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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 5 - N° 216 - 3 de Julho de 2011

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

Nos Bastidores da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 8)

Damos prosseguimento ao estudo do livro Nos Bastidores da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e publicada no ano de 1970 pela Editora da FEB.

Questões preliminares

A. Que fenômeno levou Guilherme a modificar seus propósitos?

No momento em que os corpos repousavam, aproveitando o período reservado ao sono, o grupo reuniu-se em espírito no local da sessão. Como Guilherme insistia em recusar todo e qualquer conselho, mantendo-se numa atitude de rebeldia e revolta, ocorreu naquela noite o seguinte fenômeno: Saturnino transfigurou-se diante de todos, enquanto uma aura de safirina e profusa claridade o envolvia. Vibrações sublimes dominavam a todos. O recinto modesto transformara-se em reduto de luz. Suave música chegava de longe e, surpreendentemente, todos começaram a ver, além do que seriam as paredes materiais, diversas Entidades Espirituais que participavam das tarefas. Saturnino assumiu então veneranda figura ancestral, ligada aos primeiros séculos do Cristianismo na Terra e, transbordante de luz, falou sobre Jesus, o amor, o progresso e a felicidade que a todos nós estão reservados. Guilherme, dominado por súbita emotividade, prorrompeu em copioso pranto e encolheu-se nos braços dele. (Nos Bastidores da Obsessão, cap. 5, pp. 105 a 117.)

B. Onde se localizava o Anfiteatro citado nesta obra?

O Anfiteatro localizava-se próximo à região pantanosa da cidade, em uma área deserta e não muito distante, que seria atingida em uma hora de viagem aproximadamente. (Obra citada, cap. 6, pp. 119 a 123.)

C. Por que o psicovibrômetro não acusou a entrada de Saturnino e Glauco no Anfiteatro?

Através de um processo de imersão mental nas lembranças do passado, eles diminuíram em si o registro vibratório. Lentamente o aspecto exterior se foi adensando e a forma padeceu ligeira transformação que os deformava e, como se estivessem respirando incômoda atmosfera, passaram a apresentar leves estertores, apresentando-se sensivelmente modificados. Com isso, não tiveram problemas com o psicovibrômetro, que tinha a capacidade de registrar as ondas vibratórias de todos os assistentes, denunciando, assim, quaisquer intromissões dos Espíritos superiores. (Obra citada, cap. 6, pp. 121 e 122.)

Texto para leitura

36. Manifestação de Guilherme - Adormecido, Guilherme fora trasladado para local apropriado, na própria Terra, de modo a refazer-se espiritualmente até que novo encontro com os antigos cômpares ocorresse. Levado por Saturnino à sessão mediúnica na União Espírita Baiana, o obsessor de Mariana foi acometido de repentina ira. Com os passes recebidos do doutrinador, lentamente recobrou o equilíbrio e indagou a razão do constrangimento de que se via objeto, estando novamente ali. Petitinga explicou-lhe a necessidade do intercâmbio. A entidade, contudo, insistia em que deveria retornar ao corpo para dar prosseguimento à insidiosa cobrança, para ressarcir a injustiça de que fora vítima. Explicou que numa das últimas reuniões do Anfiteatro o dr. Teofrastus apresentara o caso dele à multidão, que o aclamara delirantemente, exaltando a ética da "justiça com as próprias mãos". Inquirido por Petitinga, Guilherme falou das reuniões que se realizam semanalmente no Anfiteatro e relatou que ele recebera a promessa de Teofrastus de que seria auxiliado, durante os longos anos de afastamento do grupo, enquanto durasse seu mergulho na carne... (Cap. 5, págs. 105 a 110) 

37. Transfiguração de Saturnino - No momento em que os corpos repousavam, aproveitando o período reservado ao sono, o grupo reuniu-se em espírito no local da sessão. Como Guilherme insistia em recusar todo e qualquer conselho, mantendo-se numa atitude de rebeldia e revolta, ocorreu naquela noite um fenômeno surpreendente. Orando em silêncio, Saturnino transfigurou-se diante de todos, enquanto uma aura de safirina e profusa claridade o envolvia. Vibrações sublimes dominavam a todos. O recinto modesto transformara-se em reduto de luz. Suave música chegava de longe e, surpreendentemente, todos começaram a ver, além do que seriam as paredes materiais, diversas Entidades Espirituais que participavam das tarefas, sem que os encarnados tivessem consciência disso, anteriormente. Saturnino assumiu agora veneranda figura ancestral, ligada aos primeiros séculos do Cristianismo na Terra. E, transbordante de luz, falou sobre Jesus, o amor, o progresso e a felicidade que a todos nós estão reservados. Guilherme, dominado por súbita emotividade, prorrompeu em copioso pranto e, encolhido nos braços de Saturnino, parecia uma criança crescida, mas absolutamente vulnerável. O ex-obsessor de Mariana, que buscava assimilar as lições com expressão de compreensível surpresa e ansiedade, se transformava em "homem novo", abandonando a carcaça sofrida do "homem velho" imanado ao ódio, agora renovado pelas sucessivas vibrações do amor. Por fim, ele concordou em seguir com o grupo até o Anfiteatro, onde importantes tarefas seriam realizadas em seguida. Ele confessava seu medo, mas revelou que, não poucas vezes, sonhara com a paz que se fizera longínqua. (Cap. 5, págs. 110 a 117) 

38. No Anfiteatro - O grupo reuniu-se à frente da União Espírita Baiana, onde os aguardava uma carruagem conduzida por duas parelhas de corcéis brancos, conduzidos por um cocheiro de meia-idade. O Anfiteatro localizava-se próximo à região pantanosa da cidade, em uma área deserta e não muito distante, que seria atingida em uma hora de viagem aproximadamente. Saturnino explicou a razão de se utilizar aquele veículo, considerando a situação de alguns dos Espíritos presentes à excursão, como Guilherme e os companheiros encarnados. Uma oração silenciosa preparou a viagem. No tempo previsto, o veículo aproximou-se do local, onde uma multidão de entidades viciosas, em atitudes repelentes, dialogavam com expressões vis e ultrajantes, podendo-se ver entre elas diversos encarnados, perfeitamente diferençáveis graças aos vínculos do perispírito ainda ligado ao corpo físico. Alguns pareciam algemados às entidades desencarnadas libertinas, que os conduziam como se fossem escravos das suas paixões e de quem não se podiam libertar. O recinto tresandava putrefação. Vibrações viscosas e sombrias carregavam os céus que tinham um tom pardacento-escuro, e o solo miasmático parecia um paul insano. A construção, de matéria viscosa e escura, tinha a forma semicircular e fazia lembrar os velhos circos. Luzes roxas e vermelhas esparramavam sombras atormentadas que passavam perdidas nos interesses em que se compraziam. E, de quando em quando, massa compacta e barulhenta, empurrando violentamente os que se encontravam à frente, chegava em galhofa infernal. (Cap. 6, págs. 119 a 121) 

39. O psicovibrômetro - Alguns guardas caricatos tomavam conta da entrada ampla, onde se encontravam assestados alguns aparelhos, que faziam lembrar os torniquetes utilizados entre os homens, com a diferença de que sobre eles havia uma caixa quadrangular, que Saturnino informou ter a finalidade de impedir a entrada de Espíritos que não pertencessem à malta. Era o psicovibrômetro, que tinha a capacidade de registrar as ondas vibratórias de todos os assistentes, denunciando, assim, quaisquer intromissões dos Espíritos superiores. (Cap. 6, pág. 121) 

40. Adensamento do perispírito - Saturnino, Glaucus e Ambrósio tiveram de tomar precauções especiais para não serem notados. Através de um processo de imersão mental nas lembranças do passado, diminuíram em si o registro vibratório. Lentamente o aspecto exterior se foi adensando e a forma padeceu ligeira transformação que os deformava e, como se estivessem respirando incômoda atmosfera, passaram a apresentar leves estertores e, sensivelmente modificados, convidaram-nos a entrar. (Cap. 6, págs. 121 e 122)

41. Um soberano das Trevas - O ambiente era irrespirável dentro do Anfiteatro. Nuvens de fumo se elevavam, abundantes, misturadas a odores acre-fortes, como os derivados de plantas entorpecentes, podendo-se ver uma multidão espiritual, de paixões insaciáveis, açuladas, que habitualmente se atiravam atormentados sobre os seus cômpares enjaulados na carne, em processos indescritíveis de vampirizações tormentosas. Daí a pouco, um grupo grotesco, estranhamente vestido, entrou no recinto conduzindo um trono sob colorido sobrecéu, em cujo assento se encontrava Teofrastus. O Chefe da turba trajava roupa de cor berrante, que variava do roxo ao negro, e ostentava grosseiro manto, igual ao usado pelos generais da antiga Roma, que lhe caía dos ombros. Face gorda e macilenta, testa larga, raros fios de cabelo empastados, bigodes abundantes e suíças extravagantes, eis a hedionda personagem. (Cap. 6, págs. 122 e 123) 

Frases e apontamentos importantes 

LXXVII. (...) como entender um Anfiteatro, nos moldes dos da Terra, a funcionar além do túmulo? Havia lógica, porém. Não é o mundo físico o representante dos efeitos? Assim sendo, quanto existe do lado de cá, obviamente há do lado de lá. (Manoel P. de Miranda, cap. 5, pág. 109) 

LXXVIII. As bênçãos da caridade e os tesouros decorrentes da comunhão fraternal, somente os conhecem aqueles que exercitam a solidariedade! (Manoel P. de Miranda, cap. 5, pág. 110) 

LXXIX. (...) estamos a serviço de Jesus-Cristo, o Supremo Chefe da Terra, e poder algum é superior às forças que Ele nos outorga para a prática do bem e a libertação de consciências ainda mergulhadas nas sombras do crime. (Saturnino, cap. 5, pág. 112) 

LXXX. Meu filho, Jesus é Vida, e a vida é inevitável caminho de todos nós, viandantes da evolução. Ninguém se furtará indefinidamente ao progresso, ao amor, à felicidade que a todos nós estão reservados. Só existe, soberana, no Universo, a Lei do Amor que rege os mundos e comanda todas as manifestações existentes, porque o Nosso Pai é o Amor. (Saturnino, cap. 5, pág. 113) 

LXXXI. O ódio a que muitos nos entregamos, quando inermes caímos na rebeldia, ódio sempre transitório, resulta da ausência do amor que entorpecemos e envenenamos com as emanações mefíticas do nosso desequilíbrio. Não receie, portanto, amar. O amor oferece felicidade a quem ama, produzindo no Espírito emoções transcendentes que o enobrecem e vitalizam. (Saturnino, cap. 5, pág. 113) 

LXXXII. Enquanto o ódio desagrega, macera e enlouquece, o amor sublima e liberta... Os que desrespeitam as Leis da Harmonia sofrem-lhes as consequências, sem que nos convertamos nos seus justiçadores, tornando-nos, igualmente, celerados. E ninguém fruirá de paz ou experimentará alegria, vitimado em si mesmo pelo ódio. (Saturnino, cap. 5, pág. 113) 

LXXXIII. O mal somente faz mal a quem o pratica, tornando-o mau. O perdão que se doa é semente de misericórdia que lançamos na direção do futuro, a benefício próprio... Não recalcitre. Não adie a oportunidade da renovação. A vida a todos nos aguarda com a ação benigna ou severa com que nos conduzirmos em relação ao nosso próximo. Verdadeiramente infeliz é aquele que não perdoa, não olvida o mal, não oferece oportunidade de redenção. Todo perseguido resgata e se liberta, enquanto o verdugo se amarra à dívida e se deixa arrastar aos vigorosos potros do sofrimento, vencido, mais tarde, pelos vírus que alimentar nos escaninhos da mente atormentada. (Saturnino, pág. 114) 

LXXXIV. As lágrimas de justo arrependimento e de necessária dor são como chuva preciosa em terra crestada, oferecendo a oportunidade para que medrem as sementes da esperança e da paz, que padecem, até então, esmagadas na esterilidade do solo. (...) Jesus é sempre a porta, a nova oportunidade. (...) Se o passado se nos afigura fantasma que nos impossibilita a paz, o futuro, através da utilização do presente, em sabedoria e nobreza, nos enseja a bênção da alegria e a dádiva da paz. (Saturnino, cap. 5, págs. 114 e 115) 

LXXXV. Todos nos encontramos enleados em reminiscências dolorosas. O nosso "ontem" é qual sombra esperando o sol do "hoje" para a perene claridade do amanhã... (Saturnino, cap. 5, pág. 115) 

LXXXVI. Diante dos infelizes, o Mestre vez alguma teve palavras de aspereza: não os reprochou, nem os acicatou. Envolveu-os, todos, na cariciosa esperança de melhores horas, oferecendo-lhes a dádiva do trabalho, nas oportunidades de mil recomeços para o burilamento íntimo. (Saturnino, cap. 5, pág. 115) 

LXXXVII. Raros, porém, temos sabido valorizar o impositivo da informação cristã. A diretriz evangélica, ainda hoje, parece a muitos "loucura", conforme informava o apóstolo Paulo, em seu tempo. Tudo nos fala do amor, desde as paisagens felizes da Natureza às emoções superiores da vida; das sensações primitivas nos seres inferiores às expressões de felicidade nos homens... Todavia, o amor, para muitos de nós, não passa de rematado egoísmo, no qual asfixiamos as esperanças dos outros nas redes estreitas e apertadas do nosso personalismo infeliz... (Saturnino, cap. 5, pág. 115) (Continua no próximo número.)



 


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