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Internacional
Ano 5 - N° 213 - 12 de Junho de 2011 
PAULO SALERNO
pgfsalerno@gmail.com
Porto Alegre, RS (Brasil)

 

Divaldo Franco vai a Auschwitz e fala ali pela primeira vez

Varsóvia e Cracóvia, na Polônia, e outras localidades da Áustria e da República Tcheca foram também visitadas pelo orador brasileiro
 

Em Varsóvia, a capital da Polônia, Divaldo falou no dia 29 de maio. A Sociedade Polonesa de Estudos Espíritas promoveu a participação de Divaldo Franco no encerramento do Fórum de debates inter-religioso sobre a reencarnação. O evento foi realizado nas dependências da Federacja Stowarzyszen Naukowo-Technicznych Not, desde o início da manhã, com a participação de diversos expositores representando várias linhas do pensamento filosófico e religioso. Konrad Jerzak, líder e dirigente espírita polonês, foi o intérprete, traduzindo a palestra de Divaldo.

A hospitalidade e afabilidade com que os companheiros espíritas receberam Divaldo e Nilson de Souza Pereira e mais os sete integrantes da Equipe do Livro Divaldo Franco, voluntários da Mansão do Caminho, oriundos do Rio Grande do Sul, e que tem participado das atividades doutrinárias na Europa desde o dia 18 de maio, permitiram que todos se sentissem à vontade.

Proveniente de Copenhague/Dinamarca, Divaldo Franco proferiu palestra sob o título, O Sentido de Viver. Apresentou o pensamento dos filósofos da corrente idealista e as do atomismo grego, que mais tarde foi denominada materialismo, todos envolvidos na busca de uma definição do significado da felicidade para a criatura humana. Teceu comentários sobre as várias escolas de pensamento da Grécia, tais as dos filósofos Epicuro, Diógenes e Zenon, todas procurando definir e estabelecer parâmetros para a felicidade.

A verdadeira felicidade, disse Divaldo, é o resultado de uma conduta reta, de um coração tranquilo e de uma mente harmoniosa. Jesus, o maior psicoterapeuta da humanidade, trouxe à Terra a mais revolucionária proposta filosófica, a proposta do amor. Divaldo continuou a apresentar vários pensamentos filosóficos, todos em busca de uma definição para a felicidade.

Para alcançar a plenitude, ou o estado numinoso, é necessário ter um objetivo na vida. Porém, a mais notável de todas é a proposta de Allan Kardec, codificador da Doutrina Espírita. Apresentou e comentou os conceitos encontrados nas obras doutrinárias e os fundamentos da Doutrina Espírita. Jesus, o homem mais notável, propôs a filosofia do amor. O amor a si mesmo é o desenvolvimento intelecto-moral da criatura humana, os cuidados que deve ter para com o corpo, para com as emoções.

Divaldo Franco, o incansável conferencista, apresentou os conceitos sobre a depressão, o sentido psicológico da vida, a lei de causa e

Auschwitz - Entrada do Campo

Auschwitz - Palestra

Brno - Palestra

Cracóvia - Público

Praga - Público

Varsóvia - Público

Villach - Público

efeito, as propostas espíritas que abrem as possibilidades para o infinito. A verdadeira felicidade é fazer o bem, perdoar. Ser solidário é ter um sentido psicológico para a vida.

Inúmeras perguntas foram realizadas, oferecendo oportunidade para a ampliação de conceitos e aclaramentos de outros pontos que foram aprofundados. Os participantes plenamente envolvidos pelo carisma de Divaldo Franco aplaudiram-no de forma vibrante e demoradamente.

A reencarnação foi o tema da conferência
realizada em Cracóvia

A Sociedade Polonesa de Estudos Espíritas, dando continuidade à programação estabelecida, promoveu, no dia 30 de maio, o primeiro trabalho doutrinário de Divaldo Franco na cidade de Cracóvia/Polônia. O tema abordado foi a Reencarnação. Konrad Jerzack, dirigente da entidade promotora e intérprete de Divaldo, recepcionou a todos com fidalguia e simpatia.

A reencarnação é uma das mais antigas doutrinas filosóficas do mundo. Na história do Oriente ela era base da evolução filosófica. No Ocidente, graças às propostas gregas, a reencarnação experimentou várias alterações. Platão, após estudar no Egito, difundiu em Atenas a proposta reencarnacionista. Mais tarde Jesus, em outras palavras, falou sobre a reencarnação. Na atualidade a reencarnação tem sido estudada por várias doutrinas, a ciência da parapsicologia, a psicotrônica, a psicobiofísica e é estudada especialmente através da ciência espírita, disse o conferencista.

Divaldo citou o parapsicólogo indiano Hamendra Nath Banerjee, e Ian Stevenson, neuropsiquiatra, informando que na atualidade há dois mil casos de investigação científica no Departamento de Psicologia da Universidade de Virginia/EUA. Segundo o Dr. Banerjee há quatro posturas para classificar aqueles que não estão familiarizados com a reencarnação.

No primeiro grupo estão os que afirmam que não creem na reencarnação; no segundo, os que dizem que a sua religião nega a reencarnação; o terceiro grupo é constituído pelos que afirmam crer na reencarnação; e o quarto, formado de pessoas lógicas que preferem investigar, são os denominados pelo Dr. Banerjee de cientistas.

Divaldo explanou as peculiaridades de cada uma dessas posturas, permitindo que se compreendesse o ponto de vista que as criaturas, em geral, possuem sobre a reencarnação. Analisou o diálogo entre Nicodemos e Jesus, registrado por João, comentando e esclarecendo as várias facetas desse diálogo notável, oportunizando um entendimento maior sobre a reencarnação naqueles tempos.

Ilustrando a crença na reencarnação, Divaldo citou os autores: Orígenes, que no Século II escreveu o livro A Doutrina dos Princípios; Tertuliano, autor da Apologética; e Santo Agostinho, que escreveu As Confissões. Comentou sobre a crença na reencarnação que era aceita no Cristianismo e que no ano 552, quando foi realizado o 2º Concilio Ecumênico de Constantinopla, pelo Imperador Justiniano, tornou-se uma doutrina herética, passando os reencarnacionistas a serem perseguidos.

Quando Allan Kardec publicou O Livro dos Espíritos estabeleceu os seis fundamentos dessa ciência filosófica. São eles: a crença em Deus, a imortalidade da alma, a comunicabilidade dos Espíritos, a reencarnação, a pluralidade dos mundos habitados e a crença no Evangelho de Jesus, conforme Ele e seus primeiros discípulos viveram. Não foi o Espiritismo que descobriu a reencarnação, utilizou-se da reencarnação que faz parte da cultura oriental, disse Divaldo.

No Século XX eminentes pesquisadores foram estudar a reencarnação. Foram vários casos comprovados. Divaldo apresentou os estudos e narrou os fatos investigados sobre a reencarnação realizados por eminentes cientistas, cada qual aprofundando a sonda da investigação na memória cerebral e extra-cerebral da criatura humana. Os casos de reencarnações investigados são inúmeros, com comprovação apresentada por cientistas de renome internacional, conceituados em estabelecimentos universitários, autores de obras portentosas, como o caso do livro Muitos Mestres, Muitas Vidas, de Brian Weiss.

Como explicar os casos de crianças portadoras de conhecimentos altamente complexos, como explicar os gênios musicais, os grandes matemáticos, sem os conceitos da reencarnação? A reencarnação é uma doutrina comprovada, na atualidade, em vários laboratórios. Allan Kardec, o codificador do Espiritismo diz que todo efeito provém de uma causa, isto é uma Lei da Física, logo tudo aquilo que acontece para a criatura humana tem uma causa anterior.

O homem esta na Terra para resgatar e para evoluir, não para sofrer. A Terra não é um vale de lágrimas, não é um inferno. É uma escola que, de acordo com os alunos, pode ser avançada ou atrasada. Só através da reencarnação é que o homem pode entender a Justiça Divina, afirmou o nobre conferencista.

Seguiu-se de imediato o período das perguntas. Foram muito bem elaboradas e permitiram aprofundar alguns pontos específicos, tais a felicidade, as experiências de regressão de memória, as hipnoses, entre outros. Divaldo Franco, finalizando sua abordagem, disse valer a pena amar, não guardar ódio na mente, nem ciúme, ressentimentos, pois quem carrega lixo mental fica doente, mas quem carrega amor torna-se muito feliz. Os aplausos irromperam de imediato, fortes, demorados. Dessa forma Cracóvia agradeceu o trabalho realizado por Divaldo Pereira Franco, por primeira vez.

Vida Feliz foi o tema da conferência em Auschwitz,
dia 31 de maio

Pela parte da manhã, Divaldo Franco, acompanhado por Nilson de Souza Pereira e de um grupo de amigos, visitou pela primeira vez o Campo de Concentração de Auschwitz. Ambiente pesado, tudo ali evoca dor, sofrimento, barbárie. Hoje transformado em um museu, guarda as marcas daqueles dias de horror. Por não ser objetivo deste texto, descrever o que lá foi observado é disseminar a dor. Em respeito à vida, e guardando na memória as cenas tétricas, horripilantes, evocamos a presença dos Benfeitores para que vítimas e algozes possam perdoar-se mutuamente, construindo a paz em suas mentes. Que Jesus abençoe todos os que sofrem, na qualidade de vítima ou de facínora.

Ao entardecer Divaldo Franco compareceu ao Centro de Cultura da cidade de Oswiecim – Auschwitz no idioma alemão - para proferir uma conferência sobre o tema Vida Feliz. O evento, que se realizou no dia 31 de maio, foi promovido pela Sociedade Polonesa de Estudos Espíritas. Seu líder é Konrad Jerzack, polonês, fluente em português do Brasil, atuou também como intérprete.

A busca filosófica da criatura humana está reduzida ao encontro da felicidade. Ser feliz tem sido a meta de todas as existências, no entanto a felicidade é tão difícil de ser encontrada. O que é felicidade para uns, não é para outros. Essas foram as palavras iniciais da primeira conferência proferida por Divaldo Franco em Auschwitz.

O grande psiquiatra austríaco Viktor Frankel, que sobreviveu ao holocausto, estabeleceu que a felicidade é de natureza psicológica, que toda a criatura humana deve ter um ideal, porém um ideal que dignifique o ser e a sociedade. Se esse ideal não tiver a força de sobreviver, a vida da criatura é somente um desejo de natureza sensorial.

Divaldo Franco narrou o encontro do Rabino mais importante do Século XX, Meir Lau, com o Papa João Paulo II. Karol Wojtyla, quando exercia a função de padre na Polônia, orientou a uma mãe católica que ficara responsável por um menino, durante a II Guerra Mundial, a atender a promessa que havia feito à mãe do menino – enviá-lo, após o término da guerra, para Israel a fim de ser educado no judaísmo. Assim, cinquenta e poucos anos depois, ali se encontrava o outrora menino, agora Rabino, agradecendo o estoicismo moral do Papa.

Jesus estabeleceu a mais notável diretriz de felicidade para o ser humano. A felicidade é emocional. Viktor Frankel propõe que se dê um sentido para a vida, um significado psicológico. Não perder a esperança, conservar os ideais, sintetizou o orador entusiasmado.

Quando Viktor Frankel estava prisioneiro em Auschwitz, no Campo de Birkenau, perto das câmaras de gás, dizia: Vou sobreviver aos nazistas. Não darei a eles o prazer de odiá-los, é isso que eles querem. Tenho que denunciar esse crime à humanidade. Por duas vezes Viktor Frankel teve seu nome na lista para ser enviado às câmaras de gás. Consegui libertar-se. Cumpriu sua promessa, denunciou os crimes perpetrados contra a humanidade. Ele tinha um objetivo, sua vida tinha um sentido.

 A felicidade só é possível quando se ama. O amor dá forças, impulsiona para frente. Muitos vivem tristes, amargurados, por que não tem um sentido, não tem uma meta. Amar não é um negócio. Tal qual a flor que perfuma e nada pede de volta em retribuição, o ser humano deve amar sem aguardar que alguém lhe retribua. O amor é bom para quem ama e não para que é amado, comentou o arauto do amor, Divaldo Franco.

Exemplificando o poder do amor, Divaldo narrou uma história. Os participantes habitavam Varsóvia/Polônia. Eram dois homens. Um, Rabino Ortodoxo, o outro, um jovem alemão que cultivava a terra, este de nome Müller. A insistência do Rabino em cumprimentar o jovem alemão fez com que este, após algum tempo, também respondesse os cumprimentos.

Tiveram oportunidade de se reencontrarem durante a II Guerra Mundial. O Rabino sendo enviado a um campo de concentração e o jovem Müller, um soldado da SS nazista, que selecionava quem sobreviveria aos fornos crematórios.  Na fila de seleção estava o Rabino. Quando chegou sua vez, o Rabino cumprimentou o soldado alemão. Este levantou os olhos, cumprimentou-o também e com um gesto, indicou o lado dos que sobreviveriam.

Mais tarde, terminada a guerra, um novo reencontro aconteceu. O soldado estava sendo julgado. O Rabino era a testemunha. Respondendo aos juízes, o Rabino disse que aquele soldado não tinha cometido os crimes que lhe eram imputados, mas sim o modelo, a cultura, a filosofia que o soldado passou a adotar e a representar. O Rabino, como sempre fizera, cumprimentou o soldado alemão, este lhe retribuiu o cumprimento, agradecendo-lhe. Foi uma cena comovedora. O soldado Müller, da SS, foi sentenciado à morte.

Quem ama sobrevive ao mal, vale a pena amar e como disse Madre Teresa de Calcutá, deve se amar até doer. Desejou muita paz, bênçãos de alegria e felicidades. Assim finalizou Divaldo Franco a sua primeira atividade doutrinária em Auschwitz. O público, sempre muito participativo, aplaudiu-o vivamente e de pé, o que é raríssimo na cultura polonesa.

A conferência proferida por Divaldo Franco se constituiu em uma aula aos alunos da Universidade da Terceira Idade de Auschwitz. Divaldo assinou o livro de presenças, como professor, validando dessa forma, a participação dos alunos em uma atividade acadêmica.

Em Praga, o assunto da conferência foi Mediunidade

A Sociedade de Estudos Espíritas Allan Kardec, de Viena/Áustria e o recém-fundado Grupo de Estudos Allan Kardec de Praga/República Tcheca, promoveram a conferência espírita com Divaldo Pereira Franco, que completa vinte e um anos de trabalho doutrinário neste país. O tema da conferência, proferida no dia 1º de junho, foi Mediunidade: Nosso contato consciente ou inconsciente com o mundo espiritual. O intérprete Josef Jackulak fez a apresentação inicial, recepcionando todos os participantes, destacando a presença de uma delegação da Suíça, de Nilson de Souza Pereira que tem acompanhado Divaldo na divulgação doutrinária pela Europa e de um grupo de brasileiros, dentre outros. Josef Jackulak, tcheco de nascimento, fala com extraordinária desenvoltura o idioma português do Brasil.

Divaldo Franco iniciou a conferência discorrendo sobre a mediunidade na história da humanidade, afirmando que a melhor maneira de se estudar um tema é ler o que a História escreve a seu respeito.   Fez uma narrativa sobre exercício da mediunidade, presente em todos os tempos e em diversos lugares. No Século I d.C., em Éfeso, Apolônio de Tiana, filósofo respeitado e profeta, descreveu, através da mediunidade, o assassinato do Imperador Tito Lívio Domiciano, em Roma, como se estivesse acontecendo sob o seu olhar direto.

As experiências mediúnicas vivenciadas por várias personalidades, dentre elas, a do Papa Pio V que descreveu a vitória dos exércitos católicos sobre os turcos, conhecida como a batalha naval de Lepanto; a de Emanuel Swedenborg, descrevendo, a partir de Gotemburgo, onde se encontrava, o incêndio que consumia Copenhague.

Divaldo continuou sua narrativa, agora sobre as informações prestadas por Dante Alighieri, logo após sua morte, ao seu filho Jacopo, informando que a obra Divina Comédia, já publicada, não estava completa. Dante informava onde havia guardado os 13 cantos finais da entrada do Céu.  Outro fato notável foi o ocorrido com o Cardeal Eugênio Pacelli, que enquanto orava percebeu chegar o Papa Pio X, que havia morrido, informando-o que brevemente seria o novo Papa.

Esses fatos, disse Divaldo, tem apenas um significado, mostrar que eles acontecem na História com todas as pessoas. Durante muito tempo não eram compreendidos. Eram tidos como milagres, como carismas ou outras significações variadas. Em todas as épocas da História, desde as mais antigas, os mortos se comunicaram com os vivos. Quando veio Jesus, Ele demonstrou que não se tratava de nenhum milagre, mas de um fenômeno perfeitamente natural. Sua chegada foi anunciada por seres espirituais.

Qual a finalidade dessa comunicabilidade com os Espíritos? Todos os seres humanos têm perguntas, dúvidas, alguns descreem, outros possuem formação materialista, lógica, dialética, adeptos do materialismo histórico, mecanicista, e se perguntam: Será que a vida termina com a morte? As religiões dizem que não. O Espiritismo prova que a vida continua, que os mortos voltam, comunicam-se com os encarnados e que se reencontram depois da morte do corpo físico. A vida física é o resultado do congelamento da energia e a vida espiritual é a desagregação da forma, voltando à energia, segundo a tese de Albert Einstein que dizia que energia é matéria desagregada e que energia se condensava em matéria.

A vida tem um sentido. Viktor Frankel, notável psiquiatra austríaco que sobreviveu ao campo de extermínio de Auschwitz, estabeleceu que a vida do ser humano tem um sentido psicológico e propôs a logoterapia, ou terapia dos sentidos. Stanislav Grof, psiquiatra, transferindo-se para os Estados Unidos da América, criou com um grupo de cientistas em psicologia e psiquiatria a psicologia transpessoal, cujas bases científicas são: imortalidade da alma, comunicabilidade da alma, reencarnação, transtornos psicológicos e transtornos obsessivos.

O amor enriquece a vida, dá ideais, ajuda a lutar e, sobretudo, torna o ser humano feliz. O amor é a alma da vida e feliz é aquele que ama, não importa o tipo de amor. O amor é como uma circunferência. Tem um epicentro e vários raios. Amor fraterno, filial, conjugal, de abnegação, etc. Sem amor, a vida não tem sentido. Os Espíritos nobres dizem que o sentido psicológico da vida é amar. O ser humano viaja na direção de Deus e como Deus é amor, já traz na sua intimidade. Graças à mediunidade sabe-se que a vida prossegue e que aqueles que se amam vivem juntos. Assim, Divaldo concluiu mais uma brilhante conferência, recebendo os aplausos vibrantes que lhe ofereceram em gratidão.

De imediato, foi oferecida a oportunidade de se formular perguntas. Essa prática ensejou a Divaldo a possibilidade de aprofundar algumas questões, adindo dados que enriqueceram o entendimento.

O Coordenador do recém-fundado Grupo de Estudos Allan Kardec de Praga/República Tcheca, Auzier Cosenza Junior, dirigiu-se ao público historiando a fundação do Grupo, cujos objetivos são os de estudar e divulgar a Doutrina Espírita. Agradeceu o apoio do Conselho Espírita Internacional e da Sociedade de Estudos Espíritas Allan Kardec, de Viena/Áustria e a presença participativa de cada um nesses momentos enriquecedores. Agradeceu a Divaldo e a Nilson Pereira pela forma carinhosa e amiga com que aceitaram o convite para desenvolverem esse trabalho. Informou que o método de estudo é participativo, interativo e que está aberto aos que desejarem conhecer, com mais propriedade, o Espiritismo. 

Transição Planetária foi o tema da conferência em Brno

Retornando pela 10ª vez à Brno/República Tcheca, Divaldo Franco foi recepcionado por Josef Jackulak, da Sociedade de Estudos Espíritas Allan Kardec, de Viena/Áustria, promotora desse evento. É uma frente de trabalho que Divaldo Franco, insistentemente vem implantando nesta cidade, visando consolar os corações e esclarecer as mentes daquelas criaturas que lá residem. Após as boas-vindas e agradecimentos, Josef Jackulak nominou os integrantes das delegações da Áustria, Suíça e Brasil. Agradeceu a participação dos Tchecos, que se sensibilizaram com o convite, destacando a presença de Nilson de Souza Pereira.

A conferência foi realizada no dia 2 de junho e o tema, Transição Planetária, apropriado e judiciosamente escolhido pelos organizadores, tendo em vista as diversas fases pelas quais passou, nos últimos tempos, a República Tcheca e seu povo. Disse que era um grande prazer poder conviver com as pessoas da República Tcheca. É natural que as pessoas indaguem por que um brasileiro está em Brno, com que finalidade realiza esta viagem com vários amigos. Explicou que é espírita brasileiro e que tem um grande carinho por esse país.

Disse que o codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, em encarnação anterior, no Século XV, fora Jan Hus, ou João Huss, como é mais conhecido, o grande missionário assassinado em Constança no ano de 1415, traído pelo seu Imperador Sigismundo e considerado um honrado orador sacro. Jan Hus é um marco histórico da humanidade. Suas ideias de liberdade e o seu amor à pátria Tcheca tornaram-no um extraordinário pensador que desejou libertar as consciências perdidas na ignorância medieval.

As estatísticas modernas realizadas na Europa afirmam que até o ano de 2020 o ateísmo tomará conta do continente e que a República Tcheca apresenta o maior número de materialistas da Europa. Apesar dos avanços científicos e tecnológicos, a sociedade vivencia grandes sofrimentos, disse Divaldo.

Allan Kardec quando apresentou o Espiritismo procurou demonstrar que a vida tem um sentido psicológico. As sensações não são suficientes. As sensações básicas de comer, dormir, fazer sexo reduz o ser humano a uma qualidade de quase animal, porém quando tem ideais psicológicos passa a experimentar emoções. A emoção da amizade, do afeto, da gratidão, por que não são sensações físicas, são emoções transpessoais. A proposta Espírita tem dupla finalidade – superar as paixões -, que levam a criatura ao egoísmo e, - desenvolver as emoções -, que levam ao altruísmo.

No tocante à transição planetária, Divaldo traçou um paralelo entre a cultura da idade média e da moderna. São dois mundos muito diferentes, especialmente do ponto de vista tecnológico, porém o homem não logrou evoluir moralmente. O homem vive na atualidade o momento do medo. Há, também, em contrapartida, milhares de organizações que estão trabalhando para a implantação do bem.

A Terra é um planeta muito jovem dentro da cosmologia, possui somente quatro bilhões de anos e a vida na Terra tem dois bilhões e duzentos milhões de anos. Do ponto de vista do cosmo a Terra vai ser destruída, tendo em vista que o Planeta vive período de transformações. É natural que tudo esteja mudando constantemente.

A vida na Terra depende do sol, além do oxigênio, do hidrogênio. Qualquer fenômeno que ocorra no sol afeta a vida na Terra. Os astrônomos notaram que no dia 05 de outubro de 2005 as manchas solares, ou erupções solares, foram tão grandes que eram maiores do que a Terra e que partículas caíram sobre o Planeta, partículas de fótons, de tal forma que deram lugar ao terrível fenômeno do furacão Katrina que destruiu várias cidades dos Estados Unidos da América. Logo depois do dia 20 de outubro, novos fenômenos solares modificaram a temperatura terrestre. Os tsunamis, desde o ano de 2002, no oceano índico, no Haiti, Chile e agora no Japão, mudaram o eixo da Terra, diminuindo a sua inclinação, levando-o para uma postura de verticalidade. Isto, naturalmente afeta o clima, o comportamento e a vida da criatura humana.

Além destes fenômenos naturais, há aqueles provocados pela poluição, de toda espécie, produzida pelo homem. Tudo isto tem um objetivo, contribuir para que a criatura humana mude de comportamento, para melhor, afirmou Divaldo. Destacou outra questão fundamental, a poluição mental, geradora de grandes desastres.

Divaldo salientou a mensagem de Jesus, - Deus tem o seu endereço no coração da criatura humana.  Nas palavras de Ernest Renan, filósofo francês, Jesus foi um homem tão notável que seu nascimento dividiu a História. A mensagem de Jesus, explicou Divaldo, é a do amor. Durante vários séculos o amor foi uma proposta religiosa. A partir de Freud, o amor tornou-se um fenômeno sexual.

Na atualidade, o amor é uma proposta terapêutica. Os melhores psicoterapeutas e psiquiatras do mundo afirmam que a pessoa que ama consegue imunizar-se contra várias doenças contagiosas. A pessoa que sorri e tem as emoções superiores também produz, na saliva, uma substância química chamada imunoglobulina, que ajuda na digestão e sustenta o sistema imunológico.

A grande filosofia de Jesus é o amor. Para os espíritas isso é fundamental, por que ensina ao ser humano aproximar-se do próximo. O Espiritismo completa a proposta de Jesus estabelecendo a solidariedade e o sentimento da caridade, disse Divaldo.

Divaldo, o Paulo de Tarso de nossos dias, informou que, além do trabalho grandioso executado na Mansão do Caminho, no Brasil, tem viajado entre 38 e 40 dias, todos os anos, à Europa. Nessa tarefa de divulgação, Divaldo visita 28 cidades de 14 países. Faz isso por amor e por acreditar em um mundo melhor. Criou instituições espíritas em 62 países, para que a caridade e o amor possam ser divulgados e para que a esperança não morra dentro do ser humano.

Neste momento em que a sociedade parece ter enlouquecido pelo prazer, contempla-se o fim de uma época e o amanhecer de outra. Quando o egoísmo ceder lugar ao altruísmo não haverá miséria. A proposta é muito simples, explicou Divaldo. Seja você aquele que faz algo, um pouco de bem, sendo mais amigo dos pais, dos filhos, dos parceiros, que a vida não transcorra na Terra apenas no egoísmo. Aplaudido com entusiasmo, Divaldo respondeu, ainda, algumas perguntas, aprofundando os dados apresentados durante a exposição.

Em Villach/Áustria Divaldo falou sobre a
transformação do planeta

A atividade desenvolvida no dia 3 de junho por Divaldo Franco em Villach/Áustria teve por título, Transformação do Planeta Terra e as Consequências para a Humanidade. O evento foi uma iniciativa de um grupo de amigos que se reúnem para estudar o Espiritismo. Não há, ainda, um grupo espírita formado, estruturado. Constitui esse núcleo de estudos, Beatriz Grundener, a líder; Dagmar Neffe; Wald Neffe; Ingrid Augsburger; e Sabine Kohl Weis. São lâmpadas celestes, irradiando luzes de esclarecimento e amparo.

Beatriz Grundener fez a abertura do evento, proferindo palavras de acolhimento. Josef Jackulak deu as boas-vindas nominando a presença de Nilson de Souza Pereira e aqueles provenientes do Rio Grande do Sul/Brasil, dos que vieram de outras cidades, inclusive de Mannheim/Alemanha, entre outros. Apresentou a intérprete, Edith Burkhard  e a Divaldo Franco.

Há vinte anos visitando a Áustria, Divaldo disse que a humanidade vive um momento muito grave no contexto da sociedade contemporânea. As grandes conquistas da ciência e da tecnologia não conseguiram resolver a grande problemática da criatura humana e o homem moderno apresenta as mesmas aflições de seus antepassados. Foi possível penetrar nas micropartículas e no macrocosmo, mas não foi possível penetrar no âmago dos sentimentos. Vive-se momento muito grave na história da cultura, nunca houve tanto conhecimento e tanta solidão.

Explicou que a criatura vive a solidão de apenas uma pessoa, a dois nos relacionamentos e a solidão no grupo social. Os estudiosos do comportamento afirmam que o homem moderno perdeu a confiança no homem moderno. O teólogo e psicólogo americano Rollo May afirmou, com tranquilidade, que o ser humano tem medo de amar. Normalmente o indivíduo quer ser amado e quando diz que ama, ele projeta os seus conflitos, desejando dominar o outro.  Quando o outro não consegue atender aos seus caprichos, o indivíduo diz que não é amado. Isso é o efeito natural dos dias que vive a humanidade.

Os psicólogos, continuou Divaldo, apontam ainda um terceiro problema. É a ansiedade. O indivíduo vive ansioso pelo que vai acontecer. Vive insatisfeito onde está, desejando estar onde não se encontra. Dizem os estudiosos do comportamento que esses três fatores psicossociais, o medo, a ansiedade e a solidão são responsáveis por um dos maiores problemas da atualidade, a depressão. E, ao lado da depressão, a síndrome do pânico.

A evolução tecnológica não correspondeu a evolução moral. Disse Divaldo que quando se refere a evolução moral não é dentro da questão religiosa, mas no sentido ético. Desapareceram os valores éticos da sociedade. A ganância do poder, o egoísmo, os interesses imediatistas, levam o ser contemporâneo aos piores crimes, à traição, às guerras, ao terrorismo.

Os que estudam a astronomia informam que a vida na Terra depende muito do sol. Ele é constituído de uma massa plástica sempre em ebulição e como consequência geram as manchas solares. São uma espécie de erupção no centro do sol e que ameaçam o clima da Terra. No dia 05 de outubro de 2005 houve uma dessas erupções, as labaredas eram maiores do que a dimensão da Terra. No dia 20 do mesmo mês aconteceu algo pior, a dimensão era a do planeta Júpiter. Isso foi responsável pelo grande tornado Katrina, que destruiu New Orleans e grande parte do sul dos Estados Unidos da América.

Divaldo lembrou que a ocorrência do maremoto que gerou o tsunami no oceano índico, em 26 de dezembro de 2004, mudou o eixo da Terra, tal era sua magnitude. Os terremotos no Haiti, no Chile e, recentemente no Japão deram sua contribuição para a mudança do eixo. No Japão a questão se tornou mais grave. Afetando a usina nuclear de Fukushima houve uma contaminação de consequências imprevisíveis.

O planeta Terra passa por uma transição, e sendo um planeta jovem, com suas placas em movimento constante, causam desastres, erupções vulcânicas, terremotos e maremotos, mudança de clima, agravados pela poluição provocada pelo ser humano. O impressionante, destacou Divaldo, é que a pior poluição não é abordada nos diversos periódicos. É a poluição mental. A mente é responsável por tudo o que acontece. Tudo começa no pensamento e, se o pensamento não é saudável as ocorrências são desastrosas.

Que fazer? Uma mudança de comportamento pessoal. Foi Jesus quem propôs essa mudança no sermão profético, registrado no Evangelho de Marcos.

É curioso notar, disse Divaldo, que isso foi dito há mais de dois mil anos. O Templo de Jerusalém era o mais notável daquela época e, nos anos 70, Tito, o filho do Imperador Vespasiano, destruiu totalmente a cidade de Jerusalém e não ficou uma pedra sobre outra pedra no Templo. Foi uma visão profética extraordinária, acrescentou Divaldo. Filhos entregando pais, pais entregando os filhos foi observado durante o período nazista. Auschwitz e outros campos de concentração são a provas das palavras de Jesus.

Jesus fez uma profecia mais grave, informou Divaldo. Aconteceriam terremotos e haveria uma escuridão tão grande na Terra que, quem estivesse no telhado não teria tempo de descer, quem estivesse em casa não teria tempo de sair. O que seria isto? Foram as bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki. Em um décimo de segundo morreram 180.000 pessoas. Isto feito pelo ser humano. O poder bélico atual, as chamadas armas inteligentes podem destruir o planeta cem vezes. Até onde irão a presunção e a vaidade do homem?

A humanidade e o planeta Terra passam por uma transição e há, na atualidade, uma união de muitos segmentos da sociedade em favor do planeta, preocupados em melhorar a vida, preservando a natureza. O nosso sistema solar gravita em torno de Alcione, uma estrela de 3ª grandeza que se encontra a 440 anos-luz distante da Terra. O sistema solar gira em torno de Alcione durante o período de 26.000 anos. A cada 12.000 anos o sistema solar aproxima-se dessa estrela grandiosa, circundada por uma imensa camada de fótons. Penetrando essa camada, aí se demora por um período de 2.000 anos.

Acreditam os estudiosos que a partir do ano de 1972 o sistema solar vem se adentrando neste envoltório de fótons, e a partir de 1978 a Terra começou a penetrar nessa camada de energia que produz certa luminosidade, resultado da excitação molecular que não tem calor, nem proporciona sombra. É muito curiosa esta informação, disse Divaldo. Todos sabem que o sistema gravita em torno de uma estrela mais poderosa, mas o detalhe de que entraria em uma camada de fótons é muito especial, ainda mais que esses fótons não têm calor e produzem uma energia benéfica, o que naturalmente irá beneficiar, não somente o sistema solar, mas também a Terra.

A vida na Terra tem um sentido psicológico. Todos acreditam que o objetivo da vida na Terra é a felicidade, mas a felicidade é muito relativa. O que é para uns, não é para outros. Qual é o sentido da vida? Viktor Frankel, psiquiatra austríaco, disse que a finalidade da vida é um sentido psicológico, a pessoa ter um ideal, lutar por ele, especialmente se for um ideal que promova a criatura humana. Viktor Frankel criou uma das mais belas propostas terapêuticas, a logoterapia.

Na atualidade a discípula de Viktor Frankel, a psiquiatra alemã Dra. Elisabeth Lukas, criando o decálogo da logoterapia, diz o seguinte: se você deseja ter saúde, saúde integral, pense na transcendência da vida, pense que um dia vai morrer, pense na realidade do ser transpessoal. Sugere também: seja otimista, cultive as ideias superiores. Nesse decálogo ela apresenta as melhores lições da vida.

Divaldo disse acreditar que o mundo vai ser melhor. Este é o século da arte, da beleza, e que todas as técnicas e ciências serão aplicadas para o bem, para o amor, para a promoção da criatura humana, é o que o Evangelho fala a respeito da nova Jerusalém. Alguns dos Espíritos habitantes na Constelação das Plêiades irão se reencarnar na Terra para criar um mundo melhor. Os grandes filósofos, os mártires, os heróis da fraternidade, da caridade, os grandes gênios da Renascença já estão reencarnando-se na Terra, construindo uma sociedade melhor.

Observando-se a nova geração infantil, compreende-se que é uma geração diferente e para melhor. As crianças já nascem com uma grande capacidade mental e moral, que em um passado recente não existia. Alguns psicólogos americanos e europeus chamam-nas de crianças índigo, e crianças cristal, por que são possuidores de uma capacidade acima da média comum.

Há uma nova geração. Uma geração para criar um mundo melhor. Este é um momento de transição. Quais são as consequência para a sociedade? Mudanças éticas, emocionais. As criaturas estão cansadas do prazer, da droga, do sexo, do álcool e do tabaco. Procuram dar um sentido novo para a vida, o sentido do amor. Quando o ser humano ama, é feliz. Até então, o amor que o homem desenvolveu é um tanto quanto egoísta. Está em marcha para desenvolver o amor altruísta.

A Terra está melhorando. Há mais amor na atualidade do que ódio, assim finalizou o grande orador brasileiro de Feira de Santana/Bahia. As perguntas que se sucederam, ensejaram momentos dilatados para reflexões e ponderações. Como agradecimento, o público retribuiu o magnífico trabalho realizado em Villach/Áustria com um vigoro aplauso, recebendo muitos cumprimentos.

Segundo Beatriz Grundener há algumas resistências às ideias espíritas, porém, através de diálogos esclarecedores, as pessoas com quem tem contatado, e ao saberem da proposta espírita, mostram-se interessadas em conhecer um pouco mais sobre a Doutrina Espírita. Assim, Beatriz e seu grupo de amigos estabelecem uma base de divulgação do Espiritismo em Villach/Áustria.


As fotos que ilustram esta reportagem são de autoria de Jorge Moehlecke.



 

 

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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita