WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 5 - N° 207 - 1° de Maio de 2011

CARLA MARIA MELLEIRO GIMENEZ 
carlamg@yahoo.com
Araraquara, SP (Brasil)
 

A mediunidade e a música 


A boa música é uma manifestação artística sublime, envolvente, de elevada expressividade e de considerável importância. Para avaliarmos seu valor, basta imaginarmos o mundo sem melodias, os filmes sem efeitos sonoros, os momentos especiais sem o colorido das emoções remetidas pelas canções, a infância sem cantigas, o silêncio...

Curiosa é a questão da inspiração, da construção da harmonia, da seleção de notas que, combinadas, descortinam possibilidades infinitas de sentimentos e sensações, capazes de trazer à tona lembranças ou construir novos horizontes no panorama mental.

A música é uma linguagem universal, que toca o íntimo dos seres, independentemente de credo, etnia, raça, condição social, idioma, idade, nível cultural.

De onde viria esta inspiração? Quando se inicia o processo de criação?

Os grandes mestres da música clássica e erudita atuais e os consagrados através dos tempos relataram em inúmeras ocasiões que o processo de criação fluía naturalmente, de forma espontânea, muitas vezes quase que involuntariamente, ou como se já soubessem das melodias, como se já as houvessem conhecido e estivessem apenas transcrevendo algo que pulsava em suas mentes, no compasso incompreensível do borbulhar de ideias fixas e incessantes.

Mozart afirmara por várias vezes que sua vida era profana, mas que sua música era celestial. Em tenra idade já possuía o dom de compor obras de vultosa profundidade, inexplicável à compreensão comum.

Beethoven mesmo surdo compunha obras memoráveis, de impecável maestria e regia de forma absolutamente perfeita. Comentava sobre a indescritível experiência de sonhar com as composições ou ouvi-las em seu íntimo antes de traduzi-las em notas musicais e partituras.

Bach vivia tão absorto neste universo musical que suas composições fluíam rotineiramente e muitas delas foram perdidas, porque, na dificuldade das crises financeiras, as vendia e muitas vezes até usavam as partituras como papel de embrulho... O que representa um grande pesar.

Schubert, Schumman, Puccini, Verdi, Wagner e tantos outros tiveram o amor, em suas mais diversas expressões, como tema central de suas obras, mas o que os impulsionava era algo misteriosamente irresistível, certeiro e obsessivo.

Liszt e Chopin podem ser rememorados pelas obras que remetem à melancolia, à tristeza, que brotavam orvalhadas de seus sentimentos comuns a esta sintonia...

Pensemos em O Livro dos Espíritos, quando temos as iluminadas explicações acerca da mediunidade, lembrando que todos somos médiuns e a mediunidade pode se expressar de maneiras várias e muitíssimo particulares, podemos então compreender todos os episódios citados como relacionados de forma estreita e clara com a mediunidade.

André  Luiz, em suas obras, dentre os muitos ensinamentos nos mostra que a maioria do que temos aqui em nosso orbe é inspirado no que se tem nas colônias espirituais, e que os bons Espíritos permitem ao tempo oportuno que a humanidade possa desfrutar de inovações e facilidades que são comuns na vida espiritual.

A questão da sintonia é de extrema importância, relembrando a necessidade da batalha íntima que travamos diariamente rumo à reforma íntima. Assim, a música elevada é capaz de inspirar vibrações positivas e o contrário também é verdadeiro. Esta questão é e foi sempre bem compreendida, mesmo que nem sempre necessariamente desta maneira, mas lembremo-nos da música sacra, dos rituais de diferentes credos que são ou foram acompanhados por música, a importância de determinados tipos de músicas para a meditação e concentração, ou para que seja possível alegrar e estimular as pessoas.

Os mantras, as orações repetidas, músicas e sons típicos de ritos que levam o indivíduo a um estado de transe ou até mesmo de desdobramento, em diversas e diferentes religiões, podem ser evidências de que a música é realmente capaz de mexer com o íntimo dos indivíduos.

Atualmente a musicoterapia é uma modalidade de tratamento terapêutico a favor do bem-estar dos indivíduos, que reabilita através da música e auxilia em diversas situações cotidianas, sendo respeitada nos meios médicos e acadêmicos.

Portanto, vamos desfrutar da boa música, utilizá-la para nos trazer paz e equilíbrio, ouvindo as pérolas deixadas à humanidade ao longo dos séculos como obra-prima que a espiritualidade maior nos presenteia com tanta generosidade. Sejamos gratos pelas possibilidades múltiplas de termos um elo que nos une ao alto e ao que entendemos como superior, uma linguagem universal que não necessita de traduções, mas que se conjuga tão bem à poesia.



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita