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Ano 4 - N° 203 - 3 de Abril de 2011

 

O declínio das religiões dogmáticas


Estudo divulgado pela BBC Brasil  
- http://www.bbc.co.uk/portuguese/  - revela que o cultivo da religião pode acabar em nove países que integram o grupo das nações consideradas ricas, seis deles situados na Europa, dois na Oceania e um na América do Norte.

O estudo, divulgado durante um encontro da American Physical Society, baseia-se em pesquisa feita a partir de dados colhidos nos censos realizados desde o século 19 em diferentes países do mundo, e sua conclusão é bem clara: a religião pode ser extinta em nove deles.

A pesquisa identificou essa tendência de aumento no número de pessoas que afirmam não ter religião na Austrália, Áustria, Canadá, Finlândia, Irlanda, Holanda, Nova Zelândia, Suíça e na República Tcheca, que apresenta o índice mais elevado, com 60%.

Utilizando um modelo de progressão matemática, que leva em conta fatores sociais e a influência que exercem em uma pessoa a fazer parte de um grupo não-religioso, o levantamento evidencia que as pessoas que seguem alguma religião vão praticamente deixar de existir nos países citados. Na Holanda, por exemplo, 70% dos holandeses não terão religião alguma até 2050. Hoje, esse grupo é de 40% da população.

Trata-se de uma tendência que vem se acentuando sobretudo nas últimas décadas, como observa Richard Wiener, pesquisador vinculado a um centro de pesquisa em ciência avançada subordinado ao Departamento de Física da Universidade do Arizona. "Em muitas democracias seculares modernas – diz ele –, há uma tendência maior de as pessoas se identificarem como sem uma religião."

Um ponto que ressalta da notícia acima é o fato de que em todas as nove nações mencionadas a religião cristã sempre foi predominante, seja na sua feição católica, seja na sua feição protestante.

Como sabemos, trata-se de uma religião que se caracterizou ao longo dos séculos por seu dogmatismo. 

As características das doutrinas dogmáticas foram examinadas por Kardec no livro Obras Póstumas, págs. 181 e seguintes. 

Segundo essas doutrinas, a alma, independente da matéria, é criada no nascimento de cada ser; sobrevive e conserva a sua individualidade depois da morte; sua sorte está, desde esse momento, irrevogavelmente fixada; seus progressos ulteriores são nulos; ela será, consequentemente, por toda a eternidade, intelectual e moralmente, o que era durante a vida. Sendo os maus condenados a castigos perpétuos e irremissíveis no inferno, disso ressalta, para eles, a inutilidade completa do arrependimento. Deus parece, assim, recusar-se a lhes deixar a oportunidade de reparar o mal que fizeram. Os bons são recompensados pela visão de Deus e a contemplação perpétua no céu. Os casos que podem merecer, pela eternidade, o céu ou o inferno, são deixados para a decisão e o julgamento de homens falíveis, a quem é dado absolver ou condenar.

Essas doutrinas ensinam também a separação definitiva e absoluta dos condenados e dos eleitos; a inutilidade dos auxílios morais e das consolações para os condenados; a criação de anjos ou almas privilegiadas isentas de todo trabalho para chegarem à perfeição.

As doutrinas dogmáticas citadas não conseguiram, porém, solucionar até hoje estes graves problemas que interessam a toda a Humanidade:

1º De onde vêm as disposições inatas, intelectuais e morais, que fazem com que os homens nasçam bons ou maus, inteligentes ou idiotas?

2º Qual é a sorte das crianças que morrem em tenra idade? Por que entram elas na vida feliz sem o trabalho ao qual outras estão sujeitas durante longos anos? Por que são recompensadas sem terem podido fazer o bem, ou privadas de uma felicidade sem terem feito o mal?

3º Qual é a sorte dos cretinos e dos idiotas, que não têm consciência de seus atos?

4º Onde está a justiça da miséria e das enfermidades de nascimento, uma vez que não são resultado de nenhum ato da vida presente?

5º Qual é a sorte dos selvagens e de todos aqueles que morrem forçosamente no estado de inferioridade moral, em que se encontram colocados pela própria Natureza, se não lhes é dado progredir ulteriormente?

6º Por que Deus cria almas mais favorecidas umas do que as outras?

7º Por que chama a si, prematuramente, aqueles que teriam podido se melhorar se tivessem vivido por mais longo tempo, tendo em vista que não lhes é dado avançar depois da morte?

8º Por que Deus criou anjos, chegados à perfeição sem trabalho, ao passo que outras criaturas estão submetidas às mais rudes provas, nas quais têm mais chances de sucumbir do que de sair vitoriosas?

Além de não darem a estes problemas uma explicação minimamente razoável, essas religiões firmam-se em dogmas que, como ninguém ignora, não conseguem suportar o avanço vertiginoso da ciência, deixando seus profitentes ao desamparo, o que contribui certamente para a intensificação da tendência apontada na pesquisa a que nos referimos.

Em face disso, caso não ocorra uma mudança significativa no modo como essas religiões se apresentam, não há dúvida de que, mais cedo ou mais tarde, o materialismo acabará por arrebanhar uma fatia expressiva dos que ainda confiam no que ouvem do púlpito.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita