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Estudando a série André Luiz
Ano 5 - N° 218 - 17 de Julho de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

Ação e Reação

André Luiz

(Parte 18)

Damos continuidade nesta edição ao estudo da obra Ação e Reação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Quanto tempo seria necessário à preparação de Clarindo e Leonel para seu retorno à vida corpórea?

Segundo Silas, essa preparação duraria cerca de vinte e cinco anos, pois eles precisariam reconstituir as ideias no campo do bem, plasmando-as de modo indelével na mente, a fim de se consagrarem à efetivação dos novos planos. No decurso desse prazo, se engajariam no serviço ativo, ajudando aos outros e criando, assim, preciosas se­menteiras de simpatia, que lhes facilitariam as lutas na Terra. (Ação e Reação, cap. 10, pp. 142 e 143.)

B. Como, nesse retorno à vida corpórea, seria a situação de Antônio Olímpio?

Sendo ele o autor da criminosa trama que vitimou os dois irmãos, do grupo de reencarnantes seria o companheiro menos favorecido na Lei, pelas agravantes que lhe marcavam o problema individual. Com o Espírito ainda sombreado de angústia e arrependimento, ressurgirá no berço da família que ele prejudicou, movimentando-se num horizonte mental muito restrito, uma vez que, instintivamente, a sua maior preocupação será devolver aos irmãos espoliados a existência física, o dinheiro e as terras que deles fur­tou. (Obra citada, cap. 10, pp. 142 e 143.)

C. A música erudita faz bem aos desencarnados?

Sim. A Pastoral de Beethoven, que Silas e seus amigos ouviram na casa do filho do irmão Paulino, valeu para eles como abençoada oração, visto que os lances da magnífica sinfonia como que os elevaram a círculos harmoniosos de ignota beleza e possuíam a faculdade de la­var-lhes, miraculosamente, os refolhos do ser. Seus pensamentos vibravam em sintonia mais pura e seus corações pareciam mais fraternos. Dirigiram-se então, a pedido de Leonel, até o lago. A noite ia alta e o luar coroava o campo de prateadas fulgurações. Leonel pas­sou, então, a relatar o que André e seus amigos já sabiam, detendo-se em copioso pranto, ao referir-se à morte da cunhada, sobre quem ati­rara as farpas da sua ira. (Obra citada, cap. 10, pp. 144 a 147.) 

Texto para leitura

66. O tempo é a nossa bênção - Reparando que Clarindo e Leonel ha­viam sido tocados por suas revelações, Silas passou a dar-lhes mais atenção, o que suscitou em ambos o desejo de abrir-se aos novos ami­gos. Clarindo falou então de seus sonhos na existência bruscamente in­terrompida pelo crime do irmão Antônio Olímpio, quando anelava organi­zar um reduto agrícola em que lhe fosse possível consagrar-se a nobi­litantes experiências. Leonel referiu-se à sua inclinação para a mú­sica e aos seus planos com relação à carreira de pianista. A amargura de suas palavras não apresentava, porém, o rancor de antes. Leonel disse mesmo compreender que, se suas existências foram ceifadas em plena juventude, é que deveriam possuir débitos que justificassem tal provação, embora o fato não eximisse Olímpio da culpa que carregava pelo crime cometido. Silas o apoiou, dizendo que tal pensamento da parte deles denunciava grande renovação, mas não pôde continuar, por­que Leonel, mergulhando a cabeça nas mãos, clamou em lágrimas: "... ó Deus, por que só conhecemos a alta virtude do perdão, quando já nos enodoamos no crime? por que só tão tarde o desejo de restaurar o campo de nossas aspirações, quando a vingança já nos crestou a vida no in­cêndio do mal?!..." Clarindo acompanhou a explosão de dor e remorso do irmão, com sinais de aprovação, e Silas, generoso, o acolheu de encon­tro ao peito, porque era evidente que Leonel se reportava, com aquele desabafo, à morte de Alzira. "Chora, meu amigo! Chora, que as lágrimas purificam o coração!...", disse-lhe Silas, aduzindo: "Ainda assim, não permitas que o pranto te esmague a lavoura de esperança... Quem de nós, aqui, jaz sem culpa? Todos temos compromissos a resgatar e o Te­souro do Senhor jamais se empobrece de compaixão. O tempo é a nossa bênção..." André percebeu que Leonel propunha-se a falar, desabafar, confessar-se, mas Silas, restituindo-os à meditação, convidou os ami­gos ao regresso, prometendo voltar na noite seguinte. (Capítulo 10, pp. 140 a 142)

67. O trabalho no bem facilita a nossa marcha - Leonel e Clarindo, completamente modificados, reinstalaram-se no lar de Luís. O processo Antônio Olímpio atingia bom termo, pois a renovação dos obsessores co­roara-se de êxito. Alzira os veria na noite imediata, dando início ao entendimento para a reencarnação de ambos como filhos dela, após a ne­cessária preparação, que Silas estimou durar cerca de vinte e cinco anos. Por que tanto tempo? Silas explicou: "Precisarão reconstituir as ideias, no campo do bem, plasmando-as de modo indelével na mente, a fim de que se consagrem à efetivação dos novos planos. Refugiar-se-ão no serviço ativo, ajudando aos outros e criando, assim, preciosas se­menteiras de simpatia, que lhes facilitarão as lutas na Terra, amanhã... No trabalho e no estudo, tanto quanto nos empreendimentos da pura fraternidade, amealharão incorruptíveis valores morais, e a ree­ducação, dessa forma, aperfeiçoar-lhes-á as tendências, predispondo-os à vitória de que necessitam nas provações remissoras". Já Antônio Olímpio voltaria mais cedo, cerca de dois a três anos após a reconci­liação com os manos. A enorme diferença entre um caso e o outro foi elucidada por Silas: "Não podemos esquecer que foi ele quem cometeu a criminosa trama sob nosso estudo. Por isso, do grupo de reencarnantes, será o companheiro menos favorecido na Lei, durante a viagem prevista à esfera humana, pelas agravantes que lhe marcam o problema indivi­dual. Com o espírito ainda sombreado de angústia e arrependimento, ressurgirá no berço da família que ele prejudicou, pela prática da usura, movimentando-se num horizonte mental muito restrito, uma vez que, instintivamente, a sua maior preocupação será devolver aos irmãos espoliados a existência física, o dinheiro e as terras que deles fur­tou... Em razão disso, apenas disporá de facilidades íntimas para a cultura e o aprimoramento de si mesmo, na idade madura do corpo, quando houver encaminhado os filhos para o triunfo que a eles compete alcançar". Se Clarindo e Leonel haviam matado Alzira, não se podia ne­gar-lhes atenuante no lamentável delito... (Capítulo 10, pp. 142 e 143)

68. Aquele que ama governa a vida - Silas lembrou então que Antô­nio Olímpio planejou o crime, friamente, para tirar vantagens mate­riais de seu ato, enquanto Clarindo e Leonel agiram sob o pesadelo do ódio e traumatizados pela dor. Evidentemente, os dois irmãos deveriam sofrer doloroso resgate, em ocasião oportuna, mas naquele momento eram credores daquele que lhes retardou os passos. O caso de Alzira era bem diferente. Tendo conseguido entesourar bastante amor para entender, perdoar e auxiliar, dispunha do poder de ajudar, não só ao ex-esposo, como aos cunhados e ao filho Luís, visto que quanto mais amor puro exista no Espírito, mais amplos recursos possui a alma perante Deus. "Aqueles que amam realmente -- acentuou Silas -- governam a vida." No dia seguinte, Silas, após entender-se com Alzira, pediu-lhe que se en­contrasse com o grupo, a determinada hora, no mesmo lago em que ocor­rera a sua desencarnação. Depois, junto com André e Hilário, o Assis­tente se reuniu com os dois irmãos em casa de Luís, de onde foram até o hospital visitado na véspera, onde Silas administrou novamente pas­ses magnéticos em Laudemira e no filhinho recém-nascido. Findo o aten­dimento, o Assistente transportou os amigos para vasto domicílio, em cujo umbral um velhinho desencarnado, de fisionomia simpática, os re­cebeu amavelmente. Era o irmão Paulino, que vinha amparando as obras do filho, dedicado à engenharia na Crosta. No interior da casa, um ho­mem maduro jazia debruçado sobre um livro. Paulino o apresentou como sendo o filho encarnado. Silas rogou-lhe então os bons ofícios, junto ao filho, para que lhes fosse propiciado, ali, o prazer de alguns mo­mentos de música, solicitando-lhe, se possível, alguma página especial de Beethoven. (Capítulo 10, pp. 144 e 145)

69. O efeito notável da música - Com surpresa, André viu o ancião abeirar-se do filho, segredando-lhe algo aos ouvidos. O cavalheiro in­terrompeu então a leitura, dirigiu-se à eletrola e consultou pequena discoteca, de onde retirou a Pastoral do referido compositor. Em bre­ves momentos, o recinto povoou-se de encantamento e alegria, sonori­dade e beleza. Aqueles minutos valeram para todos eles como abençoada oração, visto que os lances da magnífica sinfonia como que os elevavam a círculos harmoniosos de ignota beleza e possuíam a faculdade de la­var-lhes, miraculosamente, os refolhos do ser. Findas as notas derra­deiras, Silas e seus amigos despediram-se, maravilhados. Seus pensa­mentos vibravam em sintonia mais pura e seus corações pareciam mais fraternos. Dirigiram-se então, a pedido de Leonel, até o lago. A noite ia alta e o luar coroava o campo de prateadas fulgurações. Leonel pas­sou, então, a relatar o que André e seus amigos já sabiam, detendo-se em copioso pranto, ao referir-se à morte da cunhada, sobre quem ati­rara as farpas da sua ira... Silas a tudo ouvia, pacientemente. Mais tarde, a sós com André e Hilário, explicou que não interrompeu a nar­rativa de Leonel, porque este tinha necessidade de expungir do coração ferido as suas dores e não seria conveniente cercear-lhe a confissão, mas recolhê-la fraternalmente, partilhando-lhe a carga de aflição, para que se lhe aliviassem as chagas do pensamento. Após o desabafo de Leonel, Silas envolveu a ambos os irmãos numa interessante palestra, propondo-lhes o reajustamento por meio de luta reparadora. Por que não abraçarem trabalho novo, buscando o renascimento na mesma família de que provinham? Não seria mais agradável e mais fácil conquistar a re­conciliação e, assim, reentrar na posse das antigas aspirações, mar­chando com elas, no plano físico, para a Vida Superior? Os irmãos de Olímpio diziam-se, no entanto, amargurados por haverem cedido às su­gestões do ódio e da loucura e nada lhes doía tanto como a violência praticada contra Alzira que, horrorizada ante a perseguição deles, se havia arrojado naquelas águas de terríveis recordações... (Capítulo 10, pp. 146 e 147) (Continua no próximo número.)



 


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