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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 5 - N° 218 - 17 de Julho de 2011

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

Nos Bastidores da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 10)

Damos prosseguimento ao estudo do livro Nos Bastidores da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e publicada no ano de 1970 pela Editora da FEB.

Questões preliminares

A. Por que, estando Guilherme distante, o lar de Soares continuava assediado por outros Espíritos?

As entidades viciosas que assediavam o lar da família, todas elas pertencentes ao clã Teofrastus,  mantinham estreito comércio com Marta, a filha mais velha, que preferira o círculo das baixas vibrações em que se demorava, atendendo a vigorosa hipnose de entidades infelizes e impiedosas que lhe dominavam o campo mental. Era ela dócil instrumento para as consultas da irresponsabilidade, aliciando outros cômpares para o vampirismo, que grassa em larga escala na Terra. Dirigida por entidades rebeldes, ia, noite alta, aos cemitérios da cidade em busca de despojos humanos para os serviços infelizes a que se entregava, conduzindo de volta ao lar verdadeiras legiões de sofredores revoltados que se lhe vinculavam em longo processo perturbador de que, no momento, não se apercebia. Mas não eram apenas os Espíritos perturbados que buscavam Marta. Muitos perdulários também acorriam aos seus préstimos e a médium se prestava a qualquer trabalho, a serviço do mediunismo atormentado voltado para os assuntos puramente materiais da vida. (Nos Bastidores da Obsessão, cap. 7 e 8, pp. 136 a 146.) 

B. Pode um rapaz ser levado à prática homossexual por influência obsessiva?  

Sim. O caso de José Marcondes Effendi, 21 anos, é um exemplo de fatos assim. O processo obsessivo, que começou bem cedo, acabou gerando um doloroso caso de homossexualidade, produzida diretamente por influência espiritual. (Obra citada, cap. 8, pp. 147 a 160.)

C. Qual foi a reação de Teofrastus ao ouvir Glaucus pronunciar o nome de Henriette Marie?  

O nome despertou em Teofrastus sentimentos contraditórios. Furioso e envolvido por grande ódio, avançou sobre Glaucus, como se fosse aniquilá-lo. O Benfeitor permaneceu sereno e confiante, apesar da rispidez com que Teofrastus o tratava. Disse-lhe então que Henriette necessitava de seu socorro e que ele e seus amigos ali estavam em nome de Jesus. O Chefe do Anfiteatro ficou possesso e respondeu dizendo que, ali, o nome de Jesus é maldito e detestado; mas não conseguiu, embora desejasse, amedrontar ou ferir quaisquer dos visitantes. Glaucus explicou-lhe, serenados os ânimos, que Henriette se encontrava em doloroso processo de vampirização, vitimada por elementos da própria Organização dirigida por Teofrastus. (Obra citada, cap. 9, pp. 161 a 166.) 

Texto para leitura

49. Adalberto e o Espiritismo - Instruída cada dia nas lições ministradas por Petitinga, Mariana logo depois começou a andar e pôde, então, frequentar as sessões de estudos e passes dirigidas pelo amoroso seareiro de Jesus. O lar dos Soares foi-se transformando, produzindo uma atmosfera de entendimento relativo, que resultava em bem geral. O Sr. Mateus, menos azorragado pelas tenazes de Guilherme, já apresentava alguns sintomas característicos da "psicose senil". E Adalberto também passou a se interessar pelo Espiritismo quando, ao visitar Mariana, a encontrou desfeita, sem vitalidade, retida ao leito. Abençoado arrependimento tomou-lhe a alma e, em breve tempo, também passou a participar das dissertações espíritas que eram realizadas por Petitinga, que lhe conquistara imediatamente a amizade. (Cap. 7, págs. 136 a 138) 

50. Trabalhos de quimbanda - O lar do Sr. Mateus era ainda assediado por outras entidades viciosas, pertencentes ao clã Teofrastus, que mantinham estreito comércio com Marta, a filha mais velha. O movimento de desencarnados era muito expressivo ali e os resultados, nefastos. Embora tivesse conhecido o serviço da mediunidade na União Espírita Baiana, Marta preferira o círculo das baixas vibrações em que se demorava, atendendo a vigorosa hipnose de entidades infelizes e impiedosas que lhe dominavam o campo mental. Era ela dócil instrumento para as consultas da irresponsabilidade, aliciando outros cômpares para o vampirismo, que grassa em larga escala na Terra. Dirigida por entidades rebeldes, ia, noite alta, aos cemitérios da cidade em busca de despojos humanos para os serviços infelizes a que se entregava, conduzindo de volta ao lar verdadeiras legiões de sofredores revoltados que se lhe vinculavam em longo processo perturbador de que, no momento, não se apercebia. Mas não eram apenas os Espíritos perturbados que buscavam Marta. Muitos perdulários também acorriam aos seus préstimos e a médium se prestava a qualquer trabalho, a serviço do mediunismo atormentado voltado para os assuntos puramente materiais da vida. Auxiliada por Espíritos ociosos, obtinha informações sobre os seus visitantes encarnados, as quais surpreendiam quantos a buscavam, aumentando seu prestígio. Os nefandos labores da atormentada quimbandista inspiravam funda compaixão nas entidades superiores, porquanto se sabe que ela e todos os que agem de igual modo, diante da verdade, não poderão alegar desconhecimento, e lamentarão sem poderem fruir o consolo reservado aos que se esforçam em perseverar na direção do bem. (Cap. 8, págs. 141 a 146) 

51. De novo, no Anfiteatro - Saturnino arquitetara nova ida ao Anfiteatro com o objetivo de conseguir um encontro pessoal com o irmão Teofrastus. O ambiente no recinto estava, como antes, insuportável. Saturnino explicou que ali se encontravam muitos Espíritos encarnados, espontaneamente presentes, participantes habituais daquelas reuniões. Uns procediam de regiões de igual nível evolutivo. Outros, menos avisados, se mancomunaram com as mentes infelizes que pululam em toda parte, e nas horas de vigília se nutrem de pensamentos deprimentes e opressivos derivados dos prazeres animalizantes em que se demoram, ali se reunindo, nas breves horas de parcial desprendimento pelo sono, para darem curso aos apetites mais brutais. Sexólatras inveterados, perturbados das funções genésicas, alcoólatras, morfinômanos, cocainômanos e outros que possuem os centros da razão anestesiados pela monoideia do gozo, ali se encontravam, em perfeita comunhão, assimilando e eliminando as vibrações viciadas das construções mentais constantes de que se fazem objeto permanente. (Cap. 8, págs. 147 a 150) 

52. Um caso de homossexualidade - Naquela noite, o primeiro caso seria o julgamento de José Marcondes Effendi, 21 anos, ainda encarnado. Uma testemunha historiou os acontecimentos. Sessenta anos atrás, José tramara a morte da entidade que ali comparecia como testemunha. O crime foi por motivo torpe. José, que na época era uma mulher, combinou com seu amante a morte do próprio marido, um crime que não foi descoberto pela justiça terrena. Após muitos anos, a vítima se viu diante de um jovem de 10 anos aproximadamente: era sua esposa reencarnada em corpo de homem. O processo obsessivo começou ali e acabou gerando um doloroso caso de homossexualidade, assim explicado pelo obsessor: Identificando nela (em corpo de homem, agora) as tendências guardadas da vida anterior, em que as dissipações atingiram o auge, seria fácil perturbar-lhe os centros genésicos, através da perversão da mente inquieta, em processo de hipnose profunda, praticada por técnicos desencarnados. Com a ajuda de um hipnotizador indicado por Teofrastus, foi fácil modificar-lhe o interesse e inclinar-lhe a libido em sentido oposto ao da lei natural, já que o seu corpo era masculino, produzindo irreparável distonia nos centros da emoção. Daí por diante, o obsessor associou-se à sua organização física e psíquica, experimentando as sensações que lhe eram agradáveis e criando um condicionamento em que seus interesses passaram a ser comuns. O ódio se converteu em estímulo de gozo, imanando-os em processo de vampirização em que o Espírito se locupleta e, ao mesmo tempo, destrói sua vítima, atirando-a cada vez em charco mais vil, até que o suicídio seja sua única saída. (Cap. 8, págs. 152 a 156) 

53. Uma intervenção cirúrgica - O auditório vibrava ao ouvir o relato da vítima que se transformara em verdugo cruel. Os espetáculos romanos do passado não poderiam ser mais chocantes. A entidade contou, então, que José começou a perceber a sua presença e procurou a orientação de um médico. Este, sob a inspiração do Espírito, recomendou que o jovem continuasse com suas experiências sexuais, porque, disse-lhe o médico, o essencial na vida é a pessoa realizar-se como achar conveniente e que tudo o mais são tabus que devem ser quebrados. Algum tempo depois, José, a conselho de um amigo, procurou orientação numa Casa espírita. Ao frequentar as sessões espíritas, o jovem saiu do domínio do obsessor, que passou a sugestioná-lo de longe, mas em vão. O rapaz aprendeu a orar, fugindo à sua influência. Foi com a ajuda de Teofrastus, que conseguiu induzi-lo a novos erros, que aconteceu o ensejo de trazê-lo até o Anfiteatro naquela noite, onde seria realizada a intervenção cirúrgica sugerida por Teofrastus. "Iremos fazer uma implantação de pequena célula fotoelétrica gravada, de material especial, nos centros da memória do paciente", explicou Teofrastus. Operando sutilmente o perispírito, aquele pequeno dispositivo faria com que uma voz lhe repetisse insistentemente a mesma ordem: "Você vai enlouquecer! Suicide-se". Transcorridos dez minutos, a cirurgia estava concluída. (Cap. 8, págs. 157 a 160) 

54. Entrevista com Teofrastus - De rosto cruel, adornado de barba rala, à moda oriental, olhos avermelhados e grandes, testa larga e cabeleira abundante, o antigo mago grego parecia estar em permanente ira, transmitindo medo e pavor aos circunstantes. Glaucus e os demais são recebidos em entrevista e avisam que vêm por recomendação de Guilherme. Em seguida, Glaucus fala no nome de Henriette Marie de Beauharnais. Essas palavras despertam em Teofrastus sentimentos contraditórios. Furioso e envolvido por grande ódio, avançou sobre Glaucus, como se fosse aniquilá-lo. O Benfeitor permaneceu sereno e confiante, apesar da rispidez com que Teofrastus o tratava. Disse-lhe então que Henriette necessitava de seu socorro e que ele e seus amigos ali estavam em nome de Jesus. O Chefe do Anfiteatro ficou possesso e respondeu dizendo que, ali, o nome de Jesus é maldito e detestado; mas não conseguiu, embora desejasse, amedrontar ou ferir quaisquer dos visitantes. Glaucus explicou-lhe, serenados os ânimos, que Henriette se encontrava em doloroso processo de vampirização, vitimada por elementos da própria Organização dirigida por Teofrastus. (Cap. 9, págs. 161 a 166) 

Frases e apontamentos importantes 

XCIX. O triunfo do Consolador prometido por Jesus, ora entre nós, ainda não atingiu o clímax. Ele, porém, repetindo as "vozes dos Céus", prosseguirá no desiderato da verdade, semeando bênçãos, embora as pequenas colheitas de amor, e ficará até o "fim dos tempos". (Manoel P. de Miranda, cap. 8, pág. 146) 

C. A missão do Espiritismo é a mesma do Cristianismo das primeiras e refulgentes horas do caminho e das arenas: levantar o homem do abismo do "eu" e alçá-lo às culminâncias da fraternidade, após galgado o monte da sublimação evangélica redentora. (Manoel P. de Miranda, cap. 8, pág. 146) 

CI. Transitório o período das trevas, prepara ele as consciências para o despertamento da verdade. Saturado das vibrações ultrajantes, o Espírito humano buscará, invadido por incomparável sede de renovação, as fontes inefáveis do bem, mergulhando demoradamente nas suas águas refrescantes... (Manoel P. de Miranda, cap. 8, pág. 146) 

CII. Em qualquer problema de desobsessão, a parte mais importante e difícil pertence ao paciente, que afinal de contas é o endividado. A este compete o difícil recurso da insistência no bem, perseverando no dever e fugindo a qualquer custo aos velhos cultos do "eu" enfermo, aos hábitos infelizes, mediante os quais volta a sintonizar com os seus perseguidores que, embora momentaneamente afastados, não estão convencidos da necessidade de os libertar. Oração, portanto, mas vigilância, também, conforme a recomendação de Jesus. A prece oferece o tônico da resistência, e a vigilância o vigor da dignidade. Armas para quaisquer situações, são o escudo e a armadura do cristão... (Saturnino, cap. 8, págs. 158 e 159) 

CIII. O Espiritismo possui antídotos para todas as surtidas das mentes radicadas no mal, desde que os que buscam a linfa soberana e refrescante da fé restaurada, desejem assumir consigo mesmos os compromissos de perseverarem nos deveres superiores, a benefício pessoal. (Saturnino, cap. 8, pág. 159) 

CIV. Estamos em tarefa do Senhor. Todo o cuidado é indispensável para o êxito do empreendimento. Curiosidade agora é, também, desconsideração ao compromisso. Tenhamos tento! (Glaucus, cap. 9, pág. 162) 

CV. As diretrizes do Cordeiro jamais foram compatíveis com os processos da Inquisição Católica... (Glaucus, cap. 9, pág. 167) 

CVI. O sofrimento, sob qualquer forma em que se apresente, é bênção. Para que, no entanto, beneficie aquele que o experimenta, faz-se indispensável ser acompanhado pela resignação, pela humildade, pela valorização da própria dor. Não basta, portanto, sofrer, mas bem sofrer, libertando-se das causas matrizes da aflição. ((Saturnino, cap. 9, págs. 168 e 169) 

CVII. É muito comum encontrar-se o homem experimentando o impositivo do resgate, sob nuvens de ira e desesperação, com as quais aumenta, graças à rebeldia e à queixa injustificáveis, o fardo das dívidas. (Saturnino, cap. 9, pág. 169) 

CVIII. Nesta Casa <referia-se ao hospital de hansenianos>, como em outras similares, desfilam os que afrontaram o corpo, desrespeitando-lhe as fontes de vida; os que esmagaram outras vidas, enquanto possuíam nas mãos as rédeas do poder; os que fecharam ouvidos e olhos ao clamor das multidões esfaimadas e enlouquecidas de dor; mãos que ergueram o relho e dilaceraram; corações que se empedraram na indiferença, enquanto fruíam o licor da fortuna, da nobreza mentirosa, da beleza em trânsito na forma; os fomentadores do ódio, os soberbos, os orgulhosos, alguns suicidas calcetas inveterados, em constante tentação para desertar do fardo outra vez... Em purgatório carnal, podem transitar para as Regiões da Luz ou para os Abismos da Treva, dependendo da livre escolha de que dispõem os que expungem com resignação ou com revolta... (Saturnino, cap. 9, pág. 169)

CIX. O auxílio que necessita da impiedade é azorrague de loucura. A defesa que acusa faz-se crueldade. Só o perdão irrestrito e total consegue a suprema coroa da paz. Quem somos nós para falar em desforço? Estamos todos sob Leis rigorosas das quais não podemos fugir. O ódio ateia a centelha de destruição que somente cessa ante o amor vitorioso e forte. (Glaucus, cap. 9, pág. 174)  (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita