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Estudando a série André Luiz
Ano 5 - N° 213 - 12 de Junho de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

Ação e Reação

André Luiz

(Parte 13)

Damos continuidade nesta edição ao estudo da obra Ação e Reação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Luís, que estava parcialmente desligado do corpo que dormia, viu Silas e André?

Não. No local onde estava, contemplando grandes maços de dinheiro, Luís, então desligado do corpo pela influência do sono, não percebeu os dois visitantes que, no entanto, foram vistos pelos irmãos desencarnados Leonel e Clarindo. Estes contaram então qual era o plano que desenvolviam naquela casa, decorrente da vingança que exerciam contra seu irmão com vistas a recuperar a fortuna que lhes foi tirada. (Ação e Reação, cap. 8, pp. 107 a 109.) 

B. Onde os irmãos Leonel e Clarindo aprenderam a técnica obsessiva que aplicavam naquele caso?

Eles aprenderam essa técnica nas escolas de vingadores – organizações mantidas por Inteligências criminosas, homiziadas temporariamente nos planos inferiores. A técnica consistia em exacerbar em Luís o sentimento de usura e o apego ao dinheiro. A técnica parte do pressuposto de que todos possuímos, além dos desejos imediatistas comuns, um "desejo-central" ou "tema básico" dos interesses mais íntimos, que, no caso de Luís, era a avareza e a cupidez.  (Obra citada, cap. 8, pp. 109 e 110.)

C. As tentações têm ligação direta com esse “desejo-central”?

Sim. Cada pessoas é tentada exteriormente pela tentação que alimenta em si própria. Segundo Silas, cada qual de nós vive e respira nos reflexos mentais de si mesmo, angariando as influências felizes ou infelizes que nos mantêm na situação que buscamos... (Obra citada, cap. 8, pp. 111 e 112.)  

Texto para leitura 

48. Com Clarindo e Leonel - Silas e André penetraram estreito compartimento, onde alguém contemplava grandes maços de papel-moeda, acariciando-os com um sorriso malicioso. Era Luís, que, desligado do corpo pela influência do sono, vinha afagar ali o dinheiro que lhe nu­tria as paixões. Evidentemente, o dono da casa não percebeu a presença dos visitantes, o que não ocorreu com os irmãos Clarindo e Leonel, que, de repente, penetraram o recinto e dirigiram-se desabridamente para André e Silas, tendo um deles perguntado: "Quem são? quem são vocês?" Silas respon­deu, de forma enigmática: "Somos amigos". O outro então informou: "Bem, nesta casa ingressam somente aqueles que saibam valorizar o di­nheiro..." E, designando Luís, acrescentou: "Para que ele não se es­queça de preservar a fortuna que é nossa". Silas ajuntou: "Sim, sim... quem não estimará os haveres que lhe pertençam?" Os irmãos, satisfei­tos e esfregando as mãos, na alegria de quem supostamente encontrava mais combustível para a fogueira de sua vingança, exclamaram, então: "Muito bem! muito bem!..." E, demonstrando imediata confiança em André e Silas, disseram terem sido vítimas de terrível traição por parte de um irmão infeliz que lhes pilhou os bens, motivo por que ali estavam para o desforço justo. Clarindo, que era o mais brutalizado dos dois, gar­galhou de maneira estranha e acentuou: "O maldito (...) acreditou que a morte lhe apagaria o crime e que nós, os desventurados que lhe sucumbimos às mãos, estaríamos reduzidos a pó e cinza. Apossou-se-nos dos haveres, depois de promover um acidente espetacular, no qual fomos por ele assassinados sem compaixão". Na sequência, acrescentou: "O bandido sofrerá os resultados da infâmia contra nós e aqui respira o filho dele, cujos menores movimentos governaremos, até que nos resti­tua a fortuna de que somos legítimos senhores..." As lamentações dos dois irmãos prosseguiram por longo tempo, findo o qual Clarindo inda­gou a Silas: "Não admitem vocês que temos razão?" Silas concordou, enigmático: "Sim, todos temos razão, entretanto..." O uso do vocábulo "entretanto" irritou Leonel, que atalhou, algo cínico: "Entretanto? quererá, porventura, interferir em nossos propósitos?" Silas o confor­tou: "Nada disso. Desejo simplesmente lembrar que por dinheiro já lu­tei excessivamente, crendo que o direito prevalecia de meu lado..." Como a observação algo dúbia chocou os interlocutores, o Assistente valeu-se da expectativa natural e perguntou: "Amigos, vemos que esta casa permanece largamente povoada de irmãos nossos ensandecidos... Se­rão todos eles credores desta família infortunada?" André compreendeu que a pergunta afetuosa tinha o objetivo de entreter a confiança dos vingadores intrigados.  (Capítulo 8, pp. 107 a 109) 

49. Como nossas ideias centrais se refletem - Leonel, que parecia a André o cérebro da empresa delituosa, respondeu: "É que, até agora, precisávamos di­vidir o tempo entre pai e filho, e, por isso, localiza­mos aqui, tempo­rariamente, os onzenários enlouquecidos que, fora do campo carnal, apenas mentalizam o ouro e os bens a que se afeiçoaram no mundo, de modo a nos favorecerem a tarefa. Acompanhando o sovina que nos obedece ao comando, constrangem-no a viver, tanto quanto pos­sível, com a ima­ginação aprisionada ao dinheiro que ele ama com tres­loucada paixão". As coisas tornavam-se, assim, bastante claras. Luís, o dono da fa­zenda, além do apego doentio à precária riqueza humana, sofria também a pressão de outras mentes, alucinadas tanto quanto a dele nos enganos da posse material, o que elevava o desejo enfermiço à tensão máxima... Os tios de Luís, no seu propósito de desforço, apren­deram essa técnica nas escolas de vingadores – organizações mantidas por Inteligências criminosas, homiziadas temporariamente nos planos inferiores. Todos possuímos, além dos desejos imediatistas comuns, um "desejo-central" ou "tema básico" dos interesses mais íntimos. Em face disso, emitimos com mais frequência – além dos pensamentos vulgares e rotineiros – os pensamentos que nascem do "desejo-central" que nos caracteriza, os quais passam a constituir o reflexo dominante de nossa personalidade. "Desse modo – disse Leonel –, é fácil conhecer a na­tureza de qual­quer pessoa em qualquer plano, através das ocupações e posições em que prefira viver. Assim é que a crueldade é o reflexo do criminoso, a co­biça é o reflexo do usurário, a maledicência é o re­flexo do calunia­dor, o escárnio é o reflexo do ironista e a irritação é o reflexo do desequilibrado, tanto quanto a elevação moral é o re­flexo do santo... Conhecido o reflexo da criatura que nos propomos re­tificar ou punir é, assim, muito fácil superalimentá-la com excitações constantes, robus­tecendo-lhe os impulsos e os quadros já existentes na imaginação e criando outros que se lhes superponham, nutrindo-lhe, dessa forma, a fixação mental." "Através de semelhantes processos – acrescentou Leo­nel – , criamos e mantemos facilmente o `delírio psí­quico' ou a `obsessão', que não passa de um estado anormal da mente, subjugada pelo excesso de suas próprias criações a pressionarem o campo senso­rial, infinitamente acrescidas de influência direta ou in­direta de ou­tras mentes desencarnadas ou não, atraídas por seu próprio reflexo." (Capítulo 8, pp. 109 e 110) 

50. Somos tentados em nossas próprias imperfeições - Sorrindo, o inteligente perseguidor disse, sarcástico: "Cada um é tentado exte­riormente pela tentação que alimenta em si próprio". André estava sur­preso, visto que nunca ouvira um Espírito, aparentemente vulgar, com tanto conhecimento e consciência de seu papel. Silas, revelando grande interesse em torno do assunto, ponderou: "Indiscutivelmente, a exposição é perfeita. Cada qual de nós vive e respira nos reflexos mentais de si mesmo, angariando as influências felizes ou infelizes que nos mantêm na situação que buscamos... Os Céus ou as Esferas Superiores são constituídos pelos reflexos dos Espíritos santificados e o in­ferno..."  "... É o reflexo de nós mesmos", completou Leonel com uma gargalhada. O Assistente pediu-lhe, então, desse algum exemplo prático daquilo que afirmara, ao que ele assentiu com prazer, informando: "O avarento sob nossa vista guarda o propósito de comprar ou extorquir determinada gleba vizinha, a qualquer preço, mesmo em se tratando de transação criminosa, para valorizar as aguadas da propriedade que nos pertence. Tratando-se de assunto no tema essencial da existência dele, que é a cobiça, facilmente recolherá as imagens que eu lhe deseje transmitir, utilizando-me da própria onda mental em que as suas ideias habitualmente se exprimem..." Dito isto, passando das palavras para a ação, pôs sua destra sobre a fronte de Luís, mantendo-se na profunda atenção do hipnotizador governando a presa, e esta arregalou os olhos com a volúpia do faminto que vê um prato saboroso, a distância, a fa­lar: "Agora! agora! as terras serão minhas! muito minhas! Ninguém con­correrá com meus preços! ninguém!..." Logo após, lépido, afastou-se, indo na direção da fazenda fronteiriça. "Viram? – perguntou Leonel –  transmiti-lhe ao campo mental um quadro fantástico, através do qual as terras do vizinho estariam em leilão, caindo-lhe, enfim, nas unhas. Bastou que eu mentalizasse uma tela nesse sentido, arquitetando o sí­tio à venda, para que ele a tomasse por realidade indiscutível, por­quanto, em se tratando de nosso reflexo fundamental, somos induzidos a crer naquilo que desejamos aconteça..." (Capítulo 8, pp. 111 e 112) (Continua no próximo número.)



 


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