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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 203 - 3 de Abril de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Ação e Reação

André Luiz

(Parte 3)

Damos continuidade nesta edição ao estudo da obra Ação e Reação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Por que uma pessoa abastada pode reencarnar, no seu retorno à carne, em condições de vida paupérrimas?

Tal providência tem caráter educativo. Este livro focaliza um desses casos em que determinado Espírito, que amoleceu a fibra da responsabilidade moral no excesso de reconforto, voltaria à reencarnação em círculo paupérrimo, recebendo aí, quando novamente mulher jovem, então desprotegida, o filho que ela própria complicou nas antigas fantasias de mulher fútil e rica. Ela, então, será para o filho, na carência de recursos econômicos, a inspiradora do heroísmo e da coragem, regenerando-lhe a vi­são da vida e purificando-lhe as energias na forja da dificuldade e do sofrimento. Se vencerem, eis a felicidade almejada. Se novamente se perderem, regressarão em piores condições ao plano espiritual. (Ação e Reação, cap. 2, pp. 28 a 30.)

B. Por que muitos Espíritos não se lembram de suas existências anteriores?

Um moço desencarnado fez esta mesma pergunta ao Instrutor Druso, que assim lhe respondeu: "Bem, os Espíritos que na vida física atendem aos seus deveres com exatidão, retomam pacificamente os domínios da memó­ria, tão logo se desenfaixam do corpo denso, reentrando em comunhão com os laços nobres e dignos que os aguardam na Vida Superior, para a continuidade do serviço de aperfeiçoamento e sublimação que lhes diz respeito; contudo, para nós, consciências intranquilas, a morte no veículo carnal não exprime libertação. Perdemos o carro fisiológico, mas prosseguimos atados ao pelourinho invisível de nossas culpas; e a culpa, meu amigo, é sempre uma nesga de sombra eclipsando-nos a vi­são". Dito isto, Druso acrescentou: "Nossas faculdades mnemônicas, relativamente às nossas quedas morais, assemelham-se, de certo modo, às conhecidas chapas fotográfi­cas, as quais, se não forem convenientemente protegidas, sempre se inutilizam". (Obra citada, cap. 2, pp. 30 a 32.)

C. A reencarnação é, às vezes, para um Espírito uma oportunidade de libertação dos círculos tenebrosos?

Sim. Há reencarnações que visam exatamente a esse objetivo. Como tais renascimentos na carne não possuem senão característicos de trabalho expiatório, em muitas ocasiões são empreendimentos planejados e executados ali mesmo, por benfeitores credenciados para agir e ajudar em nome do Senhor, e Druso gozava, nesse sentido, de relativa competência, como autoridade intermediária, nos processos reencarnatórios. (Obra citada, cap. 3, pp. 35 e 36.)

Texto para leitura

9. Efeitos do amor mal conduzido - Tão logo Druso se calou, uma senhora triste dirigiu-se a ele em lágrimas: "Meu amigo, releve-me a intromissão. Quando partirei para o campo terrestre com meu filho? Tanto quanto posso, visito-o nas trevas... Não me vê, nem me escuta... Sem se dar conta da miséria moral a que se acolhe, continua autoritá­rio e orgulhoso... Paulo, no entanto, não é para mim um inimigo... é um filho inolvidável... Ah! como pode o amor contrair tamanho dé­bito?!..." O Instrutor, antes de dizer àquela senhora que em breve se daria o retorno de ambos ao cenário terrestre, para o necessário res­gate, ponderou-lhe que o amor é força divina que frequentemente avil­tamos. Com ela temos inventado o ódio e o desequilíbrio, a crueldade e o remorso, que nos fixam indefinidamente nas sombras... "Quase sempre –  disse ele – , é mais pelo amor que nos enredamos em pungentes labi­rintos no tocante à Lei... amor mal interpretado... mal conduzido..." A pobrezinha se retirou com um sorriso de paciência e Druso confiden­ciou: "Nossa irmã possui excelentes qualidades morais, mas não soube orientar o sentimento materno para com o filho que jaz nas sombras. Instilou nele ideias de superioridade malsã, que se lhe cristalizaram na mente, favorecendo-lhe os acessos de rebeldia e brutalidade. Transformando-se em tiranete social, o infeliz foi fisgado, sem perceber, ao pântano tenebroso, em seguida à morte do corpo, e a desventurada genitora, sentindo-se responsável pela sementeira de enganos que lhe arruinou a vida, hoje se esforça por reavê-lo". E, respondendo uma pergunta de Hilário, informou: "Nossa irmã, que amoleceu a fibra da responsabilidade moral no excesso de reconforto, voltará à reencarna­ção em círculo paupérrimo, recebendo aí, quando novamente mulher jo­vem, então desprotegida, o filho que ela própria complicou nas antigas fantasias de mulher fútil e rica. Ser-lhe-á, na carência de recursos econômicos, a inspiradora de heroísmo e coragem, regenerando-lhe a vi­são da vida e purificando-lhe as energias na forja da dificuldade e do sofrimento". Se vencerem, eis a felicidade almejada. Se novamente se perderem, "regressarão em piores condições aos precipícios que nos circundam", acrescentou Druso. (Capítulo 2, pp. 28 a 30) 

10. Esquecimento do passado - Logo depois, um velhinho cambale­ante aproximou-se dizendo: "Ah! meu Instrutor, estou cansado de tra­balhar nos tropeços daqui!... Há vinte anos carrego doentes loucos e revoltados para este asilo!... Quando terei meu corpo na Terra para descansar no esquecimento da carne, aos pés dos meus?" Druso afagou-lhe a cabeça e respondeu, comovido: "Não desfaleça, meu filho! Con­sole-se! Também nós, faz muitos anos, estamos presos a esta casa, por injunções de nosso dever. Sirvamos com alegria. O dia de nossa mudança será determinado pelo Senhor". O ancião calou-se. Um moço quis saber, então, por que não se lembrava de suas existências anteriores. O Instrutor respondeu: "Bem, os Espíritos que na vida física atendem aos seus deveres com exatidão, retomam pacificamente os domínios da memó­ria, tão logo se desenfaixam do corpo denso, reentrando em comunhão com os laços nobres e dignos que os aguardam na Vida Superior, para a continuidade do serviço de aperfeiçoamento e sublimação que lhes diz respeito; contudo, para nós, consciências intranquilas, a morte no veículo carnal não exprime libertação. Perdemos o carro fisiológico, mas prosseguimos atados ao pelourinho invisível de nossas culpas; e a culpa, meu amigo, é sempre uma nesga de sombra eclipsando-nos a vi­são". "Nossas faculdades mnemônicas, relativamente às nossas quedas morais, assemelham-se, de certo modo, às conhecidas chapas fotográfi­cas, as quais, se não forem convenientemente protegidas, sempre se inutilizam." Após ligeira pausa, Druso continuou: "Imaginemos a mente como sendo um lago. Se as águas se acham pacificadas e límpidas, a luz do firmamento pode retratar-se nele com segurança. Mas, se as águas vivem revoltas, as imagens se perdem..." Se nosso pensamento vive preso aos sítios e paisagens da Crosta, identificando-se com as remi­niscências que permanecem ao longe –  o lar, a família, os compromis­sos mal resolvidos – , tudo isso representará lastro, inclinando a mente para o mundo físico... Indispensável, pois, libertar o espelho da mente que jaz sob a alma do arrependimento, do remorso e da culpa, "e esse espelho divino refletirá o Sol com todo o esplendor de sua pu­reza". (Capítulo 2, pp. 30 a 32) 

11. Dificuldades à vista - A explicação de Druso foi interrompida com a chegada do Assistente Barreto, que, exibindo recôndita aflição a sombrear-lhe os olhos, avisou que, na Enfermaria Cinco, três dos ir­mãos recém-acolhidos entraram em crise de angústia e rebeldia... Druso determinou, de imediato: "Retire os enfermos normais e aplique na en­fermaria os raios de choque. Não dispomos de outro recurso". Tratava-se de um caso de loucura por telepatia alucinatória. Os recém-chegados não estavam, ainda, suficientemente fortes para resistir ao impacto das forças perversas que lhes eram desfechadas, a distância, por com­panheiros infelizes. Logo que Barreto saiu, outro servidor notificou: "Instrutor, a tela de aviso que não funcionava, em consequência da tormenta agora em declínio, acaba de transmitir aflitiva mensagem... Duas das nossas expedições de pesquisas estão em dificuldade nos des­filadeiros das Grandes Trevas..." Druso recomendou-lhe desse ciência do fato ao diretor de operações urgentes, para que o auxílio fosse en­viado o mais depressa possível. Chegou então, de modo inesperado, ou­tro colaborador, que pediu: "Instrutor, rogo-lhe providências na solu­ção do caso Jonas. Recolhemos agora um recado de nossos irmãos, cien­tificando-nos de que a reencarnação dele talvez seja frustrada em de­finitivo". O dirigente da Mansão, mostrando intensa preocupação no olhar, indagou: "Em que consiste o obstáculo?" "Cecina, a futura mãe­zinha –  informou o mensageiro – , sentindo-lhe os fluidos grosseiros, nega-se a recebê-lo. Estamos presenciando a quarta tentativa de aborto, no terceiro mês de gestação, e vimos fazendo o que é possível por mantê-la na dignidade maternal." O Instrutor, esclarecendo ser preciso que Jonas ficasse pelo menos sete anos no corpo físico, deter­minou que Cecina fosse trazida até a Mansão, tão logo se entregasse ao sono natural, para que a pudessem auxiliar com a necessária interven­ção magnética. (Capítulo 3, pp. 33 e 34) 

12. Reencarnações expiatórias - André Luiz estava intrigado. Quem eram aqueles funcionários que se dirigiam assim ao Instrutor, com tan­tas consultas, quando os trabalhos da administração poderiam ser sub­divididos? O Assistente Silas, a quem André dirigiu suas dúvidas, in­formou que aqueles mensageiros não eram simples tarefeiros, mas condu­tores de serviço em subchefias determinadas, todos eles Assistentes e Assessores, cultos e dignos, com enormes responsabilidades, e que so­mente demandavam a presença de Druso, depois de movimentarem todas as providências cabíveis no âmbito de sua autoridade. O problema não era, pois, de centralização, mas de luta intensiva. Para explicar o caso da reencarnação de Jonas, que perigava, Silas falou-lhe: "Para que me faça compreendido, convém esclarecer que, se existem reencarnações li­gadas aos planos superiores, temos aquelas que se enraízam diretamente nos planos inferiores. Se a penitenciária vigora entre os homens, em função da criminalidade corrente no mundo, o inferno existe, na Espi­ritualidade, em função da culpa nas consciências. E assim como já po­demos contar na esfera carnal com uma justiça sinceramente interessada em auxiliar os delinquentes na recuperação, através do livramento con­dicional e das prisões-escolas, organizadas pelas próprias autoridades que dirigem os tribunais humanos em nome das leis, aqui também os re­presentantes do Amor Divino podem mobilizar recursos de misericórdia, beneficiando Espíritos devedores, desde que se mostrem dignos do socor­ro que lhes abrevie o resgate e a regeneração". Há, assim, reen­carnações que valem como "preciosas oportunidades de libertação dos círculos tenebrosos". Como tais renascimentos na carne não possuem se­não característicos de trabalho expiatório, em muitas ocasiões são em­preendimentos planejados e executados ali mesmo, por benfeitores cre­denciados para agir e ajudar em nome do Senhor. Druso gozava, nesse sentido, de relativa competência, como autoridade intermediária, nos processos reencarnatórios. Duas vezes por semana, ele e seus Assisten­tes reuniam-se no Cenáculo da Mansão (templo íntimo da instituição) e os mensageiros da luz  –  prepostos das Inteligências angélicas – , por instrumentos adequados, deliberavam quanto ao assunto, apreciando os processos que a Casa lhes apresentava. Silas, sorrindo, acrescen­tou: "Assim como o doente exige remédio, reclamamos a purgação espiri­tual, a fim de que nos habilitemos para a vida nas esferas superiores. O inferno para a alma que o erigiu em si mesma é aquilo que a forja constitui para o metal: ali ele se apura e se modela conveniente­mente..." (Capítulo 3, pp. 35 e 36) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita