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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 204 - 10 de Abril de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  


Ação e Reação

André Luiz

(Parte 4)

Damos continuidade nesta edição ao estudo da obra Ação e Reação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Por que a Mansão Paz era, com certa frequência, atacada por entidades infelizes?

Semelhantes invasões tinham o objetivo de deslocar dali a Mansão e levar seus trabalhadores à inércia, a fim de senhorearem a região. Para isso, seus adversários valiam-se de equipagens estranhas. "Podemos defini-las como canhões de bombardeio eletrônico –  informou Druso. – As descargas sobre nós são cuidadosamente estudadas, a fim de que nos atinjam sem erro na velocidade de arremesso." (Ação e Reação, cap. 3, pp. 36 a 38.)  

B. Como a Mansão Paz se defendia desses ataques?

A cidadela era defendida por várias barreiras de exaustão, que funcionavam com eficiência. Cercava-a uma longa muralha, constituída por milhares de hastes metálicas, qual se larga série de pararraios estivessem ali ha­bilmente dispostos. "Os conflitos aqui são incessantes – disse Druso –; no entanto, temos aprendido nesta Mansão que a paz não é conquista da inércia, mas sim fruto do equilíbrio entre a fé no Poder Divino e a confiança em nós mesmos, no serviço pela vitória do bem." (Obra citada, cap. 3, pp. 38 e 39.) 

C. Quem era o Espírito que fora trazido à Mansão em situação lastimável?

Era Antônio Olímpio. Depois de ser atendido por Druso, ele descerrou as pálpebras e, mos­trando os olhos esgazeados, começou a bramir: "Socorro! socorro!... sou culpado, culpado!... Não posso mais... Perdão! perdão!" Dirigindo-se ao Instrutor, e pensando que ele fosse algum juiz, exclamou: "Senhor juiz, senhor juiz!... até que enfim, posso falar! Deixem-me falar!..." Druso afagou-lhe a cabeça atormentada e replicou em tom amigo: "Diga, diga o que deseja". O rosto do enfermo cobriu-se de lá­grimas e ele começou a falar, compungidamente: "Sou Antônio Olímpio... o criminoso!... Contarei tudo". (Obra citada, cap. 3, pp. 41 e 42.) 

Texto para leitura 

13. A Mansão é atacada - Silas ia continuar, quando estranho ruído chamou-lhe a atenção. Um mensageiro abeirou-se, então, de Druso e anunciou que, depois de amainada a tormenta, voltara o assalto dos raios desintegrantes. O dirigente determinou fossem ligadas as bate­rias de exaustão e convidou André e Hilário a irem com ele observar a defensiva, instalados na Agulha de Vigilância. Após percorrerem vas­tíssimos corredores e largos salões, subiram a uma torre, provida de escadaria helicoidal, algumas dezenas de metros acima do grande edifí­cio. No topo, André viu em pequeno gabinete interessantes aparelhos que lhes permitiram contemplar a paisagem exterior. Assemelhavam-se a telescópios diminutos, que funcionavam como lançadores de raios que eliminavam o nevoeiro, permitindo-lhes a exata noção do ambiente cons­trangedor que os cercava, povoado de criaturas agressivas e exóticas, a fugir, espavoridas, ante vasto grupo de entidades que manobravam cu­riosas máquinas à guisa de canhonetes. A instituição estava assediada por um exército de irmãos infelizes. Com semelhante invasão –  que era ali fato comum –  os infelizes pretendiam deslocar a Mansão e levar seus trabalhadores à inércia, a fim de senhorearem a região. Os adver­sários valiam-se de equipagens estranhas. "Podemos defini-las como canhões de bombardeio eletrônico –  informou Druso. –  As descargas sobre nós são cuidadosamente estudadas, a fim de que nos atinjam sem erro na velocidade de arremesso." E se elas alcançassem o alvo? A esta pergunta, o dirigente respondeu: "Decerto provocariam aqui fenômenos de desintegração, suscetíveis de conduzir-nos à ruína total, sem nos referirmos às perturbações que estabeleceriam em nossos irmãos doen­tes, ainda incapazes de qualquer esforço para a emigração, porque os raios desfechados contra nós contêm princípios de flagelação, que pro­vocam as piores crises de pavor e loucura". (Capítulo 3, pp. 36 a 38) 

14. A paz não nos vem pela inércia - Ruído soturno vibrava na at­mosfera. Tinha-se a impressão de que milhares de projéteis invisíveis cortavam o ar, violentamente, sibilando a reduzida distância e aca­bando em estalidos secos, a infundir em André e Hilário pavorosa im­pressão. Druso confortou-os: "Estejamos tranquilos. Nossas barreiras de exaustão funcionam com eficiência". Em seguida, mostrou-lhes longa muralha, constituída por milhares de hastes metálicas, cercando a ci­dadela em toda a extensão, qual se fosse larga série de pararraios ha­bilmente dispostos. Em todos os lances do flanco atacado, surgiam faíscas elétricas, a fulgurarem nos pontos de contacto, atraídas pelas pontas a prumo. "Os conflitos aqui são incessantes – disse Druso – ; no entanto, temos aprendido nesta Mansão que a paz não é conquista da inércia, mas sim fruto do equilíbrio entre a fé no Poder Divino e a confiança em nós mesmos, no serviço pela vitória do bem." Dito isto, o Instrutor foi atender um doente recolhido na noite anterior, que nada dizia, nem dera nenhum indício de identificação. Estava ele numa sala de regulares proporções, que primava pela simplicidade e pelo azul re­pousante. Em uma mesa desmontável, aquele homem disforme estirava-se em decúbito dorsal, respirando apenas. O aspecto do infeliz era repe­lente, apesar dos cuidados de que já fora objeto. Parecia sofrer in­qualificável hipertrofia, mostrando braços e pernas enormes. O aumento volumétrico do corpo perispirítico era, no entanto, mais desagradável justamente na máscara fisionômica, em que todos os traços se confun­diam: a cabeça do enfermo era tal qual uma esfera estranha.  (Capítulo 3, pp. 38 e 39)

15. A deformidade é de origem espiritual - O infeliz fora trazido até a Mansão por uma de suas expedições socorristas. Por enquanto, nada se sabia a seu respeito, salvo que deixara o círculo carnal sob o império de terrível obsessão, tão terrível que não pôde recolher o am­paro espiritual das legiões caridosas que operam nos túmulos. "As re­giões infernais – lembrou Druso – estão superlotadas do sofrimento que nós mesmos criamos. Precisamos equilibrar a coragem e a compaixão no mesmo nível, para atender com segurança aos nossos compromissos nestes lugares." Aludindo, em seguida, à causa da deformidade do infe­liz irmão, o Instrutor informou a André: "O fenômeno, todo ele, é de natureza espiritual. Recorda-se você de que a dor no veículo físico é um acontecimento real no encéfalo, mas puramente imaginário no órgão que supõe experimentá-la. A mente, através das células cerebrais, re­gistra a desarmonia corpórea, constrangendo a urdidura orgânica ao serviço, por vezes torturado e difícil, do reajuste. Aqui, também, o aspecto anormal, até monstruoso, resulta dos desequilíbrios dominantes na mente que, viciada por certas impressões ou vulcanizada pelo sofri­mento, perde temporariamente o governo da forma, permitindo que os de­licados tecidos do corpo perispirítico se perturbem, tumultuados, em condições anormais". "Em tal situação – acrescentou Druso –, a alma pode cair sob o cativeiro de Inteligências perversas e daí procedem as ocorrências deploráveis pelas quais se despenha em transitória anima­lização por efeito hipnótico." O Instrutor inclinou-se, então, sobre o enfermo, com a ternura de alguém que auscultasse um irmão muito amado, propondo: "Procuremos ouvi-lo". Incapaz de conter o assombro que o em­polgava, André perguntou se ele dormia. Druso fez um gesto afirmativo, esclarecendo que o irmão se encontrava sob terrível hipnose. "Inegavelmente – aduziu o dirigente –, foi conduzido a essa posição por adversários temíveis, que, decerto, para torturá-lo, fixaram-lhe a mente em alguma penosa recordação." Qual seria a causa daquele martí­rio? Druso explicou que, excetuados os sacrifícios escolhidos pelas grandes almas, "não se ergue o espinheiro do sofrimento sem as raízes da culpa". "Para atingir a miserabilidade em que se encontra, nosso irmão terá acumulado débitos sobremaneira escabrosos." (Capítulo 3, pp. 39 a 41) 

16. A entidade começa a falar - Druso passou, ato contínuo, a atuar diretamente sobre o enfermo, explicando: "Desintegremos as for­ças magnéticas que lhe constringem os centros vitais e ajudemo-lhe a memória, para que se liberte e fale". André e Hilário estabeleceram, então, uma corrente de oração, que colaborou para fortalecer o Instru­tor, que passou, assim, a operar magneticamente, aplicando passes dis­persivos no companheiro em prostração. Decorridos alguns minutos, Druso pousou a destra sobre a cabeça disforme, como se lhe chamasse a memória ao necessário despertamento e, logo em seguida, o desventurado começou a gemer, revelando o pavor de quem suspira por desvencilhar-se de um pesadelo. O Instrutor interrompeu, porém, a operação, deixando o enfermo naquele estado, o que levou Hilário a indagar, aflito: "Deverá permanecer, então, assim, à beira da vigília, sem reapossar-se de si mesmo?" Druso respondeu: "Não lhe convém o imediato retorno à reali­dade. Poderia sofrer deplorável crise de loucura, com graves conse­quências. Conversará conosco, assim qual se vê, com a mente enovelada à ideia fixa que lhe encarcera os pensamentos no mesmo círculo vi­cioso, a fim de que lhe venhamos a conhecer o problema crucial, sem qualquer distorção". A palavra do dirigente denotava grande experiên­cia na psicologia dos Espíritos vitimados nas trevas. Druso fez nova intervenção sobre a glote. O infeliz descerrou as pálpebras e, mos­trando os olhos esgazeados, começou a bramir: "Socorro! socorro!... sou culpado, culpado!... Não posso mais... Perdão! perdão!" Dirigindo-se ao Instrutor, e pensando que ele fosse algum juiz, exclamou: "Senhor juiz, senhor juiz!... até que enfim, posso falar! Deixem-me falar!..." Druso afagou-lhe a cabeça atormentada e replicou em tom amigo: "Diga, diga o que deseja". O rosto do enfermo cobriu-se de lá­grimas e ele começou a falar, compungidamente: "Sou Antônio Olímpio... o criminoso!... Contarei tudo". (Capítulo 3, pp. 41 e 42) (Continua no próximo número.)




 


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