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Estudando a série André Luiz
Ano 5 - N° 210 - 22 de Maio de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

Ação e Reação

André Luiz

(Parte 10)

Damos continuidade nesta edição ao estudo da obra Ação e Reação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Que significa a palavra “carma”?

Expressão vulgarizada entre os hindus, carma, que em sânscrito quer dizer ação, compreende causa e efeito, uma vez que toda ação ou movimento deriva de causa ou impulsos anteriores. Para nós, expressa a conta de cada um, englobando os créditos e os débitos que, em particular, nos digam res­peito. Por isso mesmo, há conta dessa natureza, não apenas catalogando e definindo individualidades, mas também povos e raças, estados e ins­tituições. (Ação e Reação, cap. 7, pp. 86 e 87.)

B. É certo dizer que nós somos simples usufrutuários dos bens que possuímos?

Sim. Todos os valores da vida, desde as mais remotas constelações à mais ínfima partícula subatômica, pertencem a Deus. Patrimônios materiais e riquezas da inteligência, processos e veículos de manifestação, tempo e forma, afeições e rótulos honoríficos de qualquer procedência são de proprie­dade do Todo-Misericordioso, que no-los concede a título precário, a fim de que venhamos a utilizá-los no aprimoramento de nós mesmos, marchando nas largas linhas da experiência, de modo a entrarmos na posse definitiva dos valores eternos, sintetizados no Amor e na Sabedoria com que, em futuro remoto, Lhe retrataremos a Glória Soberana. (Obra citada, cap. 7, pp. 87 a 89.)

C. Como definir o “bem” e o “mal”?

Eis o que o Ministro Sânzio disse a respeito: "O bem, meu amigo, é o progresso e a felicidade, a segurança e a justiça para todos os nossos semelhantes e para todas as criaturas de nossa estrada, aos quais devemos empenhar as conveniên­cias de nosso exclusivismo, mas sem qualquer constrangimento por parte de ordenações puramente humanas, que nos colocariam em falsa posição no serviço, por atuarem de fora para dentro, gerando, muitas vezes, em nosso cosmo interior, para nosso prejuízo, a indisciplina e a re­volta". "O bem será, desse modo – completou o Ministro –, nossa de­cidida cooperação com a Lei, a favor de todos, ainda mesmo que isso nos custe a renunciação mais completa, visto não ignorarmos que, auxi­liando a Lei do Senhor e agindo de conformidade com ela, seremos por ela ajudados e sustentados no campo dos valores imperecíveis. E o mal será sempre representado por aquela triste vocação do bem unicamente para nós mesmos, a expressar-se no egoísmo e na vaidade, na insensatez e no orgulho que nos assinalam a permanência nas linhas inferiores do espírito." (Obra citada, cap. 7, pp. 89 a 92.)

Texto para leitura

38. O que significa o "carma" - André estava encantado com o Mi­nistro. De todos os numerosos Instrutores com quem convivera, até en­tão, nenhum lhe trouxera ao espírito aquele amálgama de enlevo e ca­rinho, admiração e respeito que lhe assomava ao sentimento. Enquanto Sânzio falava, cintilações roxo-prateadas nimbavam-lhe a cabeça, mas não era a sua dignidade exterior que o fascinava. Era o caricioso mag­netismo que ele sabia exteriorizar. Não podendo governar a comoção, lágrimas ardentes rolaram, então, pela face de André, que perguntava sem palavras: "De onde vinha, Senhor, aquele vulto tão ilustre, mas, apesar disso, tão simples d’alma? onde conhecera eu aqueles olhos belos e límpidos? em que lugar lhe recebera, um dia, o orvalho de amor di­vino, assim como o verme na caverna sente a bênção do calor do Sol?" O Ministro percebeu a emotividade de André, que lhe pediu dissesse algo acerca do "carma". Sânzio respondeu: "Sim, o `carma', expressão vulga­rizada entre os hindus, que em sânscrito quer dizer ação, a rigor, designa causa e efeito, uma vez que toda ação ou movimento deriva de causa ou impulsos anteriores. Para nós expressará a conta de cada um, englobando os créditos e os débitos que, em particular, nos digam res­peito. Por isso mesmo, há conta dessa natureza, não apenas catalogando e definindo individualidades, mas também povos e raças, estados e ins­tituições". O Ministro fez uma pausa e continuou: "Para melhor enten­der o `carma' ou ‘conta do destino criada por nós mesmos', convém lem­brar que o Governo da Vida possui igualmente o seu sistema de contabi­lidade, a se lhe expressar no mecanismo de justiça inalienável. Se no círculo das atividades terrenas qualquer organização precisa estabele­cer um regime de contas para basear as tarefas que lhe falem à respon­sabilidade, a Casa de Deus, que é todo o Universo, não viveria igual­mente sem ordem". Na sequência, Sânzio informou que a Administração Divina dispõe de sábios departamentos para relacionar, conservar, co­mandar e engrandecer a Vida Cósmica, tudo pautando dentro do mais am­plo amor e da mais criteriosa justiça.  (Capítulo 7, pp. 86 e 87)

39. Somos simples usufrutuários dos bens de que dispomos - O Mi­nistro informou que, assim como nas regiões celestes de cada orbe ful­guram os gênios angélicos, encarregados do rendimento e da beleza, do aprimoramento e da ascensão da Obra Excelsa, com ministérios apropria­dos à concessão de empréstimos e moratórias, créditos especiais e re­cursos extraordinários a todos os Espíritos que os mereçam, nas re­giões atormentadas, como aquela em que se encontravam, havia poderes competentes para promover a cobrança e a fiscalização, o reajustamento e a recuperação de quantos se fazem devedores complicados ante a Di­vina Justiça. "As religiões na Terra, por esse motivo –  disse o Mi­nistro – , procederam acertadamente, localizando o Céu nas esferas su­periores e situando o Inferno nas zonas inferiores, porquanto, nas primeiras, encontramos a crescente glorificação do Universo e, nas se­gundas, a purgação e a regeneração indispensáveis à vida, para que a vida se acrisole e se eleve ao fulgor dos cimos." Depois, após afirmar que todos os valores da vida, desde as mais remotas constelações à mais ínfima partícula subatômica, pertencem a Deus, Sânzio lembrou que "somos simples usufrutuários da Natureza que consubstancia os tesouros do Senhor, com responsabilidade em todos os nossos atos, desde que já possuamos algum discernimento". "Patrimônios materiais e riquezas da inteligência, processos e veículos de manifestação, tempo e forma, afeições e rótulos honoríficos de qualquer procedência são de proprie­dade do Todo-Misericordioso, que no-los concede a título precário, a fim de que venhamos a utilizá-los no aprimoramento de nós mesmos, mar­chando nas largas linhas da experiência, de modo a entrarmos na posse definitiva dos valores eternos, sintetizados no Amor e na Sabedoria com que, em futuro remoto, Lhe retrataremos a Glória Soberana." Ao ou­vir tais palavras, André lembrou-se de como o homem conceitua errada­mente a vida na Terra, ávido de posses, terras, casas, títulos e favo­res... O Ministro, registrando-lhe os pensamentos, comentou: "Realmente, no mundo, o homem inteligente deve estar farto de saber que todo conceito de propriedade exclusiva não passa de simples supo­sição. Por empréstimo, sim, todos os valores da existência lhe são ad­judicados pela Providência Divina, por determinado tempo, uma vez que a morte funciona como juiz inexorável, transferindo os bens de certas mãos para outras e marcando com inequívoca exatidão o proveito que cada Espírito extrai das vantagens e concessões que lhe foram entre­gues pelos Agentes da Infinita Bondade". (Capítulo 7, pp. 87 a 89)

40. Diferenças entre o bem e o mal - Sânzio esclareceu, ainda, que no uso ou no abuso das reservas da vida, que representam a eterna Pro­priedade de Deus, cada alma cria na própria consciência os créditos e os débitos que lhe atrairão inelutavelmente as alegrias e as dores, as facilidades e os obstáculos do caminho. "Quanto mais amplitude em nos­sos conhecimentos, mais responsabilidade em nossas ações", asseverou o Ministro. Nesse ponto da conversação, Hilário perguntou ao Instrutor amigo o que devemos entender como sendo o "bem" e o "mal". Sânzio foi direto ao assunto: "O bem, meu amigo, é o progresso e a felicidade, a segurança e a justiça para todos os nossos semelhantes e para todas as criaturas de nossa estrada, aos quais devemos empenhar as conveniên­cias de nosso exclusivismo, mas sem qualquer constrangimento por parte de ordenações puramente humanas, que nos colocariam em falsa posição no serviço, por atuarem de fora para dentro, gerando, muitas vezes, em nosso cosmo interior, para nosso prejuízo, a indisciplina e a re­volta". "O bem será, desse modo – completou o Ministro –, nossa de­cidida cooperação com a Lei, a favor de todos, ainda mesmo que isso nos custe a renunciação mais completa, visto não ignorarmos que, auxi­liando a Lei do Senhor e agindo de conformidade com ela, seremos por ela ajudados e sustentados no campo dos valores imperecíveis. E o mal será sempre representado por aquela triste vocação do bem unicamente para nós mesmos, a expressar-se no egoísmo e na vaidade, na insensatez e no orgulho que nos assinalam a permanência nas linhas inferiores do espírito." Após ligeira pausa, o Instrutor observou que possuímos em Jesus o paradigma do Eterno Bem sobre a Terra. "Tendo dado tudo de si, em benefício dos outros – lembrou Sânzio –, não hesitou em aceitar o supremo sacrifício no auxílio a todos, para que o bem de todos preva­lecesse, ainda mesmo que a ele, em particular, se reservassem a incom­preensão e o sofrimento, a flagelação e a morte." Na sequência, o Ben­feitor atendeu a uma dúvida de André, relativamente aos sinais cármi­cos que trazemos em nós. Ele comparou então a esfera humana ao reino vegetal. Ora, assim como cada planta produz na época própria, segundo a sua espécie, cada alma estabelece para si mesma as circunstâncias felizes ou infelizes em que se encontra, conforme as ações que prati­que, através de seus sentimentos, ideias e decisões na peregrinação evolutiva. "A planta, de começo, jaz encerrada no embrião, e o des­tino, ao princípio de cada nova existência, está guardado na mente", asseverou o Ministro. Ao contrário da planta, porém, que é uma crisá­lida de consciência, que dorme largos milênios, rigidamente presa aos princípios da genética vulgar que lhe impõe os caracteres dos antepas­sados, a alma humana é uma consciên­cia formada que retrata em si as leis que governam a vida. (Capítulo 7, pp. 89 a 92)  (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita