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Crônicas e Artigos

Ano 4 - N° 203 - 3 de Abril de 2011

CHRISTINA NUNES
meridius@superig.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
 

O padrão espiritual
de Nosso Lar
 

Ouvi, ao acaso, na época da exibição do filme Nosso Lar nos cinemas: - Ah! Nunca vi isso! Lá é todo mundo feliz, bonzinho, todo mundo ajudando todo mundo! É felicidade demais, chega a ser açucarado!...

Paradoxal, não?

Então, enquanto por aqui, na materialidade, a todo momento vemos pessoas reclamando do contínuo estado de insegurança; pleiteando condições de paz e de felicidade maiores, nas quais as pessoas talvez convivessem melhor, sem tanto ódio, tanta violência, tanta ansiedade gerada pela nossa dita sociedade competitiva até as raias da selvageria... Nosso Lar, com o seu modelo exemplar de coexistência pautada na harmonia e na colaboração, com as quais - muito se diz - sonham diariamente milhares e milhares de idealistas... Este lugar, na visão contraditória de alguns, "chega a ser açucarado, enjoado"!

Convenhamos... O que escolhemos para nós, de fato?

Vamos refletir sobre o problema.

O caso, meus amigos, é que somos, por excelência, contraditórios quanto às nossas referências de convivência. E fazemos, na prática, e sem real consciência, exatamente o que preconiza aquele velho ditado: "acender uma vela para Deus, outra para o diabo"...

Sabem por quê?! Porque lucramos com isto! Lucramos com isto nas minúcias despercebidas do cotidiano, tanto pessoal quanto profissional. Porque elegemos, neste atual estágio de vida na matéria, o modelo de vida da competitividade; e os parâmetros de competitividade não se pautam pelo senso de colaboração para um bem maior, como haveria de ser. A competitividade, que grassa em todos os setores da sociedade de hoje em dia, se nutre, prioritariamente, do ímpeto predador!

Só auxilio neste ou naquele aspecto dependendo do tanto de lucro ou de vantagens superfaturadas que extrairei da situação. Não, não explicarei todo o cerne do serviço ao funcionário recém-chegado para que ele não possa saber demais, e, amanhã ou depois, pleitear a melhoria que de direito é para mim. O familiar passa por dificuldades? Bem..., dane-se, o problema maior é dele, não meu. Não fui eu quem o criou. Por que tomarei sobre as minhas costas o ônus de mais uma confusão quando já tenho tantas pendências pessoais que mal consigo resolver?

O grande problema desta ótica de vida, caríssimos, é que, e mesmo aqui, as leis de causa e efeito, ou da atração, ou seja lá com que título se chame esta Lei natural da Vida, agem, para o nosso bem maior e sem julgamento de mérito - inexoráveis - e atraem, para cada um de nós, via sintonia, o exato padrão do que irradiamos para fora, para aqueles com quem convivemos. E é a partir desta premissa, portanto, que prossegue o pandemônio mundial no qual nos atolamos ainda sem solução viável ou visível para que uma realidade como a de Nosso Lar fosse também a nossa! Nossa feliz realidade! Não açucarada. Não utópica!

Referir-se a um contexto superior de vida desta forma inexata soa mais como a parábola de despeito da raposa e as uvas. Ora, como ainda não posso tê-las, devem estar verdes, com certeza. A raposa jamais admitirá que não alcança as uvas por incompetência própria. Não! Antes porque, certamente, estão verdes!

Evolução, meus caros! Escolha!

Simples assim!

Enquanto não ensinarmos o serviço ao colega de trabalho para que ele não saiba tanto quanto nós, acontecerá fatalmente de, nalgum momento lá na frente, não podermos contar com a colaboração eficiente deste mesmo colega em momentos de eventuais ausências ou dificuldades em razão direta da miopia desta mesma ganância, a nos lançar para dentro dos resultados da armadilha que a nós mesmos acaba encurralando!

Enquanto o familiar sofredor ficar para lá, e nós passeando felizes no shopping, não poderemos estranhar quando, nalgum outro momento, formos abandonados, solitários, nas nossas indigências e apuros pessoais ou de saúde, por parte da mesma parentela que nos terá observado com clareza os métodos nada solidários de agir em horas de se apoiar as dificuldades alheias.

Enquanto, em suma – e como se o mundo se tratasse de um grande e árido parque de miséria, e não o planeta rico e abundante de recursos como de fato é –, insistirmos no nosso padrão viciado de lidar com a vida manifesta em nós mesmos e no nosso próximo com base nestes parâmetros mesquinhos, não poderemos, em sã consciência, e com um mínimo de lisura íntima, proferir com honestidade qualquer suspiro de lamentação por um mundo que ainda não temos – única e exclusivamente porque, na prática minuciosa do dia-a-dia, ainda não nos decidimos por criá-lo!

Sempre, e a qualquer tempo, dependerá unicamente de nós mesmos!

Tudo é simbiose! Troca pura e simples, amigos leitores! O mundo lhe dá na medida exata do que você oferece! E, se uma qualidade de vida como a de Nosso Lar nos comparece, espantosamente, como "açucarada", a verdade nua e crua é que assim a percebemos porque, infelizmente, ainda nos comprazemos somente com amargura e fel!

Grande abraço a todos e uma ótima semana!


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita