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Estudando a série André Luiz
Ano 5 - N° 221 - 7 de Agosto de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

Ação e Reação

André Luiz

(Parte 21)

Damos continuidade nesta edição ao estudo da obra Ação e Reação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Entrar no Templo da Mansão nem todos podiam. Por quê?

Segundo o Assistente Silas, apenas ingressam no re­cinto mencionado quantos lhe podem suportar a claridade com o respeito devido. Quase todos os irmãos que se congregavam na praça ao lado traziam mu­tilações que a perversidade lhes impôs ou eram portadores de sentimen­tos tigrinos que petições comoventes mal encobrem. Com semelhantes disposições, não resistiam ao impacto da claridade dominante no Templo, dosada em fotônios específicos a se caracterizarem por determinado teor eletro­magnético. Eis aí o motivo por que nem todos podiam nele ingressar. (Ação e Reação, cap. 12, pp. 164 e 165.)

B. Era bem grande o número de mulheres em trabalho de oração e assistência naquele recinto. Qual a explicação desse fato?

O fato, que impressionara Hilário, mereceu de Silas o seguinte comentário: "Raras esposas e raras mães demandam às regiões felizes sem os doces afetos que acalentam no seio... O imenso amor femi­nino é uma das forças mais respeitáveis na Criação divina". É por isso que grande número delas ali se encontrava. (Obra citada, cap. 12, pp. 166 e 167.)

C. De que maneira Silas evitou que Marina se suicidasse?

Não podendo tomar-lhe o copo da mão, Silas disse-lhe, em voz segura: "Como podes pensar na sombra da morte, sem a luz da oração?" A infeliz não lhe ouviu a pergunta, mas a frase invadiu-lhe a cabeça qual rajada violenta; seus olhos ganharam novo brilho e o copo tremeu-lhe nas mãos, então indecisas. Silas estendeu-lhe os braços, envol­vendo-a em fluidos anestesiantes de carinho e bondade. Dominada de no­vos pensamentos, Marina recolocou o recipiente no lugar de antes e, sob a vigorosa influência do Assistente, levantou-se automaticamente, estirando-se no leito, em prece: "Deus meu, Pai de Infinita Bondade, compadece-te de mim e perdoa-me o fracasso! Não suporto mais... Sem minha presença, meu marido viverá mais tranquilo no leprosário e minha desventurada filhinha encontrará corações caridosos que lhe dispensem amor... Não tenho mais recursos... Estou doente..." Silas administrou-lhe passes magnéticos de prostração e, induzindo-a a ligeiro movimento do braço, fez que ela mesma, num im­pulso irrefletido, batesse com força no copo, derramando o líquido letal. Reconhecendo no próprio gesto impensado a manifestação de uma força estranha a entravar-lhe a possibilidade da morte deliberada, ela passou a orar em silêncio, com evidentes sinais de temor e remorso, atitude mental essa que lhe acentuou a passividade e da qual se valeu Silas para conduzi-la ao sono provocado.(Obra citada, cap. 12, pp. 168 e 169.) 

Texto para leitura 

77. Nem todos podiam entrar no Templo - Silas informou que muitos companheiros de serviço valem-se daquele momento para o culto espontâ­neo do amor fraterno, ouvindo ali os desesperados e os tristes e, tanto quanto possível, administrando-lhes medicação e consolo, não só exortando-os à compreensão e à serenidade, mas também os acompanhando aos círculos tenebrosos ou à esfera dos encarnados, para a obra de as­sistência aos familiares que lhes perturbam o coração. A visão de An­dré, já adaptada à sombra reinante, podia agora diferençar as figuras que os cercavam. Viam-se ali mulheres de duro semblante que a miséria desfigurava e homens de fisionomia torturada pelo ódio e pela angús­tia. O infortúnio deles convertera-os em fantasmas de amargura, quase a irmaná-los integralmente no mesmo tipo de configuração exterior. Muitos mostravam mãos semelhantes a ressequidas garras, e em quase to­dos o olhar enraivecido ou medroso revelava a dolorosa fulguração da mente que desceu ao poço da loucura. Preces comoventes misturavam-se a clamores sinistros de revolta. Por que não acolhê-los ao Templo hospi­taleiro, então quase deserto? Silas esclareceu: "Efetivamente, repor­tam-se vocês a medida desejável. Entretanto, apenas ingressam no re­cinto sagrado quantos lhe podem suportar a claridade com o respeito devido. Quase todos os irmãos que se congregam nesta praça trazem mu­tilações que a perversidade lhes impôs ou são portadores de sentimen­tos tigrinos que petições comoventes mal encobrem. E, com semelhantes disposições, não resistem ao impacto da claridade dominante, dosada em fotônios específicos a se caracterizarem por determinado teor eletro­magnético, indispensável à garantia de nossa casa". E ajuntou: "Muitos de nossos irmãos, aqui desarvorados, clamam, com a boca, que anseiam pelas vantagens da prece, na intimidade do santuário; no entanto, por dentro, lá estimariam tripudiar sobre o nome sublime de nosso Pai Ce­leste, no culto à ironia e à blasfêmia. Para que não tumultuem a at­mosfera divina que nos cabe oferecer à oração pura e reconfortante, recomendam nossos orientadores que a luz permaneça graduada contra distúrbios e prejuízos facilmente evitáveis". (Capítulo 12, pp. 164 e 165) 

78. O caso Marina - Hilário estava surpreso. Queria Silas dizer que somente a sincera compunção da alma podia entrar em sintonia com as forças eletromagnéticas imperantes no Templo? "Exatamente, assim é", respondeu Silas. O Templo permanecia de braços abertos à provação e ao sofrimento, mas não à rebeldia e ao desespero. Não fosse assim, estaria ele condenado ao aniquilamento e ao descrédito. No átrio, mui­tos Espíritos imploravam socorro a Silas, que os fitava, compadecido, mas sem se deter. Foi então que ansiosa e apressada mulher o chamou nominalmente: "Assistente Silas! Assistente Silas!..." Era Luísa, uma senhora desencarnada, com sinais de grande angústia, que clamava sem preâmbulos: "Socorro!... Socorro!... Minha filha, minha pobre Marina esmorece... Tenho lutado com todas as minhas forças para furtá-la ao suicídio, mas agora me sinto enfraquecida e incapaz..." A infeliz, en­tão ajoelhada, ergueu os olhos lacrimosos e rogou: "Assistente, per­doe-me a insistência em falar-lhe de meu infortúnio, mas sou mãe... Minha desventurada filha pretende matar-se esta noite, comprometendo-se, ainda mais, com as trevas da sua consciência!..." Silas aconse­lhou-lhe retornasse de imediato ao lar terreno e explicou aos amigos que Marina era uma companheira da Mansão, reencarnada havia quase trinta anos, sob os auspícios do instituto. Tratava-se de um caso de débito agravado, que requeria máxima atenção e o necessário auxílio. Hi­lário estava impressionado com o número de mulheres em trabalho de oração e assistência naquelas paragens, o que mereceu de Silas o se­guinte comentário: "Raras esposas e raras mães demandam às regiões fe­lizes sem os doces afetos que acalentam no seio... O imenso amor femi­nino é uma das forças mais respeitáveis na Criação divina". O grupo dirigiu-se, em seguida, à Crosta e logo chegou a pequena moradia cons­tituída de três peças desataviadas e estreitas. Era a casa de Marina, onde, num quarto humilde, uma menina de dois a três anos choramingava, inquieta, sendo possível ver nos seus olhos esgazeados e inconscientes o estigma dos que foram marcados por irremediável sofrimento ao nas­cer. (Capítulo 12, pp. 166 e 167) 

79. Um suicídio frustrado - Marina, de joelhos, beijava sofrega­mente a filhinha, mostrando a indefinível angústia dos que se despedem para sempre. Em seguida, tomou de um copo em que se encontrava o ve­neno. Antes, porém, de levá-lo à boca, eis que Silas lhe disse em voz segura: "Como podes pensar na sombra da morte, sem a luz da oração?" A infeliz não lhe ouviu a pergunta, mas a frase invadiu-lhe a cabeça qual rajada violenta; seus olhos ganharam novo brilho e o copo tremeu-lhe nas mãos, então indecisas. Silas estendeu-lhe os braços, envol­vendo-a em fluidos anestesiantes de carinho e bondade. Dominada de no­vos pensamentos, Marina recolocou o recipiente no lugar de antes e, sob a vigorosa influência do Assistente, levantou-se automaticamente, estirando-se no leito, em prece: "Deus meu, Pai de Infinita Bondade, compadece-te de mim e perdoa-me o fracasso! Não suporto mais... Sem minha presença, meu marido viverá mais tranquilo no leprosário e minha desventurada filhinha encontrará corações caridosos que lhe dispensem amor... Não tenho mais recursos... Estou doente..." Silas administrou-lhe passes magnéticos de prostração e, induzindo-a a ligeiro movimento do braço, fez que ela mesma, num im­pulso irrefletido, batesse com força no copo, derramando o líquido letal. Reconhecendo no próprio gesto impensado a manifestação de uma força estranha a entravar-lhe a possibilidade da morte deliberada, ela passou a orar em silêncio, com evidentes sinais de temor e remorso, atitude mental essa que lhe acentuou a passividade e da qual se valeu Silas para conduzi-la ao sono provocado. O Assistente emitiu forte jacto de energia fluídica sobre o córtex encefálico dela, e a moça, sem conseguir explicar o torpor que lhe invadia o campo nervoso, dei­xou-se adormecer pesadamente. Silas informou, então, que Marina viera da Mansão para auxiliar Jorge e Zilda, dos quais se fizera devedora. No século passado, ela se interpusera entre os dois, quando recém-ca­sados, impelindo-os a deploráveis leviandades que lhes valeram angus­tiosa demência na erraticidade. Depois de longos padecimentos, permi­tiu o Senhor que os três renascessem no mesmo quadro social, para o trabalho regenerativo. Marina, a primogênita do lar de Luísa, recebera a incumbência de tutelar Zilda, a irmã menor, que assim se desenvolveu ao calor de seu fraternal carinho, até que, no caminho de ambas, apa­receu Jorge. (Capítulo 12, pp. 168 e 169)  (Continua no próximo número.)



 


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