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Estudando a série André Luiz
Ano 5 - N° 217 - 10 de Julho de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

Ação e Reação

André Luiz

(Parte 17)

Damos continuidade nesta edição ao estudo da obra Ação e Reação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Onde se situavam as causas das aflições que acometiam Laudemira, a gestante posta em situação de risco?

Suas penas resultavam de pesados débitos contraídos cinco séculos atrás. Dama de elevada situação na Corte de Joana II, rainha de Nápoles, de 1414 a 1435, possuía então dois irmãos consanguíneos que lhe apoiavam todos os planos de vaidade e domínio. Vendo no seu marido um entrave às suas leviandades, arras­tou-o para a morte. Viúva e dona de bens consideráveis, cresceu em prestígio e fez-se confidente da rainha, confiando-se a prazeres e dissipações em que perturbou a conduta de muitos homens de bem e arruinou muitos lares. Foi assim que, ao desencarnar, nos meados do século XV, desceu a medonhas profundezas infernais, onde padeceu o as­sédio de seus ferozes inimigos que não lhe perdoaram os delitos. So­freu por mais de cem anos consecutivos nas trevas densas, voltando à carne por quatro vezes sucessivas, por intercessão de amigos do Plano Superior, em cruciantes problemas expiatórios, no decurso dos quais, na condição de mulher, embora abraçando novos compromissos, experimen­tou pavorosos vexames e humilhações da parte de homens sem escrúpulos que lhe asfixiavam todos os sonhos. (Ação e Reação, cap. 10, pp. 135 e 136.)

B. Como Deus atende às criaturas que a Ele recorrem?

Como sabemos, nin­guém está condenado ao abandono. Segundo palavras ditas por Silas a André Luiz e seus amigos, o Criador atende à criatura por intermédio das próprias criaturas. Tudo pertence a Deus, até mesmo o inferno, visto que o inferno, embora seja obra dos homens, situa-se, como uma construção indigna e calamitosa, no terreno da vida, que é Criação de Deus. "Tendo abusado de nossa ra­zão e conhecimento para gerar semelhante monstro, no Espaço Divino, compete-nos a obrigação de destruí-lo para edificar o Paraíso no lugar que ele ocupa indebitamente”, acrescentou Silas. (Obra citada, cap. 10, pp. 137 e 138.)

C. Laudemira teria recordado, antes de reencarnar, as peripécias que enfrentou no passado?

Até certo ponto, sim. Ela se internara na Mansão trinta anos atrás, após padecer longos anos nas esferas inferiores. Acusava então terrí­vel demência e foi graças à hipnose que pôde revelar os fatos que Si­las reportara aos amigos. Os instrutores não acharam necessário mais amplo re­cuo mnemônico, e Lau­demira, conturbada como estava, não dispunha de forças para articular qualquer reminiscência. (Obra citada, cap. 10, pp. 138 e 139.)

Texto para leitura

62. O socorro à gestante - Silas informou que aquela irmã seria novamente mãe, em minutos breves, mas se encontrava algemada a provas difíceis, porquanto no passado valera-se da beleza física para acum­pliciar-se com o crime: "Bela mulher, atuou em decisões políticas que arruinaram a estrada de muita gente. Padeceu muitos anos nas trevas infernais, entre a carne e a sombra, até que mereceu agora a felici­dade de renascer com a tarefa de restaurar-se, restaurando alguns dos companheiros de crueldade que, na feição de filhos, com ela se levan­tarão para mais amplos serviços regeneradores..." Sob o olhar de Cla­rindo e Leonel, o Assistente convocou, então, os dois pupilos para o socorro imediato. Determinando permanecessem ambos em oração, com a destra colada ao cérebro da doente, começou a fazer operações magnéti­cas excitantes sobre o colo uterino. Substância leitosa, qual neblina leve, irradiava-se-lhe das mãos, espalhando-se sobre todos os escani­nhos do aparelho genital. Passados alguns minutos de pesada expecta­tiva, surgiram contrações que, pouco a pouco, se acentuaram intensa­mente. Silas controlou a evolução do parto, até que o médico ingressou no recinto, sorrindo satisfeito, a solicitar o concurso da enfermeira. A cesariana foi esquecida. Laudemira poderia, assim, dar prossegui­mento à tarefa que lhe competia, com o êxito necessário. Leonel, que a tudo percebia, perguntou a Silas se os trabalhos a que se dedicava constituiriam alguma preparação diante do porvir, e o Assistente res­pondeu: "Sem dúvida. Ainda ontem lhes falei dos meus erros de médico, que praticamente jamais o fui, e comentei o plano de abraçar a Medi­cina no futuro, entre os encarnados, nossos irmãos. Todavia, para que eu mereça a ventura de tal reconquista, consagro-me, nas regiões infe­riores que me servem de domicílio, ao ministério do alívio, criando causas benéficas para os serviços que virão..." (Capítulo 10, pp. 133 e 134) 

63. O passado de Laudemira - O Assistente aclarou melhor a ques­tão: "Um dia, consoante as dívidas que me pedem resgate, estarei nova­mente entre as criaturas encarnadas e, para solver minhas culpas, tam­bém sofrerei obstáculos e dúvida, enfermidade e aflição... Que mãos caridosas e amigas me amparem daqui, em nome de Deus, porque isolada­mente ninguém consegue vencer... E para que braços amorosos se me es­tendam, mais tarde, é imperioso movimente agora os meus no voluntário exercício da solidariedade". De retorno à fazenda, Hilário perguntou se Laudemira era conhecida de Silas e que papel representavam os fi­lhos junto dela. Tendo o cuidado de evitar qualquer indiscrição, em face da confiança que a Mansão lhe outorgava, Silas relatou em linhas gerais o caso da gestante, cujas penas resultavam de pesados débitos por ela contraídos cinco séculos atrás. Dama de elevada situação na Corte de Joana II, rainha de Nápoles, de 1414 a 1435, possuía então dois irmãos consanguíneos que lhe apoiavam todos os planos de vaidade e domínio. Vendo no seu marido um entrave às suas leviandades, arras­tou-o para a morte. Viúva e dona de bens consideráveis, cresceu em prestígio e fez-se confidente da rainha, confiando-se a prazeres e dissipações em que perturbou a conduta de muitos homens de bem e arruinou muitos lares. Foi assim que, ao desencarnar, nos meados do século XV, desceu a medonhas profundezas infernais, onde padeceu o as­sédio de seus ferozes inimigos que não lhe perdoaram os delitos. So­freu por mais de cem anos consecutivos nas trevas densas, voltando à carne por quatro vezes sucessivas, por intercessão de amigos do Plano Superior, em cruciantes problemas expiatórios, no decurso dos quais, na condição de mulher, embora abraçando novos compromissos, experimen­tou pavorosos vexames e humilhações da parte de homens sem escrúpulos que lhe asfixiavam todos os sonhos... (Capítulo 10, pp. 135 e 136) 

64. O inferno é obra humana - Em todas as vezes que se retirou nas quatro existências mencionadas, a antiga dama de Nápoles permane­ceu jungida às sombras, visto que, quando a queda no abismo é de longo curso, ninguém pode emergir de um salto. "Ela naturalmente -- informou Silas -- entrava pela porta do túmulo e saía pela porta do berço, transportando consigo desajustes interiores que não podia sanar de mo­mento para outro." Hilário indagou então: "Se a situação era assim inalterável, para que retomar o corpo físico? não lhe bastaria sofrer na dolorosa purgação daqui deste lado, sem renascer na esfera carnal?" "A observação é compreensível -- esclareceu Silas --, entretanto, nossa irmã, com o amparo de abnegados companheiros, voltou ao paga­mento parcelado das suas dívidas, reaproximando-se de credores reen­carnados, não obstante mentalmente jungida aos planos inferiores, des­frutando a bênção do olvido temporário, com o que lhe foi possível an­gariar preciosa renovação de forças." Silas acrescentou então que, em­bora ressarcisse parte de seus débitos, visto que padecera tremendos golpes no orgulho que trazia cristalizado no coração, Laudemira acabou contraindo novas dívidas, porquanto em certas ocasiões não conseguiu superar a aversão instintiva, diante dos seus adversários, chegando ao infortúnio de afogar uma criancinha que mal ensaiava os primeiros pas­sos, para ferir a senhora da casa em que servia de ama, como vingança por crueldades recebidas. De retorno à pátria espiritual, ela contava, evidentemente, com o auxílio dos benfeitores espirituais, porque nin­guém está condenado ao abandono. "Vocês não ignoram -- disse Silas -- que o Criador atende à criatura por intermédio das próprias criaturas. Tudo pertence a Deus." Até o inferno, visto que o inferno, embora seja obra dos homens, situa-se, como uma construção indigna e calamitosa, no terreno da vida, que é Criação de Deus. "Tendo abusado de nossa ra­zão e conhecimento para gerar semelhante monstro, no Espaço Divino, compete-nos a obrigação de destruí-lo para edificar o Paraíso no lugar que ele ocupa indebitamente. Para isso, o Infinito Amor do Pai Celeste nos auxilia de múltiplos modos, a fim de que possamos atender à Per­feita Justiça", concluiu Silas. (Capítulo 10, pp. 137 e 138) 

65. Maternidade une Laudemira a cinco ex-cúmplices - Seria possí­vel saber as existências de Laudemira, antes de haver ingressado na Corte de Jo­ana II, Rainha de Nápoles, no século XV? "Sim -- respondeu Silas --, será fácil conhecê-las, mas não nos convém num simples es­tudo efetuar o tentame, porque o assunto em si reclamaria largas quo­tas de atenção e de tempo. Basta lhe pesquisemos a condição referida para definir-lhe as lutas redentoras de agora, porquanto nossos está­gios em qualquer eminência social no mundo, seja no campo da influên­cia ou das finan­ças, da cultura ou da ideia, servem como pontos vivos de referência da nossa conduta diga ou indigna, no usufruto das possi­bilidades que o Senhor nos empresta, designando com clareza nosso avanço na direção da luz ou nosso aprisionamento maior ou menor nos círculos da treva, pe­las virtudes conquistadas ou pelos débitos assu­midos." Laudemira teria recordado, antes da atual encarnação, os está­gios por que passou nas difíceis provações do pretérito? O Assistente informou que a citada mulher se internara na Mansão trinta anos atrás, após padecer longos anos nas esferas inferiores. Acusava então terrí­vel demência e foi graças à hipnose que pôde revelar os fatos que Si­las já reportara. Os instrutores não acharam necessário mais amplo re­cuo mnemônico, e Lau­demira, conturbada como estava, não dispunha de forças para articular qualquer reminiscência. Conduzida à reencarnação sob os auspícios da Mansão, ela deveria receber, em seu lar, cinco de seus antigos cúmpli­ces, para reerguer-lhes os sentimentos, na condição de mãe, o que, em caso de êxito, lhe propiciará enorme prêmio, diante da Lei amorosa e justa. (Capítulo 10, pp. 138 e 139)  (Continua no próximo número.)



 


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