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Crônicas e Artigos

Ano 5 - N° 219 - 24 de Julho de 2011

GUARACI LIMA SILVEIRA
glimasil@hotmail.com
Juiz de Fora, Minas Gerais (Brasil)
 

Atropelos ou atropelados?


Assim vive o homem. Assim caminha a humanidade terrestre nestes tempos atuais. O tempo, em verdade, quase não existe. As horas correm céleres atropelando nossas programações. Será que é assim mesmo ou será que nos deixamos levar pela alucinante correnteza deste rio de incertezas? É bom refletir. É bom pensar e concluir que algo de superior deve ser procurado por nós. Algo que agregue valor à nossa existência dentro do programa evolutivo em que estamos inseridos, cada qual, individualmente. Não nos basta mais cumprir as quatro propostas básicas da sobrevivência que são: alimentar, dormir, trabalhar e reproduzir.

Dados os séculos de experiências acumuladas neste planeta, compete-nos uma outra procura, mesmo que tenhamos que abdicar de velhos hábitos enraizados e sofridos dentro de nós. Temos um absurdo acúmulo de gorduras psíquicas que necessitam ser expurgadas para o nosso bem, para o bem da sociedade. É bom que nos liguemos a algo profícuo que nos liberte deste torvelinho insano de repetições infelizes dos erros seculares. Eles renascem conosco e tomam conta de nós, muitas vezes quando ainda crianças, para tomarem vultos espantosos na adolescência e depois na maturidade. O ciclo passa e pouco nos adiantamos por não mudarmos nossos pontos de vistas sobre esse ou aquele ângulo comumente pobre e mundano.

Gandhi, o extraordinário líder indiano, nos alertou: “Acreditar em algo e não o viver é desonesto”. Kardec, no item VIII da Introdução do Livro dos Espíritos, nos assevera que “o estudo de uma doutrina, como é o caso da Doutrina Espírita, que subitamente nos lança numa ordem de coisas tão nova e grandiosa, só pode ser feito de maneira proveitosa por homens sérios, perseverantes, isentos de ideias preconcebidas e impulsionados por um firme e sincero propósito de alcançar um resultado”.

Daí resta-nos o dever de repensar nossas vidas e atitudes quando apenas acreditamos na Doutrina Espírita, mas não vivenciamos os seus fundamentos. Fomos direcionados por Jesus para uma casa espírita e não foi por acaso. Ele bem conhece nossas profundidades, riquezas e insanidades e sabe o que mais precisamos por agora.

Quantos ainda se perdem em questões de menos importância, movidos pela força retrógrada dos nossos atavismos, cultivados e cultuados enquanto o tempo passou e agora é tudo diferente? Quantas vezes, em reuniões mediúnicas, dialogamos com irmãos desencarnados cujas mentes situam-se ainda no início do século passado ou mesmo antes, sem o menor conhecimento que aquele tempo é findo? Quantos reencarnam e suas mentes ainda estão presas a tempos anteriores e tantos buscam na vingança, no ciúme, no ódio a solução de velhas questões, utilizando a lei de talião, enquanto que a proposta nova é a benevolência, a indulgência e o perdão, corolários da caridade, conforme a questão 886 de O Livro dos Espíritos?

Percebemos facilmente que muitas mentes ainda se encontram fundamentadas em teorias medievais, buscando reafirmá-las a todo custo no século XXI, esquecidos que o Renascimento trouxe para o homem a perspectiva de ser cocriador com Deus, como afirmou Jesus e que tão poucos entenderam. E depois da Renascença, o tempo evoluiu, o pensamento humano e as propostas científicas e tecnológicas deram saltos extraordinários e que a Doutrina Espírita chegou e: “...Pela sua potência moralizadora, por suas tendências progressivas, pela amplitude de suas vistas, pela generalidade das questões que abraça, o Espiritismo, mais que qualquer outra doutrina está apta a secundar o movimento regenerador...” como afirma Kardec em A Gênese, cap. XVIII, item 24.

Todo dia é novo. O tempo se faz outra vez. Para muitos será o último, mas para outros tantos não o será. É bom aproveitarmos as vinte e quatro horas que se alinhavam e formam uma nova oportunidade de trabalhos e constructos que nos deem a felicidade de participarmos com acerto na Grande Obra da Criação. E assim, ao chegarmos ao término de cada dia, podermos dizer sossegados e em paz: venci um pouco mais esta batalha contra as minhas más tendências.

E aqui nos lembramos de Santo Agostinho quando disse que: “A verdade é o alimento das almas”. E esta questão da verdade nos coloca face a face com outra realidade: qual é a minha verdade? Ótimo tema para propor-nos e agora como um fundamento sério a ser estudado. Jesus disse a Pedro: “A verdade é o conhecimento da Luz Divina”. A Luz Divina, sabemos, promana de Deus, a causa primeira de todas as coisas. Assim chegamos à conclusão de que a Verdade está guardada dentro de nós, numa caixa de pandora, a guardiã deste bem inestimável que nos leva à liberdade total, como nos asseverou o Mestre dos Mestres.

A verdade, porém, deve ser tocada de leve, mas de forma constante. Ela não pode sair de uma só vez. Não suportaríamos sua luz. Contudo, quando a tocamos nossos dedos passam a ser mágicos e nossas visões se dilatam, e ei-nos como novos, vendo coisas novas nos tempos que se sucedem dentro do maravilhoso ciclo da aurora e do poente que se vê no céu, que se vê em cada um.

Sejamos sinceros conosco mesmos, caminhando com os pés no chão e a mente ligada à Espiritualidade Superior. Caminhando com cuidado sem atropelos ou sem atropelarmos ninguém, respeitando espaços e cumprindo nossa parte, mas sempre caminhando para a frente e para o alto. Confúcio, o Mestre Chinês, faz importante reflexão já no século IV a.C.: “Não sei como pode ser bom um homem a quem falta a sinceridade”. Eis aí a chave: sinceridade. Ser sincero é sinal de maturidade e sobre maturidade Kardec nos diz ainda no livro A Gênese, cap. XVIII item 2: “...Portanto, quando a humanidade está madura para franquear um grau, pode-se dizer que os tempos marcados por Deus chegaram, como se pode também dizer que em tal estação são chegados os tempos para a maturidade dos frutos e a colheita”.      
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita