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Correio Mediúnico
Ano 5 - N° 212 - 5 de Junho de 2011
 

 

Um antigo lidador  

Ernesto Senra 


Imaginai pequena bandeja de papel sobre um ímã. As partículas de ferro organizar-se-ão, segundo as linhas de força do campo magnético por ele estabelecido.

Mentalizemos as radiações gravitantes que arremes­samos de nós, em torno do próprio veículo que nos exterioriza. Os órgãos vivos que o constituem reproduzir-lhes-ão o impulso e a natureza, inclinando-nos ao equi­líbrio ou ao desequilíbrio, à saúde ou à enfermidade.

Nossa mente pode ser comparada a vigorosa usina eletromagnética de emissão e recepção e o nosso cor­po espiritual, seja no círculo da carne ou em nosso pre­sente estágio evolutivo fora dela, é um condensador em que os centros de força desempenham a função de bate­rias e em que os nervos servem por fios condutores, transmitindo-nos as emanações mentais e absorvendo-as, em primeira mão, de conformidade com a lei de corres­pondência ou de fluxo e refluxo.

No exame de quaisquer perturbações, é indispensá­vel o serviço de autoanálise para conhecer a onda vi­bratória em que nos situamos e a fim de ponderar quan­to aos elementos que estamos atraindo.

Isso é de fundamental importância no estudo de nossas impressões orgânicas, porque, provocando os eflú­vios mórbidos das entidades enfermas que se nos asso­ciam ao mundo psíquico, já estamos consumindo esses mesmos eflúvios, originariamente produzidos por nosso próprio pensamento, colocando-nos em ligação indesejá­vel com os habitantes da sombra.

Através de nossas radiações, favorecemos a eclosão ou o desenvolvimento de moléstias aflitivas, como sejam a neurastenia e a debilidade, a epilepsia e a loucura, a paralisia e a angina, a tuberculose e o câncer, sem nos reportarmos às doenças menores, catalogadas nos qua­dros da sintomatologia comum.

Referimo-nos, porém, ao assunto, não para pesquisar os raios da treva, de cuja intimidade precisamos dis­tância. Tangemos a questão, destacando o impositivo de trabalho para os nossos setores doutrinários, no campo do Espiritismo, de modo a cunharmos novos padrões para nossas atitudes e atividades, criando um estado de cons­ciência individual e coletiva, em que preponderem a saúde e a harmonia, a compreensão e a tolerância, a bondade e o otimismo, o altruísmo e a fortaleza moral.

A cada passo, somos defrontados por grupos de nossa Doutrina que mais se assemelham a muros de la­mentação, repletos de petitórios e necessidades, quando possuímos em nosso movimento toda uma fonte de bên­çãos renovadoras e dons divinos, à feição de ricos potenciais, mobilizáveis na concretização de nosso idealis­mo com Jesus.

Compete-nos, dessa forma, acionar as energias ao nosso alcance para que a nossa tarefa não se converta em graciosa colheita de conforto particularista, mas sim numa campanha viva e ativa de valores educacio­nais, porquanto o Espiritismo envolve em si mesmo o mais vasto empreendimento de espiritualização até agora surgido no mundo.

Valioso é o nosso patrimônio doutrinário. Mas, se o tesouro permanece aferrolhado no cofre das teorias ino­perantes, em verdade perderemos no século oportunidade das mais preciosas, expressa no ensejo de nossa própria edificação ao sol do Cristianismo redivivo.

Em nossa posição de associados de luta, encontra­mos também doutrinadores sempre ágeis na ministração do ensinamento, com imensa dificuldade de assimilá-lo a si mesmos; companheiros que exaltam a paciência, con­servando o coração à maneira dum poço de irascibilidade e de orgulho; irmãs que se reportam à humildade, trans­formando o lar que o Senhor lhes confia em trincheira de guerra contra os próprios familiares, e amigos que glorificam a lição do Mestre, salientando o impositivo da bondade e do perdão, com absoluta incapacidade de suportar os irmãos da retaguarda.

Cabe-nos, assim, modelar recursos e iniciativas que aperfeiçoem não apenas os nossos corações, mas também nossas casas de trabalho, a se fundamentarem nas nossas próprias almas. Para esse fim, é indispensável a coragem de aceitar os princípios, incorporando-os à nossa existência.

Os velhos homens do mar abandonaram a vela que lhes dificultava a navegação; entretanto, para atingir esse resultado, investigaram o vapor e dispuseram-se a receber-lhe os benefícios. As antigas cidades aboliram o serviço deficiente do gás, contudo, para isso, estudaram a eletricidade e ado­taram a lâmpada.

Reclamamos um Espiritismo, não somente sentido, crido e ensinado, mas substancialmente vivido, porque amanhã seremos congregados pela Vida Eterna e o tra­balho na Vida Eterna brilhará nas mãos daqueles servi­dores que, desde agora, procurem realizar a sua própria renovação para o bem.

Amigos, cremos não estar usando a palavra de ma­neira ociosa. Desejamos fazer em vossa companhia essa mesma cruzada em que empenhais o coração, de vez que nós outros, os vossos companheiros desencarnados, também somos caminheiros da libertação, decididos a estabele­cer novos rumos em nós mesmos, a fim de que a nossa fé seja tanto aí, quanto aqui, trabalho vivo e santificante.

 

Mensagem transmitida na reunião de 21 de outubro de 1954, por intermédio do médium Francisco Cândido Xavier, constante do cap. 33 do livro Instruções Psicofônicas. Ernesto Senra foi um dos fundadores do Centro Espírita Amor e Luz, a primeira organização doutrinária de Pedro Leopoldo, instalada em 5 de fevereiro de 1903.


 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita