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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 5 - N° 209 - 15 de Maio de 2011

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)

 

Nos Bastidores da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 1)
 

Iniciamos nesta data o estudo do livro Nos Bastidores da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e publicada no ano de 1970 pela Editora da FEB.

Questões preliminares

A. Que é “faculdade psi”?

Os modernos pesquisadores dão o nome genérico de “psi” à faculdade através da qual ocorrem os fatos pertinentes às realidades do mundo extrafísico. O "psi" é uma designação que dá elasticidade quase infinita aos recursos plásticos da mente, tais como o conhecimento do passado, o conhecimento de ocorrências no mundo exterior e as percepções do futuro. Ficam assim explicadas a telepatia, a clarividência e a presciência. Existe, porém, uma multidão de fenômenos que não podem ser explicados apenas pelos recursos da mente, pois evidenciam a ação de uma força externa inteligente, com vontade própria, que atua no sensitivo, a este conferindo tais possibilidades, como se dá nos fenômenos intelectuais (como a xenoglossia) e nos fenômenos de efeitos físicos (pneumatografia, telecinesia e outros). (Nos Bastidores da Obsessão, Prolegômenos, pp. 15 e 16.)

B. É verdade que grandes vultos da Ciência pesquisaram também os fatos espíritas?

Sim. As pesquisas sérias em torno da realidade do espírito remontam ao Barão von de Guldenstubbé, em 1855. Nos Estados Unidos, em 1856, o professor Robert Hare, lente de Química na Universidade da Pensilvânia, também concluiu pela realidade do espírito e sua sobrevivência à morte. Assim tem acontecido com todos os pesquisadores sérios que se dedicaram à observação e ao estudo do fenômeno. Tornaram-se famosas as experiências psiquiátricas realizadas, nos Estados Unidos, pelo Dr. Carlos Wickland, que se valia de sua própria esposa, como médium, para a realização da desobsessão. Charcot, em Salpêtrière, teve também contato com a manifestação de espíritos através da médium Alcina, incorporada certa vez pelo espírito de Galeno, mas preferiu silenciar-se, por comodismo e receio da realidade da vida imperecível. As experiências na Europa e na América em torno da comunicabilidade dos Espíritos foram exaustivas, mas o preconceito fez com que, no lugar de alma, fossem criados sucedâneos, tais como: "dínamo-psiquismo", segundo Gustave Geley; "consciência profunda", segundo Pauley; "enteléquias", segundo Hans Driesch, o que persistiria mesmo com Charles Richet, pai da Metapsíquica, e depois com a Parapsicologia. (Obra citada, Exórdio, pp. 8, 9; e Prolegômenos, pp. 19 e 20.) 

C. Quais as causas dos distúrbios mentais?

Alguns tratadistas afeitos a esses estudos atribuem grande parte dos distúrbios mentais à "tensão" das horas em que vivemos, elevando, cada dia, o número dos perturbados. Citam ainda os casos de procedência fisiológica, da hereditariedade, de vírus e germens, as sequelas da epilepsia, da tuberculose, das febres reumáticas, da sífilis, os traumatismos e choques que se encarregam de contribuir larga e amplamente para a loucura. Esses fatores não podem, de fato, ser relegados a segundo plano. Mas, além desses, que dão origem a psicoses e neuroses lamentáveis, outros há que somente podem ser explicados pela Doutrina Espírita, no capítulo da obsessões estudadas por Allan Kardec, devendo-se lembrar que os fenômenos de perturbações mentais têm-se dado em todas as épocas, como ocorreu nos tempos do Cristianismo nascente, em que Jesus foi requisitado várias vezes a libertar os obsidiados, cujos obsessores ele próprio chamava de "espíritos imundos". (Obra citada, Prolegômenos, pp. 17 e 18.)

D. Como podemos conceituar a obsessão?

Segundo a definição de Kardec, obsessão é o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Transmissão mental de cérebro a cérebro, a obsessão é síndrome alarmante que denuncia enfermidade grave de difícil erradicação. Manifesta-se no início como inspiração sutil, até alcançar o clímax na possessão lamentável. É ideia negativa que se fixa, campo mental que se enfraquece, dando ensejo a ideias negativas que virão. O campo obsessivo, tal como ocorre nas enfermidades orgânicas, desloca-se da mente para o departamento somático onde as imperfeições morais do passado deixaram suas marcas no perispírito. O tabagismo, o alcoolismo, a sexualidade atormentada, os estupefacientes, tudo isso concorre para a instalação do processo obsessivo, do mesmo modo que a glutoneria, a maledicência, a ira, o ciúme, a inveja, a soberba, a avareza, o medo, o egoísmo são estradas de acesso para os Espíritos atormentados, sedentos de comensais com os quais possam continuar o enganoso banquete do prazer fugidio. (Obra citada, Exórdio, pp. 7 e 9; Examinando a obsessão, pp. 28 e 29.)

Texto para leitura

1. A obsessão - Diz Allan Kardec que pululam em torno da Terra os maus Espíritos, por causa da inferioridade moral de seus habitantes. A ação malfazeja desses Espíritos faz parte dos flagelos que se abatem sobre a Humanidade neste mundo. A obsessão, que é um dos efeitos dessa ação, deve, pois, ser considerada como provação ou expiação e assim ser aceita. (Exórdio, pág. 7) 

2. Pesquisas sobre a imortalidade - As pesquisas sérias em torno da realidade do espírito remontam ao Barão von de Guldenstubbé, em 1855. Nos Estados Unidos, em 1856, o professor Robert Hare, lente de Química na Universidade da Pensilvânia, também concluiu pela realidade do espírito e sua sobrevivência à morte. Assim tem acontecido com todos os pesquisadores sérios que se dedicaram à observação e ao estudo do fenômeno. Tornaram-se famosas as experiências psiquiátricas realizadas, nos Estados Unidos, pelo Dr. Carlos Wickland, que se valia de sua própria esposa, como médium, para a realização da desobsessão. Charcot, em Salpêtrière, teve também contato com a manifestação de espíritos através da médium Alcina, incorporada certa vez pelo espírito de Galeno, mas preferiu silenciar-se, por comodismo e receio da realidade da vida imperecível. (Exórdio, págs. 8 e 9) 

3. O pioneirismo de Kardec - Foi com Allan Kardec que, conhecidos os mecanismos da mediunidade, pôde ser elaborada a terapêutica adequada para ser aplicada em obsidiados e obsessores. Para isso, a publicação, em janeiro de 1861, de "O Livro dos Médiuns" foi fundamental. Não obstante, a obsessão se alastra como uma epidemia por toda a Terra, como jamais se viu em qualquer época. (Exórdio, pág. 9) 

4. A origem deste livro - Todos os fatos narrados no livro sob estudo aconteceram nos anos de 1937 e 1938, em Salvador (BA), quando Manoel Philomeno de Miranda ainda se encontrava encarnado. Algumas das personagens ali comparecem através de pseudônimos. O autor revela que possuía grande facilidade para libertar-se dos liames corporais, em estado de lucidez. Ao retornar ao corpo, as lembranças eram conservadas intactas, e o mesmo se dava com diversos companheiros daquelas atividades. Mais tarde, as tarefas tornaram-se mais complexas e o Plano Espiritual procedeu à censura das lembranças, para que a vida material dele e dos amigos não fosse afetada pelas recordações. Assim, só depois de sua desencarnação é que pôde ele reunir todos os apontamentos de que carecia para escrever este livro, para o que contou com o auxílio do amigo José Petitinga e de outras entidades de grande elevação espiritual. O objetivo da obra – dada a lume pela Editora da FEB em 1970 – é cooperar com os que lidam com a mediunidade, na área da desobsessão. (Exórdio, págs. 10 a 13) 

5. A faculdade "psi" – Os modernos pesquisadores têm surpreendido, paulatinamente, as realidades do mundo extrafísico. Ligados, porém, aos velhos preconceitos científicos, denominam a faculdade através da qual veiculam tais fatos pelo nome genérico de "psi". O "psi" é uma designação que dá elasticidade quase infinita aos recursos plásticos da mente, tais como o conhecimento do passado, o conhecimento de ocorrências no mundo exterior e as percepções do futuro. Ficam desse modo explicadas a telepatia, a clarividência e a presciência. Mas existe uma multidão de fenômenos que não podem ser explicados apenas pelos recursos da mente, senão através da aceitação tácita de uma força externa inteligente, com vontade própria, que atua no sensitivo, a este conferindo tais possibilidades, como se dá nos fenômenos intelectuais (como a xenoglossia) e nos fenômenos de efeitos físicos (pneumatografia, telecinesia e outros). (Prolegômenos, págs. 15 e 16) 

6. Causas dos distúrbios mentais - Tratadistas afeitos a esses estudos atribuem grande parte dos distúrbios mentais à "tensão" das horas em que vivemos, elevando, cada dia, o número dos perturbados. Citam ainda os casos de procedência fisiológica, da hereditariedade, de vírus e germens, as sequelas da epilepsia, da tuberculose, das febres reumáticas, da sífilis, os traumatismos e choques que se encarregam de contribuir larga e amplamente para a loucura. Esses fatores não podem, de fato, ser relegados a segundo plano. Todavia, além desses, que dão origem a psicoses e neuroses lamentáveis, outros há que somente podem ser explicados pela Doutrina Espírita, no capítulo da obsessões estudadas por Allan Kardec, devendo-se lembrar que os fenômenos de perturbações mentais têm-se dado em todas as épocas, como ocorreu nos tempos do Cristianismo nascente, em que Jesus foi requisitado várias vezes a libertar os obsidiados, cujos obsessores ele chamava de "espíritos imundos". (Prolegômenos, págs. 17 e 18) 

7. O século de Kardec - Todos os grandes pensadores, escritores, filósofos e doutores da Igreja são unânimes em atestar as realidades da vida além da carne. Das primeiras lutas entre o Empirismo e o Racionalismo à Era Atômica, filósofos e cientistas não ficaram indiferentes aos Espíritos. No século XIX, fadado por suas conquistas a servir de base ao futuro, a sobrevivência mereceu por parte de psicólogos e psiquistas o mais acirrado debate, inaugurando-se a época das investigações controladas cientificamente. Foi nesse período que Kardec codificou o Espiritismo, calcado em fatos devidamente comprovados, oferecendo uma terapêutica segura para as alienações torturantes, repetindo as experiências de Jesus junto aos endemoninhados e enfermos de toda ordem. O Codificador classificou como obsessão a grande maioria dos distúrbios psíquicos e elaborou processos de tratamento do obsidiado, estudando as causas anteriores das aflições à luz da reencarnação. (Prolegômenos, págs. 18 e 19) 

8. Os sucedâneos para a alma - As experiências na Europa e na América em torno da comunicabilidade dos Espíritos foram exaustivas, mas o preconceito fez com que, no lugar de alma, fossem criados sucedâneos, tais como: "dínamo-psiquismo", segundo Gustave Geley; "consciência profunda", segundo Pauley; "enteléquias", segundo Hans Driesch, o que persistiria mesmo com Charles Richet, pai da Metapsíquica, e depois com a Parapsicologia. (Prolegômenos, págs. 19 e 20) 

Frases e apontamentos importantes 

I. Milhões de criaturas dormem o sono da indiferença, entregues aos anestésicos do prazer e ao ópio da ilusão. (Manoel P. de Miranda, Exórdio, pág. 10) 

II. Os altos índices da criminalidade de todos os matizes e as calamidades sociais espalhadas na Terra são alguns dos fatores predisponentes para as obsessões... Os crimes ocultos, os desastres da emoção, os abusos de toda ordem de uma vida ressurgem depois, noutra vida, em caráter coercitivo, obsessivo. É o que hoje ocorre como consequência do passado. (M.P.M, ibid., pág. 10) 

III. A Doutrina Espírita (...) possui os antídotos, as terapias especiais para tão calamitoso mal. Repetindo Jesus, distende lições e roteiros para os que se abeberam das suas fontes vitais. (M.P.M., ibid., pág. 10) 

IV. Estes dois mundos – o dos encarnados e o dos desencarnados – se interpenetram, já que não há barreiras que os separem nem fronteiras reais, definidas, entre ambos. (M.P.M., ibid., pág. 11) 

V. As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os maus nos impelem para o mal: é-lhes um gozo ver-nos sucumbir e assemelhar-nos a eles. (Allan Kardec, Prolegômenos, pág. 15) 

VI. Muito embora os desvarios da razão estejam presentes nos fastos de todos os tempos, jamais, como na atualidade, o homem se sentiu tão perturbado. (M.P.M., ibid., pág. 17) 

VII. A Codificação Kardequiana certamente não resolveu o "problema do homem", pois que este ao próprio homem é pertinente, oferecendo, todavia, as bases e direções seguras para que tenha uma vida feliz, ética e socialmente harmoniosa na família e na comunidade onde foi chamado a viver. (M.P.M., ibid., pág. 19) 

VIII. Entre os que são tidos por loucos, muitos há que apenas são subjugados; precisariam de um tratamento moral, enquanto que com os tratamentos corporais os tornam verdadeiros loucos. (Allan Kardec, Examinando a obsessão, pág. 21) 

IX. Obsessão é o domínio que  alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Nunca é praticada senão pelos Espíritos inferiores, que procuram dominar. Os bons Espíritos nenhum constrangimento infligem. (Allan Kardec, ibid., pág. 22) 

X. Os meios de se combater a obsessão variam de acordo com o caráter que ela reveste. As imperfeições morais do obsidiado constituem, frequentemente, um obstáculo à sua libertação. (Allan Kardec, ibid., pág. 24) 

XI. A obsessão, sob qualquer modalidade em que se apresente, é enfermidade de longo curso, exigindo terapia especializada de segura aplicação e de resultados que não se fazem sentir apressadamente. (M.P.M., ibid., pág. 25) 

XII. Uma força existe capaz de produzir resultados junto aos perseguidores encarnados ou desencarnados, conscientes ou inconscientes: a que se deriva da conduta moral. (M.P.M., ibid., pág. 26) 

XIII. Transmissão mental de cérebro a cérebro, a obsessão é síndrome alarmante que denuncia enfermidade grave de erradicação difícil. (M.P.M., ibid., pág. 28) 

XIV. Por essa razão, a Doutrina Espírita, em convocando o homem ao amor e ao estudo, prescreve como norma de conduta o Evangelho vivo e atuante – nobre Tratado de Higiene Mental – através de cujas lições haure o espírito vitalidade e renovação, firmeza e dignidade... (M.P.M., ibid., pág. 30) 

XV. Em toda obsessão, mesmo nos casos mais simples, o encarnado conduz em si mesmo os fatores predisponentes e preponderantes – os débitos morais a resgatar – que facultam a alienação. (M.P.M., ibid., pág. 31) 

XVI. Somente o Espiritismo (...) possui os anticorpos e sucedâneos eficazes para operar a libertação do enfermo, libertação que, no entanto, muito depende do próprio paciente... Sendo o obsidiado um calceta, um devedor, é imprescindível que se disponha ao labor operoso pelo resgate perante a Consciência Universal, agindo de modo positivo, para atender às sagradas imposições da harmonia estabelecida pelo Excelso Legislador. (M.P.M., ibid., pág. 32) (Continua no próximo número.)



 


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