medidas preventivas impeditivas de danos maiores na economia do progresso. (Glaucus, cap. 12, pág. 228) 

CXLIII. O próprio amor, após examinar os recursos e possibilidades de determinados pacientes da alma (...), impossibilita-os de caírem em danos mais graves, comprometimentos mais ásperos para eles mesmos, resolvendo que, por enquanto, para a melhora de suas aquisições, só a doença, o agravamento do seu estado, ensejando, desse modo, enquanto presos ao leito, tempo de meditar e transformar ideias, de buscar o pensamento divino e renovar-se. (Glaucus, cap. 12, pág. 229) 

CXLIV. Em toda e qualquer situação valorizemos a bênção do resgate, a lição viva para aprendizagem valiosa, e submetamo-nos, tranquilos, aos impositivos da Lei. Pacientes há, rebeldes de tal monta, que o melhor medicamento para a saúde deles é a continuação do sofrimento em que se encontram... (Glaucus, cap. 12, pág. 229) 

CXLV. Cientificados e esclarecidos, seguros de que tudo obedece a Planificação Superior, sejamos o irmão da caridade, do amor, da compaixão, e envolvamos os sofredores  que  nos buscam nos tecidos da nossa prece e dos nossos sentimentos bons, ajudando e passando... A Lei a todos nos alcançará... (Glaucus, cap. 12, pág. 229) 

CXLVI. Felizes são os que perdoam, porquanto conferem paz a si mesmos e por sua vez liberam da dívida os que os ofenderam, entregando-os, desse modo, às Soberanas Leis encarregadas da evolução dos homens. (Saturnino, cap. 13, pág. 233) 

CXLVII. Os que perdoam e ajudam conseguem  ainda maior galardão, porque  amparam os maus e os vencem com a luz da misericórdia. No entanto, aqueles que conservam as mágoas intoxicam-se, envenenam-se, dando causa a graves enfermidades que se desatrelam vigorosas (...) E os que revidam mal por mal, agressão por agressão, estes já se encontram descambando na direção do abismo, em posição quase irreversível... (Saturnino, cap. 13, pág. 233)(Continua no próximo número.)



 


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