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Correio Mediúnico
Ano 5 - N° 210 - 22 de Maio de 2011
 

 

Insensatez 

Joana de Gusmão 


Ah! Se eu pudesse voltar ao mundo – gemia a alma frágil e doente, sob imenso nevoeiro no vale das sombras -, como seria diversa a vida para min!... Decerto, não me lembraria com precisão das algemas que me aferram no abismo, porque a Divina Compaixão teria apagado temporariamente as nódoas de vinagre e fel que me dilaceram a memória. Entretanto, jamais olvidaria a piedade e o reconhecimento que devo cultivar diante da Natureza, esse sagrado altar de Deus...

Oh! Senhor, caminharia, então, ao encontro dos irmãos aflitos e sofredores, oferecendo-me em holocausto ao amor. Buscaria a Humanidade por minha grande família, sentindo nos companheiros ignorantes os mais necessitados de meu concurso; receberia os dissabores por bênçãos, valendo-me deles para estender o raio de minha experiência na aquisição da verdadeira sabedoria; aproveitaria as oportunidades do mundo, sem permitir que a inferioridade dos homens me vencesse; transformaria o coração numa fonte de claridade e de consolo, a fim de que todos os seres em mim encontrassem a paz e o bom ânimo; empenhar-me-ia na abençoada luta pelo bem, como as árvores dadivosas se prendem ao solo, esparzindo-se em flores de serviço e morrendo erectas para, até à última hora, estender a sombra da ramagem; aceitaria os obstáculos como espinhos duma coroa de sacrifício para a suprema glória do espírito!

As horas, ó Senhor! As horas seriam patrimônio bendito para o meu novo modo de ser... Atravessá-las-ia, semeando a felicidade entre todos, transubstanciando-me em esclarecimento para os ignorantes, em pão eterno e em água viva para os famintos e para os sedentos da estrada! Abominaria o descanso criminoso, que muita vez me arremessou ao despenhadeiro da indiferença ante as amarguras do próximo.

Nunca mais me furtaria aos deveres pesados, mas gloriosos, que nos retêm nas doces cadeias da solidariedade, e aprenderia louvando-Te, que a for é um cântico de beleza e de renovação em toda parte...

Respiraria distante do orgulho, que é mentira, longe do egoísmo, que é inferno oculto, e fora da vaidade, que é simples cegueira do coração!

Senhor, dá-me novamente o corpo de carne, e reconduze-me ao exercício, à prova, à recapitulação! 

Soluços abafados seguiram-lhe a rogativa, mas um mensageiro do Todo-Bondoso, dando-lhe a perceber que a súplica fora ouvida, emergiu da noite, rasgando larga clareira de Deus. Recolheu a alma infeliz e trouxe-a, de novo, à escola do mundo.

Qual semente viva em terra preciosa, a infortunada criatura ressurgiu entre os homens, na forma dum anjo débil, cercado de carinhos especiais.

Quando, porém, se lhe recompôs o valioso corpo, asfixiou as tendências superiores, repeliu o escabelo de quem serve ao Senhor, empinou-se no trono da vontade; e, rodeando-se de velhos vícios, que nomeou por validos e conselheiros de seu destino, passou a gozar loucamente a vida, exigindo, reclamando, oprimindo e assumindo lastimável compromisso perante a Lei.

Sempre a mesma insensatez – funesta e dolorosa.

 

Do livro Falando à Terra, obra ditada por Espíritos Diversos, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier. Joana Gomes de Gusmão, ilustre dama paulista, admirável pela sua vida de peregrinações e devoção, foi irmã do célebre Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão. Chamavam-na “Mulher Santa”. Imortalizou-se pelo seu valoroso espírito de trabalho, lealdade e fé.


 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita