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Estudando a série André Luiz
Ano 5 - N° 206 - 24 de Abril de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

Ação e Reação

André Luiz

(Parte 6)

Damos continuidade nesta edição ao estudo da obra Ação e Reação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. É verdade que não existem na Terra males que permanecem ocultos?

Sim. Todos os crimes e todas as falhas da criatura humana se revelarão algum dia, em algum lugar. Qualquer sombra de nossa consciência jaz impressa em nossa vida até que a mácula seja la­vada por nós mesmos, com o suor do trabalho ou com o pranto da expia­ção. Contudo, disse o Assistente Silas, "a Bondade Infinita do Senhor permite que as vítimas edificadas no entendimento e no perdão se transformem, felizes, em abnegados cireneus dos antigos verdugos". (Ação e Reação, cap. 4, pp. 51 a 53.) 

B. Uma enferma desencarnada via uma entidade que ela acreditava ser o demônio Belfegor. Já que não existem demônios, como explicar essa visão?

O Assistente expli­cou tratar-se de um clichê mental, criado e nutrido por ela mesma. As ideias macabras da magia aviltante, como as da bruxaria e do demonismo que as igrejas chamadas cristãs propagam, a pretexto de combatê-las, geram imagens como essa, estabelecendo epidemias de pavor alucinatório. As Entidades entregues à perversão valem-se desses quadros e imprimem-lhes temporária vitalidade... (Obra citada, cap. 4, pp. 53 e 54.) 

C. A velocidade do pensamento supera a da luz?

Segundo o Assistente Silas, sim. A força viva e atuante do pensamento propaga-se a uma velocidade superior à da luz. Emitido por nós, o pensamento volta inevitavelmente a nós mesmos, compelindo-nos a viver, de maneira espontânea, em sua onda de formas criadoras, que naturalmente se nos fixam no Espírito quando alimentadas pelo combustível de nosso desejo ou de nossa atenção. Daí a necessidade imperiosa de nos situarmos nos ideais mais nobres e nos propósitos mais puros da vida, porque energias atraem energias da mesma natureza, e, quando estacionários na viciação ou na sombra, as forças mentais que exteriorizamos retornam ao nosso espírito, reanima­das e intensificadas pelos elementos que com elas se harmonizam, engrossando, dessa forma, as grades da prisão em que nos detemos irrefletidamente. (Obra citada, cap. 4, pp. 55 a 57.) 

Texto para leitura 

21. A causa do remorso - Sem perceber que sua mãe a conchegava de encontro ao peito, e de mente aprisionada à confissão que fizera "in extremis", a moça continuou, como se o sacerdote ali permanecesse: "Padre, perdoe-me, em nome de Jesus, entretanto, quando me vi jovem e senhora de vultoso dote que meu pai me conferira, envergonhei-me do anjo maternal que sobre os meus dias estendera as brancas asas e, aliando-me ao homem vaidoso que desposei, expulsei-a de nossa casa!... Oh! ainda sinto o frio daquela terrível noite de adeus!... Atirei-lhe ao rosto frases cruéis... Para justificar minha vileza de coração, ca­luniei-a sem piedade!... Pretendendo elevar-me no conceito do homem que desposara, menti que ela não era minha mãe! apontei-a como ladra comum que me roubara ao nascer!... Lembro-me do olhar de dor e compai­xão que me lançou ao despedir-se... Não se queixou, nem reagiu... Ape­nas contemplou-me, tristemente, com os olhos túrgidos de chorar!..." Nesse ponto, a mãe daquela jovem, afagando-lhe os cabelos em desa­linho, buscou reconfortá-la: "Não se excite. Descanse... descanse..." A moça notou que a voz que dissera tal frase era parecida com a de sua mãe e, desvairando-se de angústia, rogou, em pranto: "O' Deus, não me deixes encontrá-la, sem que pague os meus débitos!... Senhor, compade­cei-vos de mim, pecadora que Vos ofendi, humilhando e ferindo a amorosa mãe que me destes!..." Com o auxílio de duas enfermeiras, porém, a simpática senhora que a acalentava situou-a em leito portátil e fê-la emudecer, à força de inexcedível ternura. Silas explicou que a ge­nitora da infeliz iria acompanhá-la no tratamento, sem identificar-se, para que a moça não sofresse abalos prejudiciais. "O traumatismo pe­rispirítico –  explicou ele –  vale por muito tempo de desequilíbrio e aflição." O caso tocara fundo em André. Não havia, então, males ocul­tos na Terra!... Todos os crimes e todas as falhas da criatura humana se revelariam algum dia, em algum lugar!... O Assistente captou a amar­gura das reflexões de André, observando: "Sim, meu amigo, você re­para com acerto. A Criação de Deus é gloriosa luz. Qualquer sombra de nossa consciência jaz impressa em nossa vida até que a mácula seja la­vada por nós mesmos, com o suor do trabalho ou com o pranto da expia­ção..." Lembrou, contudo, que "a Bondade Infinita do Senhor permite que as vítimas edificadas no entendimento e no perdão se transformem, felizes, em abnegados cireneus dos antigos verdugos". (Capítulo 4, pp. 51 a 53) 

22. O demônio Belfegor - Em seguida, outra mulher prorrompeu em choro convulso e, de punhos cerrados, reclamou: "Quem me libertará de Satã? quem me livrará do poder das trevas? Santos anjos, socorrei-me! Socorrei-me contra o temível Belfegor!..." O amparo magnético à en­ferma foi imediato, mas ela repetiu: "Maldito! Maldito!...", até que o concurso da prece levou-a a adormecer, pouco a pouco. Asserenado o am­biente, André sondou-lhe a mente conturbada. A pobre amiga era porta­dora de pensamentos horripilantes. Como que a se lhe enraizar no cére­bro, via escapar-se-lhe do campo íntimo a figura animalesca de um ho­mem agigantado, de longa cauda, com a fisionomia de um caprino degene­rado, exibindo pés em forma de garras e ostentando dois chifres, qual se vivesse em perfeita simbiose com a infortunada. O Assistente expli­cou tratar-se de um clichê mental, criado e nutrido por ela mesma. As ideias macabras da magia aviltante, como as da bruxaria e do demonismo que as igrejas chamadas cristãs propagam, a pretexto de combatê-las, geram imagens como essa, estabelecendo epidemias de pavor alucinató­rio. As Entidades entregues à perversão valem-se desses quadros e im­primem-lhes temporária vitalidade... Hilário, que também observara o duelo íntimo entre a enferma e a forma-pensamento, falou: "Lembro-me de haver manuseado, há muitos anos, na Terra, um livro de autoria de Collin de Plancy, aprovado pelo arcebispo de Paris, trazendo a descri­ção minuciosa de diversos demônios, e creio haver visto uma figura gravada nessa obra, semelhante à que temos sob nossa direta observa­ção". Silas confirmou: "Isso mesmo. É o demônio Belfegor, segundo as anotações de Jean Weier, que imprevidentes autoridades da Igreja per­mitiram se espalhasse nos círculos católicos". (Capítulo 4, pp. 53 e 54) 

23. O pensamento é mais veloz que a luz - O caso anterior mostra que estamos ainda longe de conhecer todo o poder criador e aglutinante encerrado no pensamento puro e simples; por isso, tudo devemos fazer por libertar os entes hu­manos de todas as expressões perturbadoras da vida íntima. "Tudo o que nos escravize à ignorância e à miséria, à preguiça e ao egoísmo, à crueldade e ao crime é fortalecimento da treva contra a luz e do in­ferno contra o Céu", asseverou Silas. Em se­guida, ele valeu-se do exemplo da televisão, para recordar que na ra­diofonia e na televisão os elétrons que carreiam as modulações da pa­lavra e os ele­mentos da imagem se deslocam no espaço com velocidade igual à da luz, ou seja, a 300.000 quilômetros por segundo. "Ora, num só local –  lembrou Silas –  podem funcionar um posto de emissão e ou­tro de recepção, compreendendo-se que, num segundo, as palavras e as imagens podem ser irradiadas e captadas, simultaneamente, depois de atravessarem imensos domínios do espaço, em fração infinitesimal de tempo. Imaginemos agora o pensamento, força viva e atuante, cuja velo­cidade supera a da luz. Emitido por nós, volta inevitavelmente a nós mesmos, compelindo-nos a viver, de maneira espontânea, em sua onda de formas criadoras, que naturalmente se nos fixam no espírito quando alimentadas pelo combustível de nosso desejo ou de nossa atenção. Daí, a necessidade imperiosa de nos situarmos nos ideais mais nobres e nos propósitos mais puros da vida, porque energias atraem energias da mesma natureza, e, quando estacionários na viciação ou na sombra, as forças mentais que exteriorizamos retornam ao nosso espírito, reanima­das e intensificadas pelos elementos que com elas se harmonizam, en­grossando, dessa forma, as grades da prisão em que nos detemos irre­fletidamente, convertendo-se-nos a alma num mundo fechado, em que as vozes e os quadros de nossos próprios pensamentos, acrescidos pelas sugestões daqueles que se ajustam ao nosso modo de ser, nos impõem reiteradas alucinações, anulando-nos, de modo temporário, os sentidos sutis." "Eis por que –  concluiu o Assistente – , efetuada a supressão do corpo somático, no fenômeno vulgar da morte, a criatura desencar­nada, movimentando-se num veículo mais plástico e influenciável, pode permanecer longo tempo sob o cativeiro de suas criações menos constru­tivas, detendo-se em largas faixas de sofrimento e ilusão com aqueles que lhe vivem os mesmos enganos e pesadelos." (Cap. 4, pp. 55 a 57) 

24. Um passeio fora da Mansão - A morte do corpo denso é sempre o primeiro passo para a colheita da vida. Não é, pois, sem razão que o Umbral viva repleto de homens e mulheres que vararam a grande fron­teira, em plena conexão com a experiência carnal. Não existe, por isso, local melhor para se estudar os princípios de causa e efeito nas criaturas recém-desencarnadas. Foi esse o motivo que levou Silas a convidar André e Hilário a um rápido passeio pelos arredores. O Assis­tente comentou que as províncias infernais são mais adequadas às pes­quisas em torno da lei de causa e efeito do que as regiões celestes, uma vez que o crime e a expiação, o desequilíbrio e a dor fazem parte de nossos conhecimentos mais simples nas lides cotidianas, ao passo que a glória e o regozijo angélicos representam estados superiores de consciência que transcendem a nossa compreensão. "Estamos psiquica­mente mais perto do mal e do sofrimento...", relembrou Silas. "Em ra­zão disso, entendemos sem qualquer discrepância os problemas aflitivos que se multiplicam aqui." Após transporem largo portão, que dava acesso ao exterior, o grupo se deslocou, a contemplar os quadros tris­tes em derredor. À medida que se afastavam, penetravam mais profunda­mente na sombra densa, cada vez mais espessa, alumiada, contudo, aqui e ali, por tochas mortiças, como se a luz, nos sítios em torno, lu­tasse para sobreviver. Gritos, soluços, imprecações e blasfêmias emer­giam da treva. Aquele local situava-se numa zona posterior à Mansão, em larga faixa superlotada de Entidades conturbadas e sofredoras, que pareciam relegadas à intempérie, fora da área abarcada pelos muros da instituição. (Capítulo 5, pp. 58 e 59) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita