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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 5 - N° 219 - 24 de Julho de 2011

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

Nos Bastidores da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 11)

Damos prosseguimento ao estudo do livro Nos Bastidores da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e publicada no ano de 1970 pela Editora da FEB.

Questões preliminares

A. Em que lugar Teofrastus reviu sua amada Henriette?

O encontro ocorreu em um Lazareto, onde ela estava internada, o qual albergava mais de 200 portadores do mal de Hansen. (Nos Bastidores da Obsessão, cap. 9, pp. 167 a 174.)

B. Que motivo levou o confessor de Henriette a tramar a morte de Teofrastus?

A paixão. Seu objetivo era tê-la para si mesmo, porquanto se encontrava avassalado pelas paixões. Ele próprio relatou-lhe sua furiosa paixão, dizendo ter sido ela o móvel de toda a desgraça que o levara a montar o processo inquisitorial que levou Teofrastus ao sacrifício, em nome da fé e da religião. (Obra citada, cap. 9,  pp. 171 a 182.)

C. Quem, efetivamente, comandava a Organização de que Teofrastus fazia parte?

O próprio Teofrastus disse estar vinculado a uma poderosa Organização e, embora em posição de comando, ele era, por sua vez, comandado. Ele fazia parte do grupo dos Doze, doze Mentes Dominadoras que se encontravam submetidos a uma equipe de dez Magistrados que habitavam Regiões Infernais, onde os mínimos desvios da Justiça recebem longas punições. (Obra citada, cap. 10, pp. 184 a 188. )

Texto para leitura

55. No leprosário - Para convencer o seu interlocutor de que dizia a verdade, Glaucus historiou o drama vivido por Henriette nos idos do século XV, quando fora a amada de Teofrastus. Este pede, sob ameaças, que seja informado o local onde ela se encontra, mas Glaucus não o atende, explicando que sua tarefa ali era conseguir a ajuda do Chefe do Anfiteatro para libertar Henriette. Para tanto, seria necessário que ele os acompanhasse numa visita que seria feita, em seguida, à antiga companheira do mago grego, presentemente internada num Lazareto, que albergava mais de 200 portadores do mal de Hansen. A cena no leprosário era confrangedora. Três mulheres hansenianas encontravam-se a dormir, assistidas por pequena malta de obsessores impiedosos que as dominavam. Estes mantinham-se em guarda, invectivando e atormentando os Espíritos das enfermas semidesligadas do invólucro físico e quase tresloucadas de angústia. Henriette contava menos de 20 anos na presente existência e, embora muito magra e desfalecida, a doença não produzira nela os sinais da sua presença. Saturnino aplicou passes na jovem, despertando-a e libertando seu Espírito do obsessor implacável que a vampirizava. Depois, o benfeitor espiritual atendeu às demais internas, afastando do recinto os seus adversários desencarnados. (Cap. 9, págs. 167 a 171)

56. O caso Henriette - A moça relanceou o olhar pelo recinto e, ao ver Teofrastus, foi acometida de súbito choque, desejando evadir-se. Assistindo-a carinhosamente, Glaucus vitalizou-a com fluidos calmantes e sugeriu que o ex-mago se aproximasse. O chefe do Anfiteatro não conseguiu evitar um choro convulsivo. A jovem pareceu registrar a voz de seu amado que a chamava pelo antigo nome e respondeu: - "Quem me chama? Que desejam de mim?" E, à medida que despertava para o passado longínquo, seu perispírito registrava os sinais das tragédias que lhe sucederam através do tempo, apresentando-se consideravelmente mudada, envelhecida, com as marcas da desencarnação e as características da antiga personalidade. Henriette relatou, então, os episódios que se seguiram à morte de Teofrastus, levado à fogueira da Inquisição, na praça do Mercado Velho, em Ruão (França), no final do século XV. Ela se refugiara desde aqueles dias em um Convento, buscando o esquecimento e o abandono de tudo. Fora seu próprio confessor quem tramara tudo, com um único objetivo: tê-la para si mesmo, porquanto se encontrava avassalado pelas paixões. Algum tempo depois, ele relatou-lhe a sua furiosa paixão, dizendo ter sido ela o móvel de toda a desgraça que o levara a montar o processo inquisitorial que levou Teofrastus ao sacrifício, em nome da fé e da religião... O ódio que dela se apossou foi superior a tudo que se possa imaginar. Investida dos hábitos da Ordem a que se recolhera, ela o fez acreditar que se submeteria aos seus caprichos e, quando visitada pelo ex-confessor, serviu-lhe vinho a que adicionara violento veneno. Enquanto o padre se retorcia na dor, ela lhe manifestou o sentimento de desprezo e de horror que nutria por ele e, ali mesmo, também sorveu o veneno que a consumiu, sem, no entanto, matá-la, porque – tão logo se reconheceu no mundo dos Espíritos – reencontrou sua vítima, que a esperava. (Cap. 9, págs. 171 a 179)

57. Suplícios no além-túmulo - Os sofrimentos que aguardavam a assassina são inenarráveis. Foram sucessões de noites em que parecia viajar ao inferno mil vezes, e dele retornava, ora vencida por forças satânicas, dentre as quais o ex-confessor se destacava, ora possuída pelo vermina que corrói e destrói progressivamente, para depois tudo recomeçar de novo, incessantemente, doloridamente... Naquele momento mesmo, a jovem relata: "agora eu o sinto na sua ronda vingadora e o vejo devorando-me por dentro – eu que o odeio sem remorso –, enquanto a doença me destrói por fora". A seu turno, Teofrastus descreveu-lhe sua triste sina, fazendo-se rei de domínios em que o horror predomina sobre a piedade e em que a vingança é a lei de toda hora. Contou-lhe então que, ferido, retornou ao local onde viveram e buscou-a, sem jamais lograr encontrá-la. Não soubera que ela havia fugido pelo caminho do suicídio, em cujo curso ele não tinha meios de interferir, já que o suicídio – lembrou – se depara com outras construções da justiça. Relatou, porém, que se vingara do Bispo de... e outros asseclas seus, longe de saber que o causador de tudo fora o confessor de sua amada. Promete-lhe, no entanto, vingança, ao que Glaucus responde que só o amor resolve o problema do ódio. "Quando parareis?", indaga-lhe Glaucus. "A queda não tem patamar inferior: sempre se pode baixar mais..." O benfeitor explicou-lhe, nesse ensejo, que a ideia de desforço fará com que ele e Henriette se separem outra vez. Além disso, o algoz a quem ambos odeiam, foi também sua vítima no passado, à espera de perdão, para igualmente perdoar. O infeliz desde há muito perdeu a faculdade de discernir. Escravo do ódio, é vítima dele mesmo. Feri-lo é arrematada loucura, pois ele já não sofre; perdeu a faculdade de experimentar a dor. Ajudá-lo é ajudar a si mesmo; socorrê-lo com a piedade significa libertar-se. (Cap. 9, págs. 179 a 182)

58. Na Casa espírita - De noite, aproveitando o breve momento do desprendimento propiciado pelo sono, José Petitinga e seus amigos do grupo espírita se encontraram com Saturnino, Glaucus e demais companheiros na sede da Casa espírita. Saturnino preparou as atividades da noite com uma prece e Petitinga, a seu pedido, leu um trecho do Evangelho de Marcos, cap. 9, versículos. 17 a 29, que ele mesmo comentou. O trecho lido fala do Espírito que atormentava um menino e foi dele afastado por Jesus, que ensinou: "Esta espécie só pode sair à força de oração". Pouco depois, Teofrastus deu entrada na sala, conduzido por Glaucus. O visitante tinha o semblante velado por singular melancolia. Os olhos, antes brilhantes, traduziam estranha ferocidade, se apresentavam baços e ele, como se suportasse algum fardo invisível, caminhava com dificuldade. Firmados os objetivos da reunião, Teofrastus informou que não poderia aquiescer com quaisquer compromissos que objetivassem afastá-lo dos muros do seu campo de ação. Disse estar vinculado a uma poderosa Organização e, embora em posição de comando, ele era, por sua vez, comandado. Ele fazia parte do grupo dos Doze, doze Mentes Dominadoras que se encontravam submetidos a uma equipe de dez Magistrados que habitam Regiões Infernais, onde os mínimos desvios da Justiça recebem longas punições. (Cap. 10, págs. 184 a 188)

Frases e apontamentos importantes

CX. Não ignorais, através do conhecimento das "leis de força", na Física, que a resistência está na razão direta do movimento produzido pelo impulso dado ao objeto arremessado. Toda ação, por isso mesmo, produz reações que se sucedem e avançam, chocando-se com os ditames da Sabedoria Divina e logo retornando na direção de quem as imprime. A violência, portanto, somente consegue destruição, e como nada se aniquila, a colheita do ódio é sempre ácido e chuva de amargura. (Glaucus, falando a Teofrastus, cap. 9, pág. 175) 

CXI. Se fôsseis humilde e se acolhêsseis o amor, ter-vos-ia libertado e hoje seríeis livre. No entanto, convertestes a oportunidade em fardo de horror e, enlouquecido, acreditastes no poder da força, sempre transitória, porque somente perene é a força do amor, que ainda desdenhais. (Glaucus, falando a Teofrastus, cap. 9, pág. 176) 

CXII. O próprio Mestre, mesmo perseguido e condenado, lecionou perdão ao invés de revide, compaixão diante do ofensor, misericórdia em relação ao revel e caridade em toda circunstância... E ofereceu-se a si mesmo, Ele que é o Excelso Rei Solar, diretor dos nossos destinos. (Glaucus, cap. 9, pág. 176) 

CXIII. Não esqueçais de que só o amor pode resolver o problema do ódio. Vindes-vos arrastando pela senda do tempo, descendo à animalidade inferior, consumido pelo desespero. Quando parareis? A queda não tem patamar inferior: sempre se pode baixar mais... Também o planalto da redenção: sempre se pode ascender na direção da Vida até à glorificação imortal. (Glaucus, falando a Teofrastus, cap. 9, pág. 181) 

CXIV. Insistimos em elucidar que Chefe somente um há: Jesus, o Rei Sublime das nossas vidas, a Quem devemos as dádivas oportunas da evolução e do progresso atual, em nossa nova condição de viandantes da luz. Entregando-nos ao Seu comando afável, nenhuma força possuirá meios de alcançar-nos, porque sombra alguma, por mais densa, conseguirá suplantar a luz mais insignificante, submetendo-a... (Glaucus, cap. 10, págs. 187 e 188) 

CXV. O amor é concessão que se manifesta com mil faces. (Glaucus, cap. 10, pág. 189) 

CXVI. (...) só à Justiça Divina compete os casos da justiça. Disse Jesus: "Vós julgais segundo a carne (ou a aparência), eu a ninguém julgo", por conhecer Ele o nosso ontem e as perspectivas do nosso amanhã. Todo agressor inconsciente cai hoje ou mais tarde nas armadilhas da agressão. (Glaucus, cap. 10, pág. 190) 

CXVII. Os nossos erros hoje ou mais tarde nos voltam em caráter de necessária reparação. Adiar o reajustamento significa, também, aumentar os gravames que o tempo lhes acrescentará, impondo-nos mais elevada dose de sacrifício.  (Glaucus, cap. 10, pág. 191) 

CXVIII. Para Ele <referindo-se a Jesus> não há perseguidor nem perseguido, mas Espíritos enfermos em estados diferentes, caminhando por vias diversas na direção do Bem Infinito. (...) o mal é somente ausência do bem e à chegada deste aquele esmaece, porquanto só uma força existe: a do Amor triunfante! (Glaucus, cap. 10, pág. 191) 

CXIX. O Cristianismo não teima em aparecer ou reaparecer: não desapareceu nunca, conquanto as interpolações e desrespeitos de que foi vítima através dos séculos. Refletindo o pensamento do Cristo, é a esperança dos homens e o pão das vidas. Combatê-lo é envenenar-se; persegui-lo significa dilatar-lhe os horizontes que se perdem nas fronteiras do Sistema Solar. Vã loucura da ignorância pelejar contra o conhecimento e da estultice investir contra a sabedoria... Jesus vive e vence, meu amigo. (Glaucus, cap. 10, págs. 191 e 192) 

CXX. Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! (...) A verdadeira coragem se manifesta, também, quando o ser reconhece o que é e o que possui, refazendo o caminho por onde deseja seguir, reunindo forças para retemperar o ânimo, e, qual criança, aprender o amor desde as suas primeiras lições. (Glaucus, cap. 10, pág. 192) 

CXXI. O temor descende da consciência em culpa. (...) Jesus, porém, é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento. (Glaucus, cap. 10, pág. 192) 

CXXII. O ódio é o amor que enlouqueceu... (Glaucus, cap. 10, pág. 192) 

CXXIII. A construção do amanhã tem início agora. Sombras e receios, mágoas e recriminações devem ser superados e a eles se faz necessário antepor esperança e paz, fé e trabalho na reconstrução da felicidade que tem demorado. Muitas vezes, ou quase sempre, quanto nos ocorre é consequência do que realizamos. (Glaucus, cap. 10, pág. 196)  

CXXIV. O ódio, filha, somente desaparece na pira do sacrifício do amor. (...) Jesus, embora nossa ingratidão, continua amando-nos. Quando na Cruz, conquanto escarnecido, esteve amando e, agora, apesar de propositadamente ignorado por milhões de seres, prossegue amando. Sigamos-Lhe, filha, o exemplo, e transformemo-nos em célula de amor, a fim de que as nossas construções se assentem em alicerces de segurança. (Glaucus, falando a Ana Maria, cap. 10, pág. 197) 

CXXV. Para o espírita decidido, a tranquilidade de consciência, ante o dever retamente cumprido, é o melhor prêmio que ele pode oferecer a si mesmo. (Manoel P. de Miranda, cap. 11, pág. 199) 

CXXVI. Religião do amor e da esperança, pábulo eucarístico pelo qual o homem pode comungar com a imortalidade, é  <o Espiritismo>  o lenitivo para a saudade do desconforto ante a ausência dos seres amados que o túmulo arrebatou (...); esperança dos padecentes que sofrem as ácidas angústias de hoje, compreendendo serem elas o resultado da própria insânia do passado (...); praia de paz, na qual repousam em dinâmica feliz os nautas aflitos e cansados do trânsito difícil no mar das lutas carnais; santuário de refazimento através da prece edificante; escola de almas, que aprendem no estudo das suas informações preciosas e das suas lições insuperáveis a técnica de viver para fruírem a bênção de morrer nobremente; hospital de refazimento para os trânsfugas do dever, que nele encontram o bálsamo para a chaga física, mental ou moral (...); "colo de mãe" generosa, é o amparo da orfandade, preparando-a para o porvir luminoso, já que ninguém é órfão do amor do Nosso Pai; abrigo da velhice, portal que logo abrirá de par-em-par a aduana da Imortalidade; oficina de reeducação onde a miséria desta ou daquela natureza encontra a experiência do trabalho modelador de caracteres a serviço das fortunas do amor; traço de união entre a criatura e o Criador, religando-os e reaproximando-os, até que a plenitude da paz possa cantar em cada criatura, à semelhança do que o Apóstolo das Gentes afirmava: "Já não sou eu o que vivo, mas é o Cristo que vive em mim". (Manoel P. de Miranda, cap. 11, págs. 200 e 201)  (Continua no próximo número.)



 


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