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Estudando a série André Luiz
Ano 5 - N° 214 - 19 de Junho de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

Ação e Reação

André Luiz

(Parte 14)

Damos continuidade nesta edição ao estudo da obra Ação e Reação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Que avaliação fez Silas a respeito dos irmãos Leonel e Clarindo?

Silas disse a André que, pela conversa de Leonel, percebera que lidavam com duas vigorosas inteligências, cuja modificação inicial deveria ser feita com amor, para realizar-se com segurança. (Ação e Reação, cap. 8, pp. 112 a 114.) 

B. Podemos dizer que a vítima de usura é, no fundo, um doente?

Sim. E esse era o caso de Luís, o fazendeiro. Pessimista e usurário, era ele, em verdade, um doente necessitado de compaixão. Segundo o Assistente Silas, existem moléstias da alma que arruínam a mente por tempo indeterminado. Quem seria aquele homem, se amparado por influências outras? Reportando-se ao caso, Silas explicou: “Espiritualmente abafado entre as visões da fortuna terrestre com que lhe assediamos o pensamento, o in­feliz perdeu o contacto com os livros nobres e com as nobres compa­nhias. Tem a socorrê-lo apenas a religião domingueira dos crentes que se julgam exonerados de qualquer obrigação para com a fé, contanto que participem do ofício de adoração a Deus, no fim de cada semana. Quem poderia prever-lhe as mudanças benéficas, desde que pudesse receber outro tipo de assistência?"(Obra citada, cap. 9, pp. 115 e 116.)

C. Jesus ensinou-nos que devemos amar os nossos inimigos. Como Silas entendia essas palavras?

Reportando-se ao assunto, ele disse: "Muitas vezes, penso que semelhante afirmativa, corretamente interpretada, quer assim dizer: – Ajudai aos vossos inimigos para que possam pagar as dívidas em que se emaranharam, restaurando o equilíbrio da vida, no qual tanto eles quanto vós sereis beneficiados pela paz". De fato, entendia ele, como pode o devedor resga­tar-se, quando o credor lhe subtrai todas as possibilidades de solver os débitos? Que a nós mesmos cabe sanar os males de que somos autores, não padece qualquer dúvida; mas, se nos compete retificar hoje uma estrada que ontem desorganizamos, como proceder se nos dece­pam as mãos? (Obra citada, cap. 9, pp. 117 e 118.)

Texto para leitura

51. Mecanismo de emissão e recepção de imagens - Silas elucidou o fenômeno que Leonel acabara de demonstrar: "Estamos diante de um pro­cesso de transmissão de imagens, até certo ponto análogo aos princí­pios dominantes na televisão, no reino da eletrônica, atualmente em voga no plano terrestre. Sabemos que cada um de nós é um fulcro gera­dor de vida, com qualidades específicas de emissão e recepção. O campo mental do hipnotizador, que cria no mundo da própria imaginação as formas-pensamentos que deseja exteriorizar, é algo semelhante à câmara de imagem do transmissor comum, tanto quanto esse dispositivo é idên­tico, em seus valores, à câmara escura da máquina fotográfica. Plas­mando a imagem da qual se propõe extrair o melhor efeito, arroja-a so­bre o campo mental do hipnotizado que, então, procede à guisa do mo­saico em televisão ou à maneira da película sensível do serviço foto­gráfico". Silas lembrou o mecanismo geral do processo. Na transmissão de imagens a distância, o mosaico, recolhendo os quadros que a câmara explora, age como um espelho sensibilizado e converte os traços lumi­nosos em impulsos elétricos que são recepcionados pelas antenas do aparelho receptor e, neste, transformados novamente em sons e imagens. "No problema em estudo, você, Leonel –  informou o Assistente – , criou os quadros que se propôs transmitir ao pensamento de Luís, e, usando as forças positivas da vontade, coloriu-os com os seus recursos de concentração na sua própria mente, que funcionou como câmara de imagem. Aproveitando a energia mental, muito mais poderosa que a força eletrônica, projetou-os, como legítimo hipnotizador, sobre o campo mental de Luís, que funcionou qual mosaico, transformando as im­pressões recebidas em impulsos magnéticos, a reconstituírem as formas-pensamentos plasmadas por você nos centros cerebrais, por intermédio dos nervos que desempenham o papel de antenas específicas, a lhes fi­xarem as particularidades na esfera dos sentidos, num perfeito jogo alucinatório, em que o som e a imagem se entrosam harmoniosamente, como acontece na televisão, em que a imagem e o som se associam com o apoio eficiente de aparelhos conjugados, apresentando no receptor uma sequência de quadros que poderíamos considerar como sendo `miragens técnicas'." De retorno à Mansão, com Alzira e Hilário, Silas – que impressionou vivamente os dois irmãos vingadores –  afirmou a André que, pela conversa de Leonel, percebera que lidavam com duas vigorosas inteligências, cuja modificação inicial deveria ser feita com amor, para realizar-se com segurança. (Capítulo 8, pp. 112 a 114)

52. Um doente necessitado de compaixão - Na noite seguinte, Silas, André e Hilário voltaram à residência de Luís. Eram 21 horas e a famí­lia fazia ligeira refeição em larga copa da fazenda. Enquanto Adélia acariciava as crianças, já tontas de sono, o marido comentava com os presentes o noticiário radiofônico, salientando as dificuldades públi­cas, criticando os políticos e os administradores e referindo-se às pragas do café e da mandioca. Por fim, não contente em enunciar as ca­lamidades da Terra, falou, inconsequente, quanto à suposta ira do Céu, afirmando crer que o fim do mundo estava próximo e clamando contra o egoísmo dos ricos, que agravava o infortúnio dos pobres. Leonel, que assistia, junto aos demais, à cena, dirigiu-se a Silas, observando: "Estão vendo? Este homem é o derrotismo em pessoa. Enxerga tudo em termos de cinza e lama, ajuíza com firmeza sobre os desastres sociais e conhece as zonas mais tristes da indigência coletiva; entretanto, não sabe desfazer-se de um só centavo dos milhões que retém, a favor dos que sofrem nudez e fome..." O Assistente ponderou: "Leonel, todas as suas observações apresentam lógica e verdade, à primeira vista. Su­perficialmente, Luís é um exemplar consumado de pessimismo e de usura. Todavia, no fundo, ele é um doente necessitado de compaixão. Há molés­tias da alma que arruínam a mente por tempo indeterminado. Quem seria ele, amparado por influências outras? Espiritualmente abafado entre as visões da fortuna terrestre com que lhe assediamos o pensamento, o in­feliz perdeu o contacto com os livros nobres e com as nobres compa­nhias. Tem a socorrê-lo apenas a religião domingueira dos crentes que se julgam exonerados de qualquer obrigação para com a fé, contanto que participem do ofício de adoração a Deus, no fim de cada semana. Quem poderia prever-lhe as mudanças benéficas, desde que pudesse receber outro tipo de assistência?"  (Capítulo 9, pp. 115 e 116)

53. O caso Silas - Clarindo e Leonel ficaram revoltados com as pa­lavras de Silas. Para eles, Luís e seu pai eram apenas devedores... "Roubaram-nos, assassinaram-nos...", exclamou Leonel, e por isso – completou Clarindo – haveriam de pagar! Silas sorriu e obtemperou: "Sim, pagar é o verbo próprio... Contudo, como pode o devedor resga­tar-se, quando o credor lhe subtrai todas as possibilidades de solver os débitos? Que a nós mesmos cabe sanar os males de que somos autores, não padece qualquer dúvida... Entretanto, se nos compete retificar hoje uma estrada que ontem desorganizamos, como proceder se nos dece­pam agora as mãos? O próprio Cristo aconselhou: – Ajudai aos vossos inimigos". (N.R.: Silas alterou as palavras ditas por Jesus, constan­tes dos versículos 27 e 28 do cap. 6 de Lucas, porque o vocábulo amar, usado pelo Mestre, não seria, evidentemente, aceito pelos irmãos vin­gadores.) O Assistente prosseguiu: "Muitas vezes, penso que semelhante afirmativa, corretamente interpretada, quer assim dizer: – Ajudai aos vossos inimigos para que possam pagar as dívidas em que se emaranharam, restaurando o equilíbrio da vida, no qual tanto eles quanto vós sereis beneficiados pela paz". Leonel ficou desconfiado com essa postura de Silas. Seria ele um padre disfarçado? "Engana-se, meu amigo – informou o Assistente –; se algo procuro, em nossa comunhão fraterna, é a minha própria renovação. Pela sedução do dinheiro, tam­bém caí na última passagem pela Terra. A paixão da posse governava-me todos os ideais... A fascinação pelo ouro tomou-me o ser de tal modo que, apesar de ter recebido o título de médico, numa universidade ve­nerável, fugi ao exercício da profissão para vigiar os movimentos de meu velho pai, a fim de que nem ele mesmo viesse a dispor, com lar­gueza, dos bens de nossa casa". Silas continuou: "O apego às nossas propriedades e aos nossos haveres transformou-me num réprobo do paraíso familiar, convertendo-me, ainda, num verdugo intratável, natu­ralmente odiado por todos os que viviam em subalternidade no vasto círculo de minha temporária dominação... Para amontoar moedas e multi­plicar lucros fáceis, comecei pela crueldade e acabei nas malhas do crime... Abominei a amizade, desprezei os fracos e os pobres e, no te­mor de perder a fortuna cuja posse total ambicionava, não hesitei ado­tar a delinquência como sócia infernal de meu terrível caminho..." (Capítulo 9, pp. 117 e 118) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita