WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 5 - N° 206 - 24 de Abril de 2011

SIDNEY FRANCEZ FERNANDES
1948@uol.com.br

Bauru, São Paulo (Brasil)
 

Bullying – Crueldade ou
Falha na Educação?


"Seu filho não quer mais ir à escola. Não consegue concentrar-se no aprendizado. Tem lapsos de memória. Falta de apetite. Você quer conversar, mas ele se esquiva. Você liga a TV para se distrair e assiste, com interesse, a uma entrevista com a psiquiatra Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva. Autora de vários livros, está falando sobre sua mais recente obra: Mentes Perigosas nas Escolas.”

Bullying é uma expressão inglesa que sintetiza a violência continuada, física, verbal ou através da internet. Geralmente é praticada por grupos, com intenção injustificável de provocar sofrimentos físicos ou morais. Normalmente a vítima é indefesa, quieta, e sofre a violência em silêncio com medo de mais represálias. Acontece geralmente nas escolas, mas também em locais de trabalho ou outros ambientes.

Não é um problema novo, mas muito mais comum do que sempre se imaginou. Seus efeitos, graves para os agressores e vítimas, começaram a ser pesquisados nos últimos anos. Quem sofre ou vê sofrer o bullying pode passar a ter medo, depressão, pânico, anorexia e bulimia. Em casos mais extremos chegam a ocorrer suicídios e homicídios. 60% dos agentes têm a progressão de suas “brincadeiras” para conflitos no trânsito, agressões em mulheres, envolvimento em brigas e têm, no mínimo, uma passagem pela polícia até os 24 anos de idade.

Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva está empreendendo uma verdadeira cruzada brasileira contra o bullying. E o assunto ganhou tal repercussão na mídia, órgãos de ensino e autoridades, que começam a surgir novas leis, punições pecuniárias e medidas visando ao despertamento da sociedade para o problema. Dra. Ana foi entrevistada, nos últimos meses, por nada menos do que Serginho Groisman, Jô Soares, Amaury Jr., Marília Gabriela e Ana Maria Braga, só para citar os mais conhecidos.

Agentes do bullying agridem porque querem se tornar populares, porque têm problemas em casa, porque não tiveram bons exemplos dos pais ou porque sofreram algum tipo de violência. Poucos, felizmente a minoria, praticam o bullying pelo prazer mórbido de provocar o sofrimento.

Na escolha de uma escola, os pais da Inglaterra estão dando hoje mais importância à existência de uma política de “não bullying”, passando para segundo plano a qualidade e os métodos de ensino. Os responsáveis tomam cuidado com as expressões de marketing “nesta escola não há bullying”, pois, ao invés de negar a existência da violência, torna-se fundamental preveni-la e controlá-la.

O problema é geral. Da sociedade, da escola e das autoridades, mas o seu controle está nas mãos dos pais. Serão os pais que detectarão a mudança de comportamento da vítima. Serão os pais que deverão exigir o envolvimento de diretores, professores, alunos e de toda escola. Serão os pais dos agressores que reconhecerão os males que seus filhos estão provocando, adotando limites e tratamentos, para que não se degenerem e venham a perder suas vidas.

Se nada é feito em relação a essa agressividade, nosso filho pode vir a perder os melhores momentos de sua vida escolar. Mas, se nada é feito em relação ao agressor, ele pode se tornar um agressivo marginal.

Absurdamente, alguns mitos e equívocos começam a se formar em torno do bullying: a culpa é da vítima, ela deve resolver o problema por si própria, a vítima é fraca e sensível demais, a criança deve defender-se, ou ainda justificando as atitudes do agressor.

O que fazer para combater essa prática nas escolas? Exigir a implantação de política antibullying envolvendo professores, funcionários, alunos e pais. Informar. Sensibilizar. Conscientizar. Mobilizar. Estabelecer limites em casa e regras na escola. A melhor forma de tratar o bullying é evitar que ele ocorra. Ele geralmente acontece nas escolas onde não há supervisão.

Escolas menores e fisicamente bem tratadas desencorajam o bullying. A qualidade de vida dos alunos de cada escola e o tipo de relação intrafamiliar influenciam na sua incidência.

Todas as ações sugeridas são importantes. Mas a principal atitude será a de darmos a devida atenção aos nossos filhos, passando-lhes confiança, senso moral e respeito ao próximo. Agressor, vítima e testemunhas silenciosas devem merecer nossos cuidados.

Todos que querem uma sociedade menos violenta e mais justa devem combater o bullying. Dessa forma, estaremos moldando uma sociedade melhor, enquanto é possível.

“Temos que mudar a sociedade enquanto ela é mutável: na infância, na juventude e nos bancos escolares.” (Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva.)



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita