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Estudando a série André Luiz
Ano 5 - N° 211 - 29 de Maio de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

Ação e Reação

André Luiz

(Parte 11)

Damos continuidade nesta edição ao estudo da obra Ação e Reação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. O chamado determinismo aplica-se aos seres humanos?

Até certo ponto, sim. Segundo o Ministro Sânzio, nas esferas primá­rias da evolução, o determinismo pode ser considerado irresistí­vel. É o mineral obedecendo a leis invariáveis de coesão e o vegetal respon­dendo, fiel, aos princípios organogênicos. Mas, na consciência humana, a razão e a vontade, o conhecimento e o discernimento entram em função nas forças do destino, conferindo ao Espírito as responsabi­lidades na­turais que deve possuir sobre si mesmo. Em face disso, embora nos reconhe­çamos subordinados aos efeitos de nossas próprias ações, não podemos ignorar que o comportamento de cada um de nós, dentro desse determi­nismo relativo, decorrente de nossa própria conduta, pode significar liberação abreviada ou cativeiro maior, agravo ou melhoria em nossa condição de almas endividadas perante a Lei. (Ação e Reação, cap. 7, pp. 92 e 93.)

B. Pode alguém, por algum meio, escapar à justiça divina?

Não. "Da justiça – diz Sânzio – nin­guém fugirá, mesmo porque a nossa consciência, em acordando para a santi­dade da vida, aspira a resgatar dignamente todos os débitos de que se onerou perante a Bondade de Deus; entretanto, o Amor Infinito do Pai Celeste brilha em todos os processos de reajuste.” Em vista disso, se claudicamos nessa ou naquela experiência indispensável à conquista da luz, é necessário nos adaptemos à justa recapitulação das experiências frustradas, utilizando os patri­mônios do tempo. (Obra citada, cap. 7, pp. 92 e 93.)

C. Quando um Espírito tem acesso à lembrança do seu passado?

De forma resumida, Sânzio diz que à medida que nos demoramos na organização perispirítica, no fiel cumprimento de nossas obrigações para com a Lei, mais se nos dilata o poder mnemônico. Avançando em lucidez, abarcamos mais amplos domínios da memória. Assim é que, depois de largos anos em serviço nas zonas espirituais da Terra, entramos espontaneamente na faixa de re­cordações menos felizes, identificando novas extensões de nosso carma. Embora sejamos reconhecidos à benevo­lência dos Instrutores e Amigos que nos perdoam o passado menos digno, jamais condescendemos com nossas próprias fraquezas e, por isso, vemo-nos impelidos a solicitar das autoridades superiores novas reen­carnações difíceis e proveitosas, que nos reeduquem ou nos aproximem da redenção necessária. (Obra citada, cap. 7, pp. 95 a 97.) 

Texto para leitura 

41. Da justiça divina ninguém foge - A alma humana dispõe, assim, até certo ponto, de faculdades que lhe permitem influir na genética, modificando-lhe a estrutura, porque a consciência responsável herda sempre de si mesma, ajustada às consciências que lhe são afins. "Nossa mente guarda consigo, em germe, os acontecimentos agradáveis ou desa­gradáveis que a surpreenderão amanhã, assim como a pevide minúscula encerra potencialmente a planta produtiva em que se transformará no futuro", disse Sânzio. Hilário ficou intrigado, porque tais palavras feriam a complexa questão do determinismo. Ora, se trazemos hoje no campo mental tudo aquilo que nos sucederá amanhã, isso consagraria o determinismo absoluto. O Ministro elucidou: "Sim, nas esferas primá­rias da evolução, o determinismo pode ser considerado irresistí­vel. É o mineral obedecendo a leis invariáveis de coesão e o vegetal respon­dendo, fiel, aos princípios organogênicos, mas, na consciência humana, a razão e a vontade, o conhecimento e o discernimento entram em função nas forças do destino, conferindo ao Espírito as responsabi­lidades na­turais que deve possuir sobre si mesmo. Por isso, embora nos reconhe­çamos subordinados aos efeitos de nossas próprias ações, não podemos ignorar que o comportamento de cada um de nós, dentro desse determi­nismo relativo, decorrente de nossa própria conduta, pode sig­nificar liberação abreviada ou cativeiro maior, agravo ou melhoria em nossa condição de almas endividadas perante a Lei". A explicação de Sânzio tocava, pois, na questão do livre arbítrio. Gozaria então o in­divíduo desse direito mesmo nas piores posições expiatórias? "Como não? –  fa­lou o Ministro –  imaginemos um delinquente monstruoso, se­gregado na penitenciária. Acusado de vários crimes, permanece privado de toda e qualquer liberdade na enxovia comum. Ainda assim, na hipó­tese de apro­veitar o tempo no cárcere, para servir espontaneamente à ordem e ao bem-estar das autoridades e dos companheiros, acatando com humildade e respeito as disposições da lei que o corrige, atitude essa que resulta de seu livre arbítrio para ajudar ou desajudar a si mesmo, a breve tempo esse prisioneiro começa por atrair a simpatia daqueles que o cercam, avançando com segurança para a recuperação de si mesmo." Dis­poríamos então –  indagou André –  de algum meio para escapar à jus­tiça indefectível? O Ministro sorriu e respondeu: "Da justiça nin­guém fugirá, mesmo porque a nossa consciência, em acordando para a santi­dade da vida, aspira a resgatar dignamente todos os débitos de que se onerou perante a Bondade de Deus; entretanto, o Amor Infinito do Pai Celeste brilha em todos os processos de reajuste. Assim é que, se claudicamos nessa ou naquela experiência indispensável à conquista da luz que o Supremo Senhor nos reserva, é necessário nos adaptemos à justa recapitulação das experiências frustradas, utilizando os patri­mônios do tempo".  (Capítulo 7, pp. 92 e 93)

42. Como nascem e se nutrem as tentações - Para ilustrar o que dizia, Sânzio valeu-se do seguinte exemplo: "Figuremos um homem aco­vardado diante da luta, perpetrando o suicídio aos quarenta anos de idade no corpo fí­sico. Esse homem penetra no mundo espiritual sofrendo as consequências imediatas do gesto infeliz, gastando tempo mais ou menos longo, se­gundo as atenuantes e agravantes de sua deserção, para recompor as cé­lulas do veículo perispirítico, e, logo que oportuno, quando torna a merecer o prêmio de um corpo carnal na Esfera Humana, dentre as provas que repetirá, naturalmente se inclui a extrema tenta­ção ao suicídio na idade precisa em que abandonou a posição de tra­balho que lhe cabia, porque as imagens destrutivas, que arquivou em sua mente, se desdobra­rão, diante dele, através do fenômeno a que po­demos chamar `circunstâncias reflexas', dando azo a recônditos dese­quilíbrios emo­cionais que o situarão, logicamente, em contacto com as forças dese­quilibradas que se lhe ajustam ao temporário modo de ser". "Se esse homem não houver amealhado recursos educativos e renovadores em si mesmo, pela prática da fraternidade e do estudo, de modo a supe­rar a crise inevitável, muito dificilmente escapará ao suicídio, de novo, porque as tentações, não obstante reforçadas por fora de nós, começam em nós e alimentam-se de nós mesmos." Como pode então a cria­tura habi­litar-se para resgatar o preço da sua libertação? A esta per­gunta de André, o Ministro respondeu: "Como qualquer devedor que, de fato, se empenhe na solução dos seus compromissos. Decerto que o ho­mem, suma­mente endividado, precisa aceitar restrições no seu conforto para sa­nar seus débitos com a suas próprias economias. Em razão disso, não pode viver à farta, mas sim com abstinência e suor, de modo a li­berar-se tão depressa quanto possível". A restauração, quando a alma se en­contra encarnada, deve começar nos melhores tempos da jornada fí­sica... Nesse sentido, disse Sânzio, "a meninice e a juventude são as épocas mais adequadas à construção da fortaleza moral com que a alma encarnada deve tecer gradativamente a coroa da vitória que lhe cabe atingir". Todo minuto da vida é importante para renovar e redimir, aprimorar e frutificar. A tempestade, como símbolo da crise, surgirá para todos, em determinado momento, mas quem puder dispor de abrigo certo superar-lhe-á os perigos com desassombro e valor. (Capítulo 7, pp. 93 a 95)

43. Como recordar o passado - Hilário perguntou, na sequên­cia, se as ações deploráveis do Espírito são resgatadas apenas na carne. Sân­zio esclareceu que as infrações à Lei Divina são corrigidas em qual­quer parte. Há, pois, expiações no Céu e na Terra, mas é pre­ciso lem­brar que o esforço de autorreajustamento na vida espiritual, antes da reencarnação, ameniza a posição do devedor, na maioria dos casos, ga­rantindo-lhe uma infância e uma juventude repletas de espe­rança e tranquilidade, para as recapitulações a se efetuarem na madu­reza, res­salvados naturalmente os problemas de dura e imediata expia­ção, nos quais a alma é compelida a tolerar rijos padecimentos, muitas vezes desde o ventre materno. É como ocorre nas humilhações e dores da ve­lhice ou da longa enfermidade, antes do túmulo, as quais suavizam a ficha dos Espíritos devedores, permitindo-lhes abençoada trégua nos primeiros tempos de vida espiritual logo após a desencarnação. O tempo disponível do Ministro se escoava, mas André lhe fez, ainda, uma úl­tima pergunta, concernente à lembrança de nossas vidas e erros passa­dos, visto que ele mesmo, sentindo ter na retaguarda imensos débitos, não se lembrava deles... O Instrutor esclareceu que à medida que nos demoramos na organização perispirítica, no fiel cumprimento de nossas obrigações para com a Lei, mais se nos dilata o poder mnemônico. "Avançando em lucidez –  asseverou Sânzio – , abarcamos mais amplos domínios da memória. Assim é que, depois de largos anos em serviço nas zonas espirituais da Terra, entramos espontaneamente na faixa de re­cordações menos felizes, identificando novas extensões de nosso `carma' ou de nossa `conta' e, embora sejamos reconhecidos à benevo­lência dos Instrutores e Amigos que nos perdoam o passado menos digno, jamais condescendemos com as nossas próprias fraquezas e, por isso, vemo-nos impelidos a solicitar das autoridades superiores novas reen­carnações difíceis e proveitosas, que nos reeduquem ou nos aproximem da redenção necessária." (Capítulo 7, pp. 95 a 97)  (Continua no próximo número.)



 


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