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Crônicas e Artigos

Ano 4 - N° 204 - 10 de Abril de 2011

MARCUS VINICIUS DE AZEVEDO BRAGA
acervobraga@gmail.com

Guará II, Distrito Federal (Brasil) 
 

 Lucidez e genialidade


Em 9.12.68, o cantor e compositor Chico Buarque – ao se defrontar com a polêmica pelo fato de ele fazer samba, o que seria para a época um ritmo ultrapassado, em relação às inovações, como o movimento da Tropicália – escreveu um artigo no periódico “Última hora”, que termina com uma frase de sua autoria que se tornou consagrada, sintetizando o seu pensamento sobre a questão: nem toda loucura é genial, como nem toda lucidez é velha.

Passados mais de 40 anos, a genialidade e a lucidez desta frase nos remetem ao assunto desse artigo, visando ao público jovem. De onde vem essa ideia de que por sermos jovens temos que fazer loucuras? Parece-nos que existe uma cota, um número mínimo e máximo de loucuras e inconsequências que devemos efetuar na nossa juventude, para que esta seja vivida em plenitude... Pois quando ficarmos velhos e caretas, teremos que desempenhar aqueles papéis chatos e sérios, tendo que encarar o batente como cordeirinhos. Uma grande tentativa de compensação, então!

Ora, crer nisso dentro do contexto da realidade espírita é ignorar a finalidade de nossa passagem pelo Planeta Terra e as questões ligadas à nossa evolução espiritual no momento da juventude. Ah, é bem verdade, quando jovens temos o nosso processo de autoafirmação, de construção da nossa identidade no contexto social, de busca de caminhos. E isso nos demanda uma certa dose, diria até natural, de contestação. Mas, daí, para vivermos uma ciranda de loucuras..., muito distante.

Digo isso, pois vejo as consequências funestas dessa ideia nos noticiários e no cotidiano. Vários jovens ferindo-se ou perdendo a vida nos famosos “rachas” com automóveis, nas guerras de “gangues”, no uso e abuso de álcool e de drogas ilícitas, nos esportes de altíssimo risco sem supervisão profissional, entre outras loucuras geniais.

Toda essa aventura, essa loucura que inunda as veias de adrenalina, traz em si uma dose de risco que nos permite qualificá-las como situações que beiram o suicídio. Ninguém enxerga a genialidade de descobrir novos conhecimentos, ajudar ao próximo, lutar pelas questões sociais, engajar-se na causa ecológica. Vemos o novo e genial apenas nas loucuras!

Seria prudência uma coisa dos mais velhos? Seria se preocupar com a sua integridade física uma caretice? Lucidez é monótona? Genial é se arriscar e acabar com a sua vida? Esses questionamentos são interessantes para a mente juvenil, por vezes seduzida por essas ideias, como quem busca sorver a vida em um único gole.

A vida como Espírito encarnado tem suas riquezas e suas dores, nos seus vários momentos. Na infância e na madureza, na adolescência e na velhice, cada época tem seus frutos e seus dissabores. A vida é isso, essa trajetória, esse caminho cujas preocupações oscilam entre o passado, o presente e o futuro. Entre o individual e o coletivo. Não podemos esquecer o que fomos, nem desprezar o que queremos ser. Porém, o presente é a hora de fazer e acontecer.

Na espiritualidade, bilhões de Espíritos se amontoam na busca da oportunidade da reencarnação, na ânsia de aprender a amar, de resgatar as suas dívidas e de crescer, nos ditames da Lei maior. O que pensam esses Espíritos quando veem a vida sendo desperdiçada assim? Será que eles acham isso tudo genial?




 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita