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Estudando a série André Luiz
Ano 5 - N° 208 - 8 de Maio de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

Ação e Reação

André Luiz

(Parte 8)

Damos continuidade nesta edição ao estudo da obra Ação e Reação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Até quando os internos na casa cuidada por Orzil ali ficariam?

Aqueles enfermos permaneceriam presos ali até se renovarem. Silas explicou: "O problema é de natureza mental. Modi­fiquem as próprias ideias e modificar-se-ão". "Isso, porém, não é tão fácil. Consagram-se vocês, presentemente, a estudos especiais dos princípios de causa e efeito. Fiquem pois sabendo que nossas criações mentais preponderam fatalmente em nossa vida. Libertam-nos quando se enraízam no bem que sintetiza as Leis Divinas, e encarceram-nos quando se firmam no mal, que nos expressa a delinquência responsável, enleando-nos por essa ra­zão ao visco sutil da culpa.” (Ação e Reação, cap. 5, pp. 69 a 71.)

B. Que diferença existe, quanto aos seus efeitos, entre o bem e o mal?

Como foi dito anteriormente, nossas criações mentais libertam-nos quando se enraízam no bem que sintetiza as Leis Divinas, e encarceram-nos quando se firmam no mal, que nos expressa a delinquência responsável, enleando-nos por essa ra­zão ao visco sutil da culpa. Depois de dizer tais palavras, Silas lembrou que o pensamento, atuando à feição de onda, possui velocidade muito superior à da luz e que toda mente é dínamo gerador de força criativa. "Ora, sabendo que o bem é expansão da luz e que o mal é condensação da sombra – asseverou o Assistente – , quando nos transviamos na crueldade para com os ou­tros, nossos pensamentos, ondas de energia sutil, de passagem pelos lugares e criaturas, situações e coisas que nos afetam a memória, agem e reagem sobre si mesmos, em circuito fechado, e trazem-nos, assim, de volta, as sensações desagradáveis, hauridas ao contacto de nossas obras inferiores." Na sequência, Silas disse que todos estamos ligados uns aos outros, na carne e fora da carne, e achamo-nos livres ou prisioneiros, no campo da experiência, segundo as nossas obras, através dos vínculos de nossa vida mental. "O bem é a luz que liberta, o mal é a treva que aprisiona... Estudando as leis do destino, é preciso atentar para semelhantes realidades in­defectíveis e eternas." (Obra citada, cap. 5, pp. 69 a 71.)

C. As regiões espirituais menos elevadas proporcionam ao Espírito oportunidades de crescimento?

Sim. Segundo Silas, mesmo nas chamadas zonas infernais dispomos de preciosas oportunidades de tra­balho, não apenas vencendo as aflições purgatoriais que estabelecemos em nós mesmos, mas preparando novos caminhos para o céu interior que devemos edificar. O trabalho no bem é importante sempre, não importa o lugar. (Obra citada, cap. 6, pp. 75 e 76.) 

Texto para leitura 

29. Um enfermo em chagas - Dava para notar a intraduzível angús­tia daquele Espírito, entre o remorso e o arrependimento, mas, a leve chamado de Silas, despertou como fera roubada à quietude do sono, bra­mindo: "Não há testemunhas... Não há testemunhas!... Não fui eu quem atropelou o infeliz, não obstante o odiasse com razão... Que pretendem de mim? Denunciar-me? Covardes! Espreitavam, então, a rua morta?" Nin­guém lhe respondeu, e o grupo se afastou, compadecido. Aqueles irmãos infelizes viviam entre as imagens mantidas por eles mesmos, através da força mental com que as alimentavam. A equipe acercou-se então do ter­ceiro cubículo, onde um homem feridento esvurmava as feias chagas, usando as próprias unhas. A atmosfera francamente pestilencial exigia enorme disciplina contra a eclosão de náuseas em todos. Percebendo a presença do grupo, o doente avançou, clamando amargamente: "Compadecei-vos de mim! Sois médicos? Atendei-me por amor de Deus! Vede os detritos em que me apoio!..." De fato, André viu que o mísero se movimentava num montão de sujeira, coberto por filetes de sangue podre, mas o quadro repugnante era constituído pelas emanações mentais do próprio enfermo. "Doutores! – continuou ele – há quem diga que roubei dos outros, a fim de satisfazer meus vícios no alcoice (1) que eu frequentava... Mas é mentira, é mentira!... Juro-vos que morava no bordel por espírito de caridade... As mulheres desditosas requeriam defesa... Auxiliei-as quanto pude... Ainda assim, adquiri, junto de­las, a enfermidade que me aniquilou o corpo físico e que ainda me em­pesta a respiração, convertendo-se aqui em meu próprio hálito!... So­correi-me por quem sois!... Socorrei-me por quem sois!..." A repetição dos rogos, porém, derramava-se em tom imperativo, como se as palavras humildes do petitório fossem apenas o disfarce de uma ordem tirani­zante. Tratava-se de antigo e inveterado gozador que despendeu em pra­zeres inúteis largos recursos que lhe não pertenciam. "Por muito tempo ainda – explicou Silas – , a mente dele oscilará entre a irritação e o desencanto, nutrindo o ambiente horrível de que se fez o fulcro de­sequilibrado." (Capítulo 5, pp. 67 a 69)

30. O bem nos liberta, o mal aprisiona - De retorno ao tugúrio de Orzil, Silas informou que aqueles enfermos permaneceriam presos ali, até se renovarem. E explicou: "O problema é de natureza mental. Modi­fiquem as próprias ideias e modificar-se-ão". Na sequência, após li­geira pausa, acrescentou: "Isso, porém, não é tão fácil. Consagram-se vocês, presentemente, a estudos especiais dos princípios de causa e efeito. Fiquem pois sabendo que nossas criações mentais preponderam fatalmente em nossa vida. Libertam-nos quando se enraízam no bem que sintetiza as Leis Divinas, e encarceram-nos quando se firmam no mal, que nos expressa a delinquência responsável, enleando-nos por essa ra­zão ao visco sutil da culpa. Afirma velho aforismo popular na Terra que `o criminoso volta ao local do crime'. Daqui podemos asseverar que, mesmo desfrutando a possibilidade de ausentar-se da paisagem do crime, o pensamento do criminoso está preso ao ambiente e à própria substância da falta cometida". Silas lembrou então que o pensamento, atuando à feição de onda, possui velocidade muito superior à da luz e que toda mente é dínamo gerador de força criativa. "Ora, sabendo que o bem é expansão da luz e que o mal é condensação da sombra – asseverou o Assistente – , quando nos transviamos na crueldade para com os ou­tros, nossos pensamentos, ondas de energia sutil, de passagem pelos lugares e criaturas, situações e coisas que nos afetam a memória, agem e reagem sobre si mesmos, em circuito fechado, e trazem-nos, assim, de volta, as sensações desagradáveis, hauridas ao contacto de nossas obras inferiores." Assim é que as ondas do pensamento paternal do velho usurário, dirigidas a seus filhos, voltavam a ele carregadas pe­los princípios mentais de ódio e egoísmo dos jovens litigantes, do mesmo modo que o companheiro em chagas reabsorvia as ondas de seu pró­prio campo mental, acumuladas de fatores deprimentes, que a elas se incorporavam nos lugares por onde passavam, restituídas a ele com mul­tiplicados elementos de corrupção. Ante a lição recebida, Hilário ob­servou: "Agora percebo com mais clareza o benefício concreto da oração e da piedade, da simpatia e do socorro que, na Terra, deveríamos dis­pensar, sinceramente, aos chamados mortos..." "Sim, sim... – respon­deu Silas – todos estamos ligados uns aos outros, na carne e fora da carne, e achamo-nos livres ou prisioneiros, no campo da experiência, segundo as nossas obras, através dos vínculos de nossa vida mental." "O bem é a luz que liberta, o mal é a treva que aprisiona... Estudando as leis do destino, é preciso atentar para semelhantes realidades in­defectíveis e eternas." (Capítulo 5, pp. 69 a 71)

31. No serviço da prece - O serviço da prece em conjunto era rea­lizado na Mansão, duas vezes por semana, em local próprio. Nessas oca­siões materializavam-se, habitualmente, um ou outro dos orientadores que, de esferas mais altas, superintendiam a instituição. Druso e seus assessores mais responsáveis recolhiam então, na oportunidade, ordens e instruções variadas, pertinentes aos numerosos processos em movi­mento, ao mesmo tempo em que questões eram respondidas e providências de trabalho eram, com segurança, indicadas. Convidado a participar da prece, André rogou a Jesus inspiração para que sua presença não fosse ali motivo de perturbação. Druso recebeu André e Hilário em uma sala simples, onde em uma vasta mesa, ladeada de poltronas modestas, se acomodavam dez pessoas simpáticas – sete mulheres e três homens. Na cabeceira bem ampla sentou-se o diretor da casa; do outro lado, à frente, surgia larga tela translúcida, medindo aproximadamente seis metros quadrados. Qual seria a função dos dez companheiros postados ao lado de Druso? "São amigos nossos que aprimoraram condições mediúnicas favoráveis à realização dos serviços a se desdobrarem aqui", informou Silas. "Colaboram com fluidos vitais e elementos radiantes, altamente sublimados, de que os nossos Instrutores se servem com eficiência para se manifestarem." (Capítulo 6, pp. 73 a 75)

32. Mediunidade na vida espiritual - Seriam eles santos em ativi­dade na Mansão? A esta pergunta despropositada de Hilário, Silas res­pondeu, bem-humorado: "De modo algum. São trabalhadores prestimosos. Tanto quanto nós, padecem ainda a pressão de reminiscências perturba­doras do plano físico, carreando consigo as raízes dos débitos que ad­quiriram no passado, para o justo resgate em porvir talvez próximo, na reencarnação. Ainda assim, pela disciplina a que se afeiçoam no devo­tamento aos semelhantes, conquistam simpatias providenciais que fun­cionam à maneira de valores expressivos a lhes atenuarem dificuldades e provas nas lutas porvindouras". O Assistente mostrava, assim, que nas zonas infernais também dispomos de preciosas oportunidades de tra­balho, não apenas vencendo as aflições purgatoriais que estabelecemos em nós mesmos, mas preparando novos caminhos para o céu interior que devemos edificar. Fora do círculo em que se encontrava Druso, havia três Assistentes, cinco Enfermeiros, Silas, Hilário, André e duas se­nhoras de aspecto humilde. Estas duas últimas eram irmãs que, por mé­rito em serviço, receberam o direito de partilhar a reunião, de modo a suplicarem auxílio na solução de problemas que lhes tocavam a alma de perto. "Conheço-as pessoalmente", disse Silas. "São mulheres desencar­nadas que primam pela abnegação, atuando em socorro de Espíritos fami­liares que sofrem nestas regiões as duras consequências dos delitos a que se entregaram, imprevidentes." Eram Madalena e Sílvia, que despo­saram na última existência dois irmãos consanguíneos que se odiaram terrivelmente, da mocidade até à morte, e, em razão de suas desaven­ças, cometeram erros deliberados e clamorosos nos setores da política regional, em que estiveram situados. Impedindo, por suas discórdias, o progresso da coletividade que lhes cabia servir, alimentaram a cizânia e a crueldade entre os seus companheiros, e muitos crimes derivaram dessa luta insana, razão por que expiavam, nas linhas inferiores do sofrimento, os delitos de lesa-fraternidade que praticaram contra si mesmos. (Capítulo 6, pp. 75 e 76) (Continua no próximo número.)


(1)
Alcoice ou alcouce (do árabe al-qos, 'cabana de eremita') é o mesmo que prostíbulo.
 



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita