WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudando as obras de Kardec
Ano 4 - N° 203 - 3 de Abril de 2011

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1869

Allan Kardec 

(Parte 3)

Damos prosseguimento nesta edição ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1869. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Onde está a força do Espiritismo?

Sua força está no seu caráter moral. Eis por que o Espiritismo só teria a perder caso apoiasse a exploração da mediunidade. Ao combatê-la, a doutrina ficou preservada de um perigo maior que a má vontade de seus antagonistas confessos, porque, se agisse de modo diferente, ela lhes teria apresentado um lado vulnerável, ao passo que eles se detiveram ante a pureza dos seus princípios. (Revue Spirite de 1869, pp. 41 a 43.) 

B. Pode o desespero causar a loucura?

Sim. Foi o que aconteceu na Borgonha, onde uma jovem viúva, mãe de várias crianças, ao perder o marido, a quem adorava, perdeu por completo a razão. Um espírita da região, vendo aquela família lançada à miséria, condoeu-se da sua situação e procurou ajudá-la. A consolação que lhe foi dada pela doutrina espírita, acrescida das mensagens do falecido, que o citado confrade psicografava, levou-a, em poucos meses, a uma cura completa. A pobre viúva pôde então entregar-se ao trabalho e, dessa maneira, alimentar a si e aos filhos. Comentando o caso, disse Kardec: “O que havia causado a (...) loucura daquela mulher? O desespero. O que lhe havia restaurado a razão? As consolações do Espiritismo”. (Obra citada, pp. 43 a 45.) 

C. Por que há Espíritos que ignoram a própria morte do corpo e, por isso, se julgam encarnados?

O fato, diz Kardec, é bastante comum. Espíritos há que se julgam encarnados porque seu corpo fluídico lhes parece tangível como o corpo físico. Esse seria um dos motivos. (Obra citada, pp. 45 a 49.)  

Texto para leitura 

22. Segundo o jornal La Solidarité, se pelo termo espírita se entendem as pessoas que creem na vida de além-túmulo e nas relações dos vivos com as almas das pessoas mortas, há que contá-los por centenas de milhões, visto que os seguidores do budismo, de Confúcio e de Lao-Tseu também creem na existência dos Espíritos. Kardec concordou com as observações feitas pelo periódico francês e acrescentou ao assunto outras considerações. (Págs. 34 a 38)

23. O Espírito de Sonnet, em mensagem transmitida em Paris, a 6 de janeiro de 1869, revela o que, em sua opinião, leva certas pessoas a se tornarem espíritas. “São as mil perseguições que sofrem em suas profissões.” (Págs. 38 e 39)

24. O poder destruidor do ridículo é o título de um artigo que Kardec escreveu ao ler esta frase publicada num jornal francês: “Na França o ridículo sempre mata”. O Codificador, não concordando com a frase, disse que, para que o adágio referido fosse verdadeiro, seria preciso dizer: “Na França o ridículo sempre mata o que é ridículo”. O que realmente é verdadeiro, bom e belo jamais é ridículo, o que explica por que o ridículo, derramado em profusão sobre o Espiritismo, não o matou. (Págs. 39 a 41)

25. Ao combater o charlatanismo e a exploração da mediunidade, a doutrina ficou preservada de um perigo maior que a má vontade de seus antagonistas confessos, porque, se agisse de modo diferente, ela lhes teria apresentado um lado vulnerável, ao passo que eles se detiveram ante a pureza dos seus princípios. (Págs. 41 e 42)

26. O Espiritismo nada tem a ganhar, e só poderia perder, apoiando-se na exploração. Sua força está no seu caráter moral. É necessário, pois, que seja forte por si mesmo e, para isso, é preciso que seja respeitável. Cabe aos seus adeptos dedicados fazê-lo respeitar, inicialmente, pregando-o pela palavra e pelo exemplo, e depois, em nome da doutrina, desaprovando tudo quanto possa prejudicar a consideração de que deve ser rodeado. (Pág. 43)

27. Num lugar da Borgonha, uma jovem viúva, mãe de várias crianças, ao perder o marido, a quem adorava, perdeu por completo a razão. Um espírita da região, vendo aquela família lançada à miséria, condoeu-se da sua situação e procurou ajudá-la. A consolação que lhe foi dada pela doutrina espírita, acrescida das mensagens do falecido, que o citado confrade psicografava, levou-a, em poucos meses, a uma cura completa. A pobre viúva pôde então entregar-se ao trabalho e, dessa maneira, alimentar a si e aos filhos. (Págs. 43 e 44)

28. O padre da região, inconformado com o rumo dessa história, fez a viúva ir à sacristia e começou a lançar a dúvida à sua alma, a ponto de dizer que o confrade era um súdito de Satã e que agia em nome deste. O sacerdote agiu tão bem que a pobre mulher, enfraquecida por tantas emoções, recaiu num estado pior que da primeira vez. Sua loucura era completa e seu destino, um hospital de alienados. (Págs. 44 e 45)

29. Comentando o caso, observa Kardec: “O que havia causado a primeira loucura daquela mulher? O desespero. O que lhe havia restaurado a razão? As consolações do Espiritismo. O que a fez recair numa loucura incurável? O fanatismo, o medo do diabo e do inferno”. É triste, conclui o Codificador, “ver a Igreja fazer dessa crença uma pedra angular da fé”. (Pág. 45)

30. Várias vezes, diz Kardec, têm sido vistos Espíritos que ainda se julgam encarnados, porque seu corpo fluídico lhes parece tangível como o corpo físico. O fato é bastante comum. A Revue  apresenta, no entanto, um caso bastante curioso de um Espírito profundamente materialista, em crença e em gênero de vida, que julgava estar sonhando. Ao comunicar-se na Sociedade de Paris, ele insistiu nessa ideia e pretendeu explicar pelo estado de sonho todas as objeções e perguntas que lhe foram feitas. Uma única pergunta o embaraçou: Se ele usava o corpo de um médium, bem mais magro que ele, onde estava o seu verdadeiro corpo? (Págs. 45 a 49)

31. Não é raro – ensina Kardec – que um Espírito atue e fale pelo corpo de um outro. Não é difícil entender o fenômeno quando se sabe que o Espírito pode retirar-se com o seu perispírito para longe de seu corpo material. Quando isto se dá, sem que nenhum desencarnado o aproveite, ocorre catalepsia. Quando o Espírito deseja aí entrar para agir e tomar por um instante sua parte na encarnação, une o seu perispírito ao corpo adormecido, desperta-o e desse modo dá movimento à máquina corpórea. Os movimentos e a voz não são os mesmos, porque os fluidos perispirituais não mais afetam o sistema nervoso da mesma maneira que o verdadeiro ocupante. (Págs. 48 e 49)  Continua no próximo número.) 



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita