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Estudando a série André Luiz
Ano 5 - N° 212 - 5 de Junho de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

Ação e Reação

André Luiz

(Parte 12)

Damos continuidade nesta edição ao estudo da obra Ação e Reação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. A avareza, a sovinice, o apego ao dinheiro podem atrair Espíritos que intensifiquem ainda mais esse apego?

Sim. Foi o que ocorreu com Luís, filho de Antônio Olímpio. Afinado aos sentimentos do pai e apegando-se aos lucros materiais exage­rados, sofria ele tremenda obsessão no próprio lar. Ele enamorara-se do ouro com extremada volúpia e submetia a esposa e os dois filhinhos às mais duras necessidades, receoso de perder seus haveres. Clarindo e Leonel, não satisfeitos em lhe seviciarem a mente, conduziam para a fazenda usurários e tiranos rurais desencarnados, para lhe agravarem a sovinice. (Ação e Reação, cap. 8, pp. 99 e 100.)

B. O sono é necessário no processo de restauração de Espíritos enfermos?

Evidentemente. Por isso é ele largamente usado pelos benfeitores espirituais. No caso Antônio Olímpio, graças à prece de Alzira, sua antiga esposa, viu-se que ele despertou, mas foi logo levado ao sono induzido. Silas explicou: "A oração trouxe-lhe imenso bem, mas não lhe convém o despertamento senão gradativo. O sono natural e reparador ainda é uma necessidade em sua restauração positiva". (Obra citada, cap. 8, pp. 103 e 104.) 

C. Há indivíduos que mesmo estando desencarnados continuam apegados ao dinheiro?

Sim. O caso de Luís, filho de Olímpio e Alzira, constitui exemplo disso. Em sua residência, atraídos por seus tios, desencarnados de horripilante aspecto iam e vinham, através dos corredores extensos, conversando, aloucados, como se estivessem falando para dentro de si próprios. E o ouro constituía o assunto fundamental de todos os solilóquios que se entrechocavam sem nexo. (Obra citada, cap. 8, pp. 105 e 106.)

Texto para leitura 

44. Obsessão pelo dinheiro - Após seis dias desde o encontro com o Ministro Sânzio, a irmã Alzira (ex-esposa de Antônio Olímpio) compa­receu à Mansão, em obediência ao programa que Druso lhe traçara. A no­bre mulher informou, então, que Luís, seu filho, que se afinava com os antigos sentimentos paternos, apegando-se aos lucros materiais exage­rados, sofria tremenda obsessão no próprio lar. Sob teimosa vigilância dos tios desencarnados, que lhe acalentavam a mesquinhez, detinha larga fortuna, sem aplicá-la em coisa alguma. Ele enamorara-se do ouro com extremada volúpia e submetia a esposa e os dois filhinhos às mais duras necessidades, receoso de perder seus haveres. Clarindo e Leonel, não satisfeitos em lhe seviciarem a mente, conduziam para a fazenda usurários e tiranos rurais desencarnados, cujos pensamentos ainda se enrodilhavam na riqueza terrestre, para lhe agravarem a sovinice. Luís respirava, assim, num mundo de imagens estranhas, em que o dinheiro era tema constante, e acreditava no poder do cofre recheado para solu­cionar quaisquer dificuldades da vida. Adquirira, em face disso, doen­tio temor de todas as situações em que pudessem surgir despesas ines­peradas e relaxara a própria apresentação pessoal, obcecado pela sovi­nice e pelo pesadelo do ouro que lhe consumia a existência. (Capítulo 8, pp. 99 e 100) 

45. O reencontro com Antônio Olímpio - Alzira informou que o afo­gamento dos cunhados se verificara em seus tempos de recém-casada, quando Luís mal ensaiava os primeiros passos, e que, após seis anos sobre a dolorosa ocorrência, ela também encontrara a desencarnação no mesmo lago. Antônio Olímpio lhe sobrevivera, na esfera carnal, quase três lustros e, por vinte anos, precisamente, padecera nas trevas, pe­ríodo em que suas vítimas se transformaram em carcereiros ferozes do delinquente, impossibilitando, de parte dela, qualquer aproximação. O filho já se encontrava, assim, em plena madureza, havendo atravessado os quarenta anos de experiência física. Silas, incumbido por Druso de ajudar as tarefas de socorro ao filho e aos irmãos de Antônio Olímpio, permitiu que Alzira mantivesse ligeiro encontro com o antigo esposo, antes da partida para a Crosta. O encontro dos ex-cônjuges deu-se em circunstâncias comoventes. O semblante de Alzira acusava visível alte­ração e as lágrimas borbulhavam-lhe, incoercíveis, dos olhos, contur­bados então por imensa dor. Alzira afagou a cabeça de Olímpio e cha­mou-o pelo nome várias vezes. Ele abriu os olhos, mas pronunciou mo­nossílabos desconexos. Percebendo-lhe a ruína mental, ela pediu a Si­las permissão para orar, junto dele. Ante a aquiescência do Assis­tente, ajoelhou-se à cabeceira do enfermo, conchegou-lhe o busto de encontro ao colo, à maneira de abnegada mãe procurando conservar entre os braços um filhinho doente, e, levantando os olhos lacrimosos para o Alto, orou, humilde, a Maria de Nazaré, a quem rogou lançasse seu ca­ridoso olhar sobre ela e seu companheiro, jungidos ambos às consequên­cias do duplo homicídio. (Capítulo 8, pp. 100 a 102) 

46. A prece e seus efeitos - Em sua prece, Alzira pediu que a Me­diadora Celeste os ajudasse a voltar, juntos, à carne em que haviam delinquido, para poderem expiar os seus erros. "Concede-me a graça de segui-lo, como servidora contente e agradecida, religada a quem devo tanta felicidade!... Reúne-nos novamente no mundo e auxilia-nos a de­volver com lealdade e valor aquilo que roubamos", rogou Alzira. "Não permitas, Anjo Divino, que venhamos a sonhar com o Céu, antes de res­gatar nossas contas na Terra, e ajuda-nos a aceitar, dignamente, a dor que reedifica e salva!..." A suplicante, enquanto falava, coroara-se de safirino esplendor. A doce claridade que se irradiava do seu cora­ção inundara todo o aposento e, assim que sua voz emudeceu, embargada e ofegante, excelso jorro de prateada luz desceu do Alto, atingindo a todos, especialmente o enfermo, que desferiu longo gemido de dor huma­nizada e consciente. A prece de Alzira lograra um êxito que as ope­rações magnéticas de Druso não haviam conseguido alcançar. Antônio Olímpio descerrou desmesuradamente as pálpebras e mostrou no olhar a lucidez dos que despertam de longo e torturado sono... Agitou-se, sen­tindo na face as lágrimas da esposa que o beijava, e bradou, tomado de selvagem contentamento: "Alzira! Alzira!..." Ela conchegou-o, de en­contro ao peito, com mais ternura, como quem quisesse pacificar-lhe o espírito atormentado, mas, a um sinal de Silas, dois enfermeiros aproximaram-se, restituindo-o ao sono. Todos encontravam-se, ali, en­volvidos por profunda comoção, e até o Assistente tinha lágrimas nos olhos... Contemplando Alzira, agora de pé, acariciando os cabelos do infeliz, André teve a impressão de que um anjo do Céu visitava ali um penitente do inferno. Silas ofereceu, então, o braço à abnegada irmã e explicou, prestimoso: "A oração trouxe-lhe imenso bem, mas não lhe convém o despertamento senão gradativo. O sono natural e reparador ainda é uma necessidade em sua restauração positiva". Alzira afastou-se mais tranquila, apesar da flagelação moral do reencontro, e pouco depois partiram os quatro –  ela, Silas, Hilário e André –  para as terras de Luís, antigo lar de Alzira. (Capítulo 8, pp. 103 e 104) 

47. De volta ao antigo lar terrestre - A sólida construção estava em franca decadência. Porteiras desconjuntadas, tapumes derruídos e as varandas imundas falavam, sem palavras, da desídia dos moradores. En­tidades estranhas, embuçadas em largos véus de sombra, transitavam por ali, absortas, como se ignorassem a presença umas das outras. Alzira informou que eram onzenários desencarnados, levados até ali por Leonel e Clarindo, de modo a fortalecerem a usura no espírito de seu filho. Será que tais Espíritos os enxergavam?  A pergunta, feita por Hilário, foi respondida por Silas: "Não. Com certeza nos identificam a chegada, entretanto, pelo que deduzo, encontram-se demasiadamente fixados nas ideias em que se mancomunam. Não se preocupam com a nossa presença, desde que lhes não penetremos a faixa mental, comungando-lhes os inte­resses". O grupo penetrou no interior da casa de Luís, onde o movi­mento era de pasmar. Desencarnados de horripilante aspecto iam e vi­nham, através dos corredores extensos, conversando, aloucados, como se estivessem falando para dentro de si próprios. O ouro constituía o as­sunto fundamental de todos os solilóquios que se entrechocavam sem nexo. De repente, Silas ausentou-se e, decorridos alguns minutos, vol­tou ao recinto. Conduziu então Alzira para o aposento em que Adélia, a dona da casa, repousava junto dos filhinhos, explicando que não era conveniente que Alzira se encontrasse logo com os cunhados transforma­dos em verdugos. Hilário, embora a contragosto, ali ficou, para a pro­teção da companheira. A sós com André, Silas explicou-lhe que, para efetuar o socorro com o proveito desejável, era preciso saber ouvir e que, em razão disso, procurasse não lhe estorvar as atividades, mesmo que estranhasse as atitudes que ele viesse a assumir. André compreen­deu perfeitamente o recado de Silas. (Capítulo 8, pp. 105 e 106) (Continua no próximo número.)



 


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