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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 5 - N° 216 - 3 de Julho de 2011

 


Aprendendo a servir 

 

Elizabete, de nove anos, chegou da escola com fome, cansada e um pouco aborrecida. A manhã tinha sido cheia de atividades e ela queria descansar. Não bastasse isso, ainda tinha deveres para fazer.  

Mal-humorada, reclamou:

— Estou exausta, mamãe!  

— Almoce e depois descanse um pouco! — sugeriu Rute, a mãe, envolvendo-a num abraço carinhoso.  

Após a refeição, como de hábito, Bruno, o pai, acomodou-se no sofá para ver o noticiário pela televisão, e Bete, esquecida do cansaço, sentou-se ao lado dele. 

Não que ela se interessasse por notícias, apenas para fazer companhia ao pai. Só conseguia vê-lo à hora do almoço e após o serviço, pois quando ele saía de manhã ela ainda estava dormindo. 

De repente, uma notícia a deixou chocada: toda uma região ficara inundada em virtude de fortes temporais, que causaram ainda o transbordamento de um rio. Centenas de casas foram destruídas e as famílias perderam tudo.  

A menina olhava e via as imagens de famílias inteiras que nada mais possuíam e teriam que ir para um abrigo comunitário, e seu coração se encheu de piedade pela triste condição daquelas pessoas, pensando: E se fôssemos nós que tivéssemos perdido tudo?...    

Também atraída pela notícia, Rute ficou vendo as imagens e emocionou-se com os depoimentos, cheia de compaixão. 

Bete, que pela primeira vez inteirava-se de uma situação tão trágica, desejando fazer alguma coisa, propôs: 

— Mamãe! Podemos mandar algo para essas pessoas? Elas ficaram sem nada! Eu gostaria de ajudar!  

A mãezinha, respondeu com ternura: 

— Claro, minha filha! Podemos ajudar, sim. 

E, diante do interesse da filha por auxiliar outras pessoas, Rute aproveitou a oportunidade e convidou: 

— Bete, se você tem tanto desejo de ajudar o próximo, o que acha de ir comigo à favela? 

— Onde fica isso, mamãe? Aqui também tem gente que precisa de ajuda? 

— Tem sim, minha filha. Favela é apenas o nome que as pessoas dão a bairros muito pobres e que precisam de ajuda. Só que, como suas necessidades não são divulgadas, grande parte das pessoas não fica sabendo. 

— Ah!... Eu quero conhecer esse lugar, mamãe! — disse a menina interessada. 

No dia marcado, Bete e a mãe colocaram no carro gêneros alimentícios, roupas, calçados, remédios, caixa de primeiros-socorros e um monte de outras coisas. Após lotar a condução, partiram. 

Bete estava toda animada. Aproximando-se do local, a menina foi ficando espantada. Só existiam barracos feitos de restos de madeira e cobertos com plástico.  

Lá chegando, Rute deixou o carro e, parando diante de um dos barracos,

bateu palmas. A mulher que abriu a porta ficou com os olhos brilhando ao ver Rute. 

— Foi Deus quem a mandou, dona Rute! Estamos sem nada aqui em casa, e meu marido se feriu ontem quando voltava do trabalho. Ainda não pude fazer nada! 

Com familiaridade, a recém-chegada acalmou-a: 

— Não se preocupe, Josefa. Trouxemos alimentos — disse, mostrando a caixa de mantimentos que tirara do carro. — Deixe-me ver seu marido.   

A mulher levou-a até o quarto, onde um homem gemia de dor. Pedindo licença, Rute examinou a ferida e disse: 

— Acho que não é grave, mas realmente ele deve estar sentindo muita dor.  

Foi até o carro buscar a caixa de primeiros-socorros, enquanto Bete conversava com o casal. 
 

Voltando, Rute fez um curativo no homem, depois, pedindo um copo com água, deu-lhe um analgésico para tirar a dor. Ele ficou aliviado e muito agradecido. 

— Só a senhora mesmo, dona Rute, para ajudar a gente! Deus lhe pague! 

Daquela casa, elas passaram a outra, e mais outra, e mais outra... 

Em todas, Bete viu a mesma gratidão e o mesmo carinho por sua mãe, o que a deixou feliz e admirada.  

Quando terminaram as visitas, cansada, mas satisfeita, Rute disse à filha: 

— Graças a Deus terminamos por hoje! Obrigada, filhinha, por sua ajuda.  

A menina olhou para a mãe e falou: 

— Mamãe, eu também quero ajudar essas pessoas, como você faz. Quero distribuir alimentos, roupas, fazer curativos!... 

E a mãe explicou a ela que, para fazer a caridade, temos que dar algo que seja realmente nosso, e exemplificou: 

— Bete, se você der alimentos, no fundo, serei eu que farei o bem. Você pode doar das suas coisas: roupas, calçados, brinquedos e livros que não lhe sejam mais úteis. Quanto ao curativo, primeiro você terá que aprender a fazê-lo. Por enquanto, é ainda um pouco cedo.  

A menina sorriu, e a mãezinha acariciou seus cabelos, sugerindo: 

— Além disso, minha filha, você pode ajudar de outro jeito. Doe amor! Converse com as pessoas, brinque com as crianças, dê atenção a elas. E o que fizer, faça com muito amor. Porque o importante não é o que a gente dá, mas como fazemos isso. Entendeu? 

— Sim, mamãe! 

— Se você quiser, pode aprender a fazer tricô ou crochê, e fazer roupinhas para aquecê-las no inverno. Com o tempo, poderá aprender muitas coisas e ensinar a elas, até a ler e a escrever. Sabe que grande parte dessas pessoas não é alfabetizada? O que acha?  

— Gostei, mamãe! Vou aprender bastante e repassar para elas.  

— Muito bem! Agora, vamos para casa!  

Aquela tarde tinha sido bastante produtiva e elas estavam satisfeitas.  

A pequena Bete trazia o coração e a cabecinha cheios de novas ideias que pretendia colocar em execução.  

Entendeu que para fazer o bem não  é necessário ir procurar longe. Basta olhar em volta. Às vezes, as oportunidades estão muito mais perto do que se imagina! 


                                                                      
MEIMEI 


(Recebida por Célia Xavier de Camargo, em Rolândia (PR), 15/5/2011.)   



 


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