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Raul Teixeira responde
Ano 5 - N° 216 - 3 de Julho de 2011

  
 

– Raul, você seguiu um chamamento, uma opção interior, ou foram os Espíritos que lhe propuseram a tarefa a que se dedica na seara espírita? 

Raul Teixeira: Não, eu não tive nenhum desejo pessoal de começar alguma coisa, de fazer alguma coisa. Desde criança fui chamado pelo mundo dos espíritos. Até onde a minha memória alcança, tinha dois anos e meio de idade quando comecei a registar os espíritos e digo até onde a minha memória alcança porque comecei a registar os espíritos atravessando as paredes, descendo o teto, conversando com a minha mãe; a minha mãe ainda era encarnada e era médium, vidente, audiente, médium de efeitos físicos. Eu nasci num lar de médiuns, eles não eram espíritas, eram médiuns, a minha mãe e a minha irmã mais velha, até que eu perguntava à minha mãe, muito criancinha, o que era aquilo que eu estava vendo, quem eram aquelas pessoas que atravessavam paredes e ela dizia-me naturalmente, para acatar a minha mentalidade infantil, que eram os nossos irmãos de luz e eu fiquei com essa frase na minha cabeça.

A minha mãe desencarnou quando eu tinha apenas 4 anos de idade, logo as memórias que eu tenho dela foram até essa data e depois disso envolvi-me com trabalhos da Igreja católica. O meu pai colocou-me junto à Igreja católica porque naquela época as famílias, mesmo que tivessem mediunidade, que fossem médiuns, todo o mundo se dizia católico, porque não se conhecia na nossa região nenhum centro espírita. Onde eu vivia não havia centro espírita e depois dos meus 17 anos, continuando aqueles registos, é que eu pude conhecer o Espiritismo.

Conversando com um amigo meu de infância que há muito não via a respeito das coisas que eu sentia, dos registos, a minha conversa com o sacerdote e ele sempre me orientava para ler a Bíblia e aos 14 anos para 15 eu tinha lido a Bíblia cinco vezes de ponta a ponta e ele me dizia que o que eu via era o Satanás e eu dizia-lhe que via a minha mãe e ele dizia que era o Satanás que se fazia passar por minha mãe e eu dizia que eles me davam bons conselhos e ele afirmava-me que o Satanás também dá bons conselhos e então foi-me criando uma confusão na cabeça. Então se Deus dá bons conselhos e Satanás também, é difícil a gente optar com quem fica. Conversando com esse amigo, José Luís Vilaça, ele disse-me que frequentava um grupo de jovens espíritas e que, se eu quisesse ir lá visitar, ele me levaria. E de fato, eu fui, atendendo ao seu convite, conhecer um grupo de jovens espíritas e desde 1967 eu conheci esse grupo de jovens ao qual me vinculei porque eu, que tinha uma suposição bastante equivocada a respeito do que fosse o Espiritismo e um grupo de jovens espíritas para mim parecia-me uma coisa muito surreal, acabei por me encantar porque achei jovens da minha faixa de idade alegres, joviais, estudando, conversando, cantando e com muita seriedade e toda uma mensagem que eu vim a saber que era a doutrina espírita.

Estudei, li avidamente os livros da codificação espírita, os livros que me caíram na mão. O primeiro livro que eu li, antes de estudar Kardec, foi o livro de Léon Denis «O Problema do Ser, do Destino e da Dor», que me causou viva impressão, uma paixão imensa até hoje e só depois de Léon Denis é que eu comecei a estudar os livros de Allan Kardec. Recebi outro impacto muito forte ao perceber que as ideias de Allan Kardec eram exatamente as coisas que eu pensava e que eu não imaginava que estivesse aquilo devidamente escrito, codificado, organizado. E nesse primeiro dia que conheci um centro espírita na atual encarnação, por ser muito tímido, eu vi a aula daquele dia muito bem ministrada pela professora, até que ela me perguntou, para me tirar com certeza do silêncio, o que é que eu sabia sobre o tema tratado. Naquela tarde estudava-se sobre a 1ª. Revelação de Deus ao Ocidente, falava-se sobre Moisés e quando eu ouvia falar de Moisés a minha alma fervia, porque eu tinha lido a Bíblia 5 vezes, eu tinha tudo de Moisés na cabeça, até que ela me perguntou o que é que eu sabia sobre Moisés. Nesse momento tive uma sensação muito estranha porque a língua pareceu-me crescida dentro da boca, o peito cresceu-me e eu falei durante vinte minutos sem respirar, sem parar, sem pôr vírgulas, sem pontos, sem nada. Falei num estado de semitranse, sem raciocinar o que eu falava. Falei 20 minutos e quando parei de falar ela me anunciou, e à classe, que não tinha mais aula para dar, porque eu tinha falado tudo o que ela programara para a aula da tarde. E ficamos a conversar sobre o que eu tinha falado. Pela primeira vez que entrei num centro espírita realizei a minha primeira palestra e nunca mais parei. 


Entrevista concedida ao Jornal de Espiritismo, da ADEP, Portugal, quando do 6º Congresso Espírita Mundial, realizado em Valência, Espanha, em outubro de 2010.
 


 


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