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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 5 - N° 215 - 26 de Junho de 2011

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

Nos Bastidores da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 7)

Damos prosseguimento ao estudo do livro Nos Bastidores da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e publicada no ano de 1970 pela Editora da FEB.

Questões preliminares

A. A quem se deve o impulso que o Hipnotismo tomou na era moderna?

Segundo o irmão Glaucus, devemos a Mesmer o grande impulso que trouxe o Hipnotismo aos tempos modernos, merecendo ser lembrado também Paracelso,  autor do conceito e  da teoria do fluido, o qual anteriormente se interessara por experiências magnéticas, depois desdobradas por Mesmer. Mesmer dizia que o fluido era o "meio de uma influência mútua entre os corpos celestes, a terra e os astros", afirmando que esse fluido se encontra em toda a parte e enche todos os espaços vazios, possuindo a propriedade de "receber, propagar e comunicar todas as impressões do movimento". E ensinava: "O corpo animal experimenta os efeitos desse agente, e é insinuando-se na substância dos nervos que ele os afeta imediatamente". (Nos Bastidores da Obsessão, cap. 4, pp. 87 a 89.)

B. Quais as correntes preponderantes e o mecanismo da Hipnologia?

A partir das pesquisas realizadas pela Escola de Nancy, ficaram definitivamente estabelecidas as duas correntes preponderantes na Hipnologia: a de que o fenômeno hipnótico encontra melhor campo e é específico nos histéricos, e a que afirma o oposto, ou seja, que as pessoas portadoras de cérebro normal, capazes de melhor se concentrarem nas ideias que lhe são sugeridas, são as realmente hipnotizáveis. Quanto ao mecanismo da Hipnologia, diz Glaucus, "convém examinar a questão da sintonia e da sugestão", fundamentais para "a fixação da ideia invasora".  (Obra citada, cap. 4, pp. 90 a 98.)

C. Quais os fatores predisponentes da obsessão?

Os fatores predisponentes e preponderantes da obsessão se perdem no intrincado das reencarnações. Toda vítima de hoje é o algoz de ontem, tomando o lugar que lhe cabe no concerto cósmico. Quando se instala o processo obsessivo, o paciente possui os condicionamentos psíquicos – lembranças inconscientes do débito que o vincula ao perseguidor – os quais facultam a sintonia e a aceitação das ideias sugeridas e constringentes que chegam do plano espiritual. Quando o obsessor se vincula, conscientemente ou não, ao ser perseguido, obedece ao impulso automático de sintonia espiritual, por meio da qual estabelece os primeiros contactos psíquicos, no centro da ideia, na região cortical inicialmente e depois nos recônditos do polígono cerebral, donde comanda as diretrizes da vida psíquica e orgânica do obsidiado, produzindo ali lesões de natureza variada. A consciência culpada é a porta aberta à invasão da penalidade. E o remorso faculta o surgimento de ideias-fantasmas apavorantes que ensejam os processos obsessivos de resgate de dívidas. (Obra citada, cap. 4, pp. 98 a 101.)

Texto para leitura

31. O Hipnotismo - Um sábio Mensageiro Espiritual deu ao grupo espírita ligado a Saturnino uma elucidativa mensagem sobre a Hipnologia. (N.R. - Esse mensageiro é o irmão Glauco, ou Glaucus, conforme se pode ver nas págs. 111 e 119.) Desde tempos imemoriais já eram conhecidas algumas das práticas do Hipnotismo moderno, disse o palestrante. O Hipnotismo ocupava nas religiões orientais mais antigas lugar de relevo, embora com nomenclatura diversa. Ele falou então do Egito dos faraós e dos taumaturgos caldeus, que o praticavam com finalidades terapêuticas. Devemos, porém, a Frederico Antônio Mesmer o grande impulso que trouxe o Hipnotismo aos tempos modernos, merecendo ser  lembrado também Paracelso,  autor do conceito e  da teoria do fluido, que anteriormente se interessara por experiências magnéticas, depois desdobradas por Mesmer. Considerava Mesmer que o fluido era o "meio de uma influência mútua entre os corpos celestes, a terra e os astros", afirmando que esse fluido se encontra em toda a parte e enche todos os espaços vazios, possuindo a propriedade de "receber, propagar e comunicar todas as impressões do movimento". E ensinava: "O corpo animal experimenta os efeitos desse agente, e é insinuando-se na substância dos nervos que ele os afeta imediatamente". Formado pela Universidade de Viena, Mesmer defendeu a tese "Influência dos astros na cura das doenças", na qual expunha a sua teoria do fluido, inspirada no tradicional conceito do fluidismo universal. Foi ele quem criou a "tina das convulsões" ou baquet (em francês), em redor da qual podiam ser atendidas simultaneamente até 130 pessoas. Ali se reuniam paralíticos, nevropatas de classificação complexa que, em contacto com o fluido magnético, eram acometidos de convulsões violentas das quais saíam com nervos relaxados, libertados das enfermidades que os consumiam. (Cap. 4, págs. 87 a 89)

32. As correntes da Hipnologia - Glaucus relatou, em sua palestra, as diferentes experiências realizadas nesse campo, desde as do Marquês De Puységur, em 1787 – que magnetizou uma árvore em sua propriedade de Busancy com o objetivo de auxiliar os pobres que, tocando o vetusto vegetal, se diziam melhorar através dos seus recursos benéficos – até as mais recentes, das Escolas francesas da Salpêtrière e de Nancy. Falou então de Barão Du Potet, Carlos Lafontaine, José Custódio de Faria, James Braid – que introduziu o termo Hipnotismo em lugar de Magnetismo –, Charcot, Pierre Janet, Dr. Liébault, professor Bernheim, Babinski e Charles Richet. Manoel Philomeno de Miranda e seus companheiros estavam maravilhados. A palestra era uma síntese histórica do Hipnotismo, então aplicado aos trabalhos espirituais ali desenvolvidos. A partir das pesquisas realizadas pela Escola de Nancy, ficaram então definitivamente estabelecidas as duas correntes preponderantes na Hipnologia: a de que o fenômeno hipnótico encontra melhor campo e é específico nos histéricos, e a que afirma o oposto, ou seja, que as pessoas portadoras de cérebro normal, capazes de melhor se concentrarem nas ideias que lhe são sugeridas, são as realmente hipnotizáveis. (Cap. 4, págs. 90 a 94) 

33. Mecanismo da Hipnologia - O palestrante examinou, depois, o mecanismo das intervenções hipnológicas entre os indivíduos encarnados e, mais particularmente, entre desencarnados e encarnados, nos processos obsessivos. Em todo processo hipnológico, ensinou o Benfeitor Espiritual, "convém examinar a questão da sintonia e da sugestão", fundamentais para "a fixação da ideia invasora". Mencionou então os estudos do professor José Grasset em torno do "polígono cerebral", que ele entendia ser o centro da consciência. Citou o psicólogo inglês Guilherme Mac-Dougall, Forel e Emílio Coué, discípulo de Liébault, que prefere considerar que os pacientes capazes de autossugestionar-se são melhores para que com eles se consigam resultados mais explícitos e imediatos. (Cap. 4, págs. 94 a 98) 

34. Os fatores predisponentes da obsessão - Por fim, o ilustre palestrante dissertou sobre o mecanismo das obsessões, lembrando que em todos os casos de obsessão, conforme a classificação de Allan Kardec, existem fatores predisponentes e preponderantes que se perdem no intrincado das reencarnações. Toda vítima de hoje – asseverou – é algoz de ontem, tomando o lugar que lhe cabe no concerto cósmico. Explicou que, quando se instala o processo obsessivo, o paciente possui os condicionamentos psíquicos – lembranças inconscientes do débito que o vincula ao perseguidor – os quais facultam a sintonia e a aceitação das ideias sugeridas e constringentes que chegam do plano espiritual. Quando o obsessor se vincula, conscientemente ou não, ao ser perseguido, obedece ao impulso automático de sintonia espiritual, por meio da qual estabelece os primeiros contactos psíquicos, no centro da ideia, na região cortical inicialmente e depois nos recônditos do polígono cerebral, donde comanda as diretrizes da vida psíquica e orgânica do obsidiado, produzindo ali lesões de natureza variada. A consciência culpada é a porta aberta à invasão da penalidade. E o remorso faculta o surgimento de ideias-fantasmas apavorantes que ensejam os processos obsessivos de resgate de dívidas. (Cap. 4, págs. 98 a 101) 

35. O Espiritismo com Jesus - O Espiritismo com Jesus, verdadeira fonte de ideias superiores e enobrecidas que libertam o Espírito e o conduzem às verdadeiras causas em que residem os seus verdadeiros interesses, faz com que a dúvida seja banida e o impele ao trabalho contra o egoísmo, fator infeliz de quase todos os males que afligem a Humanidade. (Cap. 4, pág. 101)

Frases e apontamentos importantes

LXVI. Desse centro de comando, em que o hóspede se sobrepõe ao hospedeiro, as alienações mentais e os distúrbios orgânicos se generalizam em longo curso, que a morte do obsidiado nem sempre interrompe. (Benfeitor Espiritual, cap. 4, pág. 99) 

LXVII. A consciência culpada é sempre porta aberta à invasão da penalidade justa ou arbitrária. E o remorso, que lhe constitui dura clave, faculta o surgimento de ideias-fantasmas apavorantes que ensejam os processos obsessivos de resgate das dívidas. (Benfeitor Espiritual, cap. 4, pág. 99) 

LXVIII. Invariavelmente, na obsessão, há sempre o aproveitamento da ideia traumatizante – a presença do crime praticado –, que é utilizada pela mente que se fez perseguidora revel, apressando o desdobramento das forças deprimentes em latência, no devedor, as quais, desgovernadas, gravitam em torno de quem as elabora, sendo consumido por elas mesmas, paulatinamente. (Benfeitor Espiritual, cap. 4, pág. 100) 

LXIX. As ideias plasmadas e aceitas pelo cérebro, durante a jornada física, criam nos painéis delicados do perispírito as imagens mais vitalizadas, de que se utilizam os hipnotizadores espirituais para recompor o quadro apavorante, em cujas malhas o imprevidente se vê colhido, derrapando para o desequilíbrio psíquico total e deixando-se revestir por formas animalescas grotescas – que já se encontram no subconsciente da própria vítima – e que estrugem, infelizes, como o látego da justiça no necessitado de corretivo. (Benfeitor Espiritual, cap. 4, pág. 100) 

LXX. No sentido oposto, as ideias superiores, alimentadas pelo Espírito em excursão vitoriosa, condicionam-no à libertação, concedendo "peso específico" ao seu perispírito, que pode, então, librar além e acima das vicissitudes grosseiras do liame carnal. (Benfeitor Espiritual, cap. 4, pág. 100) 

LXXI. Com muita sabedoria, Allan Kardec enunciou que: "Relativamente às sensações que vêm do mundo exterior, pode-se dizer que o corpo recebe a impressão; o perispírito a transmite e o Espírito, que é o ser sensível e inteligente, a recebe. Quando o ato é de iniciativa do Espírito, pode dizer-se que o Espírito quer, o perispírito transmite e o corpo executa" – elucidando, em admirável síntese, o poder do pensamento na vida orgânica e das sensações no Espírito. (Benfeitor Espiritual, cap. 4, págs. 100 e 101) 

LXXII. Por essa razão, a vitalização de ideias edificantes constrói o céu generoso da felicidade, tanto quanto a mentalização deprimente gera o inferno da aflição que passa a governar o comportamento do Espírito. É nesse particular que se avultam as lições soberanas do Mestre Galileu, conclamando o homem ao ajustamento à vida, respeitando-lhe as diretrizes abençoadas, através das medidas da mansuetude, da compaixão, da misericórdia, do amor indistinto e do perdão incessante. (Benfeitor Espiritual, cap. 4, pág. 101) 

LXXIII. Se alguém incide em erro, que se levante do equívoco e recomece o trabalho da própria dignificação. O erro representa lição que não pode constituir látego, mas ensejo de enobrecimento pela oportunidade que faculta para a reparação e o refazimento. (Benfeitor Espiritual, cap. 4, págs. 101 e 102)

LXXIV. O intercâmbio permanente dos Espíritos de uma com outra esfera da vida objetiva, seguramente, oferecer ao homem a visão porvindoura do que, desde já, lhe está reservado. No entanto, para dizer-se alguém espírita não basta que se tenha adentrado nos conceitos espiritistas ou participado de algumas experiências práticas da mediunidade... É imprescindível incorporar ao modo de vida os ensinamentos dos Espíritos da Luz, tomando parte ativa na jornada de redenção do homem, por todos os modos e por todos os meios ao alcance, para que triunfem os postulados da paz, da justiça e do amor entre todas as criaturas. (Benfeitor Espiritual, cap. 4, pág. 102) 

LXXV. Nesse particular, o amor, conforme nos legou Jesus-Cristo, possui a força sublime capaz de nos preservar de nós mesmos, ainda jornaleiros do instinto, ensinando-nos que a felicidade tem as suas bases na renúncia e na abnegação, ensejando-nos mais ampla visão de responsabilidade e dever na direção do futuro. (Benfeitor Espiritual, cap. 4, pág. 102) 

LXXVI. Não ignoramos que há Leis Soberanas que se encarregam de encontrar o devedor onde se encontre. Para tanto, porém, não se faz necessário que novos devedores ou infratores apareçam, criando, desse modo, um círculo de viciações lamentáveis. A Lei, não desconhecemos, é de Justiça. Mas a Justiça Divina nasce nas fontes sublimes do Amor e se manifesta por meios de misericórdia. (José Petitinga, cap. 5, pág. 107) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita